Fantasia de bicho

Publicado em Deixe um comentárioanimais, bicho, comportamento, Eventos Pet, Pets

Há quem não abra mão de se divertir ao lado do pet. Mas antes de ir para a folia com seu cão, saiba os cuidados que devem ser tomados para evitar estresse e acidentes

Pode-se dizer que a vida canina no Brasil é “boa pra cachorro”. Muitos estão sempre em festas com os donos. No carnaval, há quem não queira ir para a folia sozinho. Levam o pet, vestem a fantasia no bichinho e se jogam juntos nos blocos. A combinação folia e cachorro pode dar certo e resultar em muita diversão. Mas, sem os cuidados corretos, o cão pode sofrer. É que a festa, em um primeiro momento, pode parecer inofensiva, mas esconde algumas periculosidades para os animais.

A administradora Renata Rezende, 27, por exemplo, levou, pela primeira vez, as duas cachorrinhas para a festa. Mas não vão para qualquer bloco. “Fui apenas ao Carnapet, por ser um evento pensado para elas. Tenho medo de ir a outros e alguém maltratá-las ou de elas fugirem”, comenta a administradora. E ela tem razão. Esses são, realmente, alguns dos perigos, mas não os únicos.

Segundo a médica veterinária Katiane Rocha, da Clínica Petit Animale, os riscos de acidentes, como fuga e atropelamento, são altos, por conta do barulho excessivo, que gera grande estresse aos bichos. Para evitar esse tipo de transtorno, é preciso observar o perfil do animal antes de decidir participar de algum desses encontros. Aqueles muito medrosos e que não estão acostumados com muvuca devem ser poupados. Outro aspecto importante é atentar se o cachorro tem predisposição a ataques cardíacos, ou se é braquicefálico, como pugs e buldogues. Por causa do focinho encurtado, esses últimos têm dificuldade de respirar, e, somado aos sintomas de estresse, podem hiperventilar.

Além disso, jamais saia sem guia e identificação do animal. A guia é importante para evitar fugas e confusões com outros cachorros. No caso de, por algum motivo, seu cachorro se perder, é importante que ele esteja identificado, com o nome, endereço e telefone do dono. O médico veterinário Samuel Ciminelli, da Clínica Veterinária Pet Glamour, ainda aconselha o uso de microchips, que facilitam a busca caso o bicho suma em meio a tante gente.

Agora, se seu cachorro é guloso e coloca tudo o que encontra na boca, é melhor mantê-lo longe da concentração de pessoas. Bitucas de cigarro, restos de serpentinas, espuma, balões, enfeites, tudo isso pode acabar no estômago dele e causar algum tipo de intoxicação e outros problemas mais severos, como necessidade de cirurgia para a retirada do objeto estranho.

Ainda na concentração

Evite ir para os blocos nos horários entre 10h e 16h. O sol está mais quente e, além de causar desidratação nos cachorros, pode queimar as patinhas deles com o calor do asfalto.Proteja-os com sapatinhos, ande sempre com uma garrafa d’água para hidratá-los e mantenha-os na sombra. O uso de protetor solar é obrigatório na ponta das orelhas, no focinho e na barriga.

Posso pintar meu cachorro? O ideal, segundo o veterinário Samuel Ciminelli, é procurar centros estéticos especializados nesse tipo de serviço. Certifique-se de que a tinta usada é própria para animais. Glitter e purpurina devem ser mantidos bem longe. O animal pode respirar as partículas, o que pode resultar em um choque anafilático.

As fantasias estão liberadas, mas não deixe para experimentá-las só no dia do bloco. É importante acostumar o animal antes e garantir que ele não sinta nenhum desconforto. O melhor é escolher a roupinha mais ventilada possível.

Não vou para a folia

Mesmo que você não leve seu cachorro para a festa, ele pode ficar exposto ao barulho excessivo que vem das ruas, o que pode estressar o bichinho. Uma boa solução é procurar previamente a orientação de um veterinário para tentar acalmá-los com florais ou tranquilizantes.

Bailinho para eles

Uma maneira de manter seu pet seguro é procurar festas organizadas só para eles. Em 25 de fevereiro, acontece no Taguatinga Shopping o CãoCurso de Fantasias. “A gente sempre teve em mente fazer um encontro no qual os cachorros pudessem ser o centro das atenções. Cada vez mais, as pessoas os tratam como membro da família”, explica Rodson Sukiyama, um dos organizadores. Além do concurso de fantasias, o CãoCurso vai ter um Playpet, com direito a piscina de bolinhas, escorregador, brinquedos, apresentação de cães adestrados e bailinho com banda ao vivo.

Serviço

Quando: 25 de fevereiro

Horário: das 15h às 19h

Local: Taguatinga Shopping,

Estacionamento A, entrada B, Piso 1

Inscrições: de 13 a 23 de fevereiro, na loja Pet Glamour. Necessária a doação de 1kg de ração

