Pelos, peludos e pelados

Peludos: foto mostra Renata Bernabé tosa pelos do seu cachorro Mel para diminuir o calor.
Publicado em Deixe um comentáriosaúde pet

Peludos: Certas raças de cães sofrem com o calor por causa do excesso de pelos. Aprenda a protegê-los das consequências do excesso de exposição solar.

 

 

Com a chegada do verão, os cuidados com os animais de estimação devem aumentar. A atenção ao sol e à hidratação do pet são essenciais, mas a pele e os pelos também exigem certa dedicação. Assim como as pessoas, eles precisam se adaptar ao calor. Pequenas alterações na rotina garantem a saúde dos mesmos. Nessa época do ano, os animais predispostos a reações dérmicas podem desenvolvê-las com mais facilidade, pois o calor intenso diminui a imunidade.Com a chegada do verão, os cuidados com os animais de estimação devem aumentar. A atenção ao sol e à hidratação do pet são essenciais, mas a pele e os pelos também exigem certa dedicação. Assim como as pessoas, eles precisam se adaptar ao calor. Pequenas alterações na rotina garantem a saúde dos mesmos. Nessa época do ano, os animais predispostos a reações dérmicas podem desenvolvê-las com mais facilidade, pois o calor intenso diminui a imunidade dos peludos.

Formado em medicina veterinária, Luis Carlos Pires, 28, é dono da golden retriever, Clara, que, além de sofrer de hipotireoidismo e hiperadrenocorticismo — problemas hormonais que têm manifestação também na pele —, foi diagnosticada com dermatite atópica.

foto de uma moça com seu cão que ilustra matéris sobre peludos.ludo
Foto: Minervino Junior/CB/@cbfotografia. Renata Bernabé tosa pelos do seu cachorro Mel para diminuir o calor.

Mais frequente em cães peludos, os sintomas da alergia se iniciam, normalmente, durante os três primeiros anos de vida do animal, sendo as lesões na pele as principais manifestações. Clara, por exemplo, é tratada da dermatite com alimentação natural e acupuntura e, apesar de a resposta aos medicamentos ser boa, durante o verão a coceira é intensificada. “A vermelhidão na pele também piora nos dias mais quentes, por isso, procuro fazer a tosa coincidir com as épocas de altas temperaturas”, comenta o tutor.

Entre os cuidados no verão, Luis Carlos opta por usar sabonete especial de germe de trigo, que não causa irritação à pele. Após o banho, um hidratante de uso veterinário ou sabonete a base de neem (planta asiática que possui atividade curativa) também auxiliam nos cuidados. “Costumo dar pedaços de maçã, banana e pepino nos dias mais quentes, pois eles aliviam o calor e ainda ajudam na limpeza dos dentes.” Apesar de a prática não ser padrão para a raça de Clara, os pelos são sempre tosados para facilitar os cuidados e a visualização da pele.

A dermatóloga veterinária, Bruna Rezende, reforça que o calor pode desencadear novas alergias ou piorar as já existentes. “Se o bichinho estiver se coçando muito, é bom ficar atento e levá-lo ao veterinário.” Por ser uma época de fácil transmissão de doenças como fungos e sarnas, o ideal é que cada pet tenha seu próprio kit para banho, com toalha e escova de pelo.

Cães albinos ou de pele branca merecem ainda mais atenção durante a estação. Devido ao calor intenso e a pele mais sensível, doenças como queimaduras são um grande perigo. Dessa forma, os tutores devem sempre manter os pets longe da exposição ao sol, mesmo que, devido à falta de calor no corpo, eles insistam em ficar.

A border collie, Mel, sofre no verão. A grande quantidade de pelos levou a tutora e estudante Renata Bernabé, 23, a optar pela tosa. “Eu gosto de tosá-la porque ela fica muito ofegante quando faz exercícios. Como a pelagem é muito longa, dá para perceber que ela se sente mais confortável.”  O pelo mais curto facilita a troca de calor, que acontece por meio do contato do corpo com o chão e principalmente pela respiração do animal. Tosar é, sim, uma ótima opção para os cães que ficam do lado de fora de casa. Porém, animais que possuem pelagem dupla — pelo  e subpelo —, não devem ser tosados muito curto, pois há o risco de os pelos não crescerem normalmente outra vez.

Recentemente Mel apresentou algumas lesões no focinho, e Renata, desconfiando do calor em excesso ser a causa, levou a cadela ao veterinário. Após a consulta, a recomendação foi para que Mel não ficasse exposta ao sol entre 10h e 16h. “Sempre evitamos brincar com ela por volta das 12h, porque os cães têm mais dificuldade de controlar a temperatura corporal, o que pode levar à hipertermia (elevação da temperatura do corpo).” Mesmo com toda a preocupação, Renata não evita cuidados extras — quando a brincadeira é no sol, a tutora costuma molhar um pouco o corpo de Mel para ajudar na termorregulação (regulagem da temperatura do corpo). Além disso, Renata se mantém sempre atenta a solos muito quentes, para evitar que machuque as patinhas da pet.

A dermatóloga veterinária Carolina Ferraz afirma que queimaduras nos coxins — parte fofinha da pata do animal — são muito comuns em dias de sol forte. “É muito importante escolher horários mais frescos para os passeios, assim, a hipertermia e esse tipo de lesão são evitados.” Caso o dono desconfie de alguma reação devido ao calor, vale verificar os espaços interdigitais (entre os dedos), a fim de procurar por áreas de vermelhidão. “Sempre procure um médico veterinário de confiança logo nos primeiros sintomas”, ressalta Carolina. Para os que gostam de vestir os pets, a indicação é que o animal use as roupinhas somente para dormir. Se ele passar muito tempo com a roupa no calor, o corpo pode superaquecer e, na pior das hipóteses, levar o animal a óbito.

Temperatura subiu?

Evite longas caminhadas, principalmente no período entre 10h e 16h, quando o sol está mais quente.
Fique atento às pulgas e carrapatos que, durante o verão, são de fácil proliferação.
Sempre deixar o pet em um espaço que tenha bastante sombra e água fresca.
Evite viagens longas ou mantê-los dentro de um carro parado.
Sempre disponibilize água fresca para o pet.
A tosa é uma ótima opção para aliviar o calor e evitar a contaminação por parasitas.
Evite o uso de perfumes para não desencadear alergias.
A frequência ideal de banho é a cada 15 dias.
Cuidado com brincadeiras na piscina! Caso o animal beba muita água com cloro, problemas gastrointestinais podem ser desencadeados.

