Categoria: recorde
Elefante baleado por caçador caminha até veterinários em busca de socorro
(da ANDA)
“É como se ele soubesse que tínhamos a intenção de ajudá-lo. Acreditamos que foi baleado fora do parque e veio para dentro em busca de refúgio”, declarou Lisa Marabini à BBC.
O elefante Pretty Boy foi até o carro dos profissionais em busca de socorro.
‘É um animal extremamente gentil e descontraído, os veterinários conseguiram localizar facilmente o buraco em sua testa”, disse um porta-voz da instituição.
Os veterinários lhe acalmaram e procuraram a bala, mas foi impossível encontrar a posição exata porque o crânio do animal é muito grande e é difícil que os raios-X mostrem os diferentes ângulos.
Os veterinários apelidaram o elefante de Pretty Boy após a remoção de fragmentos de ossos em torno da bala, que estavam cinco centímetros abaixo da superfície da ferida. Espera-se que o animal se recupere completamente.
Segundo o porta-voz da instituição, Pretty Boy recebeu antibióticos e parasiticidas.
Os veterinários estavam preocupados que suas costas fracas pudessem impedir que o animal ficasse de pé, mas ele se recuperou sem problemas e depois repousou a cabeça em uma árvore e cochilou durante meia hora.
“No dia seguinte, ele estava se sentindo muito mais feliz e muito relaxado e deixou que os veterinários chegassem mais perto para uma avaliação final”.
Onça que participou do revezamento da tocha olímpica no AM é morta após solenidade
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 usou as redes sociais na tarde de ontem para repercutir a morte de uma onça-pintada que foi utilizada durante a passagem da tocha olímpica por Manaus na segunda-feira. O animal silvestre foi abatido após fugir e tentar atacar um militar. “Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores. Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha. Garantimos que não veremos mais situações assim nos Jogos Rio-2016”, disse o comitê em uma série de postagens no Twitter.
Na segunda-feira, a tocha olímpica visitou o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), em Manaus. Em determinado momento do revezamento, os condutores posaram ao lado de duas onças-pintadas, mascotes da corporação. Ambas estavam acorrentadas.
Após o evento, uma das onças que participou da cerimônia, Juma, fugiu e foi abatida com um tiro de pistola. “Uma equipe de militares composta de veterinários especializados no trato com o animal foi ao seu encontro para resgatá-la. O procedimento de captura foi realizado com disparo de tranquilizantes.
O animal, mesmo atingido, deslocou-se na direção de um militar que estava no local. Como procedimento de segurança, visando proteger a integridade física do militar e da equipe de tratadores, foi realizado um tiro de pistola no animal, que veio a falecer”, disse o Comando Militar da Amazônia (CMA), em nota.
Também em nota, o Instituto de proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que as onças mantidas em cativeiro no estado foram resgatadas da natureza quando ainda filhotes, geralmente após a morte da mãe, como defesa contra predadores ou pelo tráfico de animais silvestres, para serem vendidos e criados sem autorização.
Os animais considerados incapazes de voltar ao hábitat, após avaliação feita por uma equipe técnica, são destinados a zoológicos e mantenedores licenciados. No caso de Juma, o Ipaam afirma não ter sido consultado sobre sua participação no evento da passagem da tocha. “Necessitamos ainda da confirmação através de resposta oficial da notificação enviada pelo órgão ao CIGS, sobre o que ocorreu no evento e sobre as circunstâncias do acidente. O Ipaam salienta que as medidas cabíveis serão adotadas após a resposta oficial do CIGS.”
O centro é um instituto de especialização militar, subordinado ao Comando Militar da Amazônia (CMA). Oferece cursos de combate e sobrevivência na selva. Seu símbolo é uma onça-pintada e, em seu zoológico, um dos principais pontos turísticos da região, abriga diversas espécies, sendo a onça-pintada o principal destaque. Esses animais são resgatados feridos na floresta e recuperados com a intenção de devolvê-los à natureza. Quando não é possível, são mantidos em cativeiro e tratados como mascotes.
De acordo com o Ipaam, “o CIGS está em processo de licenciamento após o repasse do processo pelo Ibama e foi vistoriado em novembro de 2015. O CMA possui licença vigente de mantenedor de fauna silvestre com a vistoria realizada em dezembro de 2015”. O Exército também divulgou nota lamentando o ocorrido. “Era um animal dócil e habituado à convivência com pessoas no interior do quartel. Diariamente, era acompanhada por uma equipe de militares experientes, integrada por veterinários e tratadores, com a tarefa de observar e garantir seu conforto”, diz o documento, que informa, ainda, que o CIGS determinou abertura de processo administrativo “para apurar os fatos”.
