Acupuntura para animais de estimação é tendência veterinária no Recife

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( por Noticias 10 via ANDA )

 

Desde que os animais domésticos passaram a ser membros das famílias, e não “apenas animais”, a busca para oferecer melhor qualidade de vida para eles cresceu. A acupuntura, por exemplo, ganhou espaço nos consultórios veterinários do Recife como uma medicina complementar que põe fim em dores, reverte sequelas neuromusculares, e até cura males que antes levavam animaizinhos para mesas de cirurgias.

A professora do departamento de veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Evilda Rodrigues, defende que a técnica milenar chinesa é capaz de reverter problemas que nem mesmo a alopatia (medicina tradicional) consegue. “Além de curar diversos problemas de saúde, a acupuntura animal é uma ótima forma de evitar doenças. Para se ter ideia, o animal que após um AVC (acidente vascular cerebral) inicia as sessões de acupuntura tem mais chances de voltar com seus movimentos normais do que os demais”, reforçou ela sobre os benefícios da acupuntura.

 

 

Foto: Bruno Peres/@cbfotografia
Foto: Bruno Peres/@cbfotografia

A acupunturara veterinária pode ser usada em casos de:
* doenças musculoesqueléticas (artrites, artroses, traumas, hérnias de disco, espondilose, displasias);
* doenças dermatológicas (alergias, desordens autoimunes);
* doenças pulmonares;
* doenças gastrintestinais (gastrites, enterites, constipações, cólicas);
* doenças neurológicas (epilepsias, sequelas de cinomose, acidentes vasculares cerebrais);
* doenças geniturinárias (insuficiência urinária);
* doenças cardiovasculares; além de diversas outras aplicações médicas;

 

 

 

O engenheiro Carlos Vila Nova conheceu a “adaptação” da técnica milenar chinesa para animais domésticos há cerca de três anos quando sua cadela Mel, uma dachshund de pelo longo, apresentou uma lesão na coluna e não conseguia mais andar. “Ela recebeu a indicação para uma cirurgia que chegou a ser marcada. Mas o próprio veterinário sugeriu que eu procurasse a acupuntura para ela. Acabou que ela fez um mês de tratamento (oito sessões) e não precisou mais da cirurgia. Depois ela passou mais três meses fazendo só para manutenção”, contou ele.

Hoje a cadelinha está com sete anos e não apresenta sinais de qualquer lesão na coluna, problema muito comum à raça de Mel. Carlos Vila Nova também é tutor de uma dachshund de pelo curto que está com nove anos. A pequena Sunny também sofreu com lesões de coluna e no final do ano passado conheceu os benefícios das agulhadas. “Elas estão ótimas. Indico a acupuntura veterinária para quem tiver como oferecer para o animal”, pontuou o engenheiro.

O veterinário Marcelo Uchoa, do Hospital Veterinário VetMais, trabalha com acupuntura em animais desde 2012 e defende que a técnica merece ser mais popularizada para oferecer mais essa possibilidade de tratamento aos animais. “O que pouca gente sabe é que a acupuntura começou no oriente como tratamento para cavalos de guerra. Só depois ela se popularizou entre os humanos e agora volta a ser espaço entre os animais domésticos”, disse ele.

O médico especialista no assunto explicou ainda que embora a anatomia dos animais seja diferente a dos humanos, a técnica usada é a mesma, com agulhas iguais àquelas aplicadas na acupuntura em pessoas. “Os veterinários, inclusive, fazem o curso tradicional e adaptam para os animais. E mais: existem alguns recursos na veterinária que a humana ainda não usa, como a aplicação de partículas de ouro nos acupontos. Essa estratégia é usada em paciente crônicos (que não terão alta e precisam de acompanhamento fequente). Geralmente, quando esse procedimento é usado, o animal passa até três anos sem precisar fazer sessões, voltam apenas para repor uma ou outra partícula”, ressaltou o veterinário.

E se engana quem pensa que os animais se assustam com as furadinhas. Há casos de cães que dormem durante as sessões. Já os felinos são um pouco mais desconfiados com as agulhas e podem passar por outro tipo de técnica de acupuntura que suspende o uso das furadas. Os valores, número de sessões necessárias e tipo de técnica usada durante o tratamento são variáveis. Todo procedimento depende de caso para caso.