(da Revista do Correio)

Bazar Solidário: Adoção com dose extra de amor

imagem mostra gatinha que espera por adoção.Bazar Solidário
Publicado em Deixe um comentárioSem categoria

Bazar solidário: Com a morte da protetora Suzane Faria, há dois anos, quatro gatinhos dividem o dia a dia num hotel à espera de uma nova família. Dificuldade de encontrar adotantes angustia o grupo Salvando Vidas, que vai promover bazar especial para custear despesas com os animais

 

(por Kátia Marsicano, especial para o Blog Mais Bichos)

 

Dizem que os olhos são a janela da alma. Mas, quando os olhos são felinos, certamente, a janela conduz a um universo muito mais profundo e transparente. Esta é a certeza que se tem quando nos deixamos hipnotizar pelo olhar de Tati, Lia, Daniel e Manoel. Há dois anos, pode-se dizer que eles só têm uns aos outros. Amanhecem e anoitecem juntos, procurando entre si o conforto que supra a ausência de quem mais os amava.

A psicóloga e protetora Suzane Faria os tirou da rua, cuidou, alimentou e fez tudo o que podia por eles – e por tantos outros – até ser vencida por um AVC que deixou, entre tantas consequências, a presença insubstituível na vida dos animais que dependiam dela.

Os quatro gatinhos que esperam há tanto tempo pela adoção passam longe do padrão utilitarista da grande maioria das pessoas que querem adotar. Não são filhotes fofinhos e brincalhões, não têm raça, não dão status e muito menos requerem cuidados especiais em pets de classe média. Pelo contrário. Precisam de doses extras de amor. São lindos e serenos adultos, que carregam em suas histórias as marcas do sofrimento que enfrentaram nas ruas e agora a dor de não ter uma família.

Imagem mostra animais para adoção no Bazar solidário

Desde que Suzane morreu, em março de 2014, estão hospedados em um  hotelzinho, na região do Jardim Botânico. Hoje, a proprietária Beta Jabor é a pessoa que mais conhece a personalidade de cada um. “São comportamentos bem diferentes”, conta ela. “A Tati é muito carente, ao contrário do Manoel, do Daniel e da Lia, que são mais reservados e preferem observar a gente à distância”. O resultado é a convivência solitária que, apesar de todos os esforços, tem se prolongado muito. O que deveria ser temporário aos poucos parece se consolidar, determinando o destino dos quatro a uma vida sem lar.

Tati, por exemplo, uma escaminha totalmente sociável e meiga, tem cistite idiopática, uma doença normalmente causada por situações de estresse e que levam o bichinho a sentir dor na hora de urinar. Lia, a frajolinha recatada, não é menos sensível. Chegou a ser adotada por uma família mas a adoção não se consolidou e ela foi devolvida ao hotelzinho. O resultado foi perda de peso e uma severa falta de apetite que se estenderam por vários meses até ela se recuperar.

Manoel (pretinho) e Daniel (tigrado) são tranquilos, mas precisam de tempo. Do tempo felino. Porque, como diria Arthur da Távola, em sua Ode ao gato, eles não se relacionam com a aparência – vêem além, por dentro e pelo avesso. Relacionam-se com a essência.  Os dois requerem dedicação e muito afeto sincero até serem conquistados e adquirirem a confiança em um novo ambiente e com pessoas diferentes.

 

imagem mostra gatinha para adoção no bazar solidário
Cris

Doçura – Além dos quatro gatinhos que vivem no hotel, outra que também está à espera de uma oportunidade de ser adotada é a Cris. Diagnosticada com Felv, o vírus da leucemia felina, encontrou acolhimento em um lar temporário especial. Dócil e meiga, não desenvolveu a doença e está totalmente saudável e pronta para viver em uma família definitiva.

Angústia – Para Maria José Veloso -, ou Zezé, como é mais conhecida -, e Claudia Helena Guimarães, as companheiras de Suzane na proteção animal, fundadoras do grupo Salvando Vidas Protetores Independentes, o sofrimento e a angústia são constantes, principalmente pela impotência na luta pela busca de adotantes para os gatinhos. Encontrar pessoas dispostas a assumir a responsabilidade e abrir um espaço no coração e na vida para os bichinhos é como um sonho que se renova diariamente, apesar dos momentos de desânimo.

“Às vezes, me sinto devendo à minha amiga”, diz Zezé, que tem dedicado toda a renda da sua atividade de pet sitter e parte do salário para pagar a hospedagem e as despesas com ração, areia, medicamentos, vacinas, exames e consultas veterinárias. São mais de R$ 1.800,00 mil por mês, que, infelizmente, são dispendidos sem a colaboração das doações que durante muito tempo eram feitas para ajudar os animais. Regularmente, o grupo recebe apenas R$135,00. “O Salvando Vidas, por conta de toda essa situação está com suas atividades bastante limitadas, mas estamos sempre orientando as pessoas que nos procuram, encaminhando animais para castração, enfim, é o que podemos fazer neste momento”, afirma Cláudia. “Os bazares continuam sendo realizados para arrecadação de recursos, por isso todo apoio é muito bem-vindo”. Para quem não puder se candidatar a adotar um dos gatinhos, qualquer forma de ajudar está valendo: desde contribuições financeiras a doações de ração e areia. Além das despesas com os gatinhos, ainda está pendente o pagamento de dívidas em clínicas parceiras que atendiam os animais.

Para o ano novo que se aproxima, momento em que todos desejam o que há de melhor e renovam as esperanças, Cláudia e Zezé esperam apenas uma coisa: uma vida feliz para Tati, Lia, Manoel,  Daniel e Cris. Se Deus quiser…

 

Serviço:

Bazar e Tarde de Tortas – Dia 3 de dezembro, das 9h às 17h, no salão de festas do Bloco H, da 215 Norte

Para conhecer Tati, Lia, Manoel, Daniel e Cris, contribuir financeiramente ou doar ração e areia.

