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Um fim de semana Pets. Projeto Acalanto, Projeto São Francisco, Petcães, Atevi, Armazém Rural, Abrigo Flora e Fauna e SHB vão agitar a bicharada!
confira:
Feira de adoção da Petcães / Projeto Acalanto
Sábado 24.09 das 10 às 17h
SOF Norte, ao lado da Leroy Merlin
Feira de adoção Atevi
Sábado 24.09 das 09 às 15h
408 Sul
Palestra Setembro Vermelho do Armazém Rural
Sábado 24.09 às 9h
Armazém Rural
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna I
Sábado 24.09 das 11 às 16h
108 sul
Feira de adoção Projeto São Francisco
Sábado 24.09 das 1030 às 15h
SIA trecho 2 ao lado da Gravia
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna II
Domingo 25.09 das 11 às 15h
SIA trecho 2, ao lado da Gravia
Mutirão de limpeza do Abrigo Flora e Fauna
Domingo 25.09
Informações pelo site ou Facebook
Animais: Mesmo com a economia em crise, a indústria pet continua a crescer. Relações cada vez mais íntimas com os bichinhos domésticos ajudam a explicar o lucro.
Quando fez 1 ano, Pitoco ganhou uma festa de aniversário com direito a bolo, biscoitos, salgados e doces feitos especialmente para os convidados de quatro patas, além de guloseimas para as famílias humanas. Quando ele teve uma crise de falta de apetite e a ração já não era bem-vinda, a estudante Thalita Ribeiro, 22 anos, foi para a cozinha e passou a preparar uma alimentação natural, à base de arroz integral, carne, legumes e sem sal — hoje, ele já aceita uma mistura de rações. Só bebe água filtrada, passeia muitas vezes ao dia e dorme numa cama quentinha ao lado de sua tutora. “Mas a limpeza das patinhas com lenço umedecido é essencial”, adianta-se Thalita, explicando que os hábitos de higiene não são esquecidos — para o bem dos dois. O guarda-roupas de Pitoco também é completo. Roupas de frio e fantasias de Papai Noel, de policial e de time. Os brinquedos são de ótima qualidade e, quando ela precisou viajar, o namorado foi para a casa dela para que Pitoco não precisasse mudar de ambiente.
Pode-se dizer que esse “menino”, Pitoco, é uma criaturinha de sorte. Mas Thalita nos diria que sorte tem ela. “É uma relação de amor. Eu não tenho filhos ainda, mas sinto que a minha preocupação e meu carinho por ele é muito similar ao de uma mãe. O carinho do Pitoco por mim também é diferente do resto da família.” Relacionamentos assim, intensos, entre seres humanos e animais domésticos são cada vez mais comuns. Por vezes, descambam para o exagero, a ponto de os especialistas em comportamento dos homens e dos animais alertarem para os riscos da chamada humanização dos pets. Seja como for, essa relação forte impulsiona uma indústria poderosa, que, apesar de sofrer com uma economia em crise, se mantém em crescimento.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostram que o setor pet deve crescer 6,7% neste ano. Até o fim de 2016, o Brasil deverá atingir um faturamento de R$ 19,2 bilhões no ramo, estima a instituição. O Centro-Oeste é bastante ativo no mercado; a região concentra 9% da população canina do país e 7% da felina. Não existem dados oficiais sobre quantos pet shops existem no Distrito Federal, mas é difícil passar por uma quadra comercial que não tenha pelo menos um estabelecimento do tipo.
O presidente executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França, define o movimento ascendente como “resiliência do mercado”. Ele explica que o setor tem resistido à crise, apesar do crescimento deste ano ter sido menor do que nos dois anos anteriores. Em 2014, foi de 10%; em 2015, de 7,4%. “A maioria dos setores, principalmente os que envolvem serviços, ficou estagnado ou caiu e teve redução nas vendas. O nosso ainda está vendendo mais e isso é positivo levando em consideração o momento pelo qual o país passa”, avalia José Galvão. O saldo é ainda mais positivo ao considerar que o comércio pet enfrentou o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no começo do ano. “É uma carga tributária muito grande, principalmente porque ela incide sobre um produto essencial, que é a alimentação dos animais”, lamenta Galvão.
O segmento chamado de pet food é responsável por 67,5% do faturamento das empresas, e os tutores não deixam de comprar ração para seus animais. O movimento que muitos têm feito é a migração dos produtos superpremium para opções mais baratas. Além da alimentação, outros dois fatores garantem o crescimento. O primeiro é a grande quantidade de animais domésticos no país — segundo o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), são 132,4 milhões de pets, sendo 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos. Tais estatísticas fazem do Brasil o terceiro maior mercado pet mundial, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
A chamada humanização é o outro fator. O diretor de portfólio da NürnbergMesse Brasil, empresa organizadora da Pet South America, Diego de Carvalho, afirma que cada vez mais as pessoas tratam os animais como membros da família. Dessa forma, é natural que gastos com os bichos não sejam cortados do orçamento doméstico com tanta facilidade. O banho semanal vira quinzenal; rações e petiscos são trocados por versões mais baratas; os brinquedos são deixados um pouco de lado. Mas, pela importância que o animal ocupa no núcleo familiar, ele não é privado de lazer ou de pequenos mimos.
A humanização aumenta o valor agregado de mercado. Os gastos com a saúde do pet também não são economizados. Segundo Diego de Carvalho, o Brasil concentra 25% dos médicos veterinários do mundo. Além do valor na família, os animais passam a ter mais relevância na sociedade em si. “Hoje, o animal também é uma ferramenta medicinal. É cão-guia, auxilia a polícia e os bombeiros e, mais recentemente, tem sido importante em práticas terapêuticas”, acrescenta.
