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Defensoria Pública volta atrás e recomenda continuidade do concurso da PCRN
A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE/RN) voltou atrás e revogou a recomendação para anulação das provas do concurso público da Polícia Civil. A decisão foi tomada na última quarta-feira (25). Na solicitação publicada um dia antes, os defensores solicitaram à Comissão Especial do Concurso, à Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte e ao Governo do Estado a realização de um novo certame “dessa vez, mediante a observância integral das disposições contidas no Edital”.
O anúncio da nova posição que prevê a continuidade do exame veio após o recebimento das informações requeridas “acerca das medidas adotadas por esta durante a aplicação das provas do concurso público para provimento dos cargos de agente, escrivão e delegado de polícia civil, e ainda, pelo compromisso de elucidação dos fatos, a fim de manter a lisura do certame até a sua conclusão”.
O órgão convocou ainda o Gabinete Civil do Estado para “debater o andamento do pleito junto a todas as instituições envolvidas”.
Entenda o caso
Em parceria com a Polícia Civil, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) investiga uma série de irregularidades, cometidas durante a aplicação das provas objetivas, realizadas no dia 11 de julho. A denúncia informa que candidatos se beneficiaram com o vazamento de provas, falhas na segurança e utilização de ponto eletrônico.
No dia, dois candidatos foram presos. “Pelo conteúdo do depoimento prestado pelo flagranteado em sede da autoridade policial, a associação criminosa por trás da tentativa de burla ao concurso público possuía à sua disposição todos os tipos de caderno de prova, incluindo o tema da redação, antes mesmo do início de sua aplicação”, diz um trecho da denúncia.
Apesar de o MP ter defendido a continuidade do concurso enquanto o inquérito não for concluído, o órgão também deu à comissão especial do concurso um prazo de dez dias para informar quais foram as providências administrativas tomadas. Até o momento, a banca organizadora não se pronunciou sobre o caso.