Dias mais frios e secos facilitam doenças infecciosas em cães e gatos. Veterinária ensina os cuidados que vão garantir a saúde dos melhores amigos
O outono chegou e, com ele, começa a menor incidência de luz solar, o aumento dos ventos, a redução gradativa das temperaturas e, particularmente em Brasília, a baixa da umidade do ar. Assim como acontece com humanos, os pets podem ficar doentes com a mudança de temperatura.
Segundo Andressa Cris Felisbino, veterinária da unidade de Curitiba da DrogaVET, as características da estação podem trazem malefícios à saúde dos animais, como a traqueobronquite infecciosa canina, mais conhecida como tosse canina, ou simplesmente, gripe canina. “Ela é causada por vírus e bactérias, sendo que os principais sintomas nos animais de estimação são tosse, espirros, secreção nasal, febre e a falta de apetite. Essa doença pode acometer os pets de todas as idades”, explica a veterinária.
Os felinos não saem ilesos nesta estação. “Nos gatos, a doença característica da estação é a rinotraqueíte felina, também causada por um vírus”, diz Andressa. Os sintomas da doença são secreção nasal e oculares, febre, espirros e perda de apetite. Atenção: essa e é considerada uma doença altamente contagiosa. A veterinária aconselha que, aos primeiros sinais das doenças nos cães e nos gatos, o tutor procure um veterinário. “Tanto a traqueobronquite infecciosa quanto a rinotraqueíte felina são tratadas com antibióticos e anti-inflamatórios. Nestes casos, a atenção deve ser redobrada quanto à hidratação dos animais e à sua alimentação”, enfatiza.
Outros males podem afetar a saúde dos pets nesse período, diz a médica-veterinária: a conjuntivite, facilitada pelo tempo mais seco, e problemas relacionados às articulações — em especial, nos animais de idade mais avançada.
No outono, a maior incidência de parasitas como o carrapato também pode acarretar sérios riscos à saúde dos pets. Entre as doenças transmitidas pelo parasita, cabe ressaltar os perigos que envolvem a babesiose. “Essa doença é causada por um protozoário e transmitida pelo carrapato. Ela destrói glóbulos vermelhos e pode levar à morte. Além disso, também causa anemia e gera outros graves sintomas, como a palidez, a perda de apetite, pele e olhos amarelados e a urina de cor escura”, enfatiza a veterinária da DrogaVET.
Dicas e cuidados
Para minimizar as chances dos pets contraírem uma das doenças mencionadas, Andressa, lista algumas medidas que podem ser tomadas pelos tutores:
- Pets de pelo curto podem utilizar roupa nos dias mais frios;
- Animais de pelo longo não devem passar por tosa durante o outono;
- Diminuir frequência de banhos é indicada para minimizar as chances de o pet adoecer;
- Abrigá-los em local apropriado;
- Evitar levar os pets em hotel e onde haja aglomerações de animais, uma vez que essas doenças são altamente transmissíveis;
- Vacinação em dia é a melhor prevenção;
- Evitar passeios em dias e noites com chuva;
- Manter os olhos dos pets sempre limpos;
- Hidratação é fundamental;
- Utilizar repelentes, carrapaticidas e afins;
- Realizar a higienização mesmo que com lenços umedecidos e banhos secos;
- Proteção contra frio, disponibilizando um cobertor, além de manter a caminha seca e protegida do chão frio, forrando os ambientes com jornal, principalmente para os pets que dormem fora de casa. A esses, recomenda-se a adoção de um abrigo próprio;
- Alimentação de boa qualidade