A tabeliã Manuela Albuquerque, por exemplo, investiu R$ 800 em dez sessões para curar seu cãozinho Apolo, um maltês de quatro anos. Na época do primeiro tratamento, o cachorrinho tinha apenas dois meses de vida sofreu com a chamada doença do carrapato. “Ele ficou fragilizado e desenvolveu um quadro de ansiedade por causa do grande número de procedimentos médicos. O objetivo era tranquilizar ele, tornar mais sociável”, relembrou ela que hoje é uma entusiasta da acupuntura veterinária.

“O Apolo também precisou fazer sessões por três meses, recentemente, por causa de dores nas costas. É incrível como dá para notar que ele muda para melhor. Come bem, dorme mais tranquilo e de quebra resolve o problema dele das costas. Eu digo que a acupuntura muda tudo no corpo dele. Dá mais equilíbrio ao organsimo”, comentou ela que defendeu: “Muita gente trata como se fosse uma frescura minha, mas eu sei que o preço é quase nada perto dos benefícios. Se fosse uma cirurgia nas costas dele, por exemplo, não teria nem comparação quanto aos riscos e gastos com o procedimento.”

 

 

 

Foto: Carlos Vieira/@cbfotografia
Foto: Carlos Vieira/@cbfotografia

 

Popularização

A professora de veterinária Evilma Rodrigues revelou que a busca por mais informações sobre a acupuntura animal é tanta que a universidade incorporou os serviços aos atendimentos do Hospital Veterinário Escola do Departamento de Medicina Veterinária da UFRPE, que funciona no bairro de Dois Irmãos, Zona Oeste do Recife. “Vamos até ter um curso de acupuntura veterinária com previsão de ser feito ainda neste semestre. Em vez dos profissionais adaptarem as técnicas de humanos em animais, eles poderão aprender já com as informações veterinárias”, anunciou.

Carinho ilustre

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(da Revista do Correio) (fotos Divulgação)

 

Segundo um estudo da Universidade de Indiana divulgado em 2015, os gatinhos compõem a categoria de vídeos mais populares do YouTube, ultrapassando 26 bilhões de visualizações. Não é de se espantar, portanto, que os pets sejam chamarizes de curtidas e seguidores nas redes sociais, de pessoas anônimas e também de celebridades. Mesmo quem tem a rotina instável e vive em ponte aérea encontra espaço na agenda para o amor incondicional, que pode se tornar “motivo de vida”, como define a apresentadora de tevê Luísa Mell.

Em 2002, ela estreitou seus laços com os animais quando começou a apresentar o programa Late Show, que deu visibilidade aos maus-tratos e abandono. Nesses 14 anos de trabalho, Luísa resgatou milhares de bichinhos, divulgou a importância da castração para o controle populacional, além de aderir ao veganismo. A ideologia, que prega o fim do uso de ingredientes de origem animal, ela também transmite ao filho, Enzo. No mês passado, ele completou 1 ano de idade e a festinha de aniversário foi toda vegana.

O amor pelos animais culminou, em fevereiro de 2015, na fundação de um instituto que leva seu nome. Hoje, a entidade, que conta com mais de 500 voluntários, não recebe apoio governamental ou de qualquer empresa. Os gastos são arcados com doações de simpatizantes e compras na lojinha on-line #adotei, que oferece camisetas e outros mimos com temática pet. Ainda assim, a equipe conseguiu resgatar e enviar para novos lares mais de 600 animais no ano passado e realiza todos os procedimentos médicos com anestesia inalatória, modalidade mais cara. “Imagina se a gente tivesse o apoio privado e público?”, questiona Luísa. Ela critica ainda a atuação do Conselho Federal de Medicina Veterinária, que não permite mutirões de procedimentos médicos gratuitos. “O conselho é um inimigo dos animais, atrapalha esse trabalho de vacinação sem custos”, diz.

Além dos resgates, a ativista acredita que um de seus legados é a conscientização. Ela conta que durante as feiras de adoção do Instituto Luísa Mell, muitas pessoas passeiam com cães que foram comprados por não saberem dos problemas das “fábricas de filhotes”. Depois de saberem dos horrores porque passam a maioria dos bichos, muitos optam pela adoção.