Programação

15h: Abertura com adestramento ao vivo com Canil Dom Deliu’s

16h: Concurso de fantasias

Das 17h às 19h: Bailinho

Cara de um, focinho do outro

imagem mostar dona com sua cadelinha.
Publicado em Deixe um comentárioanimais
Não raramente, o pet acaba reproduzindo algo da personalidade do tutor. Mais surpreende é quando, de tão ligados um ao outro, acabam adoecendo juntos
 O laço entre os donos e seus bichos de estimação é forte. Vejamos o caso do aposentado Carlos Alberto dos Santos, 79 anos, dono do pinscher Ricky. “Quando viajo, ele fica na sala, esperando a minha volta. Alguém tem que colocar a caminha dele perto da porta, senão ele não dorme direito”. Em uma dessas separações temporárias, Ricky ficou tão nostálgico que se recusou a comer. Carlos teve que conversar ao telefone com o cachorro para que ele voltasse a se alimentar normalmente.
Os dois estão sempre juntos e Ricky não disfarça o ciúme que sente: “Quando ele está comigo, não deixa ninguém encostar em mim.” Quando quer sossego, Carlos se aproveita da proteção do animal. “Na hora de ver tevê, eu falo: ‘Ricky, não deixa ninguém incomodar o papai’. E é isso que ele faz.” Se alguém tenta uma aproximação, o cãozinho fica feroz. Até a mulher de Carlos já se convenceu: um é a cara do outro. “Nós dois somos muito teimosos, não dá para negar. Sempre impomos o que queremos e, quando ele quer dormir, por exemplo, fica atrás de mim até eu me deitar também, senão ele não dorme. Quando ele quer comida, também fica pulando sem parar até conseguir”, diverte-se.“É comum ver bichos que são parecidos com seus tutores porque o convívio e a personalidade do tutor tem essa influência sobre o animal. Depende muito da criação, mas também do comportamento do pet”, confirma a médica veterinária Ana Carolina Amorim. Mas a ligação entre Carlos e Ricky vai além. “As pessoas falam que até o nosso jeito de andar é igual”, brinca. E arremata: “Acho supernormal desenvolver características parecidas tanto na feição quanto no jeito”. Como prova de amor, o aposentado, que tem medo de agulhas, superou a fobia e tatuou um retrato do melhor amigo no braço.Por vezes, essa sintonia parece influenciar na saúde. Não é raro que os pets adoeçam com os tutores. A médica veterinária Ana Catarina Valle, especialista em acupuntura e homeopatia, acredita que as mascotes são sensíveis à “vibração” dos humanos. “Certa vez, atendi um animal que estava com uma cistite de repetição que não melhorava com nada. A dona acreditava que a homeopatia poderia ajudá-lo e me procurou. De fato, em um primeiro momento, ajudou bastante. Porém, meses depois, a tutora ligou e disse que os sintomas haviam voltado”, relata. Desconfiada, a profissional voltou a investigar o caso e descobriu que a cliente também tinha cistite — tutora e mascote entravam em crise ao mesmo tempo, com sintomas muito parecidos. Estranho, né?A professora Pauline Maximiliano acredita ter vivido uma experiência que comprova essa ideia. Bonnie, sua mascote, estava com um problema de pele de difícil identificação. Depois de várias visitas ao consultório veterinário, a profissional que as atendia passou a questionar a ansiedade da professora. Resultado: Bonnie recebeu uma receita homeopática e Pauline foi aconselhada a cuidar do aspecto psicológico. “Fiquei mais tranquila e percebi que a Bonnie também ficou mais calma”, recorda. E assim, sem uma explicação perfeitamente racional, a dermatite da cadelinha foi superada.Já a veterinária Ana Carolina Amori sugere prudência para não superestimar esses laços. “As pessoas acham que os animais estão apresentando o comportamento igual ao nosso porque a tendência é humanizá-los. É importante enxergar que animal é animal, que ele tem suas próprias necessidades”, argumenta. Para ela, quando os bichinhos apresentam os mesmos sintomas que os donos, é essencial investigar as causas. “Temos que ficar de olho para ter certeza que não é nenhuma zoonose (doenças transmitidas para o homem pelos animais e vice-versa), por exemplo.”Fenômeno energético?
Para a médica veterinária Daniela Lopes, os bichos “conversam” energeticamente com os humanos. Daniela é adepta da teoria do “campo mórfico”, idealizada pelo biólogo e parapsicólogo inglês Rupert Sheldrake. Segundo essa hipótese, os seres têm campos vibracionais permeáveis e que podem ser compartilhados. “Isso (de mascotes e donos desenvolverem traços em comum, inclusive doenças) ocorre quando há grande convivência. É algo normal”, explica a veterinária.

No Dia Nacional de Adotar um Animal, conheça Jade e outros pets

Dia Nacional de adotar um animal
Publicado em 1 Comentárioadoção, animais

Em homenagem a São Francisco de Assis, o 4 de outubro foi escolhido o Dia Nacional de Adotar um Animal. Os abrigos estão lotados de cães e gatos. Leve um — ou mais — e seja muito feliz!

(por Roberta Pinheiro-Especial para o Correio) (fotos Luís Nova-Especial para o Correio)

“Você gosta mais do Jonatan do que mim”, disse uma vez Paola, 14 anos, para a mãe, Ana Paula de Vasconcelos, 38. “Até em viagem ela (Ana Paula) encontra um jeito de cuidar dos animais. Eles vão para a porta do hotel atrás de comida”, conta outra vez a filha. A dedicação e o empenho da advogada Ana Paula começaram em 2011 quando ela se mudou para o Lago Norte e teve contato com a realidade do abandono. Primeiro, cuidando dos bichos que encontrava atropelados. Depois, passou a dar comida para os que passavam fome até, atualmente, ser procurada por pessoas que querem denunciar maus-tratos. No Dia de São Francisco e no Dia Nacional de Adotar um Animal, pessoas como Ana Paula mostram a importância da corrente do bem da adoção.

O envolvimento de Ana Paula com o universo da proteção dos animais foi inevitável. A cada cão que encontra precisando de ajuda, a advogada resgata, dá tratamento veterinário, castra e faz parceria com feiras de adoção. Em casa, já tem nove. A vontade era ter mais, mas sabe que não conseguiria oferecer um lar digno como eles merecem. O primeiro contato com a adoção veio com Lilica. Em uma feira, ninguém queria a cachorra de pelo branco e caramelo que não tinha uma pata. “Adotaram toda a ninhada, menos ela”, lembra Ana Paula. Hoje, Lilica é uma chamego com as donas.

Com a profissão, Ana Paula também descobriu uma forma de ajudar esses animais. Não sabe como as pessoas encontram o seu telefone, mas recebe ligações frequentes para denunciar maus-tratos. “Sempre que recebo uma denúncia, ajudo a polícia a instruir os inquéritos, custeio o tratamento veterinário e, se ficar comprovada a denúncia, quando o processo chega ao Ministério Público, o animal não volta ao agressor”, explica. Mas, sozinha, não é tão fácil, e Ana Paula percebeu isso. Pagar remédios, tratamento, encontrar um lar digno requer uma corrente. “Uma corrente do bem”, como define a advogada.

Foi assim que ela e a jornalista Rosimeire Marostica, 43, se tornaram amigas e companheiras no cuidado com animais abandonados. “Ficamos amigas, porque ela foi acompanhando a adoção da Tetê. Criamos afinidade e compartilhamos as mesmas ideias”, conta Rosimeire. Hoje, ela ajuda, temporariamente, Ana Paula a cuidar de Jade, uma preciosidade que a advogada retirou dos maus-tratos na última semana (leia Personagem da notícia). “A adoção traz uma oportunidade de dignidade, de vida, de amor para esses animais. Se não se preocupassem com status, com valor, não teríamos tantos abandonados. O amor não exige raça. É uma oportunidade para eles e para a gente também. O animal representa um amor completamente desinteressado. Quando você consegue amar um animal, você entende o amor desinteressado, ele te ama do jeito que você é, feio, bonito, rico, pobre”, afirma Rosimeire. A jornalista já adotou dois. Além de Tetê, tem o Gum. Um cachorro mais velho que viu sendo atropelado no Rio de Janeiro e pegou para cuidar.

Para a diretora do Projeto São Francisco, Dany Nardelli, ainda existem muitos casos de abandono no DF porque falta consciência do proprietário. “Nenhum animal nasceu na rua. O abandono não é privilégio de um animal vira-lata. Há vários casos de animais de raça. Pessoas que compram por impulso, antes de pensar em como vão administrar isso ao longo dos anos. Quando chega no fim do ano, acham que é mais barato abandonar e depois comprar ou adotar outro”, comenta. Além disso, ela ressalta sobre a importância do controle populacional desses animais.

Imagem mostra Paola e  Ana Paula de Vasconcelos que resgatam e cuidam de nove animais .Dia nacional de adotar um animal
Paola e mãe, Ana Paula de Vasconcelos(E), resgatam e cuidam de nove animais, entre eles Lilica (branca) e Jonathan (c). Agora, precisam de um lar para Jade.

 

 

Preciosa Jade

Dia nacional de adotar um animal
03/10/2016. Crédito: Luís Nova/Esp.CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF. Corrente do bem – Amigas que adotam animais. Na foto, a cachorrinha Jade, na Asa Norte.

