Por VICTOR BARBOSA*
Apesar de não existirem, os unicórnios fazem parte do imaginário de muitas pessoas que fantasiam esses “animais” como seres fantásticos, coloridos e alegres. Para a britânica Kirsty Weston, 29, no entanto, os unicórnios não representam mais esses sentimentos positivos, mas, sim, muita dor e decepção.
Com a intenção de acompanhar a moda, Weston decidiu pintar o cabelo com as cores desse ser fantasioso. Para isso, ao invés de ir em um salão de beleza especializado, ou contatar sua mãe, que é cabeleireira profissional, ela comprou produtos químicos e tentou realizar a transformação em casa.
A mudança radical de visual, contudo, saiu de uma forma totalmente inesperada. Segundo o jornal britânico The Sun, após 15 minutos da aplicação dos produtos, Kirsty começou a sentir o seu couro cabeludo queimando. “Meu cabelo estava literalmente fumaçando”, contou.
Ao sentir a dor, a britânica logo limpou o produto da sua cabeça. “A dor era tanta, que eu comecei a me sentir tonta, como se eu fosse desmaiar”, afirma. Apesar da rapidez em tirar as tinturas, Kirsty sentiu muita dor de cabeça e, no outro dia, parte de sua face estava inchada.
Em busca de tratamento para o que ela acreditava que era uma reação alérgica, Weston foi ao hospital, onde recebeu orientação de médicos para tomar antibióticos e remédios contra alergia.
A dor, no entanto, não cessou e Weston voltou ao hospital alguns dias depois, onde um cirurgião plástico mostrou que grande parte do seu cabelo havia caído, em vista da grave queimadura causada pelos produtos químicos. O médico explicou, ainda, que ela precisava fazer uma cirurgia de transplante de pele urgentemente.
Após várias cirurgias para tratar as queimaduras, Kirsty recebeu a notícia de que, provavelmente, seu cabelo não iria crescer nunca mais, já que os folículos capilares haviam sido queimados. Para voltar a ter madeixas, ela pode se submeter a um tratamento invasivo, inserindo balões sob o couro cabeludo, que receberiam, semanalmente, soluções salinas.
Kirsty, que ganhou uma peruca de uma fundação, entretanto, não irá se submeter a outro tipo de tratamentos ainda, por motivos financeiros. Apesar das dificuldades, ela deseja que sua história “sirva de exemplo para outras pessoas que queiram realizar esses tipos de procedimentos sem a ajuda de profissionais”.
*Estagiário sob supervisão de Anderson Costolli