De acordo com a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), em 2022, o Brasil contava com quase 4.500 hospitais privados. O levantamento indicou que 515 unidades estavam inseridas apenas no Centro-Oeste. Especificamente em Brasília, esse número correspondia a 85 estabelecimentos, responsáveis por oferecer 4.397 leitos privados para a população.
Os dados, apresentados pela entidade na publicação “Cenários dos Hospitais no Brasil 2021-2022”, a partir de levantamentos obtidos com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), demonstram a importância dos hospitais particulares para a manutenção do sistema de saúde.
Na capital, o número, considerado robusto para a quantidade de moradores na região, se consolidou ainda mais neste ano com a inauguração do hospital Anchieta Ceilândia, na última terça-feira (6), pela Kora Saúde, um dos maiores grupos hospitalares do Brasil. A unidade fica na QNN 28 – onde residia o antigo hospital São Francisco – e, além de ganhar uma nova fachada, também evoluiu em aspectos que envolvem estrutura física, gestão e serviços.
Diogo Sandoval foi nomeado como o novo diretor do hospital. O médico assumiu o cargo no final de 2023 com a missão de implementar mudanças na unidade, iniciadas com a reforma do prédio. “No Anchieta Ceilândia, as melhorias recém-inauguradas incluem reformas no prédio, como nos leitos de internação, com modernização dos banheiros; na fachada; nos ambulatórios de cardiologia e de ginecologia e obstetrícia; nos postos de coleta laboratorial; no call center; e no centro cirúrgico”, conta.
Segundo o médico, neste mês de fevereiro, também será feita a inauguração da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) especializada neuro-cardiologia. “E não poderia deixar de mencionar que estamos providenciando melhorias em conforto e agilidade no pronto-socorro, com especial destaque para a individualização da ala pediátrica do pronto atendimento”, complementa.
No que diz respeito à rede Anchieta, Diogo explica que a primeira unidade foi inaugurada em 1995, em Taguatinga. Há três anos, o hospital foi adquirido pela Kora Saúde, uma das maiores companhias do sistema privado brasileiro de assistência à saúde. A aquisição deu início à presença da Kora no Centro-Oeste.
“O hospital Anchieta trouxe sua marca para Ceilândia porque, quando a Kora Saúde investiu nos hospitais do DF, já havia o entendimento de que, atuando em rede, isso traria ganhos para as duas unidades e para os moradores das cidades. Dois anos após a conclusão da aquisição do hospital São Francisco, inauguramos o Anchieta Ceilândia”, explica.
Diogo destaca que o Anchieta possui diferenciais em sua rede. Alguns aspectos, por exemplo, estão relacionados aos seus pilares de atuação, formados por integração, humanização, qualidade do atendimento, excelência, amor à vida e visualização do paciente como um todo, com atenção às necessidades médicas, emocionais, sociais e espirituais, o paciente no centro do cuidado. “Destaca-se também a segurança do paciente como prioridade, com padrão de acolhimento que busca entender o paciente como pessoa, tocando em todos os campos da vida”, ressalta.
Cuidados com a população
Com mais de 30 especialidades e serviços que abrangem atendimentos emergenciais no pronto-socorro, centro cirúrgico e tratamentos na internação, o hospital Anchieta Ceilândia também oferecerá aos pacientes da região uma Clínica da Mulher, um Centro de Diagnóstico por Imagem e Exames Laboratoriais integrados ao hospital, um Centro de Especialidades Médicas e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) certificadas com o selo UTI Top Performer.
Na avaliação do médico, a população ganhou um hospital perto de casa mais completo e moderno. “A população de Ceilândia pode ter certeza de que, quando buscar atendimento para um problema de saúde, vai encontrar um serviço correspondente capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo, independentemente do nível de sua complexidade. Isso significa que, melhorando processos e agregando novas especialidades e tecnologias, elevamos o padrão de resolutividade do hospital”, garante.
Três perguntas para Diogo Sandoval, diretor-geral do hospital Anchieta Ceilândia:
Como o hospital investiu em inovações tecnológicas nesta unidade?
Em primeiro momento, fizemos a incorporação da tecnologia de hemodiálise contínua. Outro destaque foi a otimização dos processos da hemodinâmica, para realização de procedimentos mais complexos e tecnológicos. Vamos continuar investindo em inovações para melhorar os serviços.
Quais os objetivos da marca, especialmente no que diz respeito à região, para 2024?
Vamos manter nossos planos de investimento em melhorias na unidade. Mas o destaque mais importante, nesse sentido, será o início da construção de um prédio anexo ao do hospital. Serão cinco andares, com leitos amplos e modernos. A nossa previsão é que essa obra seja concluída em 2025.
Quais os desafios na gerência de um hospital?
A gestão hospitalar tem uma série de desafios, principalmente, se considerarmos que trabalhamos para recuperar a saúde das pessoas e para salvar vidas. Por isso, o foco permanente é a melhoria do atendimento e dos serviços prestados aos pacientes.
Uma gestão segura não pode relegar nenhum aspecto, considerando a manutenção e todos os investimentos necessários nas diferentes áreas, conforme estabelecido em planejamento.
Mas um dos pontos mais importantes que considero é a valorização dos profissionais, sejam os de atendimento direto ou daqueles de áreas de suporte. Pessoas bem qualificadas e preparadas têm um valor inestimável na prestação do atendimento eficaz.