Não é apenas no nome que Jade é uma pedra preciosa cheia de brilho. No olhar, desde que encontrou carinho e amor, também passou a ver tudo com mais cor e, mais importante, com a cabeça erguida. Na semana passada, a advogada Ana Paula De Vasconcelos, 38 anos, recebeu uma denúncia de maus-tratos. Mais uma ligação relativamente comum na rotina da protetora e cuidadora dos animais. Em uma fazenda, em Brazlândia, Ana Paula encontrou Jade acorrentada. Dos vizinhos, ouviu relatos de espancamento e a razão pela última surra, segundo eles, teria sido uma investida de Jade atrás das galinhas. A advertência do proprietário com um facão rendeu à preciosa cadelinha patas fraturadas e um olho furado. “Ela terá que fazer cirurgia. Está cega de um olho e uma das fraturas é tão antiga que já está calcificada. Preciso muito de um lar para ela. Para que ela tenha uma segunda chance. Para conhecer o lado bom do ser humano. Infelizmente, já cuido de nove cães abandonados em casa e não posso mais oferecer um lar digno para ela”, explica a advogada.

Enquanto espera a adoção, Jade está em um lar provisório. Bastou alguns chamegos que Jade voltou a latir e recuperou a autoestima. “Antes, não levantava a cabeça”, lembra Ana Paula. O brilho está aos poucos voltando. Ainda mancando, ela se aproxima pedindo carinho; se atreve a brincar com outros cachorros e até arrisca uma corrida. “Está aprendendo o que é o amor e o respeito. Apesar de conhecer o lado ruim do ser humano, não perdeu sua doçura e amor. Já está aprendendo a brincar e a receber carinho. Nos primeiros dias, não podia ser tocada que urinava e chorava, com muita paciência e carinho, estamos conquistando a confiança dela e ela já sabe que não irá apanhar mais”, afirma a advogada.

Da vida passada, a pequena de aproximadamente 6 meses deixou para trás o hábito de comer direto no chão e passou a buscar o alimento na vasilha. Agora, também espera reencontrar uma nova casa onde possa até arriscar mais intimidade, como subir na cama, lamber o dono e ganhar pequenos agrados todas as vezes que aprender um novo truque.

Quer adotar Jade? Entre em contato com Ana Paula pelo telefone: (61) 9821.54751

Para adotar, procure:

Projeto São Francisco
adocaosaofrancisco@gmail.com
Instagram: @adocaosaofrancisco
Fb/projetoadocaosaofrancisco


 

Abrigo Flora e Fauna
abrigofloraefauna@gmail.com

www.facebook.com/abrigo-flora-e-fauna
Orcilene: (61) 9842-5461


 

Sociedade Humanitária Brasileira (SHB)
shb.protecaoanimal@gmail.com
contato@shb.org.br
www.facebook.com/SHBAnimal
Alice: (61) 98144-3794


 

Projeto Acalanto
Lucimar: (61) 991076989


Assista o vídeo:

Me adote:

ANGEL_SaoFrancisco APOLLO_SaoFrancisco BELA-acalanto CANJICA_SaoFrancisco GIBA-saofrancisco KIABO_SaoFrancisco LARA_acalanto PIXULA_SaoFrancisco RAISSA_SaoFrancisco Sebastian_Acalanto SISSA_SaoFrancisco TONHO_SaoFrancisco

TADEU_acalanto

Bênção aos animais

Em 4 de outubro, celebramos São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais. Os alunos do colégio Santo Antônio, na 911 Sul, costumam levar seus bichinhos para a bênção, às 8h, e às 14h.

Missas no Santuário São Francisco de Assis, na 915 Norte:

Horários: 7h, 8h, 10h, 12h15, 17h, 19h

Animais: Cifras de amor

imagem mostra a capa da Revista do Correio com uma foto de uma menina deitada em uma cama com seu cãozinho.matéria sobre animais
Publicado em 1 Comentárioanimais

Animais: Mesmo com a economia em crise, a indústria pet continua a crescer. Relações cada vez mais íntimas com os bichinhos domésticos ajudam a explicar o lucro.

 

Quando fez 1 ano, Pitoco ganhou uma festa de aniversário com direito a bolo, biscoitos, salgados e doces feitos especialmente para os convidados de quatro patas, além de guloseimas para as famílias humanas. Quando ele teve uma crise de falta de apetite e a ração já não era bem-vinda, a estudante Thalita Ribeiro, 22 anos, foi para a cozinha e passou a preparar uma alimentação natural, à base de arroz integral, carne, legumes e sem sal — hoje, ele já aceita uma mistura de rações. Só bebe água filtrada, passeia muitas vezes ao dia e dorme numa cama quentinha ao lado de sua tutora. “Mas a limpeza das patinhas com lenço umedecido é essencial”, adianta-se Thalita, explicando que os hábitos de higiene não são esquecidos — para o bem dos dois. O guarda-roupas de Pitoco também é completo. Roupas de frio e fantasias de Papai Noel, de policial e de time. Os brinquedos são de ótima qualidade e, quando ela precisou viajar, o namorado foi para a casa dela para que Pitoco não precisasse mudar de ambiente.

Animais: Imagem mostra menina com seu cãozinho deitados em uma cama
Foto: Carlos Vieira/@cbfotografia. Thalita Ribeiro com seu cãozinho Pitoco.

Pode-se dizer que esse “menino”, Pitoco, é uma criaturinha de sorte. Mas Thalita nos diria que sorte tem ela. “É uma relação de amor. Eu não tenho filhos ainda, mas sinto que a minha preocupação e meu carinho por ele é muito similar ao de uma mãe. O carinho do Pitoco por mim também é diferente do resto da família.” Relacionamentos assim, intensos, entre seres humanos e animais domésticos são cada vez mais comuns. Por vezes, descambam para o exagero, a ponto de os especialistas em comportamento dos homens e dos animais alertarem para os riscos da chamada humanização dos pets. Seja como for, essa relação forte impulsiona uma indústria poderosa, que, apesar de sofrer com uma economia em crise, se mantém em crescimento.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostram que o setor pet deve crescer 6,7% neste ano. Até o fim de 2016, o Brasil deverá atingir um faturamento de R$ 19,2 bilhões no ramo, estima a instituição. O Centro-Oeste é bastante ativo no mercado; a região concentra 9% da população canina do país e 7% da felina. Não existem dados oficiais sobre quantos pet shops existem no Distrito Federal, mas é difícil passar por uma quadra comercial que não tenha pelo menos um estabelecimento do tipo.

O presidente executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França, define o movimento ascendente como “resiliência do mercado”. Ele explica que o setor tem resistido à crise, apesar do crescimento deste ano ter sido menor do que nos dois anos anteriores. Em 2014, foi de 10%; em 2015, de 7,4%. “A maioria dos setores, principalmente os que envolvem serviços, ficou estagnado ou caiu e teve redução nas vendas. O nosso ainda está vendendo mais e isso é positivo levando em consideração o momento pelo qual o país passa”, avalia José Galvão. O saldo é ainda mais positivo ao considerar que o comércio pet enfrentou o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no começo do ano. “É uma carga tributária muito grande, principalmente porque ela incide sobre um produto essencial, que é a alimentação dos animais”, lamenta Galvão.

