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(Texto e fotos da AFP)
A 100.000 dólares por cabeça, os cães vendidos em uma localidade no oeste da capital sul-coreana, Seul, não são exatamente baratos, mas são exatamente pelo que seus donos pagaram: uma cópia idêntica, por dentro e por fora, do pet que um dia perderam.
O local pertence à Sooam Biotech Research Foundation, líder mundial do próspero negócio da clonagem de animais de estimação, que há uma década oferece aos donos abastados de cachorros um pet que poderá acompanhá-los para sempre.
Com uma lista de clientes que inclui príncipes, famosos e milionários, a fundação oferece aos donos garantia contra perdas e danos, com um serviço de clonagem que promete a substituição perfeita do animal amado.
Desde 2006, a companhia clonou cerca de 800 cachorros, a pedido de particulares ou de agências estatais que buscam réplicas dos seus melhores cães farejadores para auxiliarem em operações anti-drogas ou de resgate. “São pessoas que têm laços muito fortes com seus bichinhos de estimação, e cloná-los lhes dá uma alternativa psicológica ao método tradicional de deixar o animal ir embora e guardá-lo na memória”, explica Wang Jae-Woong, pesquisador e porta-voz de Sooam.
“Com uma clonagem, tem-se a possibilidade de trazer de volta o animal de estimação” perdido, afirma o porta-voz na ‘sala de cuidados’ da fundação, onde cada cachorro clonado é guardado em uma jaula com paredes de vidro e temperatura controlada enquanto os pesquisadores monitoram sua saúde.
Desde o nascimento da ovelha Dolly em 1996, a pré-história para o mundo da clonagem, os acertos e erros desta técnica entraram em um polêmico debate, e a Sooam Biotech sempre foi vista com receio, principalmente por causa do seu fundador, Hwang Woo-Suk. Em dois artigos publicados na revista Science em 2004 e 2005, Hwang afirmou ter extraído células-tronco de embriões humanos clonados.
Herói fraudulento
O fundador foi elevado ao pedestal de herói nacional na Coreia do Sul, antes de sair à luz que sua pesquisa era uma fraude e que estava manchada de lapsos éticos. Em 2009, Hwang foi condenado a dois anos de prisão por malversação e violações bioéticas, mas a pena foi suspensa.
A Sooam Biotech clona muitos tipos de animais, incluindo gado e porcos para pesquisas médicas, mas é mais conhecida pelo seu serviço comercial de venda de cães. Apesar da tarifa de 100.000 dólares, os pedidos para este serviço se multiplicam e provém do mundo todo, principalmente da América do Norte.
As paredes do edifício da fundação estão decoradas com dezenas de fotos de cães clonados ao lado dos seus donos sorridentes, e incluem bandeiras nacionais de países como Estados Unidos, México, Dubai, Rússia, Japão, China e Alemanha.
Na maioria dos casos, porém, os clientes e patrocinadores da fundação preferem permanecer no anonimato.
Uma das clonagens mais publicitadas foi a de Trakr, um cão da polícia americana conhecido por ter encontrado o último sobrevivente após o ataque de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas, em Nova York.
Modelos de ‘doença’
Depois de que o Estado sul-coreano negou várias vezes os pedidos da Sooam Biotech para fazer pesquisas com células-tronco humanas, o centro desistiu deste projeto. A fundação trata, porém, de desenvolver outras iniciativas ambiciosas, como suas tentativas recentes de clonar o extinto mamute.
Para fins de pesquisa médica, também produziu animais geneticamente motorizados ou “modelos de doença” – bichos com predisposição para desenvolver Alzheimer, diabetes ou certos tipos de câncer.
Durante a visita da reportagem à clínica, o próprio Hwang estava dirigindo um processo para injetar o embrião de um Beagle em uma barriga de aluguel. “Quando nascer, este cachorro poderá se converter em um modelo de doença para tumores cerebrais humanos”, afirmou o fundador da Sooam.
A clínica também colabora com uma empresa chinesa de biotecnologia, Boyalife, para criar a maior fábrica de clonagem do mundo na cidade portuária de Tianjin, no nordeste da China.
Mas o líder dos pesquisadores da Sooam, Jeong Yeon-Woo, revela que a clonagem de cachorros continua sendo seu serviço favorito, devido à reação que a recuperação de um animal de estimação provoca nas pessoas. “É como se encontrassem seu filho perdido”, afirma Jeong.