SVPI  –  svpibsb@gmail.com

Cláudia –   cadi.hmg@hotmail.com

Zezé–  veloso43@hotmail.com

Kátia –  katiamarsicano@gmail.com

Cara de um, focinho do outro

imagem mostar dona com sua cadelinha.
Publicado em Deixe um comentárioanimais
Não raramente, o pet acaba reproduzindo algo da personalidade do tutor. Mais surpreende é quando, de tão ligados um ao outro, acabam adoecendo juntos
 O laço entre os donos e seus bichos de estimação é forte. Vejamos o caso do aposentado Carlos Alberto dos Santos, 79 anos, dono do pinscher Ricky. “Quando viajo, ele fica na sala, esperando a minha volta. Alguém tem que colocar a caminha dele perto da porta, senão ele não dorme direito”. Em uma dessas separações temporárias, Ricky ficou tão nostálgico que se recusou a comer. Carlos teve que conversar ao telefone com o cachorro para que ele voltasse a se alimentar normalmente.
Os dois estão sempre juntos e Ricky não disfarça o ciúme que sente: “Quando ele está comigo, não deixa ninguém encostar em mim.” Quando quer sossego, Carlos se aproveita da proteção do animal. “Na hora de ver tevê, eu falo: ‘Ricky, não deixa ninguém incomodar o papai’. E é isso que ele faz.” Se alguém tenta uma aproximação, o cãozinho fica feroz. Até a mulher de Carlos já se convenceu: um é a cara do outro. “Nós dois somos muito teimosos, não dá para negar. Sempre impomos o que queremos e, quando ele quer dormir, por exemplo, fica atrás de mim até eu me deitar também, senão ele não dorme. Quando ele quer comida, também fica pulando sem parar até conseguir”, diverte-se.“É comum ver bichos que são parecidos com seus tutores porque o convívio e a personalidade do tutor tem essa influência sobre o animal. Depende muito da criação, mas também do comportamento do pet”, confirma a médica veterinária Ana Carolina Amorim. Mas a ligação entre Carlos e Ricky vai além. “As pessoas falam que até o nosso jeito de andar é igual”, brinca. E arremata: “Acho supernormal desenvolver características parecidas tanto na feição quanto no jeito”. Como prova de amor, o aposentado, que tem medo de agulhas, superou a fobia e tatuou um retrato do melhor amigo no braço.Por vezes, essa sintonia parece influenciar na saúde. Não é raro que os pets adoeçam com os tutores. A médica veterinária Ana Catarina Valle, especialista em acupuntura e homeopatia, acredita que as mascotes são sensíveis à “vibração” dos humanos. “Certa vez, atendi um animal que estava com uma cistite de repetição que não melhorava com nada. A dona acreditava que a homeopatia poderia ajudá-lo e me procurou. De fato, em um primeiro momento, ajudou bastante. Porém, meses depois, a tutora ligou e disse que os sintomas haviam voltado”, relata. Desconfiada, a profissional voltou a investigar o caso e descobriu que a cliente também tinha cistite — tutora e mascote entravam em crise ao mesmo tempo, com sintomas muito parecidos. Estranho, né?A professora Pauline Maximiliano acredita ter vivido uma experiência que comprova essa ideia. Bonnie, sua mascote, estava com um problema de pele de difícil identificação. Depois de várias visitas ao consultório veterinário, a profissional que as atendia passou a questionar a ansiedade da professora. Resultado: Bonnie recebeu uma receita homeopática e Pauline foi aconselhada a cuidar do aspecto psicológico. “Fiquei mais tranquila e percebi que a Bonnie também ficou mais calma”, recorda. E assim, sem uma explicação perfeitamente racional, a dermatite da cadelinha foi superada.Já a veterinária Ana Carolina Amori sugere prudência para não superestimar esses laços. “As pessoas acham que os animais estão apresentando o comportamento igual ao nosso porque a tendência é humanizá-los. É importante enxergar que animal é animal, que ele tem suas próprias necessidades”, argumenta. Para ela, quando os bichinhos apresentam os mesmos sintomas que os donos, é essencial investigar as causas. “Temos que ficar de olho para ter certeza que não é nenhuma zoonose (doenças transmitidas para o homem pelos animais e vice-versa), por exemplo.”Fenômeno energético?
Para a médica veterinária Daniela Lopes, os bichos “conversam” energeticamente com os humanos. Daniela é adepta da teoria do “campo mórfico”, idealizada pelo biólogo e parapsicólogo inglês Rupert Sheldrake. Segundo essa hipótese, os seres têm campos vibracionais permeáveis e que podem ser compartilhados. “Isso (de mascotes e donos desenvolverem traços em comum, inclusive doenças) ocorre quando há grande convivência. É algo normal”, explica a veterinária.

Dieta de alta qualidade

Publicado em 1 ComentárioAlimentação Pet

Ração: A decisão de trocar por alimentos in natura conquista os donos de pets. A ideia é melhorar o aspecto nutricional da refeição, garantindo mais saúde aos bichinhos

 

O bem-estar dos bichinhos de estimação é prioridade. Pensando nisso, muitos tutores proporcionam ao pet uma dieta natural. São refeições à base de alimentos não processados, livres dos conservantes da ração industrializada. Quem obteve muitos benefícios com a mudança de hábito alimentar foi o gatinho Godot, 15 anos. A dona do felino, a professora Simone Lima, 52, conta que adiou diversas vezes a mudança de cardápio, mas tomou a decisão quando o bichano começou a sofrer de problemas renais. “A demanda nutricional do gato é grande e eu me preocupava muito porque a ração industrializada seca quase não oferece umidade, o que é primordial para os gatos, uma vez que eles não sentem muita sede”, explica.

Após dois anos com a nova dieta, Godot, que é idoso, continua muito ativo e saudável, e até seu pelo está mais bonito. O problema renal foi totalmente revertido. “Os parâmetros fisiológicos dele melhoraram muito. E isso foi conquistado pela comida — mais úmida e com ingredientes saudáveis”, comemora Simone. A transição foi feita aos poucos: a tutora misturava a ração industrializada na comida fresca, sempre acrescentando levedura nutricional. Depois de uma semana, Godot já adorava a nova alimentação.

Não é que a ração pronta seja ruim para os pets, como explica o casal de veterinários Bruna e Kaue Morales, especializados em nutrição. “O melhor tipo de ração depende muito do que cada dono quer, mas a natural, de fato, apresenta maior quantidade de água e não sobrecarrega tanto os rins”, comenta Bruna. “As melhorias são muitas, e para ter uma ideia do conceito da alimentação natural, é só pensar em uma pessoa que só consome produtos industrializados e compará-la a outra que tem uma dieta livre de conservantes”, complementa Kaue.