É preciso ter limites
Apesar de vantajosa para a indústria pet, a humanização nem sempre é o caminho mais saudável para o animal ou para os tutores. Enquanto alguns donos não enxergam desvantagens, especialistas demonstram algumas preocupações. Bruno Leite, terapeuta de cães e especialista em psicologia canina e adestramento, explica que grandes gestos de amor e zelo são relativamente inofensivos. O problema é quando os donos atribuem certa inteligência humana aos bichos. “Os donos acabam castigando seu cão por ‘errar’, quando na verdade ele não faz a mínima ideia do que o humano considera certo e errado. Eles não entendem nossos princípios e normas.”
O código moral dos cães, por exemplo, se resume a ‘seguro versus inseguro’ e ‘vantajoso versus desvantajoso’ e o estereótipo do cão que toma decisões baseado na ética humana como, por exemplo, a famosa Lessie dos filmes infantis, está longe da realidade. Isso pode causar uma sobrecarga de responsabilidade nos animais como forma de justificar o castigo que mina o relacionamento entre cães e humanos. Apesar de serem incrivelmente inteligentes, os animais agem de forma diferente.
O especialista explica que o excesso de punição pode gerar cães cada vez mais destrutivos, agitados, compulsivos e ansiosos. “Primeiro, porque a ansiedade é um efeito colateral dos castigos; segundo, porque muitos donos entendem que amar é transformar o cão num mini-humano; quando amar parece estar mais ligado a entender e aceitar as diferenças”, diz Bruno. Não há problema algum em dar roupinhas, deixar subir no sofá ou preferir não deixar o bichinho sozinho em casa. O importante é priorizar boas caminhadas, brincadeiras adequadas e uma educação baseada em consequências agradáveis, como o adestramento positivo, para que exista um ambiente agradável tanto para a ótica humana, quanto canina.
A grande interação com animais no ambiente interno dos lares tem acompanhado mudanças nas famílias brasileiras com o menor número de filhos e de pessoas que vivem só. A analista de comportamento Laércia Vasconcelos explica que as relações estabelecidas entre humanos e animais de estimação contribuem para a companhia, diminuição de estresse e estimulação de exercício. “Fortes laços afetivos são desenvolvidos e promovem muitas oportunidades de aprendizagem.” Porém, ela ressalta a importância de ficar atento às consequências que essa relação pode trazer consigo, já que muitas vezes, quando o indivíduo humaniza seu pet, ele busca a garantia de lealdade que acredita não ser possível encontrar em outros tipos de relacionamentos.
Um estudo da Universidade de Michigan-Flint analisou a reação de 174 adultos que perderam seu cão ou gato. Os resultados mostram que 85,7% dos donos apresentaram ao menos um sintoma de luto nos momentos iniciais. Após seis meses, a dor ainda era sentida por 35,1% dos adultos, e, mesmo depois de um ano, 22,4% das pessoas ainda sentiam os efeitos da partida. “A expansão da presença de animais de estimação os tem colocado cada vez mais como um integrante da família e o adoecimento ou a perda desses parceiros podem fazer sofrer caso a relação seja muito humanizada. É importante buscar equilíbrio na interação homem-animal doméstico para que não ocorram exageros”, completa Laércia.
“Muitos donos entendem que amar é transformar o cão num mini-humano; quando amar parece estar mais ligado a entender e aceitar as diferenças”
Bruno Leite, terapeuta de cães e especialista em psicologia canina e adestramento
Amamos. E daí?
O estudante Tairo Felipe, 24 anos, dono do pitbull Carmel, deixa claro que, apesar do grande carinho que sente pelo cão, sempre estabeleceu limites. O pet dorme fora de casa, só brinca no quintal e tem seus próprios brinquedos para não sair devorando tudo que vê pela frente. “Animais que são tratados como filhos se tornam donos de tudo e dominam o local, mas eu acredito que o dono é quem dita as regras.” Mesmo sendo teimosos e muitas vezes mandões, Tairo acredita que os animais devem saber diferenciar quem está no comando e que, mesmo não concordando com os excessos, o essencial é sempre dar amor e suprir as necessidades comuns dos bichinhos, como exercícios e brincadeiras.
A professora Simone Alvares, 47, segue, em parte, o mesmo raciocínio de Felipe. As duas gatas, Lilica e Julhinha, são tratadas como deveriam ser — animais de estimação, no entanto, não deixam de ser vistos como membros da família por todo carinho e atenção dispensados a eles. Em casa, a rotina de Simone e do marido também envolve os cuidados com as gatas. Horário da ração, momentos de afago, mantas para inverno, unhas sempre cortadas, olhos limpos com soro, e vermífugo e vacinas sempre na data certa. “Nós quatro somos muito apegados! Sempre converso com elas e deixo dormirem com a gente na cama. Somos uma família.”
Apesar da independência e higiene dos gatos, a professora faz questão de dar toda atenção às suas pets. A caixa de areia está sempre limpa e a ração é servida em pequenas porções várias vezes ao dia para estar crocante a todo momento. Ela checa os olhos e os focinhos das gatinhas para ter certeza que não há nenhuma sujeira e o afago na hora de comer é obrigatório. “Sempre faço um carinho enquanto elas comem e massageio a Lilica quando ela deita na minha barriga.” Os animais podem significar muito para as pessoas e, por isso, Simone acredita que não deve haver tanto julgamento e preconceito. “Há amor para todos os segmentos”, completa.