(por Walder Galvão, da editoria de cidades) (Fotos Marcelo Ferreira/@cbfotografia)
Até o momento, apenas a macaco-aranha Sarah ganhou nome.
Os demais serão batizados por meio de campanhas nas redes sociais, como foi o caso da macaquinha.
De todos esses animais, no entanto, apenas Sarah e a anta fêmea estão prontos para serem conhecidos pelo público. Os outros passam por fase de adaptação e por procedimentos veterinários obrigatórios.
Cada novo animal tem uma história para contar. A filhote de anta era tratada como um bicho de estimação na Bahia. Vivia com cachorros em uma casa e comia a mesma ração, o que causou problemas na flora intestinal dela. Ela foi encontrada pela Polícia Ambiental e encaminhada para o Zoológico de Brasília. Durante a reportagem, o tratador Edmar dos Santos Mendonça se aproximou da pequena, que agiu como se fosse um cão. Cheirou, pediu carinho e, ao receber, deitou no chão com a barriga para cima.
O diretor do Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB), Rodrigo Rabello, alerta que os animais silvestres não podem ter contato humano como o que aconteceu com a anta fêmea. “É importante que não haja tentativa de domesticar esses animais. Eles precisam viver na natureza. Caso isso ocorra, eles não conseguirão voltar ao seu habitat”, explica.
Em muitos casos, é o Hospital Veterinário que recebe animais encaminhados pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental. Após várias avaliações, são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou para o Zoológico. No caso do filhote de anta macho, ele foi encontrado em Unaí, Minas Gerais, sem a mãe e sem condições de sobreviver sozinho. Chegou à Universidade Federal de Goiás e, de lá, seguiu direto para a UnB.
O casal de tamanduás-mirins foram encaminhados pelo Ibama para o zoo. O tamanduá-bandeira e as três corujas foram encontrados pela Polícia Ambiental e, agora, estão em processo de observação no local para que logo possam estar disponíveis à visitação.
Já a pequena brasiliense Sarah, filhote dos macacos-aranhas Doli e Pretinho, nasceu no Zoológico de Brasília. Ela chegou em 18 de março. Por meio de votação, frequentadores do local e internautas escolheram o nome da primata. A mesma campanha será realizada para batizar os novos moradores. A primeira a ganhar um apelido será a anta fêmea, como mobilização prevista para começar nesta semana.
Programe-se:
*Valor da entrada
–R$ 10 (inteira)
-R$ 5 (meia)
De terça a quinta-feira (exceto feriados), adultos e crianças acima de 12 anos de idade pagam meia
*Horário de funcionamento
-Área de visitação
-Dias normais e: de terça a domingo, das 9 às 17h
-Feriados: funcionamento normal, de 9 às 17h.
*Borboletário:
-De quinta a domingo – 09:00 às 17:00hs.
Mais informações:
http://www.zoo.df.gov.br.
China proíbe venda de alimentos derivados de animais em extinção
( da Sputnick News via ANDA )
A medida, aprovada no último sábado pelo parlamento chinês, “reforça a legislação em matéria de uso de animais selvagens e seus produtos derivados”, complementando uma lei de proteção adotada em 1989 e revisada em 2004.
A nova lei, que entrará em vigor em 1 de janeiro de 2017, proíbe a produção e venda de qualquer alimento feito a partir de espécies animais em perigo de extinção. No entanto, permite, mediante autorização, “a compra, venda e uso” de “produtos derivados”, assim como o uso dessas espécies em shows e espetáculos. O texto, publicado na página da Assembleia Nacional Popular, não explica as diferenças entre alimentos e produtos derivados nem dá detalhes de como obter as autorizações mencionadas.
Para ativistas de grupos de defesa dos direitos animais, a nova legislação pode ser utilizada como cobertura legal para a caça furtiva. Mas, de acordo com autoridades citadas pela Xinhua, a medida irá proteger as populações animais em seus habitats, já que “o uso de animais selvagens e produtos derivados dependerá principalmente de animais criados em cativeiro”.
Prince é um cãozinho dócil, um Fox Terrier mestiço. Tem apenas 10 meses e já experimentou a maldade humana. Numa noite, num surto de raiva, seu dono, morador de rua, o pegou e o lançou debaixo de um carro, perto da Vila Planalto. Não teve qualquer chance, já saiu debaixo do carro se arrastando, paraplégico. Não recebeu qualquer socorro, apesar de ter sido perto de um posto de gasolina. Nem umas gotas de dipirona para amenizar a dor.
