Categoria: castração
Ibram vai oferecer 1,5 mil para castração gratuita de cães e gatos. Inscrições serão feitas hoje, a partir das 10h, pelo site. Exames complementares e anestesia inalatória serão pagos pelo tutor
**** ATUALIZAÇÃO EM 16/05: O IBRAM INFORMOU QUE AS VAGAS ACABARAM EM MENOS DE UMA HORA. CONTUDO, QUEM É PROTETOR DE ANIMAIS E, POR ISSO, TEM UM NÚMERO DE CÃES E GATOS ACIMA DE 10 (DEZ) PARA CASTRAR PODE CONSEGUIR ATENDIMENTO, PREENCHENDO UMA PROPOSTA NO SITE DO INSTITUTO, QUE FARÁ A ANÁLISE DO PEDIDO. NO CASO DE APROVAÇÃO, OS ANIMAIS SERÃO CASTRADOS, INDEPENDENTEMENTE DAS 1,5 MIL VAGAS JÁ TEREM ESGOTADO ****
A partir das 10h, tutores podem entrar no site do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) para cadastrar cães e gatos no Programa de Controle de Populacional de Cães e Gatos. São 1,5 mil vagas para castração gratuita, distribuídas em quatro grupos de regiões administrativas. “O controle populacional é importante para a saúde do animal, por evitar doenças e aumentar sua longevidade”, explica o analista de Atividades do Meio Ambiente do Ibram, o biólogo Almir Picanço de Figueiredo.
A definição das regiões de cada grupo levou em conta o percentual de área verde do lugar e a renda média per capita. Segundo o Ibram, objetivo foi considerar a questão financeira como indicador social relacionado ao aumento do risco de abandono dos bichos. Assim, o grupo 1 representa regiões com alta porcentagem de área verde e baixa renda per capita. Já o grupo 4 diz respeito a baixa porcentagem de área verde e alta renda per capita. Por fim, também se levou em consideração o tamanho da população de cada uma dessas cidades.
Em abril, o Ibram anunciou a retomada das castrações gratuitas, mas só seriam atendidos tutores cadastrados anteriormente no extinto CastraMóvel. Dos 923 animais da lista, 798 foram encaminhados para o agendamento. Os demais casos foram cancelados em razão de morte ou porque o procedimento foi feito em instituições particulares. Até o momento, houve 351 marcações de cirurgia, 239 das quais já feitas.
Regras
— Cada responsável poderá cadastrar até dez animais para cirurgia. Logo após o procedimento inicial, o instituto visitará a casa dos inscritos para checar a quantidade de cães e gatos no endereço informado. Assim que terminar o cadastramento, os donos receberão um e-mail informando como retirar o termo de encaminhamento para a clínica credenciada.
— Os encaminhamentos se darão por conjuntos, na quantidade e frequência demandada pela clínica. Em cada orientação, será respeitada a proporcionalidade de vagas para cada grupo de regiões administrativas.
— Durante essa etapa, é responsabilidade do tutor entrar em contato com a clínica para agendar a cirurgia. Se, por algum motivo, for preciso remarcar o procedimento, o responsável deverá tratar diretamente com o consultório. Não haverá segunda chance em caso de falta.
— Informações falsas e falta ao procedimento agendado causam o descredenciamento e ainda impedem novo cadastro pelas duas campanhas seguintes
— A anestesia é a injetável. Uma vez necessários exames complementares ou anestesia inalatória, nos casos de raças braquicefálicas — de focinho curto, como os cães boxer, chow chow e pequinês, e o gato persa, entre outros —, os custos devem ser arcados pelos proprietários do animal.
Distribuição de vagas por grupo de regiões
Ibram anuncia retorno do programa de castração de animais domésticos. Todos podem se inscrever, mas a prioridade levará em contra critérios socioambientais
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) retomou o programa de castração de animais domésticos. Agora, os atendimentos passam a ser feitos em clínicas credenciadas. O órgão já começou a convocar os tutores inscritos – há cerca de 900 gatos e cachorros na fila -, e os atendimentos estão acontecendo em uma clínica do Gama.