Para Luísa, isso prova a eficácia do que ela chama de “trabalho de formiguinha”, e lembra que quem apoia a causa pode fazer muito: com doações, se voluntariando ou ajudando no lobby político em prol dos bichos. Na última semana, a apresentadora esteve em Brasília lutando pela aprovação de um projeto de lei que pretende proibir em todo o país a eutanásia de animais saudáveis em zoonoses, prática cruel que tenta o controle populacional. “A gente entende que cada vida é sagrada. Por mais que não possamos salvar todas, uma já vale o trabalho”, comemora.

 

 

Bichinhos badalados

 

 

Cama compartilhada

Foto: TV Globo/GShow.
Foto: TV Globo/GShow.

 

André Marques mora com Cuca, Thora, Banha, Gorda e Maria da Graça, cinco cadelas que dividem também a cama com ele. O carinho pelas mascotes visível pelo tempo dedicado por André. Ele recentemente participou de um programa de tevê em que mostrava sua rotina para alimentar a matilha, que não ingere comida industrializada. André estima que cozinha 100 quilos de comida semanalmente para elas, mas garante que o esforço vale a pena, pela saúde e pela satisfação das companheiras. Três das cadelas são da raça italiana cane corso, da qual André é fã desde 1998. Na época, ele ganhou do apresentador Fausto Silva um filhote da raça

 

 

 

Avião fretado

Foto: Carmen Steffens/Divulgaçao.
Foto: Carmen Steffens/Divulgaçao.

 

O pitbull Budapeste, 1 ano, tem até perfil próprio no Instagram, com mais de 35 mil seguidores, e também está na transição para a alimentação natural. Em 2015, Gabriela Pugliesi chegou a fretar um avião para que Budapeste a acompanhasse uma viagem a Itacaré, na Bahia. A companhia aérea que a musa fitness viajaria não transporta cães braquicefálicos, que têm a cabeça achatada e as vias respiratórias mais curtas. Ela, que não tinha mais cachorros por resistência da mãe, sempre compartilha nas redes sociais o dia a dia com o pit bull.

 

 

 

 

 

 

 

Resgate solidário

Foto: Rafael Pavarotti/Divulgação.
Foto: Rafael Pavarotti/Divulgação.

A atriz Fiorella Mattheis é outra entusiasta da causa. Atualmente, ela apoia os projetos Pró Patinhas e Amparo Animal. O engajamento de Fiorella surgiu após Maddox, gato de 9 anos que chegou à família por adoção. A atriz resgatou o felino ferido e sangrando na porta da casa dela em Petrópolis (RJ). O gatinho tinha uma infecção fúngica e passou três meses internado até se recuperar totalmente. Desde que recebeu alta, o bichano ganhou 5 quilos e está saudável. Chantal foi outra gata resgatada pela atriz, em 2010. Fiorella tem ainda outros dois gatos e oito cachorros, como o caçula Panda, um jack russell que ela ganhou do namorado, o jogador de futebol Alexandre Pato, há pouco mais de um ano. Fiorella atualmente mora em Londres, onde Pato atua, e providencia a mudança de todos os bichinhos de estimação para a capital inglesa.

 

 

A curiosa história do gato que tem sido visto pegando o metrô sozinho

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(do rocketnews24 via hypeness.com.br)

A curiosa história do gato que tem sido visto pegando o metrô sozinho há cerca de 3 anos

Enquanto por aqui os poucos metrôs que temos costumam contemplar poucas partes da cidade, em mapas confusos e difíceis para a população, em outros lugares do mundo o metrô não só atende a cidade inteira, como seu funcionamento costuma ser tão intuitivo e funcional que qualquer um é capaz de usa-lo perfeitamente. Até mesmo um gato.

Pois é isso que vem acontecendo no Japão, país onde a autonomia dos animais impressiona, e já rendeu livros, lendas e filmes. Desde 2013 que um gato tem sido visto pelo metrô de Tóquio, utilizando sempre a linha Seibu Ikebukuro, como se voltasse para casa diariamente do trabalho, feito um morador como qualquer outro.

É claro que pode não se tratar do mesmo felino em todos os registros, mas a aparência e a coincidência parecem precisas demais para serem mera coincidência.

E mais: a boa educação com que cumpre a etiqueta do metrô, ainda mais no Japão, tem feito com que as testemunhas garantem se tratar sim do mesmo animal. Sempre deixando o máximo de espaço nos bancos para outros passageiros, respeitando a preferência de idosos, gravidas e pessoas com necessidades especiais, o gato nunca foi visto com um dono, e sempre parece saber quando entrar e quando descer do vagão.