De acordo com Bruna, entre os benefícios, é possível notar que as fezes dos animais ficam menores, mais sequinhas e quase sem odor, pois a absorção de nutrientes é maior. Além disso, a pelagem fica mais bonita e brilhante. “A alimentação natural supre todas as necessidades nutricionais do animal e é totalmente possível de ser preparada em casa. Para isso, basta ter orientação veterinária quanto à quantidade e tipos de alimentos permitidos para cada pet, e quais são as suplementações necessárias”, ensina a veterinária.

foto do gatinho Apolo, seus donos trocaram a ração por alimentação natural.
Foto: Arquivo Pessoal. Gatinho Apolo come alimentação natural.

O gatinho Apolo, 8 meses, sofre de prolapso no ânus (hemorroida) e tinha muita dificuldade na hora de defecar. Pensando na melhora do bichano, a bancária Luciana Schlottfeldt, 37 anos, decidiu investir em alimentação natural e úmida. “Fiquei um pouco receosa no início, mas ele nunca recusou a nova dieta — as carnes variam e ele não enjoa”, conta. A qualidade de vida de Apolo melhorou da água para o vinho.

Foi por indicação de um veterinário de abordagem mais alternativa que Luciana decidiu adaptar a dieta de Apolo. Como não tem tempo de preparar a refeição, ela recorre a um fornecedor. “Eu compro porções e congelo. Não gosto de cozinhar, mas sei que seria o ideal. Para isso, teria que saber bem sobre a alimentação, porque tenho consciência que não pode ser qualquer comida, como as que a gente come.” A ideia agora é manter a dieta natural. “Acredito que a alimentação orgânica e sem conservantes é ideal para todo mundo, não só para os pets”, reconhece.

Desde o ano passado, a cadela Bebel enfrenta um câncer na pata. Com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico da mascote, sua tutora, a advogada June Medeiros, 50, buscou diversas opiniões. “Eu sempre quis mudar a dieta dela, mas ainda não tinha encontrado aqui, em Brasília, alguém que fizesse esse tipo de acompanhamento. Eu sei que a alimentação natural depende de uma orientação veterinária para que não haja deficiências nutricionais para o cachorro.” June conta que a decisão foi acertada. “Desde a mudança na dieta, ela tem mais disposição. O intestino da Bebel também tem funcionado bem e, apesar de ter tido uma doença grave, ela tem adoecido menos do que quando comia ração industrializada.”

 

 

O médico veterinário Luciano Pasin trabalha com nutrologia há 2 anos e está se especializando em oncologia. Ele ressalta que a alimentação natural é a melhor opção desde que os tutores sigam corretamente as orientações prescritas por um veterinário nutrólogo capacitado, em vez de fazerem por conta própria. Luciano trabalha somente com cães e afirma que, quando o cardápio é balanceado, não somente em proteínas, fibras, gorduras e carboidratos, mas também em vitaminas e minerais, a melhora é visível. “A imunidade reage, principalmente entre pacientes geriátricos ou com câncer. Os problemas de pele se resolvem; o emagrecimento acontece com muito mais rapidez; o metabolismo e os hormônios se equilibram; e os sinais de envelhecimento são retardados”, enumera.

Luciano adverte quanto ao preparo dos alimentos. “Métodos como fritar e grelhar excessivamente liberam substâncias potencialmente cancerígenas. Cozinhar no micro-ondas também diminui significativamente a quantidade e qualidade de vitaminas e fitonutrientes.” Alguns alimentos estão sempre presentes nos cardápios que Luciano elabora, como ovos, carnes magras, brócolis, abobrinha, cenoura, vagem, óleo de coco e azeite de oliva extravirgem. “Eu sei que é um pouco mais trabalhoso preparar a comida em casa, mas vale muito a pena. Não tem conservantes e eu sei o que a Bebel está comendo”, exalta June. “O fato de ter aliado o tratamento convencional do câncer com a alimentação natural e os nutracêuticos foi fundamental para a melhora dela. Ainda mais durante o processo de químio, que não é fácil.”

Serviço

Assessoria nutricional para pets

-Gourpet

(61) 98551-1557 e 99626-7200

-Comida Pet

(61) 99291-7076

-Cãolinária

Apesar de estar localizado em São Paulo,

o site http://caolinaria.com.br/

oferece diferentes cardápios de alimentação natural para quem quer cozinhar para o pet.

-Clínica Pet & Etc

Localizado no interior de São Paulo, o dr. Luciano Pasin oferece assessoria nutricional para todo o país.

(19) 3801-6563

-Animal Natural

Empresa de consultoria nutricional e venda de produto para animais localizada em São Paulo.

http://www.animalnatural.com.br/

(11) 4116-3132

Pet friendly, cães podem entrar

Pet friendly,foto mostra dona de uma cachorrinha passeando com ela em um shopping
Publicado em 1 Comentáriobichos

Pet friendly, cada vez mais shoppings e restaurantes aderem ao conceito, isso significa que os donos podem frequentar esses locais em companhia dos animais.

 

Os cachorros são, de fato, grandes companheiros do homem. Carinho imensurável que surge daí o desejo de carregá-lo para todos os lugares. É o caso da empresária Danielle Wolff, que faz questão de levar a lhasa apso Brisa em todos os passeios, como restaurantes, bares e salão de beleza. “Mas o lugar preferido dela é o shopping”, comenta. A cadelinha tem até seu próprio carrinho de passeio e, quando percebe Danielle preparando o transporte, já fica toda animada. Apesar de ser um sucesso entre todas as faixas etárias, são as crianças que ficam enlouquecidas com o charme do pet. “O pessoal que passa por ela a mima muito, faz carinho e pede foto. Parece celebridade!” Brisa mostra que merece o privilégio, pois, além de muito comportada, não late para ninguém. Fica tão feliz nas lojas que não sente nem necessidade de fazer xixi.

Às vezes, a dupla ganha a companhia de outros pets, que também adoram esse tipo de passeio. A rotina de ambas no shopping se resume a uma volta para espiar as lojas, com direito a compras de roupinhas e acessórios para a cadela. Para finalizar, um lanchinho para repor as energias. “Sempre compro salada de frutas porque ela adora! É muito companheira.” A tutora, no entanto, tem o cuidado de não exceder o limite de permanência de duas horas, como é permitido no local, inclusive para prezar pelo bem-estar da cadelinha. “Ela acaba se cansando e, apesar de nunca ter feito as necessidades dela em lugares fechados, fico preocupada com isso.”