Mercado ecofriendly
Ao enxergar os pets como membros da família, muitas pessoas buscam estender os seus hábitos de vida para cães e gatos. Um exemplo desse movimento é a adoção de medidas sustentáveis e saudáveis. Preocupada com alimentação orgânica e com um consumo que agrida menos o planeta, a médica Aline Saliba, 30 anos, estendeu esse estilo de vida para a gata Glitter, que foi resgatada. Em vez de brinquedos caros ou elaborados, ela tem arranhador ecológico que ganhou da petsitter (babá de animais). O brinquedo feito todo de papelão serve tanto como arranhador quanto como caminha. “Ela adora”, garante a tutora.
Para Aline, o grande benefício de produtos economicamente viáveis, socialmente justos e ambientalmente corretos é o consumo consciente e a ideia de que pequenas atitudes sustentáveis ajudam a fazer a diferença no meio ambiente. É possível agradar o pet e, ao mesmo tempo, contribuir para a qualidade de vida dos consumidores ecologicamente corretos.
A principal reclamação de Aline é a dificuldade em encontrar produtos feitos com recursos renováveis. “A oferta de coisas para pets é muito escassa aqui no Brasil. Tem que procurar bastante! Nas lojas comuns, não é fácil encontrar opções mais sustentáveis”, comenta. A queixa dela pode ser resolvida em breve. Na 15ª Pet South America, feira voltada para o mercado pet, incluindo veterinários, empresários e produtores, que ocorreu no fim de agosto, foram expostos diversos produtos com preocupação sustentável. Cerca de 320 marcas apresentaram produtos para mais de 20 mil profissionais do setor. Este ano, a tendência mais vista foi a preocupação ecológica. Diego de Carvalho, diretor de portfólio da NürnbergMesse Brasil, enxerga o movimento como natural. Os produtos sustentáveis apresentaram um crescimento de 15%, considerando-se embalagens e até mesmo o produto final. “Somos muito cobrados em relação a isso e queremos cada vez mais agregar para a natureza como um todo, não apenas para os animais domésticos”, completa.
O veterinário e dono da empresa Pet Games, Dalton Ishikawa, foi um dos que optou por uma linha de produtos sustentáveis. Com o nome Ecopet, as novas criações de Dalton são comedouros produzidos com polímeros obtidos a partir da mistura de polipropileno com 30% de fibra de coco ou madeira, que são consideradas fontes renováveis potencialmente reutilizáveis. Dalton explica que a motivação para os novos comedouros veio de uma filosofia que faz parte da marca. “Nossos produtos não são apenas brinquedos, eles são chamados de ferramentas de enriquecimento ambiental, pois temos essa preocupação com a saúde e bem-estar dos animais, que se estende para o aspecto ecofriendly.”
A gerente de marketing da Pet Society, Cleiser Kurashima, afirma que o conceito sustentável deve se estender. Ela explica que a marca investe em embalagens recicláveis e os produtos de banho, por exemplo, são de fácil enxágue e secagem rápida, diminuindo o consumo de água e energia, levando em consideração que a grande maioria dos pets não fica quietinho na hora do banho.
Bons ares
Ter animais em casa exige cuidado redobrado com a limpeza. A higienização do espaço faz bem para eles e para os donos. Saiba como fazer
Na hora de adotar um animal, nem todo mundo pensa nas mudanças de rotina ao adquirir um pet. E as demandas vão além de cuidar da água, da comida e de levá-lo ao veterinário. No momento de fazer a limpeza do canto do bichinho várias dúvidas surgem: “Existe algum produto que deve ser evitado? De quanto em quanto tempo eu troco a areia do meu gato?”
A situação piora se você mora em apartamento ou se o pet tem acesso à parte interna da casa. O que não faltam são relatos de situações desastrosas.
A cozinheira Adriele Ulisses, 23, tem uma cachorrinha e conta que, às vezes, ela urina no sofá. Para tirar o cheiro da traquinagem, ela usa alvejante, mas a mancha continua lá. Ela conta que costuma limpar o local em que os dois cachorros da raça shi tzu ficam todo dia com água sanitária e creolina, mas que mesmo assim quem chega costuma sentir o odor. Paloma, 20, tem duas cadelas da raça chow chow e também garante que a rotina de cuidados com a casa é rigorosa: “Temos que limpar tudo pelo menos quatro vezes ao dia. Lavamos com creolina para tirar o cheiro”.
Muita gente não sabe como conciliar uma faxina eficiente com produtos que não agridam a saúde do animal. Caio Fernandes, diretor de uma empresa especializada em limpeza doméstica, revela que muitos clientes os procuram para realizar um serviço mais pesado, principalmente se a casa possui mais de um pet ou se há problemas com pelos. “É muito importante realizar uma higienização mais profunda da cama e da casa dos bichos, e também de toda a residência, pelo menos uma vez por mês.”
Segundo o médico veterinário Daniel Salgueiro, da Protovet – Clínica Veterinária, limpar o local com desinfetante e depois com álcool garante assepsia e a remoção dos cheiros. Além de não causar dano à saúde animal, ele garante que o álcool é bactericida e germicida, o que torna o ambiente seguro para quem tem criança pequena, por exemplo. Para o veterinário, o ideal é educar o animal para fazer as necessidades fisiológicas em um só lugar. No caso de gatos é mais fácil, já que eles fazem as necessidades na caixa de areia. Para os cachorros, o hábito de urinar e evacuar em um espaço específico é questão de costume.
