Ceia de Natal:Resista ao olhar pidão

imagem mostra cão da raça shitzu para ilustrar matéria sobre cuidados com os pets na Ceia de Natal
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Ceia de Natal: Se quiser incluir seu bichinho na festa, invista em alimentos apropriados para pets. Assim, a Noite Feliz não terminará no veterinário

 

Os festejos de fim de ano culminam na grande ceia natalina. Todos sentados ao redor da mesa decorada e o pet só de olho, esperando a oportunidade perfeita de conseguir um pedacinho de peru ou de chester. É nessa hora que o coração amolece e o dono acaba cedendo. Não deveria: saiba que, nesta época do ano, a procura por atendimento veterinário aumenta cerca de 30%, sendo que uma das principais causas é a ingestão de alimentos “impróprios”.

A publicitária Ana Carolina Dias, 21 anos, sabe muito bem como é difícil negar pedidos da mascote, Nina. “Ela é uma gata, mas tem alma de cachorro. Nessas comemorações, fica sempre deitada em volta da mesa, encarando todo mundo como quem diz: ‘Você não vai me dar um pedacinho?’”, brinca a tutora. Muitas vezes, a gatinha reclama, mia e chora. Quando é assim, Ana prefere servir um pouco mais de ração para evitar qualquer deslize com comidas gordurosas. “É de cortar o coração vê-la pedindo um petisco, mas sei que é melhor não dar.” Alguns Natais atrás, o avô de Ana Carolina não resistiu aos encantos da gata e a serviu com um pedaço de tender. Na hora, foi só alegria. Mas, um tempo depois, Nina começou a passar mal e teve diarreia. “Desde então, eu proibi. Ninguém pode dar mais nada a ela.”

O médico veterinário Marcello Machado explica que os alimentos “festivos”, como peru e proteínas em geral, são muito gordurosos, temperados e repletos de sódio. Quando as pessoas os oferecem aos pets, eles ficam com a flora intestinal desregulada, o que pode ocasionar vômitos ou disenteria. “Os bichos têm uma alimentação muito regrada e se, de repente, isso muda, não é bom para eles.” O especialista confirma que as ocorrências do gênero se multiplicam no fim do ano.

Mas, afinal, quais são as comidas que os pets não podem comer de modo algum? Os panetones, tão característicos da época, devem ser evitados a todo custo. “As frutas cristalizadas e a massa da sobremesa têm muito açúcar, o que causa fermentação intestinal”, explica Marcello Machado. Chocotone está vetado, pois chocolate é altamente tóxico para os animais. A rabanada, além de doce, é frita e deve ficar longe das tigelas de cães e gatos. “É feita de pão, gordura, açúcar… Tem tudo que eles não podem comer”, ensina o veterinário.

Teoricamente, peru e tender podem ser servidos, mas em pequenas quantidades e sem condimentos gordurosos (molhos e temperos). É importante também atenção com os ossos, pois são quebradiços e podem perfurar o estômago ou o intestino do animal. Peixes são nutritivos, mas o bacalhau não serve para os animais, pois é muito salgado. Já a farofa tem amido em excesso, o que também oferece perigo. Castanhas e nozes são pequenas e parecem inofensivas, mas, na verdade, contêm excesso de óleo, o que pode desencadear a diarreia. E, atenção, macadâmia é altamente tóxica.

Da mesma forma, estão proibidos alho, uva passa, uva, cebola e cereja. “Quando falamos de alimentos tóxicos, o mais grave é a questão da diarreia severa. Ela leva à desidratação e o animal precisa ser internado para tomar soro. O verão e o calor contribuem para isso”, comenta Marcello Machado. Doces em geral também não são indicados aos bichinhos. Eles têm açúcar e podem causar fermentação intestinal, o que leva à dilatação do abdômen e a dor severa. Além disso, a sacarose afeta a dentição.

Ana Peixoto, 30 anos, é publicitária e dona do shih-tzu Chico. Adepto da alimentação natural, o cãozinho segue uma dieta rígida sugerida por sua nutróloga. Alguns petiscos, como frutas e ovo de codorna, são permitidos. Chico tem algumas restrições alimentares, como quiabo, cenoura e trigo, mas o apetite é inabalável. “Ele adora comer de tudo. O que der, ele aceita.” Assim, em épocas festivas, como Natal e ano-novo, Ana fica sempre de olho para Chico não extrapolar.

“As pessoas não entendem que, mesmo pedindo, há coisas que ele não pode comer.” Seu prato natalino favorito? Peru! Chico provou uma vez e, depois disso, pede sempre. Ana dá, mas nunca em excesso. Para ela, uma ótima opção nesses momentos são os alimentos especiais que o mercado pet oferece. “É interessante optar pelos produtos voltados para eles”, diz.

O médico veterinário Marcello Machado concorda: “São alimentos com aparência e aroma especiais, mas que são balanceados e oferecem benefícios.” Para evitar que os bichinhos ataquem a mesa da ceia, o ideal é nunca deixar a comida desprotegida, pois, a qualquer descuido, eles podem atacar.

 

 

Eis uma receita que tanto tutores quanto bichos podem comer (moderadamente):

Ingredientes
100 g de frutas secas (exceto uva-passa) sem açúcar
100 g de nozes, amêndoas ou castanha-do-pará
100 g de coco seco ralado sem açúcar
2 colheres (sopa) de melado de cana
2 ovos
125 g de farinha de trigo integral
2 colheres (sopa) de farinha de rosca
Um pouco de água morna

Modo de preparo
Coloque as frutas secas de molho por 30 minutos em água. Pode ser figo, banana, maçã, damasco, mamão etc. A uva-passa está proibida. Em seguida, escorra a água e corte em pedaços. Misture-as com os outros ingredientes, coloque um pouco de água morna e mexa até dar liga na massa. Deixe a massa descansar por 30 minutos. Pré-aqueça o forno a 180°C.

Coloque a massa em forminhas de minipanetones e asse por 40 minutos ou até o palito sair seco do bolinho.

