(Foto: Divulgação/PCPE)
Do CorreioWeb Denúncias sobre irregularidades na realização do concurso público para delegado de polícia, em Pernambuco, estão sendo investigadas pelo Ministério Público. A acusação foi feita pela associação dos delegados de polícia do estado (Adeppe), que apontou erros durante o processo seletivo, que ofereceu 100 vagas. O primeiro deles se refere ao suposto vício do processo licitatório. A associação alega que a Secretaria de Defesa Social utilizou indevidamente o sistema de dispensa de licitação para contratação da IAUPE para organizar a seleção. O segundo equívoco apontado é a falta de tempo para que outras empresas nacionais se manifestassem para realizar a seleção, o que acabou gerando a escassez de participantes. Ainda de acordo com a Adeppe, outra irregularidade encontrada foi o fato de não estar previsto no edital a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o que não é comum em outras seleções para carreiras jurídicas no país. A Secretaria de Defesa Social alega, porém, que não houve nenhuma anomalia no processo licitatório, uma vez que foram examinadas seis instituições interessadas em organizar o concurso. Para a secretaria, todo termo de referência foi baseado em encaminhamento feito pelo próprio chefe de polícia da época, que enviou minuta de edital para realização do certame. A comissão do concurso foi formada por três delegados e dois representantes da Secretaria de Administração, que acompanharam todas as fases de elaboração do processo seletivo. A secretaria diz ainda que a investigação social, referente às fases do concurso, é de responsabilidade da polícia civil de Pernambuco. Procurada pelo CorreioWeb, a Polícia Civil de Pernambuco declarou que concorda com o posicionamento da Secretária de Defesa Social de que não houve irregularidades no concurso.