Ruiter Roberto Silva, presidente do Corredores de Rua do Distrito Federal (CORDF)

Apoio para os corredores de rua

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Neste ano, as corridas de rua de Brasília contaram com um acréscimo de 30% de inscrições quando comparado a 2022, de acordo com o Corredores de Rua do Distrito Federal (CORDF). Apesar da entidade não ter registrado um aumento no número de corridas, foi avaliado que as provas realizadas na cidade tiveram um alto índice de inscrições esgotadas. 

Criado com a intenção de fomentar a prática da atividade física na capital, além de implementar corridas no DF, a associação é referência quando o assunto é oferecer suporte para os seus atletas associados. 

Por essa razão, uma das atividades de destaque no seu escopo de atuação está relacionada à promoção de excursões voltadas à prática da corrida. Com quase 25 anos de atuação, o CORDF, empreende viagens para os seus atletas participarem de provas em diferentes regiões do Brasil e do mundo.

“Podemos citar as viagens para as maratonas de São Paulo, Curitiba, Blumenau e Porto Alegre e para a Meia Maratona do Rio de Janeiro, 10 Milhas da Garoto, Volta do Cristo de Poços de Caldas, Volta da Pampulha e para a tradicional Corrida de São Silvestre. Além das duas viagens internacionais para a Maratona de Nova York em 1998 e 1999”, exemplifica Ruiter Roberto Silva, presidente do Corredores de Rua do Distrito Federal (CORDF).

Atualmente, em âmbito local, a entidade está empenhada em realizar projetos que descentralizam os eventos para as várias regiões administrativas do DF, além de providenciar as parcerias com os organizadores das corridas de rua para proporcionar melhores condições para os atletas, inclusive negociando descontos no valor das inscrições. 

A atuação do CORDF trouxe resultados positivos para a cidade. Ruiter pontua que, ao final dos anos 2000, as corridas de rua não tinham o público que têm hoje. No entanto, a presença da organização mudou esse cenário. 

“Tivemos um grande boom tanto no número de corridas quanto em atletas. Tornou-se comum eventos com mais de três mil participantes, por exemplo. Aos poucos, surgiram outros organizadores da modalidade no DF, que ajudaram a aumentar os eventos esportivos”, analisa.

Para o público infantil

Atualmente, a associação se mobiliza para trazer ao DF mais uma edição especial de corrida de rua para o Dia das Crianças. “As ações estão sendo executadas e o projeto já se encontra protocolado junto ao Ministério do Esporte, que é a entidade encarregada de repassar os valores para a realização da 1ª Corrida Kids”, conta.

O presidente do CORDF destaca que o evento será destinado a mil atletas mirins na pista de atletismo do CIEF, conforme solicitação protocolada pela entidade, junto à Secretaria de Estado de Educação do DF. “Cada criança terá o prazer de correr numa pista de atletismo revestida de ‘tartan’ como acontece com os atletas de alto rendimento. Cada um dos participantes terá seu nome anunciado no sistema de som antes da largada de sua bateria. Ao final da prova eles receberão medalhas, hidratação e lanche”, adianta. 

Para Ruiter, nos esportes em geral e especificamente no atletismo, fatores como tenacidade, foco, contundência são cruciais para se atingir os objetivos. Então, ao implementar a atividade com as crianças, é possível ajudar no desenvolvimento físico infantil e também contribuir para uma formação cidadã, fazendo com que o “mini-desportista” seja mais saudável, sustentável, determinado e com mais felicidade e qualidade de vida.

Três perguntas para Ruiter Roberto Silva, presidente do Corredores de Rua do Distrito Federal (CORDF):

Como surgiu o CORDF? 

O CORDF surgiu a partir de um grupo de atletas denominado Corredores do Sol, que no início de 1998, sempre se reuniam para correr, por volta das 12h, no Parque da Cidade, principal área verde da cidade. 

No dia 21 de abril, o grupo participou da maratona de revezamento, em comemoração ao aniversário de Brasília, e o espírito de equipe se consolidou ainda mais. Nessa época, houveram as primeiras conversas no sentido de fundar um clube de corredores de rua. 

No dia 05 de dezembro de 1998, o grupo ganhou personalidade jurídica com a fundação do Corredores de Rua do Distrito Federal (CORDF), onde o seu primeiro presidente foi Adeilton de Medeiros Cavalcante, falecido em 2007, que dedicou sua vida às viagens esportivas e corridas de rua. 

Quais são os maiores desafios para viabilizar as corridas de rua no DF?

Além dos altos custos para realização de corridas no Distrito Federal, há também a exigência de várias dezenas de documentos e declarações que são solicitados pelos órgãos públicos para a liberação de um percurso e do respectivo alvará eventual. No entanto, entendemos que a formalização ajuda a diminuir os problemas causados por eventos mal estruturados e planejados. Há também a concorrência desleal dos “organizadores aventureiros” que não entregam o que é fundamental numa corrida de rua, como deixar faltar água ou medalhas para os participantes.

Qual a importância da promoção do esporte na capital?

O esporte é vida! O sedentarismo é o pai de muitas doenças de nossos dias. O praticante de esportes, de maneira geral, tende a ser mais saudável, alegre e feliz. A corrida de rua é um esporte democrático e de baixo custo comparada com o tênis, natação e ciclismo, por exemplo. 

Os benefícios da prática das corridas para a saúde física e mental são indiscutíveis e a literatura científica tem muitos trabalhos comprovando tais benefícios. Também é através da prática esportiva que conseguiremos mudar a vida das pessoas, fazendo com que fujam das drogas, da alimentação desregrada e outras práticas danosas aos seres humanos e à nossa sociedade.