(por Júlia Faria e Carolina Costa, da editoria de cidades do Correio Braziliense) (fotos: Marcelo Ferreira/@cbfotografia)
Os apaixonados pelos seus animais de estimação os veem como membros da família. E não adianta criticar: o amor pelos bichinhos sempre fala mais alto. O carinho é tanto que até se separar deles por algumas horas é doloroso, que dirá por dias e dias. Mas, quando há estabelecimentos que aceitam a presença dos animais, a alegria de dividir mais momentos juntos é coletiva. No Distrito Federal, os espaços pet friendly na capital têm crescido e com eles o amor pelos animais.
São cafés, bares, shoppings e até hotéis. A estudante Juliana Lauermann, 20 anos, procura esses lugares e dá preferência para eles. “Hoje, muitas pessoas têm os cachorros como filhos, então, é muito legal poder levá-los para onde for”, afirma. Assim, ela é frequentadora assídua do Ernesto Cafés Especiais. Desde o início do negócio, a dona, Juliana Pedro, sentia a necessidade de atender uma demanda dos clientes. A primeira adaptação surgiu da ideia de disponibilizar de água fresca em recipientes específicos para os pets. Aos poucos, a parte de trás do estabelecimento, carinhosamente chamada de “nosso quintal” ganhou a presença de companheiros de quatro patas.
“Como nossos clientes acabaram adotando o Ernesto como uma extensão de suas casas, passam um bom tempo aqui, com a família e o cãozinho”, explica Juliana. Entretanto, esses mimos têm restrições. Os bichinhos precisam estar com o equipamento de segurança necessário e só podem circular no jardim do café.
E que tal um hotel para os bichinhos? A arquiteta Letícia Markiewicz, 53 anos, ficou muito animada com a ideia e descobriu que na cidade também há o serviço. “A Valentina sempre viajou conosco, mas só para casa de família. Agora, ela pode nos acompanhar em outros destinos”, afirma, ao conhecer o hotel Athos Bulcão, da rede de hotéis Hplus. O propósito veio a partir de um levantamento da necessidade de se diferenciar no mercado casada com uma necessidade social.
Muitos cães
Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, no Brasil, há mais cachorros de estimação do que crianças. Cerca de 44% das residências têm cães, equivalente a mais de 52 milhões de animais, superando os 45 milhões de crianças (leia Para saber mais). O hotel permite cães de até 12kg e que nos elevadores sejam levados no colo. Julia Faure, 21 anos, idealizadora do projeto, comenta que mesmo somente com 13 dias de implantação já houve um retorno positivo. “Todos os cachorros são recebidos com um kit de boas-vindas personalizado. Ele é cadastrado como um hóspede normal.”
Os shoppings da capital também entraram na onda. Iguatemi, Casa Park, Boulevard e Brasília Shopping oferecem facilidades para os consumidores, como carrinhos específicos para os animais de pequeno porte — sem contar os cães-guia, sempre liberados. Há regras, como estarem no colo e não frequentarem a praça de alimentação. “A gente uniu essa tendência ao lazer e à convivência. Os clientes sentem-se privilegiados e têm dado um retorno muito bom. Estamos até com alguns projetos para ampliar a iniciativa”, afirma a gerente de marketing do Brasília, Maíra Garcia.
Perfil dos donos
Estudo realizado pelo Ibope revelou que o Brasil possui 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos sendo que, dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% possuem pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato. A base da pesquisa quantitativa teve 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores — com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal
A pesquisa mostrou que os proprietários de cães são, em sua maioria (51%), casados, têm, em média, 41 anos e 93% moram com mais de uma pessoa. Além disso, observou-se que 82% são de classe AB (na classe A são 24%), 59% moram em casas e 24% adotaram seus cães, sendo 59% deles SRD (sem raça definida). Dos entrevistados, 68% acreditam que os cães trazem conforto emocional e 44% veem seus cachorros como filhos, sendo que a maioria desses respondentes são mulheres solteiras de até 40 anos. Em relação aos donos de gatos, o levantamento mostra que 61% são mulheres, têm em média 40 anos e 62% moram em casas.