 

(da Revista do Correio)

Comunicação animal

Programa bom pra cachorro:imagem mostra dona de um cãozinho que gosta de assistir televisão.
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Bom pra cachorro: Estudiosos estão certos de que os pets podem compreender bem mais do que simples comandos humanos. Eles entendem os significados da fala do dono e até programas de tevê, feitos para eles

 

Chegar em casa e ver sapatos, sofás e paredes destruídas é uma cena muito comum para muitos tutores. Grande parte desses incidentes é resultado da ansiedade causada pela separação e a solidão durante o dia. Pensando em como acabar com episódios como esse, a Ease TV foi concebida para ser um entretenimento para os pets. A primeira televisão do Brasil feita para animais tem uma programação especial, desenvolvida para entreter os bichinhos o dia inteiro. O conteúdo é pensado para acalmá-los durante a ausência do dono. Na tela, aparecem as referências do mundo animal, como sons de uma savana africana e imagens de cachoeiras ou de humanos brincando com pets, por exemplo. A tese seria a de que os sons de filmes e atrações para humanos são barulhentas demais — com muitos gritos, tiros, por exemplo —, o que deixaria os animais ainda mais agitados.

Programa bom pra cachorro:imagem mostra dona de um cãozinho que gosta de assistir televisão.
Foto: André Violatti/@cbfotografia. Manuela Lima contratou o serviço da Ease TV, tv por assinatura para cachorros, em sua residência no Lago Sul.

Manuela Lima, 33 anos, descobriu o serviço pelo Instagram da Estopinha, figura famosa nas redes que tem como tutor Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal. “Queria que meus cachorros (Paolo Guerrero, Tuca, Jaspion e Graveto) tivessem entretenimento e ficassem menos ansiosos. Dizem que a programação, baseada em estudos, é agradável e interessante para eles. Achei a proposta interessante”, afirma a economista, que é assinante há três meses.

A grade de programação apresenta opções variadas: pet relax, para o animal relaxar e descansar; pet food, que estimula uma alimentação saudável; pet activity, que incentiva exercícios; pet nature, para instigar instintos e as lembranças da ancestralidade selvagem; pet with pet, com vídeos que encorajam um relacionamento amigável com outros animais; e o my pet, em que os tutores enviam vídeos de seus filhotes para serem transmitidos pelo canal.

O serviço existe há mais de um ano e tem mais de 5 mil assinantes. “A Ease TV, inspirada da Dog TV, um canal americano com mais de 1 milhão de assinantes e tem presença mundial”, afirma Tiago Albino, diretor executivo da Marq System, empresa de tecnologia responsável pela inovação.

Para quem acha que os cães e gatos não entendem nadinha das atrações, engana-se. “Os animais são capazes de interagir, sim, com a tevê. Utilizar o audiovisual para diminuir a ansiedade que o bicho sente por estar sozinho em casa é uma proposta muito válida. A grande questão é que não pode ser qualquer imagem”, explica  Edilberto Martinez, veterinário comportamental.

“Os cães, por exemplo, enxergam 70 a 80 quadros por segundo, mas a televisão comum passa só 60 no mesmo período de tempo. Assim, eles assistem a nossos programas como se fossem uma apresentação de slides. A programação para bichos aumenta esse número, às vezes, ultrapassando 100 quadros por segundo”, acrescenta.

 

Eles compreendem

Produtos com conteúdo pensado para animais estão ganhando força. Pesquisadores da Eötvös Loránd University, na Hungria, desvendaram um pouco mais sobre como cães entendem o mundo e afirmam: eles não são muito diferentes do ser humano.

Esse é o primeiro estudo a investigar a forma como a fala é processada no cérebro dos caninos e mostra que os melhores amigos do homem se preocupam muito com o que e como dizemos.

“Durante o processamento da fala, há uma distribuição bem conhecida de trabalho no cérebro humano. O hemisfério esquerdo processa o significado das palavras, e o direito, a entonação. O homem analisa não apenas separadamente o que dizemos e como dizemos, mas também integra os dois tipos de informação para se chegar a um sentido unificado. Nossos resultados sugerem que os cães também podem fazer tudo isso e que eles usam mecanismos cerebrais muito semelhantes”, afirma o pesquisador Attila Andics, do Departamento de entologia da Universidade Loránd Eötvös, Budapeste.  Isso mostra que, se um ambiente é rico em discurso, como é o caso dos locais em que vivem os cães de família, palavras podem ganhar sentido na cabeça dos bicho.

Os pesquisadores treinaram 13 cachorros para que eles ficassem completamente imóveis em um aparelho de ressonância magnética, um método não invasivo. Os especialistas mediram a atividade cerebral dos cães enquanto escutavam palavras do treinador. “Eles ouviam as palavras de aprovação, com entonação vibrante; palavras de aprovação em entonação neutra, e também palavras de conjunção neutra, sem sentido para eles. Nós olhamos para as regiões do cérebro que diferenciavam o significado das palavras com e sem sentido”, explica Anna Gábor, umas autoras do estudo.

Foi observado que o elogio ativa o centro de recompensa dos cães — região do cérebro que responde a todos os tipos de estímulos de prazer, como comida, sexo, carícias, música. É importante ressaltar que isso acontece apenas quando cães ouvem as palavras de agradecimento com entonação vibrante. “Isso mostra que um elogio pode muito bem funcionar como uma recompensa, mas funciona melhor se as palavras vêm com uma entonação que demonstre isso. Os cães não só distinguem o que dizemos e como dizemos, mas também podem combinar o dois, para uma interpretação correta do que essas palavras realmente significam”, explica Andics.

 

 

Os resultados do estudo também podem ajudar a tornar a comunicação e a cooperação entre cães e tutores ainda mais eficientes. “Nossa pesquisa lança nova luz sobre o surgimento de palavras durante a evolução da linguagem. O que torna palavras exclusivamente humanas não é uma capacidade neural especial, mas nossa invenção de usá-las”, Andics explica.

