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Caminhão é ‘flagrado’ a 396 km/h e prefeitura desativa radares

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Que radares eletrônicos podem cometer erros a gente sabe. Agora um desses equipamentos instalado na cidade de Toledo, no Paraná, simplesmente atualizou as definições de exagero. É que ele indicou que um caminhão estava trafegando a absurdos 396 km/h em uma via urbana onde o limite de velocidade é 60 km/h.

Deduzindo que se tratava de uma falha, a prefeitura decidiu, então, desligar todos os quatro radares instalados na cidade, até que eles passem por uma verificação. “Esta velocidade, obviamente, seria impraticável em uma via urbana. Por isso, oficiamos a empresa para que explique ao município o que ocorreu e suspendemos a fiscalização dos radares fixos nos quatro locais, de responsabilidade da mesma empresa”, explicou o secretário de Segurança e Trânsito de Toledo, João Vianey Crespão.

O caminhão de Fórmula 1 foi autuado em 2 de agosto. Já a decisão de suspender o funcionamento dos outros radares foi tomada na última segunda-feira (28/8). Em nota à prefeitura, a empresa responsável pelos equipamentos disse acreditar “ter havido algum tipo de interferência externa no momento da da leitura da velocidade do veículo e que gerou o registro ilógico”. “Em todo o histórico de fornecimentos da Suprema a clientes jamais se verificou algum fato semelhante”, diz o documento. Também conforme a empresa, o erro deve ser tratado como “único, atípico e sem precedente” e não deve comprometer os demais equipamentos.

Nesta quarta-feira (30/8), os quatro aparelhos foram submetidos a uma avaliação do Inmetro. Eles já haviam passado por um procedimento do tipo outras duas vezes apenas neste ano e, pelo prazo de validade estipulado, a próxima verificação deveria ocorrer apenas no próximo dia 7.

O motorista do caminhão foi penalizado com uma multa de R$ 880,41, mais sete pontos e suspensão da carteira de habilitação por 30 dias. Segundo o secretário de Segurança e Trânsito, no entanto, ele e todos os motoristas flagrados pelos radares poderão entrar com recurso para verificar a legitimidade das autuações.