GATO5

 

 

Sem importunar ninguém e nem chamar atenção, o máximo a que se permite em sua elegante e polida fofura é um ou outro cochilo durante a viagem, como qualquer passageiro que se preze, depois de um longo dia de trabalho, sob o efeito do irresistível balanço do trem

Comitê pede veto ao projeto de lei que legaliza criação amadora e comercial de pássaros da fauna nativa

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(por Cristine Gentil – Blog Mais Bichos)

 

Integrantes do comitê formado por 14 membros de governo e da sociedade civil acreditam que proposta pode incentivar tráfico de animais silvestres e ameaça à fauna nativa

 

O Comitê Interinstitucional da Política Distrital para Animais (CIPDA), composto por 14 membros de órgãos de governo (distrital e federal), da sociedade civil e entidades de pesquisa, recomendou ao governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, o veto total ao Projeto de Lei 153/2015, que prevê legalizar a criação amadora e comercial de passeriformes da fauna nativa. A decisão foi encaminhada à Casa Civil pelo secretário de Meio Ambiente e presidente do CIPDA, André Lima.

 

Depois de reuniões com as assessorias do autor do projeto, Wellington Luiz, e com o presidente da Comissão do Comissão de Meio Ambiente da Câmara Legislativa, Cristiano Araújo, o Conselho decidiu seguir o parecer técnico do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), contrário ao projeto de lei. A Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) também havia manifestado posição contrária ao tema durante audiência pública no plenário da Câmara Legislativa, em 2015.

 

Para o Ibram, o projeto de lei propicia a criação de espécies híbridas, causando um grande risco ao meio ambiente, umja vez que distorce a finalidade de conservação de passeriformes ao transformar a atividade em comércio. Além disso, segundo o Ibram, o projeto não prevê controle fazendário, nem arrecadação de imposto, causando competição ilegal e permitindo sonegação de impostos. E mais: exclui punição pela declaração falsa de nascimento, principal forma de “esquentamento” de aves oriundas do tráfico de animais silvestres. E, finalmente, impossibilita a atuação da Fiscalização Ambiental do Ibram no combate ao tráfico de animais silvestres.

 

“Além de prestar um verdadeiro desserviço ao meio ambiente, é uma afronta às instituições públicas e aos servidores públicos que lutam há muitos anos para garantir o meio ambiente equilibrado para as futuras gerações”, afirma o parecer. O instituto destaca que “é de extrema importância a regulamentação da atividade de criação de passeriformes no Distrito Federal para garantir aos reais criadores amadores de fauna o direito de exercerem suas atividades de lazer de forma distinta da atuação daqueles interessados somente a obtenção de lucro, sem o devido pagamento de tributos, ou ainda de reais traficantes de animais silvestres camuflados de criadores amadores”.

 

(Com informações da Secretaria do Meio Ambiente)

Vamos adotar? Eventos pet em Brasília no fim de semana

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convite animais(1)

Entrega de certificados de adoção dos animais apreendidos em canil no Jardim Botânico

Sábado 09.04 das 09 as 15h

109 Sul – Cia. da terra

 

 

 

 

 

 

sabado (1)

Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna

Sábado 09.04 de 11h as 16h

108 Sul

 

 

 

 

sabado (2)

Feira de adoção Projeto São Francisco

Sábado 09.04 das 10 as 15h

SIA trecho 2, lotes 65/95

 

 

 

 

 

 

sabado (3)

 

Feira de adoção Atevi

Sábado 09.04 das 10 as 16h

Amor de Bicho-Quadra 101 – Sudoeste

 

 

 

 

 

 

sabado (4)

 

Feira de adoção cães e gatos

Sábado 09.04 das 10 as 17h

SOF NORTE

 

 

 

 

 

 

sabado (5)

 

Feira de adoção SHB

Sábado 09.04 das 10 as 14h

Lex & Lulu no Sudoeste

 

 

 

 

 

 

 

sabado (6)

Café da manhã/Palestra sobre alimentação natural Armazém Rural

às 09h

205 Norte

 

 

 

 

 

domingo (1)

Encontro de raças

Domingo 10.04 a partir das 10h

Taguaparque

 