O mesmo acontece com Malu, a mestiça de lhasa com yorkshire que não recusa um convite para ir ao shopping. A jornalista Mariana Torres, dona da cadela, conta que sua pet também tem um carrinho específico para esse tipo de programação e que a agenda de Malu é mais cheia do que a sua. “Quando não é shopping ou restaurante, vamos para a pracinha, aniversário de cachorro ou eventos especiais para os pets.” Tão acostumada aos momentos de lazer que, apesar de o carrinho ter um local exclusivo para prender a coleira, Mariana não vê necessidade de fazê-lo, pois confia que a pequena nunca pularia. “Ela é uma lady. Sempre falo que ela não acha nem que é gente, ela tem certeza”, brinca.

Mas não é para menos. Em alguns eventos, Mariana faz questão de vestir Malu com as mesmas roupas que ela e a cadelinha adora ser produzida. Para a jornalista, os estabelecimentos da cidade deveriam estar mais abertos ao conceito “pet friendly”, que, na prática, significa que o local é receptivo à presença de animais. A filosofia é muito importante para pessoas que, como ela, consideram os pets como parte da família. “Ela é muito calma e comportada, não vejo problema algum em levá-la para os lugares.”

Eventos sociais, específicos para cachorro, são comuns para Malu. Entre desfiles e festas juninas, a cadela sempre tem seus compromissos. Em julho, o shopping Conjunto Nacional abriu as portas para os cachorros e realizou um grande evento de inauguração no mês passado. “Não deu para a gente ir dessa vez, mas acho bacana demais o shopping fazer esse tipo de evento para cachorrinhos. Eles se divertem e a gente também.”

Segundo a gerente de marketing do estabelecimento, Cláudia Durães, o grande incentivo que levou o local a permitir a presença de cães foi o aumento do número de pets.  Além disso, os animais de estimação passaram a ser membros da família, e essa relação, extremamente saudável, não poderia ficar de fora. “Queremos proporcionar um ambiente agradável, tranquilo e seguro para que nosso cliente possa viver uma experiência legal, com o melhor amigo ao seu lado”, defende. O Conjunto Nacional é o único shopping de Brasília que, além de cães de pequeno e médio porte, aceita também os cães de grande porte, como labradores. Só não se esqueça de garantir a segurança do seu pet, fazendo o uso correto da guia.

O ParkShopping também faz questão de realçar a importância em aceitar os pets em seu estabelecimento. Lá, desde 2010, os cães de pequeno porte são bem-vindos. “Sabemos que muitos clientes gostam da companhia de seus pets não somente em casa, mas também em seus momentos de lazer, quando saem para passear. Se passear no shopping já é bom, imagine com seu bichinho de estimação?”, comenta a gerente de marketing Natália Vaz. Segundo a mesma, os cães de grande porte infelizmente não são permitidos. Ela argumenta que ali, por ser um ambiente muito movimentado, os bichinhos podem ficar estressados.

Assim como Brisa e Malu, o pequeno dachshund Biscoito não dispensa um passeio. A sua tutora, a estudante Giulia Dickel, não desgruda do cãozinho: “Desde que ele chegou aqui em casa, evito ao máximo deixá-lo sozinho. Levo até mesmo para casa dos meus amigos ou família, e todos amam.” Nos shoppings, Biscoito chama a atenção de todos com o comportamento sossegado e cheirinho de banho. Desde crianças até idosos param para brincar com o cão. “Sempre que quero ir ao shopping, escolho um bem ‘pet family’ e todas as pessoas se divertem com ele.”

Onde eles podem entrar

Shoppings
Iguatemi Shopping: cães de pequeno porte na coleira. Nos fins de semana e feriados, os pets devem permanecer no colo dos donos ou em transporte apropriado, como carrinho ou bolsa.
ParkShopping: cães de pequeno porte em bolsas especiais ou carrinhos.
Conjunto Nacional: cães de pequeno, médio e grande porte, sempre na guia.
Boulevard: cães de pequeno porte no colo dos donos ou em transporte apropriado, como carrinho ou bolsa.
Leroy Merlin: cães de pequeno porte no colo ou em carrinhos.

Restaurantes
Fratello Uno: 103 Sul e 109 Norte.
Fran’s Café: 209 Norte.

Parques
Parcão: no estacionamento 6 do Parque da Cidade. A área é cercada, e os cães podem brincar soltos.
Parcão do Cruzeiro: o parque elaborado para os cães permite que os mesmos brinquem livremente, sem preocupações (EPIA  – 3663).

Atenção
Vale lembrar que cães guia (que conduzem os cegos) são permitidos em qualquer espaço, tanto estabelecimentos públicos quanto privados, desde junho de 2005, segundo a lei 11.126/05.

(da Revista do Correio)

 

 

Sonhos intranquilos

foto da cadelinha Lolla.sono dos bichos
Publicado em Deixe um comentáriosaúde pet

Sono: Cães podem sofrer de apneia, ronco, narcolepsia e até de insônia. Distúrbios do sono não têm causa definida e devem ser avaliados caso a caso

 

Uma boa noite de sono repercute em diversos aspectos da saúde e do bem-estar. A hora do repouso é algo esperado e valorizado inclusive pelos bichinhos. Assim como os humanos, eles sonham e podem ter distúrbios do sono. Quem entende bem disso é a estudante Carla Teixeira, 20 anos, dona da cachorrinha Frida. Desde a tenra idade, a chin (spaniel japonês) de 4 anos apresenta falta de ar enquanto dorme. O diagnóstico? Apneia noturna.

A tutora conta que a cachorrinha, de focinho pequeno e achatado (braquicéfalo), nunca havia dado sinais de dificuldade respiratória enquanto acordada. “Quando ela começou a apresentar esse quadro, levamos um susto. Para nós, era tudo novo e não sabíamos como lidar. Acreditávamos que era uma espécie de espirro reverso e fazíamos massagem no pescoço dela. Depois, notamos que poderia ser algo mais”, lembra. Como as crises eram angustiantes, Carla resolveu procurar ajuda. “Acredito que ela já tenha se acostumado. Ficamos atentos à respiração e a barulhos que ela faz durante a noite”, diz. A família dá todo o suporte e, segundo a estudante, as visitas ao veterinário são constantes.