 

(da Revista do Correio)

 

Cara de um, focinho do outro

imagem mostar dona com sua cadelinha.
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Não raramente, o pet acaba reproduzindo algo da personalidade do tutor. Mais surpreende é quando, de tão ligados um ao outro, acabam adoecendo juntos
 O laço entre os donos e seus bichos de estimação é forte. Vejamos o caso do aposentado Carlos Alberto dos Santos, 79 anos, dono do pinscher Ricky. “Quando viajo, ele fica na sala, esperando a minha volta. Alguém tem que colocar a caminha dele perto da porta, senão ele não dorme direito”. Em uma dessas separações temporárias, Ricky ficou tão nostálgico que se recusou a comer. Carlos teve que conversar ao telefone com o cachorro para que ele voltasse a se alimentar normalmente.
Os dois estão sempre juntos e Ricky não disfarça o ciúme que sente: “Quando ele está comigo, não deixa ninguém encostar em mim.” Quando quer sossego, Carlos se aproveita da proteção do animal. “Na hora de ver tevê, eu falo: ‘Ricky, não deixa ninguém incomodar o papai’. E é isso que ele faz.” Se alguém tenta uma aproximação, o cãozinho fica feroz. Até a mulher de Carlos já se convenceu: um é a cara do outro. “Nós dois somos muito teimosos, não dá para negar. Sempre impomos o que queremos e, quando ele quer dormir, por exemplo, fica atrás de mim até eu me deitar também, senão ele não dorme. Quando ele quer comida, também fica pulando sem parar até conseguir”, diverte-se.“É comum ver bichos que são parecidos com seus tutores porque o convívio e a personalidade do tutor tem essa influência sobre o animal. Depende muito da criação, mas também do comportamento do pet”, confirma a médica veterinária Ana Carolina Amorim. Mas a ligação entre Carlos e Ricky vai além. “As pessoas falam que até o nosso jeito de andar é igual”, brinca. E arremata: “Acho supernormal desenvolver características parecidas tanto na feição quanto no jeito”. Como prova de amor, o aposentado, que tem medo de agulhas, superou a fobia e tatuou um retrato do melhor amigo no braço.Por vezes, essa sintonia parece influenciar na saúde. Não é raro que os pets adoeçam com os tutores. A médica veterinária Ana Catarina Valle, especialista em acupuntura e homeopatia, acredita que as mascotes são sensíveis à “vibração” dos humanos. “Certa vez, atendi um animal que estava com uma cistite de repetição que não melhorava com nada. A dona acreditava que a homeopatia poderia ajudá-lo e me procurou. De fato, em um primeiro momento, ajudou bastante. Porém, meses depois, a tutora ligou e disse que os sintomas haviam voltado”, relata. Desconfiada, a profissional voltou a investigar o caso e descobriu que a cliente também tinha cistite — tutora e mascote entravam em crise ao mesmo tempo, com sintomas muito parecidos. Estranho, né?A professora Pauline Maximiliano acredita ter vivido uma experiência que comprova essa ideia. Bonnie, sua mascote, estava com um problema de pele de difícil identificação. Depois de várias visitas ao consultório veterinário, a profissional que as atendia passou a questionar a ansiedade da professora. Resultado: Bonnie recebeu uma receita homeopática e Pauline foi aconselhada a cuidar do aspecto psicológico. “Fiquei mais tranquila e percebi que a Bonnie também ficou mais calma”, recorda. E assim, sem uma explicação perfeitamente racional, a dermatite da cadelinha foi superada.Já a veterinária Ana Carolina Amori sugere prudência para não superestimar esses laços. “As pessoas acham que os animais estão apresentando o comportamento igual ao nosso porque a tendência é humanizá-los. É importante enxergar que animal é animal, que ele tem suas próprias necessidades”, argumenta. Para ela, quando os bichinhos apresentam os mesmos sintomas que os donos, é essencial investigar as causas. “Temos que ficar de olho para ter certeza que não é nenhuma zoonose (doenças transmitidas para o homem pelos animais e vice-versa), por exemplo.”Fenômeno energético?
Para a médica veterinária Daniela Lopes, os bichos “conversam” energeticamente com os humanos. Daniela é adepta da teoria do “campo mórfico”, idealizada pelo biólogo e parapsicólogo inglês Rupert Sheldrake. Segundo essa hipótese, os seres têm campos vibracionais permeáveis e que podem ser compartilhados. “Isso (de mascotes e donos desenvolverem traços em comum, inclusive doenças) ocorre quando há grande convivência. É algo normal”, explica a veterinária.

Dieta de alta qualidade

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Ração: A decisão de trocar por alimentos in natura conquista os donos de pets. A ideia é melhorar o aspecto nutricional da refeição, garantindo mais saúde aos bichinhos

 

O bem-estar dos bichinhos de estimação é prioridade. Pensando nisso, muitos tutores proporcionam ao pet uma dieta natural. São refeições à base de alimentos não processados, livres dos conservantes da ração industrializada. Quem obteve muitos benefícios com a mudança de hábito alimentar foi o gatinho Godot, 15 anos. A dona do felino, a professora Simone Lima, 52, conta que adiou diversas vezes a mudança de cardápio, mas tomou a decisão quando o bichano começou a sofrer de problemas renais. “A demanda nutricional do gato é grande e eu me preocupava muito porque a ração industrializada seca quase não oferece umidade, o que é primordial para os gatos, uma vez que eles não sentem muita sede”, explica.

Após dois anos com a nova dieta, Godot, que é idoso, continua muito ativo e saudável, e até seu pelo está mais bonito. O problema renal foi totalmente revertido. “Os parâmetros fisiológicos dele melhoraram muito. E isso foi conquistado pela comida — mais úmida e com ingredientes saudáveis”, comemora Simone. A transição foi feita aos poucos: a tutora misturava a ração industrializada na comida fresca, sempre acrescentando levedura nutricional. Depois de uma semana, Godot já adorava a nova alimentação.

Não é que a ração pronta seja ruim para os pets, como explica o casal de veterinários Bruna e Kaue Morales, especializados em nutrição. “O melhor tipo de ração depende muito do que cada dono quer, mas a natural, de fato, apresenta maior quantidade de água e não sobrecarrega tanto os rins”, comenta Bruna. “As melhorias são muitas, e para ter uma ideia do conceito da alimentação natural, é só pensar em uma pessoa que só consome produtos industrializados e compará-la a outra que tem uma dieta livre de conservantes”, complementa Kaue.