Machucado e com dores intensas, passou 10 dias lutando pela vida, arrastando-se atrás de comida e água. A dor virou crônica, acostumou-se. Num domingo da morte do cantor Prince (daí seu nome), foi resgatado por uma moradora da área e levado ao Hospital Veterinário da UNB. Lá, recebeu o diagnóstico de que precisava de uma cirurgia urgente e cara (R$ 6 mil) para estabilizar a coluna e não sentir tantas dores.
Uma mobilização no facebook conseguiu arrecadar a quantia da cirurgia. Mas a incontinência urinária e fecal continuou. Ele precisa de fisioterapia e acumputura (esta para amenizar a incontinência). Pode voltar a andar por meio do que se chama marcha reflexa ou por meio da cadeirinha. Mas espera desde 25 de abril na fila por uma vaga na fisioterapia da UNB, que tem um custo um pouco mais baixo que das clínicas privadas.
O problema é que quem está cuidando dele já tem três cachorros num apartamento de um quarto e não tem mais condições financeiras no momento para tratar dele. Inclusive está para se mudar do Distrito Federal. O cãozinho precisa ter a fralda trocada várias vezes no dia por estar num apartamento pequeno e fazer pelo menos a fisioterapia, para ter chances de voltar a se movimentar, sem se arrastar. Sem alguém para cuidar dele, seu destino pode ser voltar ao antigo dono e morar na rua. Depois de tudo que passou, o cachorrinho, que ainda é um filhote, espera achar alguém que more em casa e possa ficar com ele.
Para ajudar Prince, entre em contato pelo e-mail rebeka-dg@hotmail.com
Assista o vídeo de Prince aguardando para mais uma consulta no Hospital Veterinário da UnB:
(da Revista do Correio) (fotos Arquivo Pessoal)
Na hora de alimentar seu pet, todo cuidado é pouco. Muitas vezes, por falta de conhecimento ou por descuido, os bichinhos começam a engordar mais do que o esperado, e é nesse momento que entra o uso da ração light ou diet. Para saber qual tipo é ideal para o seu pet, o ponto principal é entender que a ração light pode ser usada por tempo indeterminado, enquanto a diet exige muita precaução.
O shi tzu Chuck, de quase 2 anos, estava pesando 10kg, quando o normal para a raça varia entre 4kg e 8kg. Em uma visita ao veterinário, a gestora financeira Michelle Santiago, dona do cãozinho, foi orientada a alimentá-lo com ração light, para que ele pudesse entrar em forma novamente. “O veterinário disse que ele estava acima do peso, e que é importante não permitir que o Chuck engorde demais.” A ração escolhida tem mais fibras, o que proporciona uma sensação de saciedade ao animal.
O médico veterinário Brummel Oliver explica que a ração light é recomendada para animais com sobrepeso, mas seu uso pode ser preventivo. “Tanto a ração light quanto a diet oferecem ingredientes mais selecionados, com menos gordura e carboidrato, e mais proteínas”, esclarece. Essa quantidade extra de proteínas é importante para fortalecer a massa muscular do bichinho. Se necessário, a mascote pode comer ração light para o resto da vida, sem problemas.
Com a ração diet é diferente. “Se o animal a comer por muito tempo, ou em maior quantidade do que é indicado, ele pode ficar desnutrido. Além disso, o excesso de proteínas pode ocasionar à falência dos rins”, acrescenta Brummel Oliver. Há dois anos e meio, a gatinha Nina, 5 anos, começou a se alimentar de ração diet para gatos obesos. No começo, deu resultado, mas depois estabilizou. A gatinha pesava 14kg e agora tem 12kg. “Ela emagreceu muito pouco. Quando o gato está obeso, ele se torna muito sedentário e isso dificulta as coisas. A gente tenta fazer exercícios com ela sempre que pode”, conta a dona da felina, a estudante Ana Carolina Dias.
