Um novo concurso para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios foi anunciado recentemente pelo presidente do órgão, Romeu Gonzaga Neiva e tem gerado grandes expectativas entre os concurseiros. Neiva afirmou que a minuta do edital deve ser preparada em breve.
Segundo o especialista do IMP Concursos, Sérgio Gaúcho, professor das disciplinas de Direito Administrativo, Lei Orgânica do DF e Regimento Interno dos Tribunais, há uma grande necessidade pela realização do concurso e, os futuros candidados já podem ir se preparando! Confira algumas dicas:
Em média, antes do edital, quantas horas de estudo são necessárias?
A quantidade de horas de estudo varia muito de acordo com cada candidato. O mais importante é a constância. Estudar todos os dias, aproveitar todo o tempo vago, inclusive aos finais de semana e se programar para quando sair o edital, tentar se dedicar exclusivamente aos estudos.
Em linhas gerais, quais as matérias o candidato precisa priorizar antes do edital?
Para começar, ele deve priorizar aquelas que possui maior dificuldade. No concurso do TJDFT, além das disciplinas consideradas básicas para todos os concursos (Língua Portuguesa, Constitucional, Administrativo e Informática), são exigidos conhecimentos em Civil, Processo Civil, Penal, Processo Penal, Lei de Organização Judiciária, Regimento e Provimento. Portanto, são justamente essas disciplinas que devem ser priorizadas nos estudos. Muita atenção com a legislação específica do Tribunal. Alguns preferem deixar para estudar essa disciplina quando sair o edital, mas, eu acho arriscado, porque o conteúdo é muito extenso. Por fim, é imprescindível que o candidato faça uma análise individual. Não adianta gabaritar uma disciplina e zerar outra. O mais importante é, dentro de cada disciplina, verificar quais são os conteúdos mais relevantes, e, para isso, deve-se buscar orientação com especialista de cada disciplina.
Antes do edital, como o candidato deve dividir seu tempo entre as disciplinas que precisa estudar, resolução de exercícios e revisão?
Isso depende da quantidade de horas que o candidato possui para estudar. Mas é fundamental que faça resumos, pequenas anotações, as famosas fichas de estudos para poder revisar todo o conteúdo mais próximo da prova. Uma estratégia que eu considero eficiente é estudar a teoria e no mesmo dia fazer alguns exercícios. No dia seguinte, o candidato faz uma revisão rápida do que estudou no dia anterior e assim, sucessivamente. No final de semana, utiliza um turno para revisar o conteúdo estudado. Assim, estará sempre relembrando. Estudo é repetição para memorização!
Você aconselha a estudar várias disciplinas ao mesmo tempo ou uma de cada vez? Por que?
Se o candidato possui disciplina de estudos, ou seja, tem um horário definido exclusivamente para isso, acho válido estudar mais de uma matéria por dia, fechando o ciclo de estudos por semana. Porém, para aqueles que estudam em horários variados, quando conseguir um tempo vago, acho válido estudar uma disciplina por vez. Assim, o candidato não se frustra, pois, se no dia marcado para determinada matéria surgir um imprevisto, não irá bagunçar todo o planejamento. Estudando uma matéria até esgotar o conteúdo, o candidato usa todo o tempo livre. Venceu aquela disciplina parte para a próxima. Mas repito, tem que haver constância. Não adianta gabaritar uma disciplina e zerar outra.
A matéria de regimento interno pode ser um diferencial na aprovação, tanto para o cargo de analista como de técnico?
Com certeza, pois costumam ser cobradas várias questões e é um conteúdo muito específico. Mas não é somente o Regimento Interno. O candidato deve estudar as três legislações internas do TJDFT: Lei de Organização, Regimento e Provimento.
Como estudar a disciplina antes do lançamento do edital?
Se o candidato for estudar sozinho, sem um curso específico, aconselho fazer, primeiramente, uma leitura geral. Depois, estude a composição e organização do Tribunal, em seguida o processo judicial. Não há grandes diferenças no estudo diferenciado por cargo, inclusive, existem algumas questões de Técnico mais difíceis do que de Analista.
Quais os pontos mais importantes a serem estudados?
Organização e composição do Tribunal e alguns assuntos sobre o processo judicial (distribuição e sessões) e ações específicas. Contudo, o mais importante é que, dentro de cada capítulo, o candidato priorize os conteúdos que costumam ser mais cobrados. Para isso, tem que ser feita uma análise das últimas provas e, se possível, ter orientação com um especialista da disciplina. Estudar legislação sozinho é complicado, porque aquilo que pode parecer um “bicho de sete cabeças”, pode ser solucionado numa rápida explicação técnica.
Quais os principais erros que os alunos cometem na hora de estudar a disciplina?
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) sofre com déficit de 405 cargos vagos, sendo 219 na função de técnico judiciário e 186 de analista judiciário. Os números são confirmados pelo Portal da Transparência do órgão, com dados referentes a abril de 2021.
Apesar da vacância no quadro de servidores e de já ter confirmado a intenção de viabilizar um novo concurso para efetivos com levantamento de cargos vagos, a pasta adiantou ao Papo de Concurseiro em maio que não haverá tempo hábil para realização desse concurso ainda em 2021, tendo em vista que o processo não chegou sequer à fase de contratação de banca examinadora. “Estamos apenas no levantamento de necessidades”, frisou o TJDFT.
O último concurso, realizado em 2015, contou com 71.831 candidatos disputando 80 vagas abertas. Houve cargos em que a disputa contou com mais de mil participantes por oportunidade. Foi o caso do posto de técnico judiciário de área administrativa, cargo de maior disputa, com 46.692 inscritos para 36 vagas, ou seja, 1.334 pessoas por chance.
O órgão convocou 920 aprovados durante a validade do edital. Outros 127 foram convocados por outros órgãos de peso do Poder Judiciário, como Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Superior Tribunal Militar (STM) e Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre outros.
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