De acordo com Bruna, entre os benefícios, é possível notar que as fezes dos animais ficam menores, mais sequinhas e quase sem odor, pois a absorção de nutrientes é maior. Além disso, a pelagem fica mais bonita e brilhante. “A alimentação natural supre todas as necessidades nutricionais do animal e é totalmente possível de ser preparada em casa. Para isso, basta ter orientação veterinária quanto à quantidade e tipos de alimentos permitidos para cada pet, e quais são as suplementações necessárias”, ensina a veterinária.

foto do gatinho Apolo, seus donos trocaram a ração por alimentação natural.
Foto: Arquivo Pessoal. Gatinho Apolo come alimentação natural.

O gatinho Apolo, 8 meses, sofre de prolapso no ânus (hemorroida) e tinha muita dificuldade na hora de defecar. Pensando na melhora do bichano, a bancária Luciana Schlottfeldt, 37 anos, decidiu investir em alimentação natural e úmida. “Fiquei um pouco receosa no início, mas ele nunca recusou a nova dieta — as carnes variam e ele não enjoa”, conta. A qualidade de vida de Apolo melhorou da água para o vinho.

Foi por indicação de um veterinário de abordagem mais alternativa que Luciana decidiu adaptar a dieta de Apolo. Como não tem tempo de preparar a refeição, ela recorre a um fornecedor. “Eu compro porções e congelo. Não gosto de cozinhar, mas sei que seria o ideal. Para isso, teria que saber bem sobre a alimentação, porque tenho consciência que não pode ser qualquer comida, como as que a gente come.” A ideia agora é manter a dieta natural. “Acredito que a alimentação orgânica e sem conservantes é ideal para todo mundo, não só para os pets”, reconhece.

Desde o ano passado, a cadela Bebel enfrenta um câncer na pata. Com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico da mascote, sua tutora, a advogada June Medeiros, 50, buscou diversas opiniões. “Eu sempre quis mudar a dieta dela, mas ainda não tinha encontrado aqui, em Brasília, alguém que fizesse esse tipo de acompanhamento. Eu sei que a alimentação natural depende de uma orientação veterinária para que não haja deficiências nutricionais para o cachorro.” June conta que a decisão foi acertada. “Desde a mudança na dieta, ela tem mais disposição. O intestino da Bebel também tem funcionado bem e, apesar de ter tido uma doença grave, ela tem adoecido menos do que quando comia ração industrializada.”

 

 

O médico veterinário Luciano Pasin trabalha com nutrologia há 2 anos e está se especializando em oncologia. Ele ressalta que a alimentação natural é a melhor opção desde que os tutores sigam corretamente as orientações prescritas por um veterinário nutrólogo capacitado, em vez de fazerem por conta própria. Luciano trabalha somente com cães e afirma que, quando o cardápio é balanceado, não somente em proteínas, fibras, gorduras e carboidratos, mas também em vitaminas e minerais, a melhora é visível. “A imunidade reage, principalmente entre pacientes geriátricos ou com câncer. Os problemas de pele se resolvem; o emagrecimento acontece com muito mais rapidez; o metabolismo e os hormônios se equilibram; e os sinais de envelhecimento são retardados”, enumera.

Luciano adverte quanto ao preparo dos alimentos. “Métodos como fritar e grelhar excessivamente liberam substâncias potencialmente cancerígenas. Cozinhar no micro-ondas também diminui significativamente a quantidade e qualidade de vitaminas e fitonutrientes.” Alguns alimentos estão sempre presentes nos cardápios que Luciano elabora, como ovos, carnes magras, brócolis, abobrinha, cenoura, vagem, óleo de coco e azeite de oliva extravirgem. “Eu sei que é um pouco mais trabalhoso preparar a comida em casa, mas vale muito a pena. Não tem conservantes e eu sei o que a Bebel está comendo”, exalta June. “O fato de ter aliado o tratamento convencional do câncer com a alimentação natural e os nutracêuticos foi fundamental para a melhora dela. Ainda mais durante o processo de químio, que não é fácil.”

Serviço

Assessoria nutricional para pets

-Gourpet

(61) 98551-1557 e 99626-7200

-Comida Pet

(61) 99291-7076

-Cãolinária

Apesar de estar localizado em São Paulo,

o site http://caolinaria.com.br/

oferece diferentes cardápios de alimentação natural para quem quer cozinhar para o pet.

-Clínica Pet & Etc

Localizado no interior de São Paulo, o dr. Luciano Pasin oferece assessoria nutricional para todo o país.

(19) 3801-6563

-Animal Natural

Empresa de consultoria nutricional e venda de produto para animais localizada em São Paulo.

http://www.animalnatural.com.br/

(11) 4116-3132

Sonhos intranquilos

foto da cadelinha Lolla.sono dos bichos
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Sono: Cães podem sofrer de apneia, ronco, narcolepsia e até de insônia. Distúrbios do sono não têm causa definida e devem ser avaliados caso a caso

 

Uma boa noite de sono repercute em diversos aspectos da saúde e do bem-estar. A hora do repouso é algo esperado e valorizado inclusive pelos bichinhos. Assim como os humanos, eles sonham e podem ter distúrbios do sono. Quem entende bem disso é a estudante Carla Teixeira, 20 anos, dona da cachorrinha Frida. Desde a tenra idade, a chin (spaniel japonês) de 4 anos apresenta falta de ar enquanto dorme. O diagnóstico? Apneia noturna.

A tutora conta que a cachorrinha, de focinho pequeno e achatado (braquicéfalo), nunca havia dado sinais de dificuldade respiratória enquanto acordada. “Quando ela começou a apresentar esse quadro, levamos um susto. Para nós, era tudo novo e não sabíamos como lidar. Acreditávamos que era uma espécie de espirro reverso e fazíamos massagem no pescoço dela. Depois, notamos que poderia ser algo mais”, lembra. Como as crises eram angustiantes, Carla resolveu procurar ajuda. “Acredito que ela já tenha se acostumado. Ficamos atentos à respiração e a barulhos que ela faz durante a noite”, diz. A família dá todo o suporte e, segundo a estudante, as visitas ao veterinário são constantes.