Ana Teresa França, 45, é bióloga e mora em um apartamento com sete gatos e evita usar lysoforme — uma espécie de desinfetante —, além de detergentes de aromas muito fortes. Segundo ela, o cheiro pode fazer mal aos animais, que são sensíveis. “Uso muita água sanitária, que não dá alergia neles”, conta.
A médica veterinária Katiane Rocha, dona de uma clínica que tem seu nome, confirma a preocupação. Segundo ela, produtos perfumados podem causar problemas como alergias e devem ser usados com moderação. De acordo com ela, produtos como água sanitária, lysoforme e desinfetante podem ser usados, mas sempre com cautela. “Na forma natural, os produtos químicos são extremamente corrosivos e podem lesar a pele e coxins (parte almofadada da pata), irritando inclusive olhos e trato respiratório doa animais”, alerta. A indicação, assim, é sempre diluir as fórmulas em água.
Tudo nos trinques
Pelos
Nem sempre manter a tosa em dia é suficiente para se livrar dos pelos. Paloma, por exemplo, leva os cachorros para aparar os pelos a cada 20 dias, mas, ainda assim, precisa ser rigorosa com a limpeza da casa. Uma dica que facilita a tarefa é usar o aspirador de pó, mas nem sempre isso é suficiente para tirar a pelagem espalhada, principalmente de estofados. A dica é usar uma luva de borracha, daquelas de lavar a louça, para limpar chão, móveis e sofás. A textura emborrachada faz com que o pelo grude, facilitando a retirada. Para evitar o excesso de queda dos pelos, a veterinária Katiane dá uma dica: “O mais importante é sempre escovar os cães e gatos diariamente, mesmo os de pelo curto, pois assim removemos aqueles fios que estão soltos, evitando que caiam pela casa”.
Odores
Manter as janelas abertas e fazer uso de desodorizantes de ambiente ajudam a renovar o ar da casa. Mas também é preciso agir diretamente no causador do odor. Soluções caseiras, e que não fazem mal para o animal, amenizam os cheiros fortes. Se ainda assim um aroma desagradável persistir, o médico veterinário Fernandes tem uma recomendação. “Misture 2/3 de água morna com 1/3 de vinagre branco e borrife no local desejado. Deixe secar. Isso elimina os odores das fezes e urinas dos pets”, explica. A solução também vale para limpeza de áreas externas e deve ser usado após o uso de água abundante e de detergente neutro.
Manchas
A melhor maneira de retirar mancha de urina do sofá ou da cama é secar o local sem esfregar. Depois de remover o excesso, use água e detergente neutro, com um pano úmido ou esponja. Caio, diretor da Zulp, especializada em limpeza, entretanto, alerta: “É muito importante se atentar à composição dos produtos utilizados para evitar que manchem os estofados.”
Acessórios pessoais
É fundamental também manter o local que o animal dorme limpo. Segundo Katiane, o ideal é higienizar a cama e os cobertores a cada 15 dias. Para a limpeza, tanto das roupas quanto das mantas, a orientação é usar de sabão neutro. O amaciante também está liberado. O dono só deve diluí-lo em água para não causar alergias e irritações aos animais. As fezes nas caixas de areia devem ser descartadas todos os dias, e a limpeza completa, uma vez por mês. Os vasilhames dos pets devem ser limpos diariamente após a alimentação e os bebedouros, pelo menos uma vez por dia.
Trabalho em grupo
Para acostumar o cachorro a fazer as necessidades no local correto, leve o ao lugar onde ele deve utilizar logo após se alimentar.
No caso de jornais, sempre deixe uma folha já utilizada, pois o animal identifica o local pelo cheiro.
Usar petiscos para premiar o bicho quando ele usa o local correto é uma ação educativa, que reforça a aprendizagem de onde ele deve fazer as necessidades.
Para fazer a limpeza dos vasilhames, use detergente neutro. Nunca desinfetante, pois pode fazer mal ao animal.
Caso não tenha aspirador, uma opção é utilizar um rodinho de pia e escova de pelos para limpeza. Nunca use vassoura, pois pode espalhar pelos pela casa.
Cobrir a caixa de areia com uma sacola facilita na próxima troca. É só retirar o saco e não será preciso higienizar a caixa com tanta frequência.
(por Ailim Cabral, da Revista do Correio)
Pet: adote um no fim de semana
Feiras de animais para adoção, Pet fashion Week e Encontro de Bulldogs vão agitar o fim de semana do brasiliense.
Sábado é dia de vacinação contra raiva, clique aqui para mais informações.
Confira:
FEIRA PET DE ADOÇÃO RESPONSÁVEL
17.09.2016
Café da manhã, sorteios e promoções
Rua 12 Lote n01 Loja 01 Chácara 153-Vicente Pires
Armazém Rural Pet Fashion Week
Sábado 17.09 às 9:30h
205 Norte
Feira de animais para adoçâo do Armazém Rural
Sábado 17.09 a partir das 9h
409 Sul
Feira de Adoção da ATEVI
Sábado 17.09 a partir das 9h
408 Norte, bloco D
Espaço do Projeto de adoção São Francisco
no Família Brasília Festival
Domingo 10.09 a partir das 9h
Estacionamento 04 -Parque da Cidades
Feira de adoção pet da SHB
Domingo 18.09 das 10 às 16h
SIA trecho 2
4 Encontro Oficial de Bulldog Inglês
Domingo 18.09 das 09 às 12h
Estacionamento 4 – Parque da Cidade
Os humanos imploram a misericórdia divina, mas não têm misericórdia dos animais, para os quais são divinos.