(por Gláucia Chaves, da Revista do Correio)
Quem vê cachorros percorrendo um monte de obstáculos a toda velocidade logo imagina que se trata de um treino complicado demais para levar o próprio pet. De fato, há competições de agility espalhadas por todo o mundo, mas a filosofia do esporte não é apenas competir e ganhar prêmios. Na verdade, o exercício atua em muitas frentes do comportamento animal e pode ser útil para contornar diversos problemas, de agressividade excessiva a medo. A adestradora Thaís Moysés Rodrigues explica que a competição é inspirada nos circuitos de hipismo, em que o cavalo precisa cumprir um percurso em um determinado tempo. No caso da corrida canina, os bichos têm de 30 a 50 segundos.
Além de deixar o bicho em forma, o agility serve para estreitar os laços entre tutor e animal. “O treino é feito com muito reforço positivo. O cachorro é estimulado a prestar atenção no dono e a ser recompensado por isso”, explica Thaís Rodrigues. Cada vez que acerta, ele recebe um petisco e fica mais confiante para enfrentar desafios novos. Como cão feliz também é sinônimo de dono satisfeito, todo mundo ganha. “Quando ele erra, nada acontece. Por isso, o treino é motivacional — é um momento de qualidade de vida.”
Mas não pense que só o cachorro vai se mexer. Para que o animal se sinta estimulado (e saiba o que tem que fazer), o dono também precisa agitar o esqueleto. “A superação dos obstáculos pelo cão depende da sintonia com o dono. O dono vira um foco de confiança, isso fortalece a relação”, frisa a adestradora. Fazer algo com o bichinho que não seja a burocrática voltinha pela quadra é extremamente benéfico para o pet, segundo Thaís — e é também algo pouco comum entre os tutores de hoje em dia. “A maioria das pessoas trabalha o dia inteiro e o cachorro fica sozinho. Normalmente, quando o levam para passear, são atividades mais interessantes para o humano do que para o cão”, aponta.
No agility, além de aprender coisas novas, o animal tem a chance de socializar com outros pets. Isso acontece por conta da dinâmica do treino: um por um, os cães (e seus donos) são chamados para a pista de obstáculos. Cada atividade dura em torno de cinco minutos para que o animal não se canse e perca o foco. Depois, a dupla vai para o banquinho e espera ser chamada novamente. Enquanto não chega a hora de “malhar” de novo, os cachorros brincam, correm e interagem entre si. “Apesar de não ser um trabalho específico para melhorar comportamentos como medo ou agressividade, o cão socializa e fica cansado — e todo mundo sabe que um cachorro cansado é um cachorro feliz”, completa Thaís.
Para os humanos, o agility não é passivo nem na pista nem em casa. Isso acontece porque a aula não acaba quando termina: depois da “maromba”, os tutores precisam continuar a treinar os exercícios, como uma espécie de dever de casa. “O agility exige muito dos donos, porque eles têm que se tornar um pouco adestradores”, completa a bióloga e adestradora Luíza Oliveira Dias. Treinar em casa o que foi passado na aula e procurar informações sobre técnicas de adestramento são providências interessantes para quem busca resultados consistentes.
Ficha técnica
Quem pode fazer: o agility é indicado para qualquer cachorro, de raça ou não. Se o objetivo for competir, cães velozes (como border collie e pastor-de-shetland) são os mais indicados. O treino com filhotes é um pouco diferente, já que ainda não têm a estrutura óssea totalmente formada. Animais idosos também se exercitam de forma mais leve e sem impacto, por já estarem com as articulações frágeis.
Objetivo: melhorar o condicionamento físico do animal; promover a interação tutor-animal; participar de competições.
Principais obstáculos: saltos, túneis, gangorra, passarela, rampa em “A” e o slalom (12 varetas enfileiradas para o cão desviar).
Cuidados: procure se informar sobre conceitos básicos de adestramento antes de começar. Por inexperiência, alguns donos podem levar o cão a se machucar.
Um preparo intenso
Se a ideia é competir profissionalmente, a preparação precisa ir bem além do dever de casa. Há casos de donos que precisaram entrar em forma para investir nos treinos do pet. “É um exercício de explosão, com muitas curvas e mudanças de direção”, enumera a adestradora Luíza Dias. “Para algumas pessoas, pode ser bem cansativo, já que o dono de um cão competidor faz uma média de quatro percursos com o cachorro.”