Além da apneia, que geralmente é acompanhada de ronco e cansaço durante o dia, os pets são muito suscetíveis a narcolepsia  — estado de sono súbito e profundo, com paralisação total ou parcial dos músculos. Já a insônia é um tanto quanto rara e, na maioria das vezes, reflexo de outros problemas, tais como artrite, insuficiência renal, alergia ou tireoidismo. A médica veterinária

Francielle Kushminski explica que os donos precisam estar atentos à quantidade de cochilos do animal durante o dia. “Os distúrbios do sono podem estar atrelados a problemas de saúde, como vermes e até mesmo problemas neurológicos. Normalmente, as sonecas são um alerta”, explica. O quadro pode ser passageiro e inofensivo, mas apenas exames clínicos e laboratoriais fecharão o diagnóstico.

Quando a estudante Gabriela Abreu, 18 anos, levou a buldoque francês Kira, 4, ao veterinário, confirmou suas suspeitas: a raça é muito suscetível a problemas de sono por conta do focinho achatado, que dificulta a respiração. Os roncos de Kira são tão altos que a caminha dela fica em local afastado, para que o barulho não incomode os demais moradores da casa. “Recebemos orientação de que é melhor poupá-la de exercício físico, sobretudo em dias secos e ensolarados. Além disso, a Kira tem muita alergia — creio que isso colabore ainda mais para os roncos dela”, aponta a jovem. Fora os roncos, a cachorrinha é tranquila e, no quesito sono, acompanha os horários da família.

A veterinária Ana Catarina Valle alerta para os casos de sono irregular. A inconstância é um indício forte de distúrbio, mas a confirmação é feita com exames como tomografia e ressonância magnética. O tratamento varia de animal para animal, mas, para a especialista, a homeopatia e a acupuntura são excelentes aliados. “A medicina chinesa tem base em horários biológicos. Por exemplo, se o cãozinho apresenta insônia entre a 1h e as 3h, investigamos uma alteração hepática”, esclarece.

foto de um casal com sua cadelinha.sono.
Foto: Jhonatan Vieira/@cbfotografia Cadela Lola, de Rogerio Duarte e Ariella Oumori.

A beagle Lolla, de 3 anos, vive assustando os donos, Ariella Oumori, 25, e Rogério Duarte, 27. A cadelinha tem um sono agitado, com sonhos que a fazem chorar, mexer as patinhas e até latir. “Às vezes, ficamos com vontade de acordá-la, mas sempre deixamos pra lá”, comenta Ariella. A veterinária Francielle Kushminski ressalta que o sono dos pets é dividido em duas fases: não REM (Rapid Eye Movement) e REM. “Na segunda, o sono é profundo. Os cães sonham, podem fazer sons e até mesmo movimentos”, ensina.

Especialistas acreditam que o cão deve ter um sono calmo e um horário biológico que acompanhe o do dono. Para a veterinária Ana Catarina Valle, uma casa com harmonia colabora diretamente para um sono tranquilo. Hábitos saudáveis também colaboram para o bem-estar dos fiéis companheiros — inclusive nas horas de descanso.

 

Você sabia?

Humanos costumam seguir um padrão binário de sono: dormem cerca de 8 horas durante a noite e ficam acordados de dia. Cachorros, não.

         Normalmente, eles ficam:
20% do dia acordados e ativos
30% do dia acordados, mas inativos
50% do dia dormindo

         Hora de sonhar
Entre os humanos, o estágio REM corresponde a 25% do sono.
Entre os cães, não passa de 10%

 

(da Revista do Correio)

Adoção de animais: Confira as feiras do fim de semana

Confira as feiras de adoção de animais
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Adoção de animais nesse fim de semana

Abrigos do DF realizam várias feiras de adoção de animais neste fim de semana. Agora só não adota quem não quer.

imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

Feira de adoção de bichos do Abrigo Flora e Fauna

sábado 15/10 das 11h às 16h

108 sul

 

 


imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

 

Feira de adoção de bichos e campanha de prevenção do câncer de mama em animais

do Projeto São Francisco

sábado 15.10 das 10h às 15h

SIA trecho 2, ao lado da Gravia

 

 


imagem mostra cartaz deimagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

 

Feira de adoção de bichos da  Atevi

sábado 15.10 das 09h às 15h

CLSW 101,bloco A, loja 42

 

 

 


imagem mostra cartaz de feira de adoção de bichos

Feira de adoção de bichos do Abrigo Flora e Fauna

Domingo 16/10 da 11h às 15h

SIA trecho 2, ao lado da Gravia

 

 

 

Os animais são amigos tão agradáveis: não fazem perguntas, não criticam.

George Eliot

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Socorro! Elas precisam de um lar e muito amor

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De vez em quando, aqui no Blog Mais Bichos, chegam histórias comoventes. Escolhemos essa manhã de sábado para para tocar seu coração, caro leitor.
Essas duas mocinhas aí embaixo são mãe e filha. Lindas, saudáveis e castradas,
não conseguem ficar longe uma da outra, o que torna a sua adoção muito mais difícil.
Nas tentativas já feitas, chegam a adoecer, param de comer e partem o coração de qualquer um,
como nos relatam as responsáveis pelo Projeto Rua Nunca Mais.
Foram resgatadas na rua há um ano, numa tarde chuvosa.
Chamam-se Suri, 2 anos, e Gabi, a filhota, uma formosura de 1 ano.
cadelinhas cópia
Contato pelo WhattsApp: (61) 9 9974-4889
Projeto Rua Nunca Mais

Patricia Queiroz e Ana Paula Ferreira – Caipi Violet

 

No Dia Nacional de Adotar um Animal, conheça Jade e outros pets

Dia Nacional de adotar um animal
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Em homenagem a São Francisco de Assis, o 4 de outubro foi escolhido o Dia Nacional de Adotar um Animal. Os abrigos estão lotados de cães e gatos. Leve um — ou mais — e seja muito feliz!

(por Roberta Pinheiro-Especial para o Correio) (fotos Luís Nova-Especial para o Correio)

“Você gosta mais do Jonatan do que mim”, disse uma vez Paola, 14 anos, para a mãe, Ana Paula de Vasconcelos, 38. “Até em viagem ela (Ana Paula) encontra um jeito de cuidar dos animais. Eles vão para a porta do hotel atrás de comida”, conta outra vez a filha. A dedicação e o empenho da advogada Ana Paula começaram em 2011 quando ela se mudou para o Lago Norte e teve contato com a realidade do abandono. Primeiro, cuidando dos bichos que encontrava atropelados. Depois, passou a dar comida para os que passavam fome até, atualmente, ser procurada por pessoas que querem denunciar maus-tratos. No Dia de São Francisco e no Dia Nacional de Adotar um Animal, pessoas como Ana Paula mostram a importância da corrente do bem da adoção.