O segmento chamado de pet food é responsável por 67,5% do faturamento das empresas, e os tutores não deixam de comprar ração para seus animais. O movimento que muitos têm feito é a migração dos produtos superpremium para opções mais baratas. Além da alimentação, outros dois fatores garantem o crescimento. O primeiro é a grande quantidade de animais domésticos no país — segundo o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), são 132,4 milhões de pets, sendo 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos. Tais estatísticas fazem do Brasil o terceiro maior mercado pet mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

A chamada humanização é o outro fator. O diretor de portfólio da NürnbergMesse Brasil, empresa organizadora da Pet South America, Diego de Carvalho, afirma que cada vez mais as pessoas tratam os animais como membros da família. Dessa forma, é natural que gastos com os bichos não sejam cortados do orçamento doméstico com tanta facilidade. O banho semanal vira quinzenal; rações e petiscos são trocados por versões mais baratas; os brinquedos são deixados um pouco de lado. Mas, pela importância que o animal ocupa no núcleo familiar, ele não é privado de lazer ou de pequenos mimos.

A humanização aumenta o valor agregado de mercado. Os gastos com a saúde do pet também não são economizados. Segundo Diego de Carvalho, o Brasil concentra 25% dos médicos veterinários do mundo. Além do valor na família, os animais passam a ter mais relevância na sociedade em si. “Hoje, o animal também é uma ferramenta medicinal. É cão-guia, auxilia a polícia e os bombeiros e, mais recentemente, tem sido importante em práticas terapêuticas”, acrescenta.

 

É preciso ter limites

Apesar de vantajosa para a indústria pet, a humanização nem sempre é o caminho mais saudável para o animal ou para os tutores. Enquanto alguns donos não enxergam desvantagens, especialistas demonstram algumas preocupações. Bruno Leite, terapeuta de cães e especialista em psicologia canina e adestramento, explica que grandes gestos de amor e zelo são relativamente inofensivos. O problema é quando os donos atribuem certa inteligência humana aos bichos. “Os donos acabam castigando seu cão por ‘errar’, quando na verdade ele não faz a mínima ideia do que o humano considera certo e errado. Eles não entendem nossos princípios e normas.”

O código moral dos cães, por exemplo, se resume a ‘seguro versus inseguro’ e ‘vantajoso versus desvantajoso’ e o estereótipo do cão que toma decisões baseado na ética humana como, por exemplo, a famosa Lessie dos filmes infantis, está longe da realidade. Isso pode causar uma sobrecarga de responsabilidade nos animais como forma de justificar o castigo que mina o relacionamento entre cães e humanos. Apesar de serem incrivelmente inteligentes, os animais agem de forma diferente.

O especialista explica que o excesso de punição pode gerar cães cada vez mais destrutivos, agitados, compulsivos e ansiosos. “Primeiro, porque a ansiedade é um efeito colateral dos castigos; segundo, porque muitos donos entendem que amar é transformar o cão num mini-humano; quando amar parece estar mais ligado a entender e aceitar as diferenças”, diz Bruno. Não há problema algum em dar roupinhas, deixar subir no sofá ou preferir não deixar o bichinho sozinho em casa. O importante é priorizar boas caminhadas, brincadeiras adequadas e uma educação baseada em consequências agradáveis, como o adestramento positivo, para que exista um ambiente agradável tanto para a ótica humana, quanto canina.

A grande interação com animais no ambiente interno dos lares tem acompanhado mudanças nas famílias brasileiras com o menor número de filhos e de pessoas que vivem só. A analista de comportamento Laércia Vasconcelos explica que as relações estabelecidas entre humanos e animais de estimação contribuem para a companhia, diminuição de estresse e estimulação de exercício. “Fortes laços afetivos são desenvolvidos e promovem muitas oportunidades de aprendizagem.” Porém, ela ressalta a importância de ficar atento às consequências que essa relação pode trazer consigo, já que muitas vezes, quando o indivíduo humaniza seu pet, ele busca a garantia de lealdade que acredita não ser possível encontrar em outros tipos de relacionamentos.

Um estudo da Universidade de Michigan-Flint analisou a reação de 174 adultos que perderam seu cão ou gato. Os resultados mostram que 85,7% dos donos apresentaram ao menos um sintoma de luto nos momentos iniciais. Após seis meses, a dor ainda era sentida por 35,1% dos adultos, e, mesmo depois de um ano, 22,4% das pessoas ainda sentiam os efeitos da partida. “A expansão da presença de animais de estimação os tem colocado cada vez mais como um integrante da família e o adoecimento ou a perda desses parceiros podem fazer sofrer caso a relação seja muito humanizada. É importante buscar equilíbrio na interação homem-animal doméstico para que não ocorram exageros”, completa Laércia.

“Muitos donos entendem que amar é transformar o cão num mini-humano; quando amar parece estar mais ligado a entender e aceitar as diferenças”

Bruno Leite, terapeuta de cães e especialista em psicologia canina e adestramento

 

 

Amamos. E daí?

animais: imagem mostra entrevistada Simone com sua gata Julhinha
Foto: Arquivo Pessoal. Simone dedica toda sua atenção e carinho à Julhinha, uma de suas gatas.

O estudante Tairo Felipe, 24 anos, dono do pitbull Carmel, deixa claro que, apesar do grande carinho que sente pelo cão, sempre estabeleceu limites. O pet dorme fora de casa, só brinca no quintal e tem seus próprios brinquedos para não sair devorando tudo que vê pela frente. “Animais que são tratados como filhos se tornam donos de tudo e dominam o local, mas eu acredito que o dono é quem dita as regras.” Mesmo sendo teimosos e muitas vezes mandões, Tairo acredita que os animais devem saber diferenciar quem está no comando e que, mesmo não concordando com os excessos, o essencial é sempre dar amor e suprir as necessidades comuns dos bichinhos, como exercícios e brincadeiras.

A professora Simone Alvares, 47, segue, em parte, o mesmo raciocínio de Felipe. As duas gatas, Lilica e Julhinha, são tratadas como deveriam ser — animais de estimação, no entanto, não deixam de ser vistos como membros da família por todo carinho e atenção dispensados a eles. Em casa, a rotina de Simone e do marido também envolve os cuidados com as gatas. Horário da ração, momentos de afago, mantas para inverno, unhas sempre cortadas, olhos limpos com soro, e vermífugo e vacinas sempre na data certa. “Nós quatro somos muito apegados! Sempre converso com elas e deixo dormirem com a gente na cama. Somos uma família.”

Apesar da independência e higiene dos gatos, a professora faz questão de dar toda atenção às suas pets. A caixa de areia está sempre limpa e a ração é servida em pequenas porções várias vezes ao dia para estar crocante a todo momento. Ela checa os olhos e os focinhos das gatinhas para ter certeza que não há nenhuma sujeira e o afago na hora de comer é obrigatório. “Sempre faço um carinho enquanto elas comem e massageio a Lilica quando ela deita na minha barriga.” Os animais podem significar muito para as pessoas e, por isso, Simone acredita que não deve haver tanto julgamento e preconceito. “Há amor para todos os segmentos”, completa.

