Motociclismo, rock e a celebração do espírito de liberdade. Essa é a proposta do Capital Moto Week, que a partir da próxima quinta-feira (20), abrirá as portas da sua 20ª edição no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília. Ao longo de dez dias de evento, serão recebidas atrações especiais, que atenderão diferentes gostos musicais, em uma área de mais de 290 mil metros quadrados, dado equivalente a 25 Maracanãs, o maior estádio de futebol do Brasil.
O público poderá desfrutar de cinco palcos (sendo um principal e quatro temáticos), além de duas praças de alimentação com 34 operações gastronômicas, parque de diversões, dois espaços de camping e outras áreas que compõem a “Cidade da Moto”, como é intitulado carinhosamente pelos organizadores. A expectativa para este ano é receber mais de 800 mil pessoas, 350 mil motos e mais de 1,8 mil motoclubes de todo o mundo.
“Além da recheada programação oficial, dentro do complexo acontecem 217 eventos simultâneos, nos espaços que os motoclubes e motogrupos montam e se tornam suas verdadeiras casas, criando uma atmosfera inexplicável. Sem contar que somos uma plataforma de conexão entre as marcas e o público, entregando um enorme potencial de negócios para marcas de diversos segmentos. A presença e o investimento de patrocinadores, apoiadores e expositores tem crescido de forma exponencial, cada qual com seus objetivos e interações”, conta Juliana Jacinto, organizadora do Capital Moto Week.
Segundo Juliana, com 20 anos de estrada, o Capital Moto Week busca reunir bandas, estilos musicais e tribos diferentes para conectar grandes marcas a um ambiente inclusivo, diverso e sustentável. Estima-se que, até hoje, mais de cinco milhões de pessoas passaram pelo festival desde o primeiro evento, que foi realizado em 2004.
Para ela, a história do Capital Moto Week gera muito orgulho para a equipe envolvida. “Ele começou sem muita pretensão, mas já nasceu de uma paixão de celebrar a vida, os encontros, o dia do motociclista, que tem por trás todo esse conceito de irmandade, de aventura e de liberdade. Ao longo dos anos, essa paixão foi justamente o combustível que alimentou nossa trajetória”, comenta.
No que diz respeito ao cuidado com o espaço, Juliana afirma: há muito trabalho envolvido. Mas ela destaca que não é uma mobilização individual. Há um amplo time envolvido, onde são dedicados 11 meses apenas para construir ideias, conteúdos e estratégias para entregar o melhor festival para o público. Ela ressalta que há centenas de profissionais atuando em conjunto. Aproximadamente, 12 mil postos de trabalho diretos e indiretos são gerados a cada edição.
“Temos muita paixão e carinho pelo nosso trabalho, é realmente uma satisfação ver o time inteiro trabalhar no Capital Moto Week. Temos recebido esse feedback do público por meio das redes e nos próprios espaços. Já estamos com o Camping Ville quase sem disponibilidade. Os motoclubes, que têm suas sedes dentro do festival, estão esgotados desde 2022. A resposta do público sobre o line-up também tem sido bastante positiva e temos a melhor expectativa possível para a edição deste ano”, comenta.
Três perguntas para Juliana Jacinto, organizadora do Capital Moto Week:
Como o projeto surgiu?
O Capital Moto Week surgiu de um encontro de amigos motociclistas em 2004, liderado por Sérgio Cruz. Começou pequeno, mas passaram a vir pessoas de outras cidades, estados e depois países. A primeira edição aconteceu no estacionamento do estádio Mané Garrincha, com três dias de programação, que logo passou para cinco e, desde então, não parou de crescer. Em 2010 fomos para a Granja do Torto, onde começamos em uma área de 150 mil m² e hoje ocupamos quase 300 mil m², que é uma verdadeira Cidade da Moto. Com muito esforço e amor, nos tornamos o maior festival de rock e motos da América Latina, e o terceiro mais importante do mundo.
De que forma o festival movimenta a cultura e a economia do DF?
O Capital Moto Week desempenha um papel crucial no cenário econômico, com estimativas de movimentar R$ 60 milhões no Distrito Federal em 2023. Esse valor considera o efeito positivo em diversos setores da economia local, incluindo construção, hotelaria, alimentação e turismo. O festival também fortalece a cadeia produtiva do entretenimento com impacto de sustentabilidade e legado social. Com muito orgulho, somos o único festival no Brasil certificado como Lixo Zero e ISO 20.121, e vamos promover mais de 90 ações ambientais e sociais. Também abrimos nossas portas para a Vila do Bem, que transforma a arena de shows em uma grande programação social e de serviços gratuitos diversos para a comunidade.
Qual é o segredo por trás de um festival bem feito?
O segredo do Capital Moto Week é ser feito por nós, todos nós! Dos colaboradores que passam o ano conosco aos fornecedores que vão agregando ao longo dos meses e demandas. Todas as bandas, expositores, patrocinadores e apoiadores. Nossa essência é a base do respeito e o fato de sermos caveira, porque embaixo da pele somos todos iguais. Temos uma liderança humanizada, hierarquia horizontal e voltada para a responsabilidade. Tudo isso transforma o CMW em uma energia que transborda e arrepia! Todos que trabalham no ‘Moto’ fazem isso de uma forma apaixonada e o resultado é a melhor experiência para todos os envolvidos.