Buda
É neste sábado, 17/9, a segunda etapa da campanha de vacinação contra raiva. O foco, agora, são as 11 cidades mais populosas do DF.
Em análise da Secretaria de Vigilância de Saúde, até julho deste ano foi registrado no Centro-Oeste, apenas um caso de raiva canina. Porém, a coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Simone Gonçalves, destaca a importância da campanha: “É importante manter a vacinação para erradicar a doença”. Ela também afirma que a transmissão ocorre quando o cão ou gato contaminado pelo vírus morde o indivíduo. No caso dos gatos, é preciso estar ainda mais atento, pois a doença também pode ser transmitida por meio de arranhões.
A biografia do Bono não tem ponto final para nós, mas ele precisava dizer adeus a vocês, leitores.
No começo, ele não gostava de abraço. Mas, aos poucos, entendeu que quem nasce buldogue não tem muita opção. Está fadado a ser agarrado por toda a vida. Bono, o ser que assina o blog Mais Bichos, era feito de excessos. Fofura, doçura, pele, dobra. Não havia a menor chance de ser retribuído com comedimento. Tornou-se uma criatura irresistível. Impossível não lhe apertar. Poderia ter vivido uma vida preguiçosa e cheia de mordomia, alternando o lugar do soninho entre o sofá de couro marrom, o pé da nossa cama e a casinha azul na varanda. Mas a vocação de repórter lhe deu asas. Deu no que deu. Neste blog aqui, por exemplo.
Só não esperávamos que as asas o levassem tão cedo para farejar notícias em outras paragens. Foi-se um anjo. Podemos vê-lo agora correndo com os carneirinhos e ficamos torcendo para que as nuvens lhe sejam o colo quentinho e o abraço apertado, aos quais se acostumou em casa. Por aqui, já não haverá o olhar terno na hora da chegada e o triste na hora da partida. Sim, buldogues também são exímios na arte de despedaçar corações. Com ele, aprendemos que saudade tem feição. A cada viagem, a cada momento de separação para uma simples ida ao trabalho, ele mostrava todo o seu potencial de nos arrasar. Mas a volta era renascimento. Bastava ouvir uma voz conhecida para se jogar no chão à espera de carinho. Bastava ver um estranho para querer ser amigo. Bastava ver outro cão para enlouquecer de vontade de brincar.
A pata sempre estendida era uma marca, assim como o queixo apoiado no colo de qualquer um que chegasse em casa – o que nos levava a morrer de vergonha das visitas que saíam com as calças babadas -, as mordidas que não eram mordidas, os beijos que não eram lambidas, só encostadinhas de leve com a boca, a respiração profunda como quem dizia “Ufa! Chega por hoje”. Em casa, era quase uma perseguição. Sempre no encalço de alguém. Bono Blue, você vai nos matar de saudade.
Chegou cheio de pompa e pedigree – papel que nunca fomos buscar porque nunca importou. Um Old English Blue legítimo, embora raspa do tacho e em promoção. Foi amor à primeira vista. Filho de Betty Blue com outro americano de estirpe. Acabou tornando-se o único integrante que leva os dois sobrenomes de uma família inventada e feliz. Tornou-se um Gentil Tajes. Mistura de cearense com gaúcho. Gremista, preguiçoso, politizado, avesso a fotos para nosso desespero, e ainda assim o mais fotogênico dos cachorros. Roncava tão alto que dava para ouvir a distância, tinha um senso de humor peculiar no face; tornou-se, na rede social, o alterego de uma dupla de jornalistas que perdeu faz tempo a vergonha de amar um cachorro como se fosse filho.
Já não teremos a conta salgada no orçamento do mês, com banhos, hidratantes, ômega 3, remédio pra transplantado, ração para alérgico, lencinhos umedecidos manipulados com camomila, talquinho Granado de bebê, colírio e tudo que faz parte de um arsenal para um cachorro atópico. Não teremos a casa lotada de pelos, o sofá babado, os sutiãs surrupiados para a casinha, as meias virando bolas, a carinha pidona para qualquer migalha que ousasse cair da mesa. Teremos, sim, o inventário de lembranças deliciosas para uma vida. Queria ter lhe dado mais manga, cenoura, picanha e pelo menos um chocolate inteiro. Se soubéssemos da brevidade de sua vida, teria cometido mais umas algumas irresponsabilidades.
Na madrugada de domingo, quando chegamos do plantão, Boninho estava a pleno vapor. Às duas da manhã, trouxe os brinquedos para a sala, deu três corridinhas e alguns pulinhos – o máximo que tinha paciência. Foi dormir seguindo o ritual de obediência de toda noite. Quando ouvia a palavra casinha, se retirava como entrou, em silêncio. O nosso lorde inglês tinha um quê de monge budista. Na segunda, logo cedinho, comeu, correu pro quarto e surtou ao ver coleira, um sinal de que iria para a creche brincar com os amigos e voltar cheiroso e exausto. “Como assim, hoje é feriado”?, deve ser pensado. Assim foi. Brincou, brincou, brincou e morreu – preferimos achar que foi de alegria. Antes de subir, certamente pairou pelo céu de Brasília, e só foi depois de ter a certeza que levaria com ele o mandato do Eduardo Cunha (#foracunha #tchauquerido).
Comentava mais cedo, na reunião de editores, que tinha sonhos insistentes em que ele falava comigo. Logo ele, que nem latia…
No fundo, ele nos disse muitas e muitas coisas. Levaria um tempão para traduzir em palavras os sentimentos que ele nos despertava. Só sei que era coisa muito boa de sentir, que era duradouro, forte e genuíno. Tivemos o cuidado de não humanizá-lo, respeitando sua natureza sempre. Tolos, nós. Acabou que foi ele que nos tornou mais humanos.