 

 

 

 

Mercado ecofriendly

Ao enxergar os pets como membros da família, muitas pessoas buscam estender os seus hábitos de vida para cães e gatos. Um exemplo desse movimento é a adoção de medidas sustentáveis e saudáveis. Preocupada com alimentação orgânica e com um consumo que agrida menos o planeta, a médica Aline Saliba, 30 anos, estendeu esse estilo de vida para a gata Glitter, que foi resgatada. Em vez de brinquedos caros ou elaborados, ela tem arranhador ecológico que ganhou da petsitter (babá de animais). O brinquedo feito todo de papelão serve tanto como arranhador quanto como caminha. “Ela adora”, garante a tutora.

Para Aline, o grande benefício de produtos economicamente viáveis, socialmente justos e ambientalmente corretos é o consumo consciente e a ideia de que pequenas atitudes sustentáveis ajudam a fazer a diferença no meio ambiente. É possível agradar o pet e, ao mesmo tempo, contribuir para a qualidade de vida dos consumidores ecologicamente corretos.

A principal reclamação de Aline é a dificuldade em encontrar produtos feitos com recursos renováveis. “A oferta de coisas para pets é muito escassa aqui no Brasil. Tem que procurar bastante! Nas lojas comuns, não é fácil encontrar opções mais sustentáveis”, comenta. A queixa dela pode ser resolvida em breve. Na 15ª Pet South America, feira voltada para o mercado pet, incluindo veterinários, empresários e produtores, que ocorreu no fim de agosto, foram expostos diversos produtos com preocupação sustentável. Cerca de 320 marcas apresentaram produtos para mais de 20 mil profissionais do setor. Este ano, a tendência mais vista foi a preocupação ecológica. Diego de Carvalho, diretor de portfólio da NürnbergMesse Brasil, enxerga o movimento como natural. Os produtos sustentáveis apresentaram um crescimento de 15%, considerando-se embalagens e até mesmo o produto final. “Somos muito cobrados em relação a isso e queremos cada vez mais agregar para a natureza como um todo, não apenas para os animais domésticos”, completa.

O veterinário e dono da empresa Pet Games, Dalton Ishikawa, foi um dos que optou por uma linha de produtos sustentáveis. Com o nome Ecopet, as novas criações de Dalton são comedouros produzidos com polímeros obtidos a partir da mistura de polipropileno com 30% de fibra de coco ou madeira, que são consideradas fontes renováveis potencialmente reutilizáveis. Dalton explica que a motivação para os novos comedouros veio de uma filosofia que faz parte da marca. “Nossos produtos não são apenas brinquedos, eles são chamados de ferramentas de enriquecimento ambiental, pois temos essa preocupação com a saúde e bem-estar dos animais, que se estende para o aspecto ecofriendly.”

A gerente de marketing da Pet Society, Cleiser Kurashima, afirma que o conceito sustentável deve se estender. Ela explica que a marca investe em embalagens recicláveis e os produtos de banho, por exemplo, são de fácil enxágue e secagem rápida, diminuindo o consumo de água e energia, levando em consideração que a grande maioria dos pets não fica quietinho na hora do banho.


 

Bons ares

Ter animais em casa exige cuidado redobrado com a limpeza. A higienização do espaço faz bem para eles e para os donos. Saiba como fazer

 

Na hora de adotar um animal, nem todo mundo pensa nas mudanças de rotina ao adquirir um pet. E as demandas vão além de cuidar da água, da comida e de levá-lo ao veterinário. No momento de fazer a limpeza do canto do bichinho várias dúvidas surgem: “Existe algum produto que deve ser evitado? De quanto em quanto tempo eu troco a areia do meu gato?”

A situação piora se você mora em apartamento ou se o pet tem acesso à parte interna da casa. O que não faltam são relatos de situações desastrosas.

A cozinheira Adriele Ulisses, 23, tem uma cachorrinha e conta que, às vezes, ela urina no sofá. Para tirar o cheiro da traquinagem, ela usa alvejante, mas a mancha continua lá. Ela conta que costuma limpar o local em que os dois cachorros da raça shi tzu ficam todo dia com água sanitária e creolina, mas que mesmo assim quem chega costuma sentir o odor. Paloma, 20, tem duas cadelas da raça chow chow e também garante que a rotina de cuidados com a casa é rigorosa: “Temos que limpar tudo pelo menos quatro vezes ao dia. Lavamos com creolina para tirar o cheiro”.

Muita gente não sabe como conciliar uma faxina eficiente com produtos que não agridam a saúde do animal. Caio Fernandes, diretor de uma empresa especializada em limpeza doméstica, revela que muitos clientes os procuram para realizar um serviço mais pesado, principalmente se a casa possui mais de um pet ou se há problemas com pelos. “É muito importante realizar uma higienização mais profunda da cama e da casa dos bichos, e também de toda a residência, pelo menos uma vez por mês.”

Segundo o médico veterinário Daniel Salgueiro, da Protovet – Clínica Veterinária, limpar o local com desinfetante e depois com álcool garante assepsia e a remoção dos cheiros. Além de não causar dano à saúde animal, ele garante que o álcool é bactericida e germicida, o que torna o ambiente seguro para quem tem criança pequena, por exemplo. Para o veterinário, o ideal é educar o animal para fazer as necessidades fisiológicas em um só lugar. No caso de gatos é mais fácil, já que eles fazem as necessidades na caixa de areia. Para os cachorros, o hábito de urinar e evacuar em um espaço específico é questão de costume.

Ana Teresa França, 45, é bióloga e mora em um apartamento com sete gatos e evita usar lysoforme — uma espécie de desinfetante —, além de detergentes de aromas muito fortes. Segundo ela, o cheiro pode fazer mal aos animais, que são sensíveis.  “Uso muita água sanitária, que não dá alergia neles”, conta.

A médica veterinária Katiane Rocha, dona de uma clínica que tem seu nome, confirma a preocupação. Segundo ela, produtos perfumados podem causar problemas como alergias e devem ser usados com moderação. De acordo com ela, produtos como água sanitária, lysoforme e desinfetante podem ser usados, mas sempre com cautela. “Na forma natural, os produtos químicos são extremamente corrosivos e podem lesar a pele e coxins (parte almofadada da pata), irritando inclusive olhos e trato respiratório doa animais”, alerta. A indicação, assim, é sempre diluir as fórmulas em água.

Tudo nos trinques

Pelos
Nem sempre manter a tosa em dia é suficiente para se livrar dos pelos. Paloma, por exemplo, leva os cachorros para aparar os pelos a cada 20 dias, mas, ainda assim, precisa ser rigorosa com a limpeza da casa. Uma dica que facilita a tarefa é usar o aspirador de pó, mas nem sempre isso é suficiente para tirar a pelagem espalhada, principalmente de estofados. A dica é usar uma luva de borracha, daquelas de lavar a louça, para limpar chão, móveis e sofás. A textura emborrachada faz com que o pelo grude, facilitando a retirada. Para evitar o excesso de queda dos pelos, a veterinária Katiane dá uma dica: “O mais importante é sempre escovar os cães e gatos diariamente, mesmo os de pelo curto, pois assim removemos aqueles fios que estão soltos, evitando que caiam pela casa”.