É o mesmo caso das labradoras Aika e Jaya, que passaram um bom tempo de suas vidas comendo ração diet. Elas faleceram aos 13 anos, de velhice. A dona, Lisiane Prates, relata que, desde os 8 anos, por excesso de peso e pela tendência da raça a engordar, o veterinário indicou que as cadelas passassem a comer somente ração diet. A duplinha chegou a pesar 44kg antes da nova rotina alimentar, quando o ideal seriam 32kg, no máximo. “No começo, elas perderam peso, mas é importante saber a quantidade exata. Teve um momento em que elas pararam de emagrecer, porque comiam de forma errada.” Depois que as duas cadelas começaram a comer ração diet, elas não mudaram mais para outro tipo de ração, pois não conseguiram atingir o peso esperado.
Para prevenir o sobrepeso e a obesidade em cães e gatos, alguns cuidados podem ser tomados. Por exemplo, evitar o excesso de petiscos. Eles não devem passar de 10% da quantidade calórica diária, de modo que devem ser oferecidos apenas como recompensa por algo especial. Outro ponto é saber a quantidade certa de alimento para dar ao pet. Para isso, siga as recomendações de consumo indicadas na embalagem. Quando os animais são castrados, uma atenção extra deve ser dada à alimentação — após o procedimento, aumenta muito a tendência engordar.
Existem ainda opções que atendem a diferentes necessidades — por exemplo, alimentos exclusivos para cães e gatos com problemas no fígado. Geralmente, são alimentos enriquecidos com proteína de soja, zinco e cobre reduzidos, de modo a reduzir os danos hepáticos. Em hipótese alguma, mude o “menu” do melhor amigo por conta própria. É essencial consultar um especialista que possa identificar o problema e, então, apontar a dieta mais adequada.
No mercado pet, há algumas rações que são específicas para certas raças. O veterinário Brummel Oliver ressalta que elas são boas para prevenir doenças comuns das raças. Para os pugs, por exemplo, existem rações que levam em consideração a mandíbula braquicefálica da raça, facilitando a mastigação. Mais específica, essa abordagem tende a melhorar a pelagem e proporcionar a manutenção do peso. Os gatos não ficam de fora: existem até rações que “amolecem” o pelo dos bichanos para facilitar a excreção da famosa bola de pelos. Sobretudo para quem mora em apartamento, é interessante ressaltar que existem rações especiais com poder de reduzir o odor das fezes.
Por fim, lembre-se de que as rações costumam ser classificadas por faixa etária. Filhotes precisam de mais proteína para se desenvolverem. Por volta dos 45 dias de vida, eles devem largar o leite e começar a comer a ração até atingirem a maturidade, que pode variar entre os 15 (em raças grandes e gigantes) e os 12 meses (raças pequenas). O mesmo serve para os animais idosos. No caso, a comida adequada para essa idade deve conter menos proteína (para não afetar os rins) e mais vitaminas e minerais específicos para ajudar a manter a saúde do sistema nervoso. Normalmente, os pets atingem essa categoria entre os 8 e os 13 anos de idade, a depender da raça.
(por Bruno Lima/Especial para o Correio)
Com um histórico de irregularidades, alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados e objeto de protestos de ativistas, o canil da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), onde funciona o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do Distrito Federal, acumula registros de denúncias de maus-tratos e ilegalidades no sacrifício de animais doentes. No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), uma ação civil pública, ainda não julgada, cobra R$ 1 milhão do DF por dano coletivo relativo aos supostos abusos. Denúncias feitas, em agosto do ano passado, por funcionários sem formação veterinária que participaram de um curso de reciclagem motivou o processo.
No treinamento, os servidores administrativos receberam orientações de como coletar sangue e vacinar animais. Dois cães que seriam sacrificados foram usados como cobaias durante as instruções. “Os animais que estavam naquele corredor da morte eram usados como cobaias para treinamento de um pessoal que ia fazer um controle de campo. E feles faziam isso sem anestesia. Era aquela mentalidade de que, como o animal vai morrer mesmo, você pode tratá-lo como for”, critica Daniel Odon, presidente da Comissão de Direito dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) e autor da ação.
No documento, o advogado também alega que a eutanásia era feita de forma indiscriminada. Odon, que também preside a Associação dos Juristas em Defesa dos Direitos dos Animais (Ajuda), explica que a Lei Distrital nº 2095/98 estabeleceu etapas no tratamento dos bichos — resgate por meio de organizações, leilão em hasta pública, doação e, em último caso, sacrifício. “Verificamos que a administração daquela época não estava observando esses passos preliminares. Todos os animais que chegavam eram, automaticamente, sacrificados. Tivessem eles problemas ou não, fossem eles agressivos ou não. Era um verdadeiro matadouro”, afirma. Em abril, o juiz determinou à Dival prestar esclarecimento sobre os três últimos meses de atividades da unidade. “No universo de animais que eles apresentaram, 76% eram sacrificados, o que é um absurdo. Esse cenário deveria ser o inverso”, avalia Odon.