O envolvimento de Ana Paula com o universo da proteção dos animais foi inevitável. A cada cão que encontra precisando de ajuda, a advogada resgata, dá tratamento veterinário, castra e faz parceria com feiras de adoção. Em casa, já tem nove. A vontade era ter mais, mas sabe que não conseguiria oferecer um lar digno como eles merecem. O primeiro contato com a adoção veio com Lilica. Em uma feira, ninguém queria a cachorra de pelo branco e caramelo que não tinha uma pata. “Adotaram toda a ninhada, menos ela”, lembra Ana Paula. Hoje, Lilica é uma chamego com as donas.

Com a profissão, Ana Paula também descobriu uma forma de ajudar esses animais. Não sabe como as pessoas encontram o seu telefone, mas recebe ligações frequentes para denunciar maus-tratos. “Sempre que recebo uma denúncia, ajudo a polícia a instruir os inquéritos, custeio o tratamento veterinário e, se ficar comprovada a denúncia, quando o processo chega ao Ministério Público, o animal não volta ao agressor”, explica. Mas, sozinha, não é tão fácil, e Ana Paula percebeu isso. Pagar remédios, tratamento, encontrar um lar digno requer uma corrente. “Uma corrente do bem”, como define a advogada.

Foi assim que ela e a jornalista Rosimeire Marostica, 43, se tornaram amigas e companheiras no cuidado com animais abandonados. “Ficamos amigas, porque ela foi acompanhando a adoção da Tetê. Criamos afinidade e compartilhamos as mesmas ideias”, conta Rosimeire. Hoje, ela ajuda, temporariamente, Ana Paula a cuidar de Jade, uma preciosidade que a advogada retirou dos maus-tratos na última semana (leia Personagem da notícia). “A adoção traz uma oportunidade de dignidade, de vida, de amor para esses animais. Se não se preocupassem com status, com valor, não teríamos tantos abandonados. O amor não exige raça. É uma oportunidade para eles e para a gente também. O animal representa um amor completamente desinteressado. Quando você consegue amar um animal, você entende o amor desinteressado, ele te ama do jeito que você é, feio, bonito, rico, pobre”, afirma Rosimeire. A jornalista já adotou dois. Além de Tetê, tem o Gum. Um cachorro mais velho que viu sendo atropelado no Rio de Janeiro e pegou para cuidar.

Para a diretora do Projeto São Francisco, Dany Nardelli, ainda existem muitos casos de abandono no DF porque falta consciência do proprietário. “Nenhum animal nasceu na rua. O abandono não é privilégio de um animal vira-lata. Há vários casos de animais de raça. Pessoas que compram por impulso, antes de pensar em como vão administrar isso ao longo dos anos. Quando chega no fim do ano, acham que é mais barato abandonar e depois comprar ou adotar outro”, comenta. Além disso, ela ressalta sobre a importância do controle populacional desses animais.

Imagem mostra Paola e  Ana Paula de Vasconcelos que resgatam e cuidam de nove animais .Dia nacional de adotar um animal
Paola e mãe, Ana Paula de Vasconcelos(E), resgatam e cuidam de nove animais, entre eles Lilica (branca) e Jonathan (c). Agora, precisam de um lar para Jade.

 

 

Preciosa Jade

Dia nacional de adotar um animal
03/10/2016. Crédito: Luís Nova/Esp.CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF. Corrente do bem – Amigas que adotam animais. Na foto, a cachorrinha Jade, na Asa Norte.

Não é apenas no nome que Jade é uma pedra preciosa cheia de brilho. No olhar, desde que encontrou carinho e amor, também passou a ver tudo com mais cor e, mais importante, com a cabeça erguida. Na semana passada, a advogada Ana Paula De Vasconcelos, 38 anos, recebeu uma denúncia de maus-tratos. Mais uma ligação relativamente comum na rotina da protetora e cuidadora dos animais. Em uma fazenda, em Brazlândia, Ana Paula encontrou Jade acorrentada. Dos vizinhos, ouviu relatos de espancamento e a razão pela última surra, segundo eles, teria sido uma investida de Jade atrás das galinhas. A advertência do proprietário com um facão rendeu à preciosa cadelinha patas fraturadas e um olho furado. “Ela terá que fazer cirurgia. Está cega de um olho e uma das fraturas é tão antiga que já está calcificada. Preciso muito de um lar para ela. Para que ela tenha uma segunda chance. Para conhecer o lado bom do ser humano. Infelizmente, já cuido de nove cães abandonados em casa e não posso mais oferecer um lar digno para ela”, explica a advogada.

Enquanto espera a adoção, Jade está em um lar provisório. Bastou alguns chamegos que Jade voltou a latir e recuperou a autoestima. “Antes, não levantava a cabeça”, lembra Ana Paula. O brilho está aos poucos voltando. Ainda mancando, ela se aproxima pedindo carinho; se atreve a brincar com outros cachorros e até arrisca uma corrida. “Está aprendendo o que é o amor e o respeito. Apesar de conhecer o lado ruim do ser humano, não perdeu sua doçura e amor. Já está aprendendo a brincar e a receber carinho. Nos primeiros dias, não podia ser tocada que urinava e chorava, com muita paciência e carinho, estamos conquistando a confiança dela e ela já sabe que não irá apanhar mais”, afirma a advogada.

Da vida passada, a pequena de aproximadamente 6 meses deixou para trás o hábito de comer direto no chão e passou a buscar o alimento na vasilha. Agora, também espera reencontrar uma nova casa onde possa até arriscar mais intimidade, como subir na cama, lamber o dono e ganhar pequenos agrados todas as vezes que aprender um novo truque.