Odores
Manter as janelas abertas e fazer uso de desodorizantes de ambiente ajudam a renovar o ar da casa. Mas também é preciso agir diretamente no causador do odor. Soluções caseiras, e que não fazem mal para o animal, amenizam os cheiros fortes. Se ainda assim um aroma desagradável persistir,  o médico veterinário Fernandes tem uma recomendação. “Misture 2/3 de água morna com 1/3 de vinagre branco e borrife no local desejado. Deixe secar. Isso elimina os odores das fezes e urinas dos pets”, explica. A solução também vale para limpeza de áreas externas e deve ser usado após o uso de água abundante e de detergente neutro.

Manchas
A melhor maneira de retirar mancha de urina do sofá ou da cama é secar o local sem esfregar. Depois de remover o excesso, use água e detergente neutro, com um pano úmido ou esponja.  Caio, diretor da Zulp, especializada em limpeza, entretanto, alerta: “É muito importante se atentar à composição dos produtos utilizados para evitar que manchem os estofados.”

Acessórios pessoais
É fundamental também manter o local que o animal dorme limpo. Segundo Katiane, o ideal é higienizar a cama e os cobertores a cada 15 dias. Para a limpeza, tanto das roupas quanto das mantas, a orientação é usar de sabão neutro. O amaciante também está liberado. O dono só deve diluí-lo em água para não causar alergias e irritações aos animais. As fezes nas caixas de areia devem ser descartadas todos os dias, e a limpeza completa, uma vez por mês. Os vasilhames dos pets devem ser limpos diariamente após a alimentação e os bebedouros, pelo menos uma vez por dia.

Trabalho em grupo
Para acostumar o cachorro a fazer as necessidades no local correto, leve o ao lugar onde ele deve utilizar logo após se alimentar.
No caso de jornais, sempre deixe uma folha já utilizada, pois o animal identifica o local pelo cheiro.
Usar petiscos para premiar o bicho quando ele usa o local correto é uma ação educativa, que reforça a aprendizagem de onde ele deve fazer as necessidades.
Para fazer a limpeza dos vasilhames, use detergente neutro. Nunca desinfetante, pois pode fazer mal ao animal.
Caso não tenha aspirador, uma opção é utilizar um rodinho de pia e escova de pelos para limpeza. Nunca use vassoura, pois pode espalhar pelos pela casa.
Cobrir a caixa de areia com uma sacola facilita na próxima troca. É só retirar o saco e não será preciso higienizar a caixa com tanta frequência.

(por Ailim Cabral, da Revista do Correio)


 

Vacinação contra raiva: segunda etapa

foto mostra um gato sendo imunizado na campanha de vacinação contra raiva animal
Publicado em Deixe um comentárioanimais

É neste sábado, 17/9, a segunda etapa da campanha de vacinação contra  raiva. O foco, agora, são as 11 cidades mais populosas do DF.

Segundo o vice-presidente do Centro de Controle de Zoonoses do DF, Laurício Monteiro, podem ser vacinados pets saudáveis a partir de 3 meses. Ele afirma que é recomendável a vacinação de fêmeas em fase de lactação e prenhas, para imunizar também os filhotes. Os animais que tomaram a primeira dose da vacina devem reforçar 30 dias depois. Nos demais casos, o reforço deve ser feito anualmente.
Os gatos devem ser levados aos postos de vacinação em caixas transportadoras, e os cães com coleiras e guias. Laurício recomenda que os animais sejam levados por adultos aos postos, por questão de segurança.
A expectativa é que, na fase urbana, a vacinação contra raiva atinja a meta de 270 mil animais imunizados nas duas etapas.
Por que vacinar?
A raiva é uma zoonose, ou seja, é uma doença de animais transmissível ao homem, assim como a doença de Chagas,  leptospirose e febre amarela. Segundo a coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Simone Gonçalves, a vacina é uma prevenção para que a doença não chegue ao ser humano.
Segundo estudo do Ministério da Saúde, em 2009, a raiva é responsável por aproximadamente 55 mil óbitos anuais no mundo. O mesmo estudo afirma que dos 1.271 casos de raiva humana registrados entre 1991 e 2007, os cães foram responsáveis por mais de 70% das transmissões.
Em análise da Secretaria de Vigilância de Saúde, até julho deste ano foi registrado no Centro-Oeste, apenas um caso de raiva canina. Porém, a coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Simone Gonçalves, destaca a importância da campanha: “É importante manter a vacinação para erradicar a doença”. Ela também afirma que a transmissão ocorre quando o cão ou gato contaminado pelo vírus morde o indivíduo. No caso dos gatos, é preciso estar ainda mais atento, pois a doença também pode ser transmitida por meio de arranhões.
Arte do número de postos de vacinação por cidade do DF-Vacinação contra raiva

Dia do veterinário: parem as máquinas!

Foto de um cão sendo abraçado por sua médica no dia do veterinário
Publicado em Deixe um comentárioanimais

No Dia do Veterinário, conheça um pouco mais sobre a rotina desses profissionais. Pesquisa do Ibope revela quem visita mais os consultórios. Cães ou gatos? Arrisque um palpite

O 9 de setembro é o Dia do Veterinário em todo o território nacional. Regulamentada há 46 anos, a profissão precisa ser entendida em toda a sua abrangência. Não se trata apenas de manter a saúde dos bichinhos em dia, mas de preservar a saúde pública. A atividade também é voltada para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta. Hoje, o médico-veterinário pode atuar em mais de 80 especialidades. Entre as atividades mais conhecidas, estão a clínica e consultório de pequenos animais, como gatos e cães.

Para divulgar melhor o trabalho desses profissionais no Dia do Veterinário, foi divulgada uma pesquisa, feita pelo IBOPE Inteligência, em parceria com o Centro de Pesquisa WALTHAM® (a principal autoridade científica em bem-estar e nutrição de pets), revelou que os tutores de cães levam seus pets com mais frequência ao Médico-Veterinário do que os de gatos: a média é de 2,8 vezes por ano contra 2,3 por ano. Os principais motivos são consulta de rotina e vacinação (79% dos tutores de cães e 76% dos tutores de gatos) e pelo aparecimento de alguma doença (26% para cachorros e 19% para felinos).

O estudo foi encomendado pela Mars Brasil, líder no mercado de alimentação para cães e gatos, com o objetivo de entender o padrão de comportamento do brasileiro na interação com seus pets, além de entender as principais barreiras para aqueles que, atualmente, não têm animais de estimação. Foram entrevistadas 900 pessoas, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores – com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal. Segundo o IBGE, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato.

Entre as conclusões, também aparece que pouco mais da metade dos proprietários de cães (51%) buscam orientação do médico-veterinário para entender qual a alimentação mais adequada para o seu pet, número que se mantém quase igual para os proprietários de gatos (52%). “O papel do médico-Veterinário é muito amplo e fundamental na vida dos animais, especialmente por toda assistência clínica e cirúrgica dada aos pets de companhia. Com mais de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos no Brasil, entender a relação entre os tutores e seus pets é imprescindível para buscarmos alternativas de melhoria de qualidade vida para os animais de estimação e compartilhar conhecimento com toda a sociedade”, afirma a Dra. Carolina Padovani, médica-veterinária e membro da equipe de Coordenação da Pesquisa no Brasil.