Rip, Bono Blue (25-11-2010/12-9-2016)
AGRADECIMENTOS
Eu, Cristine Gentil, e Luís Tajes, e os irmãos do Boninho, Fernanda, Taís, Tomás, Gabriel e Paula, não podemos deixar de agradecer a seus primos, tios e avós pelo carinho. A todos os médicos e cuidadores dele: Dr. Sidney, Dr. Mário, Dr. Gustavo Seixas; Dra. Talita Borges. Mais recentemente, Dra. Lorena, que fez de tudo para salvá-lo – seque as lágrimas, doutora. Você é 10! Ao hospital Veterinari, pela acolhida tão profissional num momento de dor. Aos amigos da Kinder Borges, que tanto o mimaram. Aos incansáveis da Pousada Pet, por toda a diversão que puderam proporcionar ao Bono em seus últimos meses de vida.
Agradecemos também ao Correio Braziliense, pela ousadia de ter um cão-repórter. Não é para qualquer um. Que venha uma matilha!
Valeu!
O Blog Mais Bichos decreta luto oficial por alguns dias – quiçá meses e anos pro nosso coração cheio de saudade. Mas não morre com o Bono este projeto. A bandeira da defesa animal nunca ficará a meio mastro. Aguardem novidades.
Na madrugada da Segunda-Feira, quando retornamos pra casa após mais um do plantão, gravamos o último vídeo do Bono. acho que foi uma despedida:
Animais: Campanha nacional reforça a importância de avaliar a saúde cardíaca
A vida média dos cachorros varia entre 10 e 13 anos, mas o que muitos não sabem é que cerca de 35% dos cães idosos sofrem de doenças cardíacas, que podem diminuir a expectativa de vida dos pets. Com um quintal inteiro só para ele, o fox paulistinha Flyboy sempre foi muito ativo, agitado e nunca se cansava. Até que um dia, em uma brincadeira comum de jogar a bolinha para os animais, o cão caiu ofegante e começou a se contorcer. Assustada, a dona dele, a estudante Julia Lescure, 23, o levou ao veterinário e descobriu o diagnóstico: filária em estado avançado. A doença também conhecida como “verme do coração” é transmitida pela picada do mosquito que entrou em contato com animais doentes e afeta, principalmente, o ventrículo direito do coração.
Se não tratada imediatamente, a enfermidade pode levar o animal a óbito. Além dela, várias outras podem comprometer a saúde cardíaca dos bichos. Com o intuito de conscientizar os tutores sobre a importância de fazer check up periódico para diagnosticar e, assim, tratar precocemente as cardiopatias, a Elanco (empresa produtora de produtos para animais), em parceria com a Agência Estação Brasil, lançou a campanha Setembro Vermelho: se tem amor.
A finalidade é alertar a sociedade sobre as patologias cardiológicas que afetam os cães idosos — dos 5 aos 13 anos, cerca de 70% deles desenvolvem a principal cardiopatia que acomete os cães: a doença valvar crônica mitral (DVCM). “Acho muito importante esse tipo de campanha porque existem muitas doenças que as pessoas desconhecem. Talvez, se eu soubesse quais eram os sintomas da filária, teria ficado de olhos abertos, e o quadro dele (do Flyboy) não estaria tão avançado”, comenta Julia.
O fox paulistinha tinha 4 anos quando o problema foi diagnosticado e, a partir daí, as mudanças foram drásticas. Além de tomar cinco medicamentos diferentes, o cãozinho agitado, que antes não se continha, passou por alguns episódios assustadores e agora não pode mais se exaltar. “Ele já desmaiou três vezes correndo em volta da piscina, então, hoje em dia, a gente brinca com ele, mas sem jogar bola, por exemplo. Passamos o tempo todo tentando mantê-lo o mais calmo possível”, conta a dona.
Por isso, a informação é tão importante. A iniciativa do Setembro Vermelho é voltada tanto para os donos de cães, quanto para os médicos veterinários. O objetivo é aumentar a qualidade de vida e a sobrevida dos animais que enfrentam males do coração. Por isso, são oferecidos dados técnicos sobre o diagnóstico e tratamento da DVCM.
Carlos Morris, médico veterinário especializado em cardiologia e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária, explica que, a partir dos 5 anos, é imprescindível a realização de check ups anuais do animal, que incluam exames de sangue completos, raios-X, ultrassom de abdômen e ecocardiograma. “Normalmente, as cardiopatias que afetam os cães de grande porte são musculares, como a cardiomiopatia (doença na qual o músculo cardíaco cresce e enfraquece). No caso dos de pequeno porte, os males mais comuns são as valvulares, como a doença valvar crônica mitral”, esclarece.
A patologia pode surgir já nos primeiros anos de vida do cão e entre as raças mais afetadas estão poodle, yorkshire, pinscher e os vira-latas. Quanto mais rapidamente a doença for diagnosticada, mais fácil será retardar a evolução do quadro. “Se a patologia for descoberta logo, será possível proporcionar uma vida boa, tranquila e mais longa ao animal”, comenta Carlos.
O quadro de cães cardiopatas que apresentam outras complicações, como obesidade, pode progredir de maneira negativa. É o caso da buldogue inglesa Olívia. Além de estar acima do peso, a cadela de 6 anos sofre de cardiomiopatia dilatada. “Há um ano, ela foi diagnosticada e o veterinário alertou que, além de controlar problema no coração, seria necessário cuidar do sobrepeso para que ela não apresente outras disfunções”, explica professora e tutora do animal, Fernanda Dorsa, 37.