Além da apneia, que geralmente é acompanhada de ronco e cansaço durante o dia, os pets são muito suscetíveis a narcolepsia  — estado de sono súbito e profundo, com paralisação total ou parcial dos músculos. Já a insônia é um tanto quanto rara e, na maioria das vezes, reflexo de outros problemas, tais como artrite, insuficiência renal, alergia ou tireoidismo. A médica veterinária

Francielle Kushminski explica que os donos precisam estar atentos à quantidade de cochilos do animal durante o dia. “Os distúrbios do sono podem estar atrelados a problemas de saúde, como vermes e até mesmo problemas neurológicos. Normalmente, as sonecas são um alerta”, explica. O quadro pode ser passageiro e inofensivo, mas apenas exames clínicos e laboratoriais fecharão o diagnóstico.

Quando a estudante Gabriela Abreu, 18 anos, levou a buldoque francês Kira, 4, ao veterinário, confirmou suas suspeitas: a raça é muito suscetível a problemas de sono por conta do focinho achatado, que dificulta a respiração. Os roncos de Kira são tão altos que a caminha dela fica em local afastado, para que o barulho não incomode os demais moradores da casa. “Recebemos orientação de que é melhor poupá-la de exercício físico, sobretudo em dias secos e ensolarados. Além disso, a Kira tem muita alergia — creio que isso colabore ainda mais para os roncos dela”, aponta a jovem. Fora os roncos, a cachorrinha é tranquila e, no quesito sono, acompanha os horários da família.

A veterinária Ana Catarina Valle alerta para os casos de sono irregular. A inconstância é um indício forte de distúrbio, mas a confirmação é feita com exames como tomografia e ressonância magnética. O tratamento varia de animal para animal, mas, para a especialista, a homeopatia e a acupuntura são excelentes aliados. “A medicina chinesa tem base em horários biológicos. Por exemplo, se o cãozinho apresenta insônia entre a 1h e as 3h, investigamos uma alteração hepática”, esclarece.

foto de um casal com sua cadelinha.sono.
Foto: Jhonatan Vieira/@cbfotografia Cadela Lola, de Rogerio Duarte e Ariella Oumori.

A beagle Lolla, de 3 anos, vive assustando os donos, Ariella Oumori, 25, e Rogério Duarte, 27. A cadelinha tem um sono agitado, com sonhos que a fazem chorar, mexer as patinhas e até latir. “Às vezes, ficamos com vontade de acordá-la, mas sempre deixamos pra lá”, comenta Ariella. A veterinária Francielle Kushminski ressalta que o sono dos pets é dividido em duas fases: não REM (Rapid Eye Movement) e REM. “Na segunda, o sono é profundo. Os cães sonham, podem fazer sons e até mesmo movimentos”, ensina.

Especialistas acreditam que o cão deve ter um sono calmo e um horário biológico que acompanhe o do dono. Para a veterinária Ana Catarina Valle, uma casa com harmonia colabora diretamente para um sono tranquilo. Hábitos saudáveis também colaboram para o bem-estar dos fiéis companheiros — inclusive nas horas de descanso.

 

Você sabia?

Humanos costumam seguir um padrão binário de sono: dormem cerca de 8 horas durante a noite e ficam acordados de dia. Cachorros, não.

         Normalmente, eles ficam:
20% do dia acordados e ativos
30% do dia acordados, mas inativos
50% do dia dormindo

         Hora de sonhar
Entre os humanos, o estágio REM corresponde a 25% do sono.
Entre os cães, não passa de 10%

 

(da Revista do Correio)

Cães e gatos: Dupla dinâmica

Publicado em Deixe um comentáriobichos

Cães e gatos são inimigos em desenhos animados, mas, na vida real, podem se dar superbem

 

A velha história de que cães e gatos não se dão bem não passa de lenda. Os bichinhos podem, sim, viver em harmonia no mesmo ambiente. A professora Patrícia Marangon tem, em casa, três gatos (Pitágoras, Catarina e Gael) e uma cadela (Dalila) e, por incrível que pareça, os pets nunca precisaram ser apartados. “Eles se curtem muito. Cada um tem a sua personalidade e jeitinho de ser, e isso influencia muito, mas sempre os vejo muito abertos a uma aproximação.”

(da Revista do Correio)

foto mostra amizade4 entre cães e gatos
Foto: Arquivo Pessoal. Todos juntos – cadela Fridha e gatinhos Catarina, Pitágoras e Gael.

O primeiro adotado foi Pitágoras, que, apesar de uma síndrome no intestino que causava receio quanto  à introdução de outro bicho na família, abriu espaço para Catarina. Antes de Dalila, havia ainda a cadela Fridha, hoje falecida. “Quando a Fridha chegou, ficou totalmente recuada. Ela sempre respeitou muito o espaço dos gatos”, lembra a professora. A convivência foi pacífica desde o primeiro momento, mas, um dia, Gael tomou a iniciativa de acariciar as patas da cadela. Foi o início de uma bela amizade. “O Gael tem um espírito meio de cachorro e viu em Fridha uma mãe — dormia com ela, ficava juntinho o tempo todo”, recorda a dona.

Dalila entrou na história em 2014, quando Fridha já havia partido. Como ela havia sido resgatada da rua, pouco se sabia sobre sua personalidade. Felizmente, deu tudo certo. “Ela e Gael se dão superbem. Às vezes, ela tenta brincar com os outros gatos, mas eles já não curtem tanto”, detalha. Há momentos em que cada um fica na sua, mas quando Patrícia e a companheira estão em casa, a família se reúne — nos fins de semana, já é uma tradição que fiquem todos no sofá para ver televisão. “Essa história de cães e gatos não se darem bem é besteira. Vejo que todos se respeitam muito e o que faz diferença é a forma como o ser humano possibilita a aproximação”, resume.

A médica veterinária Valéria Cunha explica que qualquer animal pode conviver com outro desde que haja um preparo para isso. Quanto antes o novo pet for introduzido, melhor para a dinâmica do lar. “Isso não quer dizer que, se um deles for mais velho, não dará certo. É só apresentar de forma correta”, aconselha. Pedro Ilha, também médico veterinário, concorda e vê benefícios na companhia que um bichinho faz ao outro. “Hoje em dia, as pessoas trabalham muito, ficam muito tempo ausentes de casa. Então, é legal um ter ao outro. Assim, ficam menos solitários.”