Quer adotar Jade? Entre em contato com Ana Paula pelo telefone: (61) 9821.54751

Para adotar, procure:

Projeto São Francisco
adocaosaofrancisco@gmail.com
Instagram: @adocaosaofrancisco
Fb/projetoadocaosaofrancisco


 

Abrigo Flora e Fauna
abrigofloraefauna@gmail.com

www.facebook.com/abrigo-flora-e-fauna
Orcilene: (61) 9842-5461


 

Sociedade Humanitária Brasileira (SHB)
shb.protecaoanimal@gmail.com
contato@shb.org.br
www.facebook.com/SHBAnimal
Alice: (61) 98144-3794


 

Projeto Acalanto
Lucimar: (61) 991076989


Assista o vídeo:

Me adote:

ANGEL_SaoFrancisco APOLLO_SaoFrancisco BELA-acalanto CANJICA_SaoFrancisco GIBA-saofrancisco KIABO_SaoFrancisco LARA_acalanto PIXULA_SaoFrancisco RAISSA_SaoFrancisco Sebastian_Acalanto SISSA_SaoFrancisco TONHO_SaoFrancisco

TADEU_acalanto

Bênção aos animais

Em 4 de outubro, celebramos São Francisco de Assis, o santo protetor dos animais. Os alunos do colégio Santo Antônio, na 911 Sul, costumam levar seus bichinhos para a bênção, às 8h, e às 14h.

Missas no Santuário São Francisco de Assis, na 915 Norte:

Horários: 7h, 8h, 10h, 12h15, 17h, 19h

Saúde: cuidado com os beijos

a foto mostra uma jovem com sua cachorrinha para ilustrar a matéria de saúde
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O contato muito próximo com animais de estimação guarda alguns perigos para a saúde. Fique atento, pois certas zoonoses são transmitidas pelo contato com a saliva do pet

 

Ninguém duvida que o amor dos donos por seus pets é imenso. Contudo, independentemente do carinho, é essencial ficar atento às possíveis zoonoses que o indivíduo está sujeito a contrair. De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, os animais domésticos podem transmitir mais de 100 doenças para os humanos. Dos tutores entrevistados, 56% deixam os cachorros dormirem na cama. Já os donos de gatos que tomam essa atitude somam 62%.

Esse é o caso da estudante Gabrielli Mayumi, 20 anos, que adotou a cadelinha Mist há cinco e a tratava como parte da família — a cama era um território livre para a mascote. Após algum tempo, Mist começou a se coçar demais e a dona logo a levou ao veterinário para descobrir o diagnóstico: sarna. A cadela iniciou o tratamento, mas o que Gabrielli não imaginava é que ela também poderia ser contaminada com a infecção. Os mesmos sintomas surgiram e praticamente o mesmo tratamento foi receitado. As duas tiveram que usar sabonetes específicos por cerca de dois meses.

Depois do incidente, a estudante tomou algumas atitudes para evitar outra possível contaminação.

“A Mist continua dormindo comigo, mas sempre fico atenta para ver se ela volta se coçando do petshop. Também tento evitar que ela me lamba, pois não acho muito higiênico e tenho medo de alguma doença”, comenta.

Existem três tipos de sarna, mas apenas uma se caracteriza como zoonose — a sarcóptica. Para ser transmitida, é necessário que haja contato direto com a pele do bichinho. O sintoma é idêntico para humanos e animais: coceira. Felizmente, a doença não oferece maiores riscos, mas é indispensável que seja tratada imediatamente para que não haja descamação da pele ou dermatites.

Segundo a médica veterinária Simone Gonçalves, coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal, a sarna está entre as zoonoses mais comuns, assim como a raiva, a toxoplasmose e doenças de carrapato. “É importante cuidar bem da higiene do animal, caso a relação entre ele e o dono seja muito próxima.” Isso vale como prevenção tanto para a sarna quanto para qualquer outra doença.

Beijar o bicho e ser lambido por ele não está livre de perigos. Cães e gatos portam bactérias na boca. A Pasteurella, por exemplo, fica na saliva e causa infecção caso entre em contato com feridas abertas. Os sintomas costumam aparecer nas primeiras 24 horas após a infecção e compreendem febre, inchaço, vermelhidão e dor na ferida. A raiva também pode ser transmitida por meio da saliva do animal e oferece grandes riscos para pets e humanos. Ocasionada por um vírus, a doença não tem cura e pode levar à morte. A prevenção consiste em vacinar o melhor amigo.

Apesar disso, Simone Gonçalves acredita que os beijos são quase inofensivos. “Não acho que as lambidas sejam tão preocupantes, pois, em sua maioria, as pessoas que têm o costume de dar beijos nos animais de estimação têm muito cuidado com a higiene deles, o que evita a transmissão de possíveis doenças.”

O médico veterinário Rodrigo Verdade concorda: “Isso depende muito de cada indivíduo, mas, se você tem um animal sadio, vacinado, vermifugado, com hábito de ir ao veterinário, os riscos são muito pequenos”. Ele explica que bebês, pessoas idosas ou com imunidade baixa estão mais propensas a contrair alguma doença, mas somente se o bichinho estiver contaminado.

A economista Camila Moraes, 26 anos, nunca teve animais de estimação, mas, quando era criança, ela e sua família tinham o costume de passar as férias em uma fazenda. Em certa ocasião, os pais de Camila ficaram preocupados ao encontrar dois carrapatos presos à axila da filha. “Eu me lembro que minha mãe ficou muito assustada. Logo arrancou os insetos de mim, mas ficou preocupada e resolveu me levar ao médico para ter certeza de que estava tudo bem.” Segundo o veterinário Rodrigo Verdade, as doenças transmitidas por carrapatos, como a Doença de Lyme e a febre maculosa, afetam o sangue e podem ser fatais. A infecção, porém, é relativamente rara.

A remoção do inseto deve ser feita com muito cuidado para que o ferrão não fique preso na pele e, após removido, é importante que a área seja limpa com álcool ou alguma solução antisséptica. Vale ressaltar que o médico deve ser procurado caso algum sintoma seja desenvolvido, como febre, dores musculares, torcicolo e inflamação nas articulações. “Para manter os carrapatos longe dos animais, existem produtos específicos, como coleiras e medicamentos. Além disso, a visita ao veterinário deve ser frequente”, resume.

Atenção aos felinos

Algumas zoonoses são transmitidas somente pelos felinos, como a Doença da Arranhadura de Gato, provocada pela bactéria Bartonella henselae e que desencadeia uma infecção na pele de pessoas com o sistema imunológico comprometido. Para evitar, basta manter certa distância de gatos muito ariscos.