Segundo Almir Figueiredo, coordenador substituto da Coordenação de Fauna (COFAU), a previsão é que ainda neste semestre sejam abertas novas vagas. “Estamos bem adiantados no contato com os cadastrados, e o ritmo de castrações está dentro do esperado. Tão logo esse trabalho seja concluído, abriremos novas vagas”, explica.
O programa, que já castrou 3 mil animais no DF, funciona da seguinte forma: após o cadastro no site, o tutor recebe por e-mail o encaminhamento para cirurgia, contendo as orientações para o procedimento. A partir daí, ele deve agendar o atendimento na clínica, para a operação gratuita. Todos os cidadãos podem se inscrever e serão atendidos, garante o Ibram. No entanto, a ordem de prioridade obedece a critérios socioambientais.
Para a chefe da Unidade Estratégica de Direitos Animais da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Mara Moscoso, é preciso também uma atenção especial com os protetores dos animais, que atuam individualmente ou em grupo. De acordo com ela, além da reabertura do cadastro, os dois órgãos vão realizar um levantamento do trabalho dessas pessoas. “A sociedade civil tem um papel importante nessa questão e precisamos estreitar os laços com aqueles que realmente têm comprometimento com a causa”, conclui.
Clínicas interessadas em participar do programa podem entrar em contato pelo número 3214-5678. O edital está disponível aqui.
O serviço itinerante de castração de cães e gatos, Castra Móvel, teve sua segunda etapa encerrada em abril de 2016. Em um acordo de cooperação técnica com a Universidade de Brasília (UnB), a unidade passou a atender em projetos de ensino da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária desde o ano passado, sob a coordenação da professora Paula Diniz Galera. A parceria foi definida pelo Comitê Interinstitucional da Política Distrital aos Animais (CIPDA), do qual participam diversos órgãos do governo de Brasília, como o IBRAM e a Secretaria do Meio Ambiente, que coordena o grupo.
No fim de março, foi sancionada a lei que cria a política de controle de natalidade de cães e gatos. Segundo o texto, publicado no Diário Oficial da União, o controle, em todo o território nacional, será por meio de castração ou “por outro procedimento que garanta eficiência, segurança e bem-estar ao animal”. A lei tem origem em um projeto aprovado no Senado em 2010, e que passou pelo crivo dos deputados em 7 de março. Apesar de os protetores comemorarem o avanço, eles destacaram dois importantes vetos, que podem atrapalhar que a política seja colocada em prática: o que estabelecia o prazo para municípios se adequarem, e o que definia que os recursos viriam da seguridade social da União.
De acordo com o Palácio do Planalto, no primeiro caso, o texto feria a autonomia municipal. No segundo, o artigo era inconstitucional, pois os recursos da seguridade social só podem ser destinados a programas relacionados à saúde humana. Em entrevista ao portal Amazônia Legal, a ativista e fundadora do partido ANIMAIS, Carolina Mourão, disse que diversos parlamentares se comprometeram a assegurar o financiamento na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Campanha de castração
Para quem dúvidas sobre castrar ou não o cão, a veterinária Lorena Nichel, do Vet em Casa, que começou uma campanha de castração, esclarece: “A castração ainda é um assunto bastante polêmico para os proprietários de animais de estimação. Está associada à imagem de cães e gatos gordos e letárgicos, ‘cirurgia cruel’, ‘mutilação do animal’ etc”, enumera. Contudo, não há nada mais falso. Veja as razões que a veterinária aponta, para a castração de machos e fêmeas:
Machos
1) Evita fugas
2) Evita o constrangimento de cães montando em pernas ou braços de visitas
3) Evita a marcação de território (xixi fora do lugar)
4) Evita a agressividade motivada a excitação sexual constante
5) Evita tumores testiculares
6) Evita o aumento do número de animais nas ruas
7) Evita a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasias, catarata juvenil, etc (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças)
Fêmeas
1) Evitam-se acasalamentos indesejáveis, principalmente quando se tem um casal de animais em casa.
2) Evita tumores nas glândulas mamárias
3) Evita-se piometra (grave infecção uterina)
4) Evita-se gravidez psicológica e suas consequências, como infecções mamárias
5) Evitam-se os cios
6) Evita-se o aumento de animais nas ruas
7) Evita a perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasias, catarata juvenil, etc (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças)
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(Com informações da Assessoria de Imprensa do Ibram)