Fernanda começou a estranhar quando reparou que Olívia se recusava a fazer qualquer exercício, andava um pouco e tossia muito. De início, pensou que fosse gripe, mas, após um tempo, decidiu procurar um especialista. “Eu não tinha nem ideia do problema, mas hoje tento sempre repassar essas informações para os meus amigos que têm bichinhos.”
A readaptação alimentar, juntamente com a prescrição médica, também tem um papel importante de promover a qualidade de vida dos animais cardiopatas. Alimentos ricos em nutrientes, como taurina e L-carnitina, são ideais, uma vez que auxiliam no funcionamento do músculo cardíaco e contêm baixo teor de fósforo e de sódio que, em excesso, podem gerar acúmulo de fluídos e sobrecarga dos rins.
Além das visitas periódicas ao veterinário, é importante ficar atento aos sintomas que podem variar entre cansaço frequente, desmaios, tosses e dificuldade respiratória. A cardiomiopatia dilatada não tem cura e para ter uma melhor combinação de medicamentos é essencial classificar o estágio da patologia, a partir do exame ecocardiográfico.
Segundo recomendações da American College of Veterinary Internal Medicine (ACVIM), os cães com maior predisposição à doença devem ter o coração examinado anualmente, pelo menos por auscultação cardíaca (exame que estuda os sons gerados pelo ciclo do coração). Já os cachorros que apresentam alguma lesão valvar mitral ou dilatação cardíaca devem realizar o ecocardiograma a cada seis meses.
Participe:
Para disseminar o projeto Setembro Vermelho: se tem amor, posts sobre o assunto são divulgados nas redes sociais com a hashtag personalizada #setemamor. Também é possível incorporar o selo da campanha à foto de perfil do facebook. Além disso, no próximo 22 de setembro, às 20h, será promovido um webmeeting para médicos veterinários, com o intuito de esclarecer as dúvidas sobre o tema. Para participar, basta acessar o site www.pensecoracaopenserins.com.br.
A exibição de Pets – A vida secreta dos bichos lotou o cinema a céu aberto, que tem capacidade para 380 carros, no evento CinePipoCÃO
Cinema, é sim, coisa para cachorro. Na noite de sábado (09.09), tutores e seus animais lotaram o cine Drive-in para participar do primeiro Cine PipoCÃO. Na tela gigante do cinema ao ar livre, o filme da vez não podia ter mais a ver com o evento: Pets – A vida secreta dos bichos. A ideia de levar os cães ao cinema partiu do grupo ItDogs Brasília, que se uniu para agitar a cidade com eventos pet e tornar o Distrito Federal cada vez mais petfriendly.
Todos os participantes que levaram seus cachorros ontem pagaram meia entrada e receberam dois saquinhos para ajudar na limpeza. Os tutores puderam levar comida de casa, mas foodtrucks e o cardápio do Cine Drive-in também estavam disponíveis. Os 100 primeiros a chegar ganharam um brinde e vários prêmios foram sorteados, entre eles um ensaio fotográfico para o cão e vouchers para serviços de pet shop. A procura foi tanta que, apesar de a bilheteria funcionar com agilidade, a fila de carros chegou até o Colégio Militar. Para evitar a espera, a dica foi parar o carro do lado de fora, no estacionamento atrás do ginásio Nilson Nelson, e entrar no Drive in a pé.
Outros eventos também marcaram o sábado. O Armazém Rural, na 205 Norte, abriu os trabalhos do dia com um café da manhã voltado para animais idosos e seus donos. O objetivo era esclarecer algumas dúvidas sobre cães e gatos já velhinhos. A Virada do Cerrado também aproveitou o sábado ensolarado para trazer mais informação aos tutores no final da Asa Norte — durante a tarde, houve duas palestras, sobre os benefícios da convivência com animais e sobre alimentação natural para cães e gatos. Os cachorros presentes puderam participar de um aulão de agility e conhecer outros pets. Durante toda a tarde, o Abrigo Fauna e Flora arrecadou ração e distribuiu brindes para os animais participantes. A 216 Norte recebeu um bazar beneficente que teve todo o lucro destinado a ajudar o abrigo de animais da Sociedade Humanitária Brasileira. A instituição precisa de dinheiro para ração, remédios e coleiras contra carrapato. A SHB também participou, no SIA, de uma feira de adoção.
Assista o vídeo e confira as fotos:
Tornar Brasília uma cidade cada vez mais amigável para cães e seus donos (petfriendly) é o objetivo de um grupo recém-criado chamado ItDogs Brasília. A ideia partiu da constatação de que a capital do Brasil ainda é muito parada em relação aos eventos destinados à convivência dos cães e seus tutores. Cerca de 25 pessoas se uniram há cerca de um mês para mudar essa realidade. A primeira ação veio a reboque do lançamento do filme Pets – A Vida Secreta dos Bichos, que entrou em cartaz em 25 de agosto: convidar os cães e seus donos para assistirem juntos à película. Com as portas abertas pela direção do Drive-in, a data do Cine PipoCÃO foi marcada: será amanhã, sábado, 10 de setembro, a partir das 17h.