 

 

 

 

domingo (2)

Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna

Domingo 10.04 das 11 as 15h

SIA trecho 2, lotes 65/95

Brasília enterra 62 cavalos por mês

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(por Alexandre Santos, especial para o Correio) (Fotos Breno Fortes / @cbfotografia)

 

Enquanto não dispõe de uma legislação sobre a atuação de carroceiros, a exploração da atividade no DF revela uma estatística cruel: no período de um mês, pelo menos 62 cavalos são enterrados na capital. A média — que equivale a pelo menos dois equinos mortos por dia — corresponde ao ano de 2015, quando 753 deles foram recolhidos pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Expostas a trabalhos pesados, como o transporte de material de construção, entulhos e coleta de resíduos recicláveis, a maioria é abandonada pelos próprios donos.
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Embora entidades de proteção animal se mobilizem contra esse tipo de atividade no DF, a iniciativa mais recente sobre o tema — o Projeto de Lei nº 1.804/2014, de autoria do distrital Joe Valle (PDT) — está parada na Câmara Legislativa. O veto integral do Executivo, em fevereiro de 2015, apontou inconstitucionalidade na proposição. A medida, entretanto, é considerada um retrocesso pelos defensores do PL.
Treze meses depois do veto, contudo, o objetivo dos envolvidos é trazer a proposta a uma nova discussão. “A decisão foi uma questão de interpretação jurídica. Entendemos que há dois caminhos. O primeiro é trabalhar pela derrubada do veto.  A segunda alternativa é que o GDF, por meio de decreto, tire a proposição do papel, já que, juridicamente, entende que o Legislativo não tem competência para tanto”, critica Simone Lima, presidente da Sociedade Protetora dos Animais (ProAnima).
Incentivo
Mentor do PL, Valle defende celeridade no processo. “A mortalidade de animais utilizados em veículos de tração é alarmante”, ressalta. “Ainda não temos uma data definida para a votação de derrubada do veto, mas, sem dúvida, é importante trabalharmos nesse sentido.Também é preciso destacar que é preciso garantir incentivos aos carroceiros em atuação para que adquiram outro tipo de veículo”, reitera o parlamentar, hoje lotado como secretário de Trabalho, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. O distrital estima que, atualmente, existam 3 mil carroceiros em atuação no DF.
“É preciso oferecer alternativas, dado o complexo problema de ordem social que o assunto envolve. As pessoas que exploram esse tipo de atividade, em geral, vivem em situação degradante. Muitas têm problemas com alcoolismo e uso de outras drogas. Há também a questão do trabalho infantil. É uma questão socialmente complexa”, acrescenta.
O Correio tentou ouvir a Associação dos Carroceiros da Estrutural, por meio da administração regional da cidade — região que concentra centenas de pessoas nessa atividade —, mas o número de telefone informado não existe.
Lucílio Antonio Ribeiro, subsecretário de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura do DF (Seagri), afirma que a maior parte dos animais resgatados pela equipe de fiscalização da pasta chega à unidade em estado degradante. “Eles são encontrados com fraturas nas patas, feridos, desnutridos e desidratados. A depender da gravidade dos ferimentos, são atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB. Depois, são encaminhados para o espaço da Seagri, onde recebem tratamento sanitário e ficam à disposição para adoção”, detalha.
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Para a auditora da área de fiscalização do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Luiza Brasileiro, apesar de outros animais de grande porte serem usados pelos carroceiros, os cavalos são os mais explorados pelos carroceiros no DF. “A atividade a que eles são submetidos é totalmente incompatível com o bem-estar do animal. O cavalo é bastante sensível e requer muito cuidado, e os carroceiros não têm condições de assumir essa responsabilidade. Para se ter uma dimensão, eles precisam passar 16 horas se alimentando e outras 4 dormindo”, diz. De acordo com Luiza, os animais são vendidos por valores entre R$ 150 e R$ 250.
“A legislação precisa avançar em relação à preservação da vida desses bichos. Se um animal abandonado for apreendido, o dono aparecer e pagar a multa, a lei diz que ele pode ser liberado, independentemente das condições de maus-tratos em que foi encontrado. Por isso, o ideal mesmo seria a proibição”, acrescenta.
Controle de três órgãos
As atribuições sobre a atividade de carroceiro estão divididas entre três órgãos do GDF. Ao Detran cabe vistoriar e emitir autorização para a condução de veículos de tração animal, bem como a definição das vias em que a sua circulação é proibida. O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), por sua vez, responsável pela fiscalização e pela apuração de denúncias de maus-tratos e abandono. As multas, nesses casos, variam entre R$ 200 e R$ 2.250. Já a Secretaria de Cultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) abriga os animais apreendidos. Atualmente, a unidade
tem 32 equinos albergados.

