As temperaturas começam a cair e algumas pessoas passam a incrementar as refeições de cães e gatos com “um tantinho de alimento a mais” no prato. O argumento: “eles sentem mais fome no frio”. Será que isso é verdade?
A resposta é: MITO!
Sem saber, essas pessoas estão cometendo um engano e contribuindo para um desequilíbrio alimentar, o que pode levar seus animais de estimação a um quadro de sobrepeso e até mesmo à obesidade. De acordo com Keila Regina de Godoy, médica veterinária e gerente de capacitação técnica da PremieRpet, o inverno brasileiro pode ser considerado ameno e não demanda um incremento de calorias para os pets.
“Estamos em um país tropical onde o inverno é ameno. E devemos levar em conta que a grande maioria dos pets que têm dono vive dentro de casa e não fica exposta por longos períodos às baixas temperaturas. Muitos possuem camas, roupinhas e cobertores para se abrigar do frio”, explica Keila.
Segundo a veterinária, a situação é diferente de países onde o frio é muito intenso e, de fato, o organismo dos animais têm um gasto energético adicional para manter a temperatura corporal. “Nesses locais de inverno rigoroso, sim, os cães e gatos podem necessitar de um incremento na quantidade de alimentação para compensar as necessidades, principalmente se frequentam áreas externas à residência”, esclarece.
Portanto, fica o alerta: no Brasil o inverno não é desculpa para aumentar a comida do pet! “Exceto se o animal em questão vive ao relento em um local de frio intenso, por exemplo, um cão de pastoreio no Rio Grande do Sul”, exemplifica Keila. Em caso de dúvidas, ela orienta consultar sempre o médico veterinário antes de mudar algo na alimentação do pet.
E atenção: nos meses frios é muito importante não descuidar da hidratação do pet, pois ele pode sentir menos sede e consequentemente ingerir menos água. É importante caprichar na oferta de água, sempre limpa e fresca, e evitar muita exposição a aquecedores.