Esse é o caso da cadela Nina e do gatinho Mimi, que não se desgrudam.
A dona, a estudante Amanda Medeiros, conta que Nina sempre gostou de gatos. “Quando descíamos para passear, ela corria para um prédio onde havia uma gatinha e ficava de olho. Por causa desse encanto dela, eu quis adotar um gato, mas o meu medo era de que o bichano a arranhasse.” Amanda deu uma chance e adotou Mimi, que, quando chegou, fez Nina pular de tanta alegria. “Ela cheirava, lambia e não saía do lado da caixinha dele. Ela virou mãe do Mimi. Os dois são superunidos”, relata.

foto mostra amizade entre cães e gatos
Foto: Arquivo Pessoal. Cadela Nina com o gatinho Mimi.

O carinho de um pelo outro é tão grande que, quando Mimi tenta dar uma escapadinha e desce escondido as escadas do prédio, Nina vai atrás e o busca. Quando chegam em casa, os dois brigam, mas logo se acertam novamente. Se tem visita e alguém quer passar a mão em Mimi, Nina fica cheia de ciúme e já chega cheirando a pessoa para ter certeza de que está tudo bem. Além disso, os dois dormem juntos e, quando um acorda, o outro também se levanta.

Amanda acredita que essa interação depende muito da personalidade de cada animal. “Existe cachorro que não se dá bem com cachorro, e gato que não gosta de gato. Isso não tem nada a ver com a espécie. Esse papo de que cão e gato se odeiam é uma ideia vendida por filmes e desenhos animados”, critica. O veterinário Pedro Ilha ajuda a desmistificar essa questão: “Cães e gatos têm formas diferentes de manifestar carinho. É errado comparar os dois. Às vezes, o felino pode se estressar só de sentir o cheiro de cachorro, mas são felinos que nunca tiveram nenhum contato com cães”.

Outra história de amizade entre espécies é a dos pets da jornalista Ana Maria Sousa. A cadela Letícia era a única na casa até a chegada de Lancelot, que por ser muito pequeno, era o “protegido”. “Quando minha filha, Bárbara, chegou com o gatinho, pensei que seria uma confusão enorme. Ela o protegia o tempo todo para que Letícia não fizesse nada contra ele.” Mas, ao contrário do que imaginavam, depois de um tempo, os dois se deram muito bem e hoje não se incomodam em dormir juntos ou dividir rações e carinhos.

Para Ana Maria, o fator decisivo para a adaptação é o ambiente. “Acho que o animal absorve muito do estilo de vida dos donos, então a forma que os criamos facilitou. A Lele é muito receptiva com tudo e todos, talvez por isso tenha sido tão tranquilo.” De vez em quando, o gatinho Lancelot gosta de atiçar a cadela com tapas, mas, mesmo assim, Letícia mantém a pose e continua sossegada em seu canto, provando que até os pets sabem relevar alguns comportamentos em prol da boa convivência.

Assista o vídeo:

https://youtu.be/M7vzaiwhVLE

Bichos: Confira os eventos do fim de semana

Publicado em Deixe um comentáriobichos

Muitos bichos para adoção em três feiras, evento de observação de pássaros prometem balançar o fim de semana do brasiliense. Aproveite,adote um peludinho e seja uma pessoa mais feliz!

 

cartaz da feira de adoção de bichos da SHB

 

 

Feira de adoção SHB

Sábado 22, das 10h às 16h

SIA trecho 2 – Petz

 

 

 

 

 

 

 

cartaz da feira de adoção de bichos do armazém rural

 

Feira de adoção do Armazém Rural

Sábado 22, das 9h às 15h

409 sul

 

 

 

 

 

 

 

cartaz de feira de adoção de bichos Atevi

 

 

 

Feira de adoção ATEVI

Sábado 22, das 09h às 15h

408 Norte

 

 

 

 

 

 

 

Bichos.foto de uma pessoa observando pássaros

 

Big Day Brasil: um dia para passarinhar

No dia 22 de outubro acontece o Big Day Brasil, evento que reúne pessoas de todo o País para um desafio: observar o maior número de espécies de aves livres em 24 horas. É possível participar de qualquer lugar, seja da janela de casa, nas ruas, em um parque ou numa Unidade de Conservação. O importante é “capturar” a ave com os olhos, sem incomodar o pássaro ou o ninho. As espécies observadas devem ser listadas na plataforma colaborativa eBird  com informações, fotos e/ou filmes.

 

 

 

O menino que sofre e se indigne diante dos maus tratos infligidos aos animais, será bom e generoso com os homens.

Benjamin Franklin

Adoção de animais: Confira as feiras do fim de semana

Confira as feiras de adoção de animais
Publicado em Deixe um comentárioadoção

Adoção de animais nesse fim de semana

Abrigos do DF realizam várias feiras de adoção de animais neste fim de semana. Agora só não adota quem não quer.

imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

Feira de adoção de bichos do Abrigo Flora e Fauna

sábado 15/10 das 11h às 16h

108 sul

 

 


imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

 

Feira de adoção de bichos e campanha de prevenção do câncer de mama em animais

do Projeto São Francisco

sábado 15.10 das 10h às 15h

SIA trecho 2, ao lado da Gravia

 

 


imagem mostra cartaz deimagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

 

Feira de adoção de bichos da  Atevi

sábado 15.10 das 09h às 15h

CLSW 101,bloco A, loja 42

 

 

 


imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

Feira de adoção de bichos do Abrigo Flora e Fauna

Domingo 16/10 da 11h às 15h

SIA trecho 2, ao lado da Gravia

 

 

 

Os animais são amigos tão agradáveis: não fazem perguntas, não criticam.

George Eliot

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Adotar um pet: Até parecem de pelúcia

imagem mostra crianças com seus pets.Adotar um pet
Publicado em Deixe um comentárioadoção

Adotar um pet é um presentão para as crianças. Além de encantar, os bichinhos  contribuem para uma vida mais sadia

 

É comum as crianças pedirem um bichinho de estimação “de presente”. Preocupados com o trabalho e a responsabilidade resultantes da adoção, os pais nem sempre cedem. Há, porém, um bom argumento para aumentar a família: os pets colaboram para o desenvolvimento da inteligência emocional infantil.