Projeto de lei que proíbe eutanásia de animais saudáveis deve ser votado essa semana

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Nesta semana, o plenário da Câmara dos Deputados deve votar dois projetos de lei, de autoria do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), sobre direitos animais. O primeiro deles, proposto em 2012, visa proibir em todo o país a eutanásia de animais saudáveis, prática que tentava realizar o controle populacional de animais de rua por meio de injeções letais. Desde 2008, a eutanásia de animais saudáveis é crime no estado de São Paulo. No restante do país, porém, persistem até hoje sacrifícios realizados com crueldade, como pauladas e as já proibidas câmaras de gás. Segundo o autor do projeto, já manifestaram apoio as bancadas do DEM, do PSDB, do PT e do PP. “Não é possível que alguém vote contra esse projeto, que vai salvar vidas”, acredita.
Izar explica que a medida mais efetiva para o controle populacional é a castração. “A gente quer conscientizar que os prefeitos têm que fazer política pública de castração”, reivindica. Estima-se que um casal de cães, em 10 anos, seja responsável diretamente por mais de 14 mil filhotes. O deputado lembra ainda que medidas sanitárias para animais beneficiam toda a sociedade e hoje, no Brasil, a leishmaniose mata mais que a dengue. “A cada R$ 1 que você investe em políticas como controle populacional, a economia em saúde humana é de R$ 27”, afirma.
A ativista Luísa Mell, que passou a tarde no Congresso Nacional visitando lideranças de partidos e pedindo apoio para os projetos de lei, concorda que a eutanásia livre não é o melhor caminho. “Esse método de controle de população, cruel, comprovadamente não é eficaz. Em São Paulo, nós não tivemos um boom no número de animais [após a proibição]”, conta. Mell pede ainda que a população esteja ciente dos efeitos do abandono, já que nem sempre as feiras de adoção são suficientes para atender a demanda de bichos sem lar. Segundo ela, durante todo o ano de 2015 o Centro de Zoonoses de São Paulo não realizou nenhum evento com essa finalidade. “Antigamente os vira-latas eram super discriminados. Nos últimos anos teve uma mudança na sociedade, mas ainda temos muito a evoluir”, afirma. Luísa criticou ainda a demora para apreciação do projeto em plenário. Desde a semana passada o PL 3094 vêm sendo pautado na ordem do dia, mas a sessão é encerrada antes que a votação seja feita. “Esse jogo político só atrapalha o país”, desabafa.
Outra proposição de Ricardo Izar diz respeito aos atropelamentos de animais silvestres que acontecem à beira das rodovias e estradas. Segundo dados de 2014 do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, da Universidade Federal de Lavras, mais de 450 milhões de animais de várias espécies são mortos anualmente nessas condições. O projeto estabelece que seja feito um levantamento anual com os acidentes, para fins estatísticos, além da promoção da educação ambiental e construção de túneis e passarelas, que desviariam o trânsito da rota da fauna. Um dos principais problemas é que a área de vegetação brasileira, representada no mapa pelas áreas verdes, está praticamente toda entrecortada pela malha rodoviária, formada pelas linhas cinza.
Izar não acredita que o projeto abra precedente para regulamentações que atinjam o agronegócio da região, já que a responsabilidade pelas obras e pela fiscalização ficaria a cargo do estado e das concessionárias que administram as rodovias. Não haveria, portanto, acordo na bancada ruralista pela rejeição do projeto. “Eu ouvi falar que teria [resistência], mas conversei com o pessoal da frente parlamentar e eles não têm nada contra”, diz. Segundo Izar, o único motivo para esvaziamento de sessão e, consequentemente, falta de quórum para votação, seriam negociações paralelas sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Eu acho que não vai ter resistência. Acho que a gente tem maioria”, comemora.
Crédito: WWF/Reprodução. Malha Rodoviária Brasileira.
Crédito: WWF/Reprodução. Malha Rodoviária Brasileira.
Outra proposição de Ricardo Izar diz respeito aos atropelamentos de animais silvestres que acontecem à beira das rodovias e estradas. Segundo dados de 2014 do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, da Universidade Federal de Lavras, mais de 450 milhões de animais de várias espécies são mortos anualmente nessas condições. O projeto estabelece que seja feito um levantamento anual com os acidentes, para fins estatísticos, além da promoção da educação ambiental e construção de túneis e passarelas, que desviariam o trânsito da rota da fauna. Um dos principais problemas é que a área de vegetação brasileira, representada no mapa pelas áreas verdes, está praticamente toda entrecortada pela malha rodoviária, formada pelas linhas cinza.
Izar não acredita que o projeto abra precedente para regulamentações que atinjam o agronegócio da região, já que a responsabilidade pelas obras e pela fiscalização ficaria a cargo do estado e das concessionárias que administram as rodovias. Não haveria, portanto, acordo na bancada ruralista pela rejeição do projeto. “Eu ouvi falar que teria [resistência], mas conversei com o pessoal da frente parlamentar e eles não têm nada contra”, diz. Segundo Izar, o único motivo para esvaziamento de sessão e, consequentemente, falta de quórum para votação, seriam negociações paralelas sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Eu acho que não vai ter resistência. Acho que a gente tem maioria”, comemora.
(Com informações de Ana Luiza Carvalho)