De acordo com um levantamento realizado pelo Proanima, em 2015, cerca de 63% dos animais poderiam ter sido poupados. A estimativa da organização é de que, entre 2010 e 2015, 9 mil bichos foram mortos. “Infelizmente, o Centro de Zoonose de Brasília tem muito o que melhorar. Você não pode ter um lugar de recepção de animais se não for para tratá-los. Ali, ou tem que mudar e dar um tratamento digno aos animais ou não tem que existir”, opina a diretora-geral do Proanima, Simone Lima.
O chefe da Gerência da Vigilância Ambiental de Zoonose, Edvar Schubach, justifica o alto índice de mortes pelo estado de saúde dos animais que chegam ao canil. “As pessoas têm que entender que o CCZ não é um abrigo de animais. O índice de eutanásia é alto porque grande parte dos animais que chegam aqui já está muito debilitada, sofrendo muito por causa de alguma doença ou por atropelamento. Esse é o único caminho”, conta. Segundo Schubach, 368 animais deram entrada no centro este ano. O gerente afirma que todas as mortes seguem o procedimento estabelecido em acordo com o Ministério da Saúde — primeiro, o animal é sedado e, em seguida, recebe um medicamento letal na corrente sanguínea. Por fim, o corpo é incinerado.
A 2ª delegacia de polícia (Asa Norte) instaurou inquérito para apurar as denúncias de maus-tratos. Um termo circunstanciado foi lavrado e remetido à Justiça. O Ministério Público do DF acompanha a situação desde 2008. A Promotoria de Defesa do Meio Ambiente afirmou que os principais problemas foram sanados.
Falta de estrutura
Desde 1990 não há concurso para o Centro de Zoonoses. Atualmente, nenhum veterinário de carreira trabalha no local. Os cinco profissionais com formação na área exercem funções administrativas. Além disso, o CCZ conta com apenas uma viatura. A professora de saúde pública da Faculdade de Veterinária da Universidade de Brasília (UnB) Lígia Cantarino ressalta que a falta de estrutura precariza os trabalhos.
A docente avalia que há um senso comum equivocado sobre o trabalho realizado pela zoonose. “As pessoas têm uma ideia um pouco ruim sobre o trabalho da zoonose, mas ele é um órgão de extrema importância. Essas denúncias nem sempre são corretas, às vezes, não procedem, e pioram ainda mais a imagem do órgão. Aquilo ali é um espaço de observação de animais com possíveis doenças que podem ser transmitidas ao homem”, esclarece.
Para a presidente da Federação de Defesa Animal do DF, Carolina Mourão, a solução seria o fechamento do CCZ. “Nós acampamos em frente à zoonose em agosto do ano passado e passamos 17 dias colhendo provas lá. A situação é insustentável”, diz. Ela acusa o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Laurício Monteiro, de barrar denúncias feitas pelos ativistas. Laurício também pertence ao quadro de funcionários da Dival. O veterinário diz, porém, que as acusações são infundadas e que todas as decisões são tomadas seguindo os parâmetros legais. “O cargo que eu exerço no CRMV não é remunerado. É voluntário. O CCZ recebe todo e qualquer órgão fiscalizatório que queira conhecer as instalações”, garante.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que são passíveis de recolhimento os animais domésticos que podem oferecer risco à saúde da população, seja por disseminação de doenças, seja por estarem transitando em, por exemplo, hospitais. Além de animais agressivos, em sofrimento e com indicação de eutanásia de médico veterinário. Alguns donos de animais que pagaram por tratamentos particulares, mas o animal já não tem chances de vida, preferem realizar o procedimento na Dival, por ser gratuito. Para isso, o dono deve levar o laudo encaminhado pelo veterinário.