Outra doença recorrente dos felinos é a toxoplasmose. Ela oferece grandes riscos para mulheres grávidas, pois leva à malformação do feto e, até mesmo, ao aborto. A zoonose é causada por um protozoário que vive nas fezes dos gatos (os bichanos são hospedeiros intermediários e não manifestam sintomas). “Por oferecer riscos às grávidas, muitas mulheres ligam desesperadas, dizendo que os médicos aconselharam que elas se livrassem dos seus gatos, mas não há motivo algum para isso. Se a higiene dos bichinhos estiver em dia, e todo o cuidado for tomado na hora de catar as fezes, não há riscos”, explica a veterinária Simone Gonçalves.

A toxoplasmose também pode ser contraída pela ingestão de alimentos contaminados, como carne crua ou malpassada. Assim, lavar bem os alimentos e as mãos é de suma importância para a prevenção da doença.

Bravos sobreviventes

Imagem do Cão Jojo, que possui uma deficiência física
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Deficiência física, os desafios do dia a dia não são enfrentados apenas por pessoas, alguns animais também têm que aprender a conviver com certas dificuldades.

 

Na casa da professora Luciana Pereira, 50 anos, foi preciso criar uma rotina rígida para facilitar o convívio com a bull terrier albina Zara, de 9 anos. A cachorrinha, por ter nascido surda, não atende a comandos para comer ou para passear. Quando filhote, ela não escutava os rosnados e os latidos dos cães mais velhos no canil em que vivia. Assim, Zara sofreu com ataques e mordidas que lhe renderam cicatrizes no focinho.

A família desenvolveu, então, técnicas para condicionar a cadela. Foi estabelecido um horário fixo para o café da manhã e para o jantar, as duas refeições diária de Zara. Às 7h da manhã, ela sai de sua casinha e come do lado de fora da cozinha, perto de seus tutores. O mesmo comportamento é repetido ao fim do dia, na hora do jantar. Além disso, a família estabeleceu uma nova forma de comunicação com a cachorra: “Criamos alguns gestos que ela se acostumou a obedecer. Por exemplo, braço estendido é para ela ir para a casinha; quando damos alguns pulos laterais, ela sabe que a estamos chamando para brincar. Nós criamos uma espécie de libras canina”, explica Luciana.

Já a gata, Monalisa, 6 meses, foi encontrada pela estudante de medicina veterinária, Isabela Simas, 22 anos, em um bueiro, com as duas patas traseiras e o rabo arrancados. Após uma cirurgia para retirar o osso exposto e o tecido morto, a gatinha não conseguia se movimentar direito, nem fazer as necessidades na caixinha de areia. Isabela conta que não podia sair de casa, pois tinha que ficar cuidando dela.

Toda essa atenção foi recompensada. Hoje, a gatinha já está quase totalmente adaptada. Para se movimentar, ela se arrasta pelo chão. “Depois de dois meses aqui em casa e sem os curativos, ela já usa a caixinha de areia sozinha, pula da cama, e aprendeu a subir, escalando, só com as patinhas da frente”, comemora Isabela. A estudante conta que agora está tentando conseguir próteses para Monalisa, por meio de uma campanha no Facebook (A pequena Monalisa). O objetivo é dar à companheira a chance de voltar a andar normalmente. Como reconhecimento de tanto cuidado, Monalisa, apaixonada por colo, segue Isabela pela casa. Segundo sua tutora, ela é dócil com todos e ama brincar com seu arranhador em forma de ratinho.

Outro sobrevivente é Jojo, um vira-lata de 4 anos, que tem uma pata mais curta do que as outras. Ele foi abandonado após um atropelamento e adotado pela estudante de design, Giovanna Freitas, 21 anos. Ela conta que o cachorrinho não apresenta grandes dificuldades de locomoção. Ele é completamente adaptado à sua limitação: ama correr e observar a rua deitado em um banco de madeira na varanda da casa. Apenas se desequilibra quando o chão está um pouco molhado ou quando, afoito, se mexe muito rápido.

Apesar de um ser pouco desconfiado, logo se acostuma com a presença do visitante.  Jojo é brincalhão e vive “sorrindo” para as pessoas, como define a dona. Foi esse “sorriso” que dificultou ainda mais a adoção dele. “Ele ‘sorri’ quando fica feliz e as pessoas achavam que ele era agressivo. Quando fazia isso, achavam que era rosnado, mas não era. Ele faz isso sempre”, explica Giovanna. Ao contrário, ele é muito sociável. Jojo não desgruda das outras cadelas da casa. A dona dele conta qu,e se as duas não forem juntas aos passeios, o cãozinho fica pedindo para voltar para casa.

Quando a veterinária Isabela Lacerda, 24 anos, decidiu adotar o gatinho Nemo, achou que a adaptação seria um processo difícil. Aos 4 anos, ele perdeu a patinha dianteira da direita, mas vive normalmente. Ele  adaptou-se facilmente e não foi preciso mudar a rotina da casa, ao contrário do que se imaginava. “Ele tem apenas uma dificuldade de alcançar lugares mais altos e convive muito bem com outro gato e uma cadela. Os dois gatos são como irmãos, vivem entre tapas e beijos. A cadela, digamos que eles se aturam”, brinca Isabela.

Tratamentos

 

A médica veterinária Ana Catarina Vale, da Clínica Naturalpet, explica que, no caso da gata Monalisa, o ideal seria o uso de carrinhos, porém, é necessária uma atenção redobrada durante a adaptação do pet ao acessório. “Caso não se acostumem ao carrinho, a roupinha de couro ou feita de algum material mais resistente são ideais para os animais que têm apenas duas patas e se arrastam, para eles não se machucarem e viverem normalmente”, explica a veterinária. No caso de cães ou gatos que tenham sofrido algum acidente; que tenham com hérnias de disco; que sejam diagnosticados com doenças degenerativas, que acometem a coluna e afetem a locomoção, a profissional indica a utilização de medicina integrativa, com homeopatia, acupuntura, além da fisioterapia. “A acupuntura diminui significativamente a dor do animal. Além disso, o dono pode realizar massagens em casa para aumentar o conforto do bichinho”, esclarece.