Assista o vídeo:
No Dia do Veterinário, conheça um pouco mais sobre a rotina desses profissionais. Pesquisa do Ibope revela quem visita mais os consultórios. Cães ou gatos? Arrisque um palpite
O 9 de setembro é o Dia do Veterinário em todo o território nacional. Regulamentada há 46 anos, a profissão precisa ser entendida em toda a sua abrangência. Não se trata apenas de manter a saúde dos bichinhos em dia, mas de preservar a saúde pública. A atividade também é voltada para garantir a sustentabilidade ambiental do planeta. Hoje, o médico-veterinário pode atuar em mais de 80 especialidades. Entre as atividades mais conhecidas, estão a clínica e consultório de pequenos animais, como gatos e cães.
Para divulgar melhor o trabalho desses profissionais no Dia do Veterinário, foi divulgada uma pesquisa, feita pelo IBOPE Inteligência, em parceria com o Centro de Pesquisa WALTHAM® (a principal autoridade científica em bem-estar e nutrição de pets), revelou que os tutores de cães levam seus pets com mais frequência ao Médico-Veterinário do que os de gatos: a média é de 2,8 vezes por ano contra 2,3 por ano. Os principais motivos são consulta de rotina e vacinação (79% dos tutores de cães e 76% dos tutores de gatos) e pelo aparecimento de alguma doença (26% para cachorros e 19% para felinos).
O estudo foi encomendado pela Mars Brasil, líder no mercado de alimentação para cães e gatos, com o objetivo de entender o padrão de comportamento do brasileiro na interação com seus pets, além de entender as principais barreiras para aqueles que, atualmente, não têm animais de estimação. Foram entrevistadas 900 pessoas, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores – com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal. Segundo o IBGE, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato.
Entre as conclusões, também aparece que pouco mais da metade dos proprietários de cães (51%) buscam orientação do médico-veterinário para entender qual a alimentação mais adequada para o seu pet, número que se mantém quase igual para os proprietários de gatos (52%). “O papel do médico-Veterinário é muito amplo e fundamental na vida dos animais, especialmente por toda assistência clínica e cirúrgica dada aos pets de companhia. Com mais de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos no Brasil, entender a relação entre os tutores e seus pets é imprescindível para buscarmos alternativas de melhoria de qualidade vida para os animais de estimação e compartilhar conhecimento com toda a sociedade”, afirma a Dra. Carolina Padovani, médica-veterinária e membro da equipe de Coordenação da Pesquisa no Brasil.
Outro fato interessante revelado pela pesquisa é que apenas 5% dos tutores de cães e 4% dos tutores de gatos levam seus pets a uma consulta veterinária por problemas de sobrepeso ou obesidade. “Esse número é preocupante porque sabemos que a doença afeta metade da população de animais domésticos no mundo”, completa Dra. Carolina.
Uma das maiores referências globais em obesidade de pets, Dr. Alex German, que comanda a Weight Management Clinic, na Universidade de Liverpool (UK), esteve no Brasil no mês de junho para um ciclo de palestras e deu orientações sobre como potencializar os resultados de um programa de perda de peso em animais de companhia. Entre as principais dicas, direcionadas também aos tutores, estão:
·Reduzir o consumo de alimento do pet é a chave;
·Comer menos e fazer mais exercício;
·Usar sempre uma balança de precisão para medir a quantidade de alimento oferecida;
·Monitorar o pet de perto, com idas de seis em seis meses ao consultório veterinário.
(Com informações da assessoria do Ibope)
Vacinação contra raiva é assunto sério
Ocorre no próximo sábado, 10 de setembro, a primeira etapa da fase urbana da campanha de vacinação contra raiva no Distrito Federal. As regiões foram divididas em dois grandes blocos. A primeira fase atenderá cerca de 21 cidades em mais de 200 postos. A segunda fase acontecerá em 17 de setembro e contemplará as 11 cidades mais populosas do DF.
Na fase rural, realizada em 27 de agosto, foram imunizados aproximadamente 32 mil cães e gatos, ultrapassando a meta da Secretaria de Saúde. A expectativa é que, na fase urbana, a vacinação contra raiva atinja a meta de 270 mil animais imunizados.
Segundo o vice-presidente do Centro de Controle de Zoonoses do DF, Laurício Monteiro, podem ser vacinados pets saudáveis a partir de 3 meses. Ele afirma que é recomendável a vacinação de fêmeas em fase de lactação e prenhas, para imunizar também os filhotes. Os animais que tomaram a primeira dose da vacina devem reforçar 30 dias depois. Nos demais casos, o reforço deve ser feito anualmente.
Os gatos devem ser levados aos postos de vacinação em caixas transportadoras, e os cães com coleiras e guias. Laurício recomenda que os animais sejam levados por adultos aos postos, por questão de segurança.
Por que vacinar?
A raiva é uma zoonose, ou seja, é uma doença de animais transmissível ao homem, assim como a doença de Chagas, leptospirose e febre amarela. Segundo a coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Simone Gonçalves, a vacina é uma prevenção para que a doença não chegue ao ser humano.
Segundo estudo sobre zoonoses, lançado pelo Ministério da Saúde em 2009, a raiva é responsável por aproximadamente 55 mil óbitos anuais no mundo. O mesmo estudo afirma que dos 1.271 casos de raiva humana registrados entre 1991 e 2007, os cães foram responsáveis por mais de 70% das transmissões.
Em análise da Secretaria de Vigilância de Saúde, até julho deste ano foi registrado no Centro-Oeste, apenas um caso de raiva canina. Porém, a coordenadora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Simone Gonçalves, destaca a importância da campanha: “É importante manter a vacinação para erradicar a doença”. Ela também afirma que a transmissão ocorre quando o cão ou gato contaminado pelo vírus morde o indivíduo. No caso dos gatos, é preciso estar ainda mais atento, pois a doença também pode ser transmitida por meio de arranhões.
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