Ponto crítico dos bichanos

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(Por Renata Rusky, da Revista do Correio) (fotos Zuleika de Souza e arquivo pessoal)

 
Originalmente, gatos são animais do deserto; portanto, têm o organismo adaptado para viver em ambientes com escassez de água. Para economizá-la, seus rins tentam expelir o máximo de toxinas no mínimo de líquido. A urina deles é mais concentrada que a nossa — tem muito mais ureia e creatinina, por exemplo.

Os problemas renais dos felinos podem ser de nascença ou por degeneração, ao longo do tempo. Segundo a veterinária Bruna Tadini, é crucial, portanto, fazer exames quando o gato nasce. Quando adulto, até cerca de 10 anos, os checapes devem ser anuais e, depois disso, semestrais. “Os problemas renais podem acontecer precocemente, com 3 ou 4 anos, mas é mais comum com o avanço da idade”, ela tranquiliza.

Não há como evitar a propensão, mas algumas medidas podem atrasar o aparecimento da doença e desacelerar a evolução dela. É importante que o animal coma ração com proteína de boa qualidade e seja incentivado a tomar muita água. “Existem até rações específicas para gatos com doenças renais”, complementa Bruna.

A advogada Gabriela perdeu Pretinho por problemas renais
A advogada Gabriela perdeu Pretinho por problemas renais

A advogada Gabriela Ramos Monteiro, 41 anos, já vivenciou duas experiências tristes com seus gatos. Ambos haviam sido adotados: Pikachu, em 1999, e Pretinho, no ano seguinte. Pikachu tinha muitos cálculos renais. Foram feitos diversos procedimentos para melhorar a saúde dele. No fim, acabou morrendo de insuficiência renal, aos 14 anos. Já o aparecimento da doença no Pretinho foi repentino, em dezembro de 2014, e, em três meses, já quase aos 5 anos, foi eutanasiado. “É muito ruim ver o animal definhar na sua frente: ele não quer comer e não é só por charme; ele fica sujo, e gato gostar de estar limpo; ele perde muito peso, muita massa muscular. Quando levei o Pretinho para a eutanásia, ele era uma geleia”, lamenta Gabriela.

Um dos primeiros sinais que Pikachu deu de que havia algo errado foi urinar fora da caixa. A gatinha estava com cistite e sentia dor. Na primeira vez que ela teve a cistite, o veterinário tratou apenas o problema e não investigou a causa. Depois, foi descoberto que um dos rins dela estava comprometido. Foram feitas três litotripsias (operação que consiste em despedaçar cálculos na bexiga), as quais foram essenciais para que ela engordasse e ficasse forte para aguentar o procedimento que seria feito depois de alguns meses.

A dieta de Pikachu precisava ser especial. Gabriela testou todas as rações específicas para animais com problemas renais, mas nenhuma agradou a gata. A dona precisou cozinhar para ela. O sangue dos animais com rins doentes fica intoxicado, o que faz com que tenham enjoos crônicos. Gabriela conta que, diante dessa situação, acabava dando ao animal de estimação aquilo que ele queria comer.