A falta de costume em adestrar o animal de estimação é o principal entrave para quem começa no agility, mas Luíza explica que a falha é cultural. Em outros países, o filhote sai do abrigo de animais direto para aulas de “boas maneiras”. “Aqui, ainda temos a cultura de deixar o cachorro no quintal. No exterior, as pessoas têm mais a noção de que o cão é parte da família e há mais responsabilização do dono se o cachorro fizer algo de errado.”
Para a médica veterinária Liziè Pereira Bufs, 34 anos, o agility salvou sua relação com Stella, uma cadela sem raça definida de 6 anos de idade. Liziè encabeça o projeto social Bicharada da Casa 7, que dá dicas e informações para evitar maus-tratos e abandono de animais. Em 2011, Stella chegou. Anarquista, a cadela latia sem parar, comia o que aparecesse pela frente e não aceitava comandos. “Eu ficava muito frustrada. Não conseguia ensinar nada. O comportamento animal não é uma ênfase da graduação em veterinária.”
Liziè tentou vários adestradores, mas não estava interessada em abordagens punitivas. Mais que comandos como “senta” e “deita”, a veterinária buscava um método que realmente ensinasse como Stella deveria se comportar em todos os momentos, dentro ou fora de casa. Quando descobriu o agility, mergulhou em leituras sobre adestramento com reforço positivo. “O mais difícil é dar atenção aos comportamentos bons em vez de focar nos ruins. Você tem que se reeducar.”
Os resultados foram rápidos: em apenas um mês, Stella já prestava atenção nos comandos e tentava se comunicar com a dona de maneira positiva. “Já resgatei mais de 60 cachorros de rua e ela foi a única que cheguei a me questionar se seria feliz comigo. Era um sentimento de derrota horrível”, reconhece Liziè. Hoje, Stella nem parece a mesma cachorra: parou de destruir as coisas e até viaja com a família.
(Da Revista do Correio)
Desde criança, Orcileni Arruda recolhia os animais na rua. Ela queria amparar e encontrar lares para os bichinhos abandonados. Até que um dia, a casa dela ficou pequena demais para tamanha generosidade. Foi então que, em 2005, decidiu procurar um espaço mais amplo e, assim, oferecer mais conforto aos cães e gatos resgatados, além de poder expandir o projeto. Nascia assim a Associação Protetora dos Animais Abrigo Flora e Fauna.
A instituição recebe qualquer animal em situação de risco que, em sua maioria, são vítimas de abandono e maus-tratos. Hoje, um total de 500 animais vivem na chácara do Gama, sendo 350 cães e 150 gatos. No entanto, devido à grande demanda, o acolhimento preferencial é dado a filhotes desamparados e a fêmeas prenhas, paridas ou idosas.
Quando o filhote chega ao abrigo, logo é encaminhado para feiras de adoção. Assim, ainda pequenos, terão mais chances de serem adotados. Os mais velhos passam por uma quarentena para criar um histórico na instituição, uma vez que não se sabe nada sobre a vida dele. O próximo passo é a vacinação e castração para que, então, eles possam ser encaminhados para novos lares.
Todos os sábados, a associação realiza uma feira de adoção. Orcileni comenta que, a partir dessas ações, muitos dos animais conseguem encontrar uma nova família. O problema, segundo ela, é que as pessoas tendem a dar preferência aos filhotes, deixando para trás os mais velhos.
Viviane Pancheri é professora de educação artística e decidiu ir a um desses mutirões com o intuito de ajudar e ter contato com os animaizinhos abandonados. “Chegando lá, vi que os cachorrinhos estavam separados em várias áreas e a que mais me chamou atenção foi a dos mais debilitados. Fui lá, e Bimba logo veio pedir carinho. Eu me apaixonei por ela e não resisti. Adotei”, conta a professora.
Bimba já foi conhecida como Dolly, uma cadelinha de 2 anos muito fraquinha, que não tinha muitas chances de encontrar um novo lar. “Ela era muito magrinha e desnutrida, precisava de uma atenção maior para se alimentar. Lutava para viver e eu pensava que ela ficaria no abrigo para sempre”, relembra Orcilene. Mas todos se enganaram, e a cadela, hoje chamada de Bimba, ganhou uma família cheia de amor e carinho.
