Liderança, comunicação e inteligência emocional são as habilidades que todo empreendedor precisa ter, de acordo com Vinícius Postai, CEO e fundador da MOAI. O empresário, responsável por criar a maior rede de networking da capital, conta com mais de 500 líderes presentes no seu ecossistema atualmente.
Ao se tornar um membro, o empreendedor que adentra a MOAI consegue constituir um ativo em seu negócio, além de possuir acesso às pessoas certas para solucionar desafios empresariais presentes no dia a dia. Para participar, basta possuir um CNPJ e um cliente, independente de ser um pequeno ou grande empreendedor.
Postai criou oportunidades e caminhos de sucesso para vários empreendedores. Após cinco anos da rede, ele enxerga que o cenário das empresas mudou e, com isso, tornou-se necessário aplicar ações que dialogassem com essas novas tendências.
Para isso, há uma grande aposta na troca de experiências práticas entre os associados, por meio de networking frequente, conhecimento técnico e ambientes voltados à geração de leads. Segundo ele, estar bem conectado e ter acesso às pessoas certas não é mais uma opção, mas sim uma necessidade para quem deseja ampliar e prosperar o próprio negócio.
“Os empreendedores nos buscam para encontrar um espaço para pensar fora da caixa, se conectar com outros empreendedores e, invariavelmente, estarem mais próximos de soluções aos desafios de seus negócios e oportunidades”, informa o CEO.
Buscando agregar positivamente às empresas, Postai inovou e trouxe ao Distrito Federal um novo conceito de conselhos estratégicos, que, na prática, diz respeito a um espaço responsável por reunir grupos de empreendedores de diferentes segmentos para aprimorar estratégias de negócios em conjunto.
A MOAI defende que aprender com erros e acertos, além de unir esforços, potencializam resultados a longo prazo. Dessa maneira, a metodologia vai a fundo nas tomadas de decisões mais críticas, junto com acompanhamento mensal de todos os desafios enfrentados pelos empresários.
Hoje em dia, a rede conta com 22 conselhos estratégicos, que são divididos em segmentos – bares e restaurantes; advogados; e empreendedorismo feminino. Há também grupos multissetoriais, para empresários que faturam entre R$ 1 e R$ 5 milhões; C-Level, para empresas a partir de R$ 5 milhões; e, agora, com a novidade: o High End, voltado para médias e grandes empresas.
“Temos nomes de peso do mercado como coordenadores dos conselhos, como Rafael Damas, da R2 Produções; Renato Santos, da MOAI Participações; Eduardo Gallo, da Mutante; Carol Borges da SPOT; e Bruno Ladeira, da Moringa Digital e portal de compras públicas”, comenta.
Buscando agregar conteúdos de valor para os seus membros, Vinícius indica que a MOAI está sempre antenada nas melhores instituições de educação corporativa e entretenimento. Contudo, o principal interlocutor para cases interessantes de ações voltadas aos empreendedores está na própria rede.
“Todos os meses nos reunimos com mais de 300 empreendedores em conselhos e eventos que realizamos, ouvimos os próprios clientes e trazemos soluções para suas principais dores”, explica.
Futuro do empreendedorismo
O relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado no começo deste ano, indicou que a taxa de empreendedores estabelecidos teve um incremento de 1,2 ponto percentual em 2021, passando de 8,7% para 9,9% quando comparado a 2020. O dado faz referência aos brasileiros que estão à frente de um negócio com mais de 3,5 anos.
O fundador da MOAI avalia de forma otimista o cenário do empreendedorismo no Brasil. O empresário indica que, apesar dos percalços causados pela pandemia, o país está aquecido. “Tivemos um crescimento acima do esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste trimestre e, além da alta, a inflação vem diminuindo. Vemos também bons números referentes a taxa de desemprego entre outros”, contextualiza.
Postai também avalia que a pandemia destacou a necessidade dos empresários buscarem o networking. O empreendedor ainda indica que o mundo está complexo demais para empreender sozinho e, por essa razão, cada vez mais empresários estão em busca de redes de negócio para se manterem atualizados e competitivos.
“Empresários vistos como mais tradicionais, que não investiam muito tempo com o networking, passaram a buscar grupos empresariais para estarem por dentro de tecnologias, oportunidades e ações de outros empreendedores”, destaca.
Iniciar uma carreira no empreendedorismo tem idade?
Nunca é cedo nem tarde para começar a empreender, mas é preciso estar ciente de que é uma jornada longa, árdua e que vai exigir muito da sua resiliência, inteligência emocional e conhecimento.
Qual a importância de saber lidar com as dores de um negócio?
Fundamental. Empreender é estar o tempo todo buscando novas formas de fazer as coisas melhor e de forma mais eficiente. O empresário precisa, continuamente, buscar gargalos em sua operação e traçar metas para resolvê-los.
De que forma as práticas ESG (Ambiental, Social e Governança, termo em português) devem estar conectadas com os negócios da atualidade?
O ESG manda um excelente recado para seus clientes e para o mercado, mas é preciso cuidado em se criar ações sustentáveis para o negócio. Vimos inúmeros casos de empresas que investiram muito em ESG e não conseguiram o impacto desejado, no entanto, com uma estratégia bem construída, o negócio pode, inclusive, criar um diferencial competitivo para o seu modelo.