Pikachu
                                 Pikachu

O tratamento de Pikachu e de Pretinho também incluía a chamada fluidoterapia. Ela é um ponto-chave no tratamento. O objetivo é repor a hidratação, equilíbrio de eletrólitos e diminuir a concentração de substâncias nocivas no organismo. O soro pode ser aplicado em casa e Gabriela assim o fazia. Em Pikachu, que estava melhor, o procedimento era feito em dias alternados. Em Pretinho, todos os dias.

É importante descobrir a doença o quanto antes. “Um gato com problema renal, normalmente, só apresenta sintomas quando 75% dos rins já estão sem funcionar”, alerta o veterinário Luciano Henrique Giovaninni. O diagnóstico precoce diminui as chances de evolução da doença e garante qualidade de vida para a mascote por mais tempo.

 

Estatuto dos Animais é aprovado pela CCJ do Senado

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(Por Juliana Cipriani  do Estado de Minas )

 

Os animais estão prestes a ganhar um estatuto com 21 artigos que os considera seres sencientes, ou seja, capazes de sentir dor ou prazer, e estabelece, entre outros pontos, obrigações para a sua guarda. O projeto de lei do Senado neste sentido foi aprovado nesta quarta-feira pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e segue para as comissões de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) para virar lei. O texto determina que não serão tolerados maus-tratos aos animais seja por razão cultural, de recreação ou econômica. São enquadradas 50 mil espécies, desde peixes até aves e mamíferos.

Como maus-tratos, o estatuto lista atos como forçar um animal a fazer movimentos contrários à sua natureza ou capacidade física, abandono em situação de perigo ou quando despreparado para se alimentar de maneira adequada e submeter os animais a treinamentos, eventos e apresentações circenses ou ações publicitárias que lhe causem dor, sofrimento ou dano físico. Também se enquadram a violência física, privação de água ou alimento e o confinamento do animal com outro que lhe cause medo, perigo ou agressão.

A versão aprovada foi o substitutivo do senador Antonio Anastasia (PSDB) ao projeto original de Marcelo Crivella (PRB-RJ). Entre as mudanças incluídas pelo tucano está o trecho que torna obrigatória a identificação individual dos animais de estimação. Anastasia disse ter feito mudanças depois de debates com movimentos e especialistas na causa animal. “Essa é uma proposta muito importante porque define regras e direitos até então difusos ou inexistentes. O projeto protege os animais contra sofrimentos desnecessários, prolongados e evitáveis e buscar garantir a sua saúde e integridade, assegurando ainda o provimento de suas necessidades naturais”, disse.

Entre os deveres de pessoas físicas ou jurídicas que mantenham um animal, estão o de fornecer alimentação e abrigo adequados à espécie, variedade, raça e idade. Eles também devem assegurar que não existam circunstâncias capazes de gerar ansiedade, medo estresse ou angústia de maneira frequente e proporcionar cuidados, como medicamentos e assistência veterinária.

Alegando que os animais não são tratados como sujeitos de direito equiparados aos seres humanos na Constituição, Anastasia retirou do projeto o trecho pelo qual ninguém deve causar lesão moral aos animais. Ele também se manifestou contra aprovação de emenda do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que possibilitaria a prisão nos crimes contra os animais, a fim de reduzir a impunidade que paira sobre aqueles que violam esses direitos. Anastasia alegou que essa pena não necessariamente garante a eficácia pretendida, podendo ainda produzir efeitos nefastos para camadas mais carentes da população, que incidiriam nessa pena por desconhecimento da lei.

O relator também excluiu do que se consideram maus-tratos aos animais os casos de controle de zoonoses, controle de espécies invasoras e de ensino e pesquisa científica na área da saúde expressamente previstos em lei. Ele determinou no substitutivo que, quando não houver método que evite totalmente a dor e o sofrimento nesses casos, devem ser adotadas todas as medidas disponíveis para reduzi-los ao máximo. Além disso, Anastasia excluiu a situação de abate de animais para fins comerciais, que deverão ser objeto de legislação específica, com métodos que minimizem ao máximo o sofrimento e a dor. (Com informações da Agência Senado).