Outro fato interessante revelado pela pesquisa é que apenas 5% dos tutores de cães e 4% dos tutores de gatos levam seus pets a uma consulta veterinária por problemas de sobrepeso ou obesidade. “Esse número é preocupante porque sabemos que a doença afeta metade da população de animais domésticos no mundo”, completa Dra. Carolina.

Uma das maiores referências globais em obesidade de pets, Dr. Alex German, que comanda a Weight Management Clinic, na Universidade de Liverpool (UK), esteve no Brasil no mês de junho para um ciclo de palestras e deu orientações sobre como potencializar os resultados de um programa de perda de peso em animais de companhia. Entre as principais dicas, direcionadas também aos tutores, estão:

·Reduzir o consumo de alimento do pet é a chave;

·Comer menos e fazer mais exercício;

·Usar sempre uma balança de precisão para medir a quantidade de alimento oferecida;

·Monitorar o pet de perto, com idas de seis em seis meses ao consultório veterinário.

(Com informações da assessoria do Ibope)

Cinema para cães? Sessão exclusiva no Drive-in

Cartaz do CinePipoCÃO, evento que vai reunir cães e seus donos no Drive-In
Publicado em Deixe um comentárioanimais, bichos

PipoCÃO Evento para cães

Idealizado pelo grupo Itdogs Brasília, vai reunir os cães e seus donos para assistir ao filme Pets – A Vida Secreta dos Bichos. Será sábado, a partir das 17h.

Tornar Brasília uma cidade cada vez mais amigável para cães e seus donos (petfriendly) é o objetivo de um grupo recém-criado chamado ItDogs Brasília. A ideia partiu da constatação de que a capital do Brasil ainda é muito parada em relação aos eventos destinados à convivência dos cães e seus tutores. Cerca de 25 pessoas se uniram há cerca de um mês para mudar essa realidade. A primeira ação veio a reboque do lançamento do filme Pets – A Vida Secreta dos Bichos, que entrou em cartaz em 25 de agosto: convidar os cães e seus donos para assistirem juntos à película. Com as portas abertas pela direção do Drive-in, a data do Cine PipoCÃO foi marcada: será sábado, 10 de setembro, a partir das 17h.

“Queríamos já começar com algo que tivesse muito a cara de Brasília, algo aberto, ao ar livre. O céu de Brasília é nosso mar, então logo pensamos na exibição do filme no Drive-in”, conta Paula Leon de Abreu, uma das quatro organizadoras à frente da iniciativa.

Paula adianta que os ingressos só serão distribuídos na bilheteria no dia do evento, portanto é bom chegar cedo. A capacidade do estacionamento do Drive-in é de 350 carros. Mas os cinéfilos poderão deixar o carro no estacionamento ao lado e entrar andando. Vale tudo para assistir ao filme em boa companhia. Podem levar cadeira ou estender uma toalha no chão. A exibição do filme começa às 18h30. Até lá, haverá tempo para a ambientação dos cães. Assim, os tutores também podem interagir. Também haverá sorteio de brindes. Mais informações na página do Cine PipoCÃO.

  • Regrinhas básicas
  • Não leve cadelas no cio
  • Não leve animais doentes
  • Uso de focinheira previsto em lei para determinadas raças deve ser respeitado
  • Recolha as fezes de seu cachorro (porta-cacas serão gentilmente cedidos na entrada)

Saiba mais
O ItDogs Brasília surgiu do encontro de um grupo de apaixonados por cachorros, que já se curtia no Instagram. São cerca de 25 pessoas que trocava likes nos perfis de seus peludos, alguns deles com mais de 12 mil seguidores. A Paula, por exemplo, está lá com o perfil Cookie & Milk. Vai curtir!

Animais, momentos eternizados

Publicado em Deixe um comentárioanimais

À espera de seu primeiro filho, a jornalista Daniela Corsetti decidiu fazer um ensaio fotográfico da família completa. Não poderiam faltar seus animais, as cadelinhas Cindy e Júlia, tratadas como filhas.

As fotos não teriam sentido sem elas. Sem contar que será uma recordação linda que teremos para sempre quando elas partirem, conta.

A sessão foi ao ar livre, de modo que a yorkshire e a daschund se distraíram à beça com cada barulho, com cada passarinho. Apesar disso, o resultado superou as expectativas. Com muita espontaneidade e descontração dos animais, os cliques capturaram o amor da família e a essência dos cães, que acompanham Daniela e o marido para todos os lugares.

foto do casal Daniela e o marido que realizaram um ensaio fotográfico da família completa, ou seja, com as cadelinhas Júlia e Cindy.Animais da casa.
Daniela e o marido realizaram um ensaio fotográfico da família completa, ou seja, com as cadelinhas Júlia e Cindy.Foto Aline Caron/Divulgação

As imagens foram feitas por Aline Caron que, apaixonada por animais e fotografia, decidiu se especializar. Ela atua como fotógrafa de pets há dois anos e define seu trabalho como registros de entrega e amizade. Os ensaios são guiados pelas próprias mascotes, o que exige jogo de cintura da profissional. “É algo muito verdadeiro. O cão precisa estar à vontade, senão a foto não sai. É necessário também ter uma paciência muito grande e amar o que está fazendo”, conta. Aline não tem o menor pudor de rolar no chão para conseguir os melhores ângulos.

A psicóloga Ana Paula Sá conheceu o trabalho da fotógrafa e se encantou. Foi assim que seus animais, o gatinho Easy e a cadela Luna ganharam um “book”. “A Aline deu a ideia de fazer algo diferente no meu consultório, já que ele é baseado nos anos 1950. As fotos ficaram incríveis”, elogia. O objetivo era eternizar a presença dos pequenos companheiros. “Tenho poucos registros da minha cadelinha que já se foi e me arrependo. A vida dos bichos é muito curta e poder perpetuar o momento deles aqui, com a gente, é algo especial”, define.

Com frequência, os ensaios de animais são temáticos. Podem ter ares de fotografia de moda, com muitas poses, ou serem mais simples e naturais, com ênfase nas situações cotidianas. Normalmente, o ambiente externo serve à proposta, mas nada impede de clicar o pet em estúdio ou em ambientes fechados. Quanto mais o fotógrafo investe na empatia com o bicho, melhores os resultados — a linguagem não-verbal, essencialmente emocional, será decisiva.

Diferentemente de Daniela e Ana Paula, Wilma Prado, criadora de cães, procurou a fotógrafa Aline Caron com o intuito de divulgar exemplares da raça samoieda, original da Rússia. A cada nova ninhada, ela contrata o serviço, mas a experiência sempre é diferente. Wilma conta que os filhotes são sempre danadinhos. “Fazer novas fotos é um desejo que temos assim que terminamos a sessão — e esse desejo é confirmado quando recebemos as imagens”, descreve.

A relação com o animal humaniza e sensibiliza as pessoas, além de proporcionar muitos momentos especiais. Pensando nisso, Aline Caron criou o projeto Estrelas Tortas, que tem o objetivo de, por meio de fotografias, divulgar e promover a adoção de animais abandonados do Distrito Federal. “O intuito é sempre mostrar a beleza do animalzinho. Independentemente de raça, todos eles brilham e são lindos.”