A cadelinha já teve cinomose — doença contagiosa que pode acometer vários órgãos e levar a óbito —, além de sofrer de doença do carrapato e de uma anemia muito grave. Quando adotada, Bimba foi levada ao veterinário, passou por diversos exames e está em tratamento. Felizmente, a resposta com medicamentos está sendo muito positiva. “É legal as pessoas verem que, apesar de ser um cão adulto, ela é supereducada e não me dá trabalho nenhum. Ela é bem carinhosa, um bebezão”, derrete-se Viviane. Para ela, vale a pena se conscientizar de que os animaizinhos mais velhos também precisam de amor e anseiam por um novo lar.
Além de organizar as feiras de adoção que acontecem semanalmente, o abrigo conta com o trabalho de três funcionários, responsáveis por tarefas básicas, como alimentar os cães e os gatos, além de limpar o terreno. Orcileni ainda tem uma equipe que a auxilia na divulgação das ações da associação. Eles ainda precisam se mobilizar para buscar recursos, doação de rações, bem como estabelecer novas parcerias para manter os gastos da instituição.
O auxílio que vem de fora também é de extrema importância. “No último domingo de cada mês, estamos abertos para visitas que nos ajudam muito de diversas formas. Elas dão banho e alimentam os bichos, além de doar ração e medicamentos. Esse é o único dia em que tudo fica limpo e organizado de verdade”, alegra-se. Nessa ocasião, o Abrigo Flora e Fauna fica aberto o dia inteiro para receber qualquer um que esteja disposto a ajudar. “São pessoas muito bacanas, que realmente colocam a mão na massa. Abrimos as portas para elas possam conhecer de perto a realidade do abrigo”, comenta a fundadora.
Como ajudar
» Além dos dias predefinidos de visitação,
a associação tem um ponto fixo para receber qualquer tipo de doação. Fica localizado na SQS 108, ao lado do petshop Di Petti.
» A ajuda de doações de ração é essencial e faz grande diferença no dia a dia. Ali, são consumidas quase cinco toneladas de comida todos os meses.
» O abrigo também precisa de medicamentos, como vermífugos, repelentes e antipulgas, além de produtos de limpeza.
www.abrigofloraefauna.org.br
(da Revista do Correio)
A maioria das fêmeas têm seu primeiro cio entre o 5º e 9º mês de vida, mas o ideal é esperar até a gata atingir a maturidade sexual, por volta de 1 ano, para ter o primeiro acasalamento e gestação. Elas são animais poliéstricos estacionais, o que significa que o cio depende da época do ano. Ele, normalmente, acontece com um intervalo entre seis e sete semanas, e o clima quente aumenta a probabilidade de ele ocorrer com mais frequência. Além disso, dura de uma a duas semanas.
Quando se aproxima o período fértil, há uma mudança notável de comportamento. As gatinhas tornam-se mais dóceis e carinhosas. Quando estão prontas para o acasalamento, ficam inquietas e começam a miar incessantemente, o que é parecido com o choro de um bebê. Esse é o chamado que atrai os machos para a cópula.
Segundo a veterinária Leila Sena, especialista em medicina veterinária felina, as fêmeas têm várias cruzas e podem copular até 15 vezes em 24 horas. Diferentemente dos cães e dos humanos, nos quais o ovário determina a fase do ciclo reprodutivo e libera um ou mais óvulos, nas gatas, o óvulo só é liberado depois da cruza. Se, após a gata cruzar, o cio persistir, não houve fecundação e a gata não está prenha. Em algumas fêmeas, basta uma cruza para se ter ovulação; em outras, são necessárias várias montas.
Tudo depende do macho. Às vezes, as gatas ficam mais agressivas e os machos não conseguem montar e copular. “Eles têm que ser persistentes se quiserem acasalar, pois o ato só acontece se a gata permitir. Alguns gatos apanham delas e passam a ser medrosos, temendo a fêmea e nem sempre insistindo na cruza”, conta a veterinária.
Na reprodução não controlada, a gata pode cruzar com qualquer macho. Na criação de gatos de raças, as cruzas devem ser feitas utilizando animais da mesma raça, já que as misturas acabam descaracterizando os padrões da raça. O tamanho do macho deve ser avaliado em relação ao tamanho da fêmea, pois gatas pequenas podem ter dificuldades no parto de filhotes de pais muito grandes.
Para escolher o parceiro, a felina tende a estimular uma competição entre os machos para saber qual é o mais viril para copular. Os machos costumam atingir a maturidade sexual entre o 9º e 12º mês de vida, quando pesam mais de 3kg. Eles são férteis o ano todo e podem copular durante toda a sua vida. Leila comenta também sobre o comportamento dos felinos após o acasalamento. “Os gatos tendem a fugir logo após a cópula, pois a fêmea fica brava e agressiva. Isso acontece, pois a cruza é algo muito doloroso para ela.”