A bióloga Deborah Villeth é defensora dessa tese. Mãe da Beatriz, 10 anos, e da Mariana, 7, tem, atualmente, seis cachorros em casa. “Desde que minhas filhas eram bebês, elas convivem com cães e gatos. Sempre que posso, resgato, cuido e doo animais. Já cheguei a ter 13 em casa”, revela. Deborah cresceu rodeada de mascotes e contou com a compreensão dos pais, pois queria levar para casa todos os animais abandonados que encontrava.

Graças a essa influência, as filhas da bióloga convivem muito bem com animais desde bebês — ao chegar da maternidade, as duas foram apresentadas e acolhidas pelos pets. “Elas amam. Abraçam, brincam de vestir, de mamãe e filho… Por vezes, digo que os cachorros sofrem na mão delas. Elas fazem das pobres os melhores brinquedos”, brinca.

Foto mostra garota e seu gato.Adotar um pet
Foto: Arquivo Pessoal. Beatriz e a gatinha Síria.

O carinho não é apenas com os cães. Apesar do preconceito que ainda cerca a relação entre gatos e bebês, a família tinha uma gatinha chamada Síria, que demonstrava muita paciência com a Beatriz. As duas eram grandes companheiras — a menina ficava agarrada à felina como se fosse pelúcia — e sempre assistiam à televisão juntas. Além de todo o amor desenvolvido entre as crianças e os pets, é sabida que a interação proporciona liberação de endorfina, dopamina e outros hormônios que reduzem a ansiedade e relaxam os humanos.

Segundo estudo realizado pela Universidade de Oklahoma, crianças que convivem com cães de estimação têm menos probabilidade de sofrer de ansiedade infantil. Para Deborah, os benefícios são óbvios, a começar pelo senso de responsabilidade — as filhas ajudam nas tarefas que envolvem os pets e, quando estão em locais públicos, se preocupam em recolher as fezes dos animais. Quando veem, por exemplo, pessoas gritando ou puxando as guias das mascotes, pedem para a mãe intervir. “Sinto muito orgulho da empatia que elas têm e não consigo imaginar nossa casa sem bichos.”

Daniele Vilas Boas é especialista em psicologia infantil explica que a relação entre crianças e bichos de estimação pode trazer grandes recompensas. Mesmo os bebês se beneficiam com o estímulo e interagem engatinhando e emitindo sons. “Não tem por que estipular uma idade específica para introduzir um bichinho na família, já que a troca afetiva e a sensação de bem-estar são enormes”, defende. “O maior aprendizado que posso citar em relação a essa interação é o de se colocar no lugar do outro. A criança aprende novas linguagens, como a corporal e a gestual — isso amplia a capacidade de percepção.”

O médico veterinário Paulo Henrique Lino concorda e completa: “Os animais favorecem muito a evolução das crianças. Elas se tornam mais sociáveis e menos introspectivas — desenvolvem sensibilidade e respeito ao lado humano e animal”. É uma forma de ajudar a criança a não ser somente cuidada, mas a ter noção de como é cuidar de alguém. É o caso da filha da professora Rosalina Bernardo. Ana Beatriz, 9 anos, faz da shih tzu Lucy sua grande companheira. “Ela sempre amou animais, principalmente cachorros. As duas fazem tudo juntas. Brincam, passeiam, dormem na mesma cama. Acho ótimo porque ela também está sempre disposta a ajudar com as obrigações da cadelinha. O senso de responsabilidade dela hoje é outro”, comenta a mãe.

foto mostra garotinha com seu cãozinho.Adotar um pet
Foto: Arquivo Pessoal. . Ana Beatriz e sua cadelinha Lucy.

Lucy está na família há dois anos e meio e conquista a todos. Antes dela, aos 4 anos, Ana Beatriz teve outro cachorrinho. Por ser seu primeiro contato com um bichinho de estimação, a menina era encantada pelo animal. “Os dois eram ainda mais próximos. A troca de carinho era imensa, e vejo que foi ótimo para estimular a fala e tudo mais.” Paulo Henrique explica que os pets podem ser um ótimo estímulo à linguagem infantil. “As crianças são sempre encorajadas a chamar o pet pelo nome ou mandar sentar, por exemplo.”

De acordo com um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, os pequenos que convivem com cães melhoram consideravelmente as habilidades em leitura. A explicação científica envolve um mundo de sonhos — segundo os especialistas, quando na presença de um cão, as crianças pensam estar lendo histórias para o animal, esquecendo-se do seu próprio aprendizado. Dessa forma, o estímulo torna-se completamente satisfatório. Por presenciar os benefícios em sua própria casa, Rosalina Bernardo não hesita em incentivar outras famílias a adotar uma mascote. “Sempre falo para as mães terem bichos em casa. Muitas relutam porque dá trabalho, mas é ótimo e vale super a pena, principalmente por conta da companhia e da alegria”, resume.

Para Ana Beatriz, que é filha única, a cadelinha tem um papel ainda mais importante. “As crianças têm nos animais um companheiro, alguém para quem podem contar tudo sem medo de serem censuradas. Tudo se resume a um novo conhecimento, a lidar com as diferenças e as deficiências. É possível notar o desenvolvimento do senso humanitário desde cedo, com valores como bondade e altruísmo”, detalha a psicóloga Daniele Vilas Boas. Apesar de todos os benefícios, é importante ressaltar que a adoção ou compra de um bicho de estimação deve ser feita de forma consciente. A família e a criança devem levar em consideração os gastos e o trabalho envolvidos, para que não haja abandono posteriormente.

 

Bom para a saúde

Além de estimular a inteligência emocional das crianças, animais de estimação também têm influência comprovada na saúde dos pequenos. Pesquisas da Universidade de Melbourne apontaram que as crianças que tiveram algum tipo de animal até a idade de 5 anos, posteriormente se tornaram mais resistentes a algumas doenças. Enquanto isso, aquelas que não tiveram a experiência eram mais propensas a desenvolver alergias e infecções respiratórias.

Outro ponto interessante é que presença de bichinhos combate o estresse. Donos de cães ou gatos tendem a apresentar frequência cardíaca e pressão arterial significativamente mais baixas se comparadas àqueles sem animais de estimação. Outro estudo, este publicado no American Journal of Public Health, revelou que a exposição ao ar livre nos passeios com cães pode reduzir os sintomas do deficit de atenção em crianças.