Fotografe melhor

Para conseguir boas fotos de seu cãozinho, é preciso ter paciência e petiscos.
Fique na altura dos olhos dele: estar no mesmo nível do animal gera melhores ângulos.
Deixe-o solto: estar livre de coleiras garante espontaneidade e as fotos ficam mais naturais.
Não tenha medo de se sujar: ajoelhe-se, agache-se ou até mesmo deite no chão. Isso gera estabilidade e evita que as fotos fiquem tremidas.

Fonte: Revista do Correio

Primeiro trailer de Quatro vidas de um cachorro conquista a Internet

Publicado em Deixe um comentárioanimais, bichos
O filme Quatro vidas de um cachorro nem sequer estreou mas já conquistou milhares de fãs na web. Tudo por conta do trailer emocionante que foi divulgado nesta semana. A “fala” do animal protagonista da película já revela qual é a pegada do mais novo trabalho do diretor Lasse Hallström: “Se eu posso conquistar você com lambidas e amor, eu tenho meu propósito.”
A obra, inspirada no best-seller homônimo, conta a história de um cão que ‘reencarna’ diversas vezes para conseguir alcançar seu propósito divino. A saga do cãozinho para conquistar os humanos e descobrir qual é o sentido da vida – revelado em pouco mais um minuto de trailer – já pode ser considerado um dos filmes mais aguardados do ano. Mas só do ano que vem: Quatro vidas de um cachorro tem previsão de estreia apenas para janeiro de 2017.
Veja o vídeo:

Amizade que não sai do tom

Vários animais (cachorros) ao redor de um aparelho de ressonância magnética
Publicado em 4 Comentáriosanimais, bichos

Vida dos animais: Antes de falar com o cachorro, é melhor medir as palavras.

Um estudo da Universidade de Eotvos Lorand, na Hungria, mostrou que os cães compreendem o que as pessoas dizem — e como elas dizem. Ao escanear o cérebro dos animais no exame de ressonância magnética funcional, os cientistas descobriram que o processamento do discurso nos hemisférios direito e esquerdo do órgão acontece da mesma forma que nos humanos. Isso significa que o melhor amigo é capaz de interpretar o diálogo e a forma como ele é entonado.

Este é o primeiro estudo de imagem a demonstrar que um animal não primata também processa as palavras. Diferentemente do que se imaginava, o trabalho, publicado na revista Science, indicou que os cães não apenas associam determinados sons a objetos. Eles conseguem entender o significado do vocábulo. Tanto que só se sentirão felizes se o diálogo estiver bem casado com a entonação. Não adianta dizer “bom garoto” ou “vamos passear” com a cara amarrada. Pode até ser que ele abane o rabinho — mas nem tanto quanto faria caso a conversa fizesse sentido. “O incentivo funciona como uma recompensa. Mas isso funciona melhor se tanto a palavra quanto a entonação estiverem em sintonia”, diz o neurocientista Attila Andics, principal autor do estudo.

cão em um aparelho de ressonância magnética
Cão usado nos testes com uma das pesquisadoras: ressonância mostrou que os hemisférios do cérebro desses animais processam palavras e entonações.Foto Reprodução Revista Science

Para fazer os testes, os pesquisadores treinaram 13 cães de diferentes raças (incluindo sem raça definida), de forma que ficassem imóveis dentro da máquina de ressonância magnética, um exame não invasivo e que não provoca danos à saúde. Então, eles monitoraram a atividade cerebral dos animais à medida que ouviam o que seus treinadores diziam. As palavras de incentivo (“Muito bem”, “Bom menino” e “Esperto”) eram ditas em um tom de voz negativo, positivo ou neutro. Enquanto isso, os cientistas investigavam o comportamento das regiões cerebrais que diferenciam vocábulos com e sem significado e entonações positivas das desagradáveis.

As imagens mostraram que o hemisfério esquerdo do cérebro desses animais processa as palavras com significado, enquanto que o direito identifica entonações de incentivo daquelas neutras e negativas. Estudos anteriores mostraram que humanos e cachorros usam essa mesma região auditiva para processar sons emocionais não verbais, sugerindo que o mecanismo de processamento das entonações acontece independentemente do discurso.

De acordo com Andics, quando os animais ouviam entonações positivas, a região do cérebro associada à sensação de recompensa e que, também em humanos, se ativa em resposta a estímulos agradáveis, como comida e carinhos, entrava em ação. Em relação às palavras, porém, não adiantava dizer algo positivo de forma negativa ou neutra. O centro de recompensa cerebral só se manifestava quando os vocábulos eram ditos com uma entonação interpretada como incentivadora “Então, os cães não só diferenciam o que dizemos e como dizemos, mas também conseguem combinar os dois para interpretar corretamente o que as palavras realmente querem dizer. Isso é muito parecido com o que os humanos fazem”, observa Andics.

O neurocientista destaca, porém, que o trabalho não investigou a inteligência animal: “Não é que tenhamos mostrado o quão inteligentes são. O que fizemos foi demonstrar a semelhança na forma em que processam o disso”, explica.De acordo com ele, acredita-se que os cachorros compreendem cerca de mil palavras. A habilidade de compreensão independe de raça, diz.“Não achamos que exista uma grande diferença entre raças; na verdade, acreditamos que os padrões devam ser similares em outros mamíferos também.”

 

Evolução

Andics afirma que o trabalho tem duas importantes implicações. A primeira diz respeito à relação entre humanos e seus melhores amigos. “Os resultados podem ajudar a fazer com que a comunicação e a cooperação entre cães e humanos fique ainda mais eficientes”, diz. A outra é que, para ele, a descoberta poderá levar a uma compreensão melhor sobre a evolução da linguagem no homem. “O que faz o léxico unicamente humano não é a capacidade neural de processá-lo, mas a nossa invenção de seu uso”, escreveu, no artigo.

A veterinária Ceres Berger Faraco, especialista em comportamento animal e integrante da Comissão de Ética, Bioética e Bem-Estar Animal (Cebea), do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), recebeu com entusiasmo o resultado do estudo húngaro. “Essa era uma questão ainda desconhecida. Se pensava que a possibilidade de compreensão oral fosse exclusiva dos humanos, e o que se vê é que isso não é verdade. Os pesquisadores identificaram claramente que existe uma memória dos blocos comunicativos no cérebro dos cães, similar ao nosso processo de comunicação. O estudo coloca os cães em um patamar comunicativo igual ao nosso”, diz.

De acordo com a médica veterinária, o trabalho demonstra que a estrutura do sistema nervoso central dos cães, independentemente do contato com humanos, é estruturada para a comunicação vocal. “Ali, existe uma base fisiológica de comunicação vocal, ele já tem o aparato neurofisiológico”, diz, lembrando que a comunicação vocal não se limita à linguagem humana. “Os cães realmente percebem e interpretam o que estamos falando. Isso demonstra uma cognição muito mais sofisticada do que o imaginado”, afirma.

Os cães não só diferenciam o que dizemos e como dizemos, mas também conseguem combinar os dois para interpretar corretamente o que as palavras realmente querem dizer. Isso é muito parecido com o que os humanos fazem”

Attila Andics, principal autor do estudo.

(por Paloma Oliveto do Correio Braziliense)