Elizabeth Oliveira é aposentada e adotou duas gatinhas, Miau e Hermione. Miau tem 3 anos e, antes de ser adotada, já tinha sido castrada para chegar ao seu novo lar, mas Hermione tem uma história interessante, pois Elizabeth pegou a gatinha da rua muito pequena e magrinha, o que a fez pensar que a felina tinha por volta de 1 mês. No entanto, pouco tempo depois, a gatinha começou a apresentar um comportamento diferente, que na realidade eram sintomas do cio. “Eu achei muito estranho porque ela não estava dormindo de noite, vivia agitada e ficava se arrastando e se esfregando no chão o tempo todo. Além disso, ela miava o tempo todo, e era um miado diferente, nada normal”, conta a aposentada. Com essa mudança de humor, Elizabeth levou a gata ao veterinário e foi confirmado que Hermione já estava no cio e, por isso, devia ter chegado em casa com um pouco mais de 1 mês. O estado de desnutrição da gatinha levou à falsa impressão de que ela era mais nova. Hermione foi castrada logo em seguida com um procedimento simples e teve ótima recuperação.
FEIRA DE ADOÇÃO DA ATEVI
Dia 28.05 das 10 as 16H
Local: 408 Sul – Pet House
Feira de adoção SHB
Dia 28.05 das 10 as 16h
Na Petz-SIA Trecho 2
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Dia 28.05 das 11 as 16h
Na 108 Sul
FEIRA DE ADOÇÃO PET CÃES
DIA 29/05
TAGUA PARQUE (entrada principal)
Mutirão de Limpeza Abrigo Flora e Fauna
Mais informações entrar em contato via site ou Facebook
(da Revista do Correio) (fotos Arquivo Pessoal)
Muitas vezes, não se avalia o bem que um animalzinho de estimação pode proporcionar a pessoas com necessidades especiais. Existem diversas terapias que contam com a participação de bichos, como a equoterapia, feita com cavalos. Mas há também um ganho notável com o convívio de mascotes na intimidade do lar — sobretudo em processos de recuperação de doenças ou problemas psicológicos.
Um caso que causou comoção na internet foi o de Iris Grace, 6 anos, e seu gato, Thula. Autista, ela quase não falava e pouco saía de seu mundo particular. Aos 4, porém, Iris ganhou o felino de presente dos pais e viu sua vida mudar completamente. A menina inglesa começou a interagir, conversar, sorrir… Um verdadeiro renascimento.
Hoje, a ciência já reconhece os benefícios trazidos pela relação homem-animal. Os pets promovem saúde física e emocional e, quando se trata de pessoas especiais, eles podem verdadeiramente auxiliar no desenvolvimento psicomotor e na linguagem.
Alaíse Zimmermann é mãe de Alexandre, 11 anos. Ele tem autismo e é dono do Tody, um cachorrinho da raça daschshund.
“O Alexandre gosta de atiçar o cachorro. Não pode vê-lo ali quietinho que vai brincar. Ele adora correr atrás do Tody e os dois se divertem”, conta a mãe. Mas, quando Alexandre está bravo ou leva bronca, também briga com o animal. “Muitas vezes, ele quer bater no Tody, quer descontar a raiva nele. Só que o Tody não deixa. Ele rosna como quem diz que não gostou da atitude, e o Alexandre se aquieta e sai de perto.”
Os pais de Alexandre sempre o ensinaram a dar ração e água ao cãozinho. Quando o assunto é o incentivo da fala, Alaíse afirma que houve mesmo uma melhora, ainda que discreta. “Quando o Tody está calado no canto, o Alexandre gosta de ficar mandando e desmandando nele. Ele diz: ‘Para, Tody, fica quieto’. E eu acho graça”. Mesmo com repetições ou poucas palavras, o estímulo é claro.
“Uma vez estávamos todos deitados para dormir e o Tody começou a latir. Logo falei: ‘Fica quieto, Tody!’. Alguns segundos depois, o Alexandre, que já estava deitado na cama dele, repetiu a mesma coisa”, descreve. Alaíse fala também sobre a relação de seu sobrinho, Victor Chiba, 20 anos, com sua cadelinha, que faleceu este ano. Victor tem síndrome de Down e sempre foi muito próximo da tia. Na casa dele, os cachorros sempre marcaram presença, mas viviam no quintal, pois eram de porte grande e a mãe do menino não os queriam dentro de casa.
