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metanfetamina Zuleika de Souza/CB/D.A Press metanfetamina

Mulher passa três meses presa após polícia confundir algodão doce com metanfetamina

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Uma moradora do estado norte-americano da Geórgia passou três meses na cadeia, acusada de tráfico de drogas, após a polícia local confundir um saco de algodão doce que ela carregava com metanfetamina.

O caso aconteceu em 31 de dezembro de 2016. De acordo com a rede CNN, Dasha Fincher e o namorado estavam em um carro quando foram parados pela polícia da cidade de Monroe por as janelas do veículo, supostamente, estarem com uma tintura escura demais.

Depois de pedirem para revistar o automóvel, os policiais encontraram o que descreveram como “um saco plástico largo e aberto que continha uma substância azul, de formato esférico”. O casal explicou que era apenas algodão doce, mas os oficiais decidiram fazer um teste que apontou a presença de metanfetamina na substância.

Dasha foi levada para a delegacia e teve a fiança estipulada em US$ 1 milhão (quase R$ 3,9 milhões). Sem condições de arcar com o valor, ela ficou três meses presa, até que a substância fosse analisada por um escritório de investigação da Geórgia. O resultado comprovando que a substância era algodão doce saiu em 22 de março do ano passado. Mesmo assim, a mulher ainda ficou mais duas semanas na cadeia, sendo liberada apenas em 4 de abril.

Agora, Dasha entrou com um processo contra a cidade de Monroe, os três oficiais envolvidos no caso e a empresa que fabrica os testes, que, inicialmente, indicaram haver metanfetamina no algodão doce. À CNN, a mulher contou que, durante o período em que esteve presa, teve atendimento médico negado para cuidar de uma mão quebrada e de um cisto de ovário. Além disso, ela alega ter perdido diversos acontecimentos importantes, como o nascimento de dois netos gêmeos. “Meu maior medo era que minha neta esquecesse quem eu era”, relatou.

A norte-americana também espera que a polícia altere o sistema de teste de drogas para algum mais rápido e eficaz. “Eu perdi muitas coisas que não posso ter de volta. Três meses é muito tempo”, concluiu.