William Douglas, juiz, professor e escritor – A pandemia pode nos confundir, mas também estimula evoluções. Afinal, como diz o ditado, “mar calmo não faz bom marinheiro”. Obter clareza em meio ao caos exige buscar pela sabedoria para escolher os bons caminhos e superar a adversidade. O país, os governantes, as empresas, as pessoas têm a chance de saírem dessa situação maiores do que eram.
Pessoas respeitáveis têm sugerido soluções diametralmente opostas. Uns mandam ficar em casa, em quarentena, outros dizem que a vida deve seguir normalmente. Você, sua família e seus sonhos ficam no meio da discussão. Mas há atitudes certeiras que podem ser tomadas. Ficando em casa ou precisando sair, por exemplo, é preciso lavar as mãos, manter distância dos interlocutores, não esfregar olhos e boca e seguir as demais recomendações médicas. É válido, ainda, reatar ou aumentar o contato com Deus.
Uma última lição de Salomão para a crise atual é que, assim como a formiga, que se prepara para o inverno durante o verão, devemos também aproveitar o momento para nos prepararmos. Mas seria o caso de usar o inverno, que chega na forma de quarentena total ou parcial, para prepararmos o verão que queremos. Diferente das estações do ano, no entanto, um futuro melhor não acontece se ficarmos sentados esperando. É preciso se movimentar e tomar as rédeas da própria vida. O seu verão, a sua maturidade, sua aprovação no concurso depende de você agir.
No meio do caos, devemos rever nossos conceitos e definir o que realmente importa. É agora que você, ao invés de desperdiçar tempo com coisas improdutivas, precisa reorganizar a casa, fazer uma limpeza de alma e de gavetas, preparar o material de estudo, as questões, os exercícios e os simulados. Essa é a sugestão para você se reinventar em meio à pandemia ou a qualquer outra tempestade que aparecer. Aprenda com as formigas e com Salomão: cuidar do formigueiro, tomar a iniciativa, preparar a próxima estação, levantar da cama e agir.
Mas, será que vai haver concurso? Eles já estavam ocorrendo antes e vão continuar. A crise e as políticas de um ou de outro governo podem afetar a quantidade de concursos, mas não sua existência. Temos União, estados, Distrito Federal, municípios, administração direta, indireta e fundacional, sempre demandando servidores. Não bastasse isso, cremos que a pandemia tenha lembrado aos governantes a importância dos servidores em quantidade e qualidade suficientes para enfrentar as demandas naturais (e as excepcionais) da sociedade. Tenha uma certeza: ainda que o ritmo possa ser afetado pela crise, o país vai voltar a crescer e demandará novos servidores.