Quando Victor tinha 9 anos, pediu à mãe um cachorro que pudesse ficar com ele o tempo todo, e assim ganhou Biba, uma poodle. “Desde o primeiro dia de Biba em casa, Victor teve todos os cuidados com ela. Sempre gostou de dar comida, água e passar o tempo todo ao seu lado. Só largava a cadela na hora de dormir”, conta a tia. A ligação dos dois era enorme. “Quando Victor estava triste, ele se trancava no quarto com a cadela e só saía quando estivesse se sentindo melhor.”
Cães são muito observadores. Prestam muita atenção nos hábitos dos donos. Quanto mais ele conhece uma família, mais terá condições de perceber quando precisam de sua presença afetivamente. Psicóloga e especialista em terapia assistida por animais, Marinez Rangel confirma a importância dos bichinhos na área de saúde. Ela relata que o cachorro tem um grande instinto que, além de ajudar nos tratamentos, também auxilia em casa. “Quando percebem que algo não está certo, eles se aproximam mais do dono, como se quisessem carinho. Alguns deles não podem ver a pessoa chorar que querem lamber as lágrimas. Tudo isso é uma forma de afeto”, conta a psicóloga.
De fato, os cães têm grande influência no comportamento das crianças especiais. Os níveis de estresse tendem a diminuir e a sociabilidade, como condutas afetivas e contato visual, a aumentar. A agressividade, tanto verbal quanto física, e o isolamento também são minimizados. Tainá tem 26 anos e é autista. A mãe, Cláudia Martiningo conta que a filha sempre gostou de cachorros e logo quando adotaram a cadela Cindy foi fácil perceber a ligação da menina com os animais. “Ela tinha só 10 anos e o encantamento foi imenso! Sempre ia brincar e fazer carinho. Ela adorava e não desgrudava.”
Quando decidiram ter a cadela da raça akita, foi pensando em uma possível melhora no desenvolvimento da filha. Cláudia procurou conhecer melhor o assunto e buscou a opinião de terceiros. Além disso, a mãe pensava que a filha era muito sozinha, pois estava sempre quietinha e não gostava de conversar. Hoje a família tem Nalu, uma golden retriever de um pouco mais de 1 ano, que é a melhor amiga de Tainá. As duas se deram muito bem desde o primeiro contato e são apaixonadas uma pela outra. “Quando ela chega em casa da escola, a primeira coisa que faz é ir lá e falar com a Nalu. Ela já começa a latir e vai correndo pegar a bolinha.” Cláudia conta também que a cadela é o refúgio de Tainá. Nos momentos em que ela está triste, a Nalu é seu primeiro destino. A menina senta-se do lado da cadela e fica conversando, contando tudo que acontece. Ela tem a cachorrinha como uma confidente.
A mãe relata a melhora da jovem. Trouxe calma e, além disso, ajudou no desenvolvimento da fala, uma vez que Tainá conversa muito com a mascote, manda pegar a bolinha e diz palavras de carinho. “Penso que cada criança especial é de uma forma, mas não custa nada tentar uma aproximação com os animais para ver como ela responde”, acrescenta Cláudia.
“Os pets promovem saúde física e emocional e, quando se trata de pessoas especiais, eles podem verdadeiramente auxiliar no desenvolvimento psicomotor e na linguagem”
Feira de Adoção ATEVI
Sábado 14.05 das 10 as 16h.
Amor de Bicho na 101 do Sudoeste
Feira de Adoção de Cães e Gatos do Casa Park
sábado 14.05 das 11h às 15h
Estacionamento externo do CasaPark – SGCV Sul lote 22
Entrada gratuita
Feira de adoção da PetCães
sábado 14.05
Colônia Agricola Vicente Pires-Chácara 135
Fone 33534251
Feira de Adoçãso Abrigo Flora e Fauna
Sábado 14.05 das 11 as 15h
SIA trecho 2 ao lado da Gravia
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 14.05 das 11 as 16h
108 Sul
4 Cãominhada Solidária
Domingo 15.05 à partir das 09h no estacionamento 11 do Parque da Cidade
Feira de Adoção da SHB
Domingo 15.05 das 10 as 16h
Sia Trecho 2 ao lado da Gravia