(por Cristine Gentil, da editoria de cidades do Correio Braziliense)
Feira de adoção Projeto São Francisco
Sábado 02/07 das 10 as 15h
SIA Trecho 2, lotes 65/95
Feira de adoção Agro-Pet
Sábado 02.07 das 10 as 17h
Vicente Pires (próximo ao posto policial,terceira entrada do Taguaparque)
Feira de adoção ATEVI
Sábado 02.07 das 09 as 15h
Armazém do gato – 205 norte
Feira de adoção SHB
Sábado 02.07 das 10 as 16h
CLSW 103 bloca A – Sudoeste
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 02.07 das 11 as 16h
108 Sul
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Domingo 03.07 das 11 as 15h
SIA trecho 2 lotes 65/95
(da Revista do Correio) (fotos Divulgação)
O filme Procurando Dory — sequência de Procurando Nemo (2003), da Disney e da Pixar — está prestes a estrear no Brasil. Mas o que deveria ser motivo de empolgação tem preocupado biólogos e ativistas ambientais. Quando a primeira animação foi lançada, há 13 anos, resultou em duas reações. Uma foi o aumento das vendas de peixe-palhaço, a espécie do Nemo. O carisma e a beleza do personagem que, mesmo com uma barbatana curta, superou tantas adversidades, fez com que todo mundo quisesse um para tomar conta e para enfeitar a casa. Outra foi a libertação de alguns peixes de aquário. Comovidos com a tristeza de Nemo e de seus amigos na ficção, as pessoas começaram a jogar seus peixes no mar.
Aparentemente mais altruísta, a atitude de libertar o peixinho se mostrou problemática. “Um animal em cativeiro pode eventualmente contrair doenças que, depois, levará para o ambiente natural, contaminando outros exemplares. Além disso, acaba-se soltando um animal em um local que não é o de sua origem — espécimes domesticados, em geral, não saberão mais se alimentar sozinhos e morrerão após a soltura”, explica a bióloga marinha Suzana Ramineli, mestra em ciência ambiental, coordenadora da Naturaulas Cursos Ambientais e presidente da Comissão Organizadora do Congresso de Conservação Marinha.
Teoricamente, a compra e a venda de peixes-palhaços não gera resultados tão ruins ao meio ambiente, porque são peixes que se reproduzem facilmente em cativeiro. Com os blue tangs (Paracanthurus hepatus), espécie da Dory, é diferente. O aumento nas compras é pernicioso por si só. Tais peixes, de coloração azul-royal, não se reproduzem em cativeiro de forma alguma. Isso significa que cada peixinho à venda foi tirado diretamente de seu hábitat, o mar. Por isso os ativistas ambientais estão tão preocupados antes mesmo de o filme entrar em cartaz. A Care2, comunidade que colhe petições on-line, está divulgando um vídeo pedindo aos pais que não comprem Dorys para os filhos. Até o momento, a iniciativa conta com 113.918 apoiadores.
O veterinário Renato Leite Leonardo, especializado em animais silvestres exóticos e responsável pela empresa Dr. Fish, acredita que as vendas devem ser limitadas por causa do preço. “Acho que muitas pessoas virão olhar, curiosas, mas não comprarão. Enquanto um peixe-palhaço pequeno custa cerca de R$ 60, um blue tang do mesmo tamanho vale, em média, R$ 400”, revela. Segundo ele, não há blue tangs nos mares do Brasil. Os peixes vendidos aqui são capturados na região que vai dos Estados Unidos até o Caribe. Renato diz que, lá, as capturas e as importações são feitas de forma correta e bem controlada, o que também reduz os danos.
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), os blue tangs não sofrem ameaça iminente de desaparição — na classificação do órgão, o risco é “pouco preocupante”. “Dentro da IUCN, essa é uma categoria de ameaça. Significa que P. hepatus não é das espécies mais ameaçadas, mas que, sim, já demonstra algum grau de risco de extinção”, esclarece a bióloga Suzana Raminelli.
Independentemente da polêmica, o fato é que, em aquário, Dory é bem mais sensível a doenças, se comparada a outras espécies. Para viver, ela precisa de parâmetros de água (nitrito, amônia, pH e temperatura) sempre estáveis. Um exemplo de peixe mais resistente é o beta, que prefere aquários menores (portanto, de limpeza mais simples) e não precisa de companhia. São fatores óbvios a se considerar na hora de adquirir um animal de estimação. Mas há outros aspectos éticos igualmente importantes, como saber de onde eles vêm
“Melhores amigos” vão ajudar sobreviventes e parentes de vítimas de boate em Orlando
Assista o vídeo: