Crossfit animal

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(por Gláucia Chaves, da Revista do Correio)

 

Quem vê cachorros percorrendo um monte de obstáculos a toda velocidade logo imagina que se trata de um treino complicado demais para levar o próprio pet. De fato, há competições de agility espalhadas por todo o mundo, mas a filosofia do esporte não é apenas competir e ganhar prêmios. Na verdade, o exercício atua em muitas frentes do comportamento animal e pode ser útil para contornar diversos problemas, de agressividade excessiva a medo. A adestradora Thaís Moysés Rodrigues explica que a competição é inspirada nos circuitos de hipismo, em que o cavalo precisa cumprir um percurso em um determinado tempo. No caso da corrida canina, os bichos têm de 30 a 50 segundos.

Além de deixar o bicho em forma, o agility serve para estreitar os laços entre tutor e animal. “O treino é feito com muito reforço positivo. O cachorro é estimulado a prestar atenção no dono e a ser recompensado por isso”, explica Thaís Rodrigues. Cada vez que acerta, ele recebe um petisco e fica mais confiante para enfrentar desafios novos. Como cão feliz também é sinônimo de dono satisfeito, todo mundo ganha. “Quando ele erra, nada acontece. Por isso, o treino é motivacional — é um momento de qualidade de vida.”

Mas não pense que só o cachorro vai se mexer. Para que o animal se sinta estimulado (e saiba o que tem que fazer), o dono também precisa agitar o esqueleto. “A superação dos obstáculos pelo cão depende da sintonia com o dono. O dono vira um foco de confiança, isso fortalece a relação”, frisa a adestradora. Fazer algo com o bichinho que não seja a burocrática voltinha pela quadra é extremamente benéfico para o pet, segundo Thaís — e é também algo pouco comum entre os tutores de hoje em dia. “A maioria das pessoas trabalha o dia inteiro e o cachorro fica sozinho. Normalmente, quando o levam para passear, são atividades mais interessantes para o humano do que para o cão”, aponta.

No agility, além de aprender coisas novas, o animal tem a chance de socializar com outros pets. Isso acontece por conta da dinâmica do treino: um por um, os cães (e seus donos) são chamados para a pista de obstáculos. Cada atividade dura em torno de cinco minutos para que o animal não se canse e perca o foco. Depois, a dupla vai para o banquinho e espera ser chamada novamente. Enquanto não chega a hora de “malhar” de novo, os cachorros brincam, correm e interagem entre si. “Apesar de não ser um trabalho específico para melhorar comportamentos como medo ou agressividade, o cão socializa e fica cansado — e todo mundo sabe que um cachorro cansado é um cachorro feliz”, completa Thaís.

Para os humanos, o agility não é passivo nem na pista nem em casa. Isso acontece porque a aula não acaba quando termina: depois da “maromba”, os tutores precisam continuar a treinar os exercícios, como uma espécie de dever de casa. “O agility exige muito dos donos, porque eles têm que se tornar um pouco adestradores”, completa a bióloga e adestradora Luíza Oliveira Dias. Treinar em casa o que foi passado na aula e procurar informações sobre técnicas de adestramento são providências interessantes para quem busca resultados consistentes.

Ficha técnica

Quem pode fazer: o agility é indicado para qualquer cachorro, de raça ou não. Se o objetivo for competir, cães velozes (como border collie e pastor-de-shetland) são os mais indicados. O treino com filhotes é um pouco diferente, já que ainda não têm a estrutura óssea totalmente formada. Animais idosos também se exercitam de forma mais leve e sem impacto, por já estarem com as articulações frágeis.

Objetivo: melhorar o condicionamento físico do animal; promover a interação tutor-animal; participar de competições.

Principais obstáculos: saltos, túneis, gangorra, passarela, rampa em “A” e o slalom (12 varetas enfileiradas para o cão desviar).

Cuidados: procure se informar sobre conceitos básicos de adestramento antes de começar. Por inexperiência, alguns donos podem levar o cão a se machucar.

Um preparo intenso

Se a ideia é competir profissionalmente, a preparação precisa ir bem além do dever de casa. Há casos de donos que precisaram entrar em forma para investir nos treinos do pet. “É um exercício de explosão, com muitas curvas e mudanças de direção”, enumera a adestradora Luíza Dias. “Para algumas pessoas, pode ser bem cansativo, já que o dono de um cão competidor faz uma média de quatro percursos com o cachorro.”

A falta de costume em adestrar o animal de estimação é o principal entrave para quem começa no agility, mas Luíza explica que a falha é cultural. Em outros países, o filhote sai do abrigo de animais direto para aulas de “boas maneiras”. “Aqui, ainda temos a cultura de deixar o cachorro no quintal. No exterior, as pessoas têm mais a noção de que o cão é parte da família e há mais responsabilização do dono se o cachorro fizer algo de errado.”

Para a médica veterinária Liziè Pereira Bufs, 34 anos, o agility salvou sua relação com Stella, uma cadela sem raça definida de 6 anos de idade. Liziè encabeça o projeto social Bicharada da Casa 7, que dá dicas e informações para evitar maus-tratos e abandono de animais. Em 2011, Stella chegou. Anarquista, a cadela latia sem parar, comia o que aparecesse pela frente e não aceitava comandos. “Eu ficava muito frustrada. Não conseguia ensinar nada. O comportamento animal não é uma ênfase da graduação em veterinária.”

Liziè tentou vários adestradores, mas não estava interessada em abordagens punitivas. Mais que comandos como “senta” e “deita”, a veterinária buscava um método que realmente ensinasse como Stella deveria se comportar em todos os momentos, dentro ou fora de casa. Quando descobriu o agility, mergulhou em leituras sobre adestramento com reforço positivo. “O mais difícil é dar atenção aos comportamentos bons em vez de focar nos ruins. Você tem que se reeducar.”

Os resultados foram rápidos: em apenas um mês, Stella já prestava atenção nos comandos e tentava se comunicar com a dona de maneira positiva. “Já resgatei mais de 60 cachorros de rua e ela foi a única que cheguei a me questionar se seria feliz comigo. Era um  sentimento de derrota horrível”, reconhece Liziè. Hoje, Stella nem parece a mesma cachorra: parou de destruir as coisas e até viaja com a família.

 

Eventos pet do final de semana em Brasília

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Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna

Sábado 18 das 11 as 16h

108 Sul

 

 

 

 

 

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Feira de adoção SHB

Sábado 18 das 10 as 16h

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Feira de adoção ATEVI

Sábado 18 das 09 as 15h

Armazém Rural 409 Sul

 

 

 

 

 

 

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Bazar beneficiente ATEVI

Sábado e domingo, 18 e 19

das 09 as 16h

Parque Olhos d’Água-Asa Norte

 

 

 

 

 

domingo (2)

 

Primeiro Fun Show Game Dog

Domingo 19 de 09 as 12h

Parque de Águas Claras

Adotou um labrador e recebeu uma carta misteriosa. Quando leu não conseguiu segurar as lágrimas…

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(Por Histórias com valor)

 

Era um dia feliz para o homem que ia adotar Reggie, um labrador preto. Ele estava muito contente por trazer para casa um novo companheiro de quatro patas. Mas quando já ia embora a equipa do abrigo deu-lhe uma carta que o deixou muito comovido.

Para quem ficar com o meu cão:

Bem, não posso dizer que estou feliz por estares lendo isto. Nem estou feliz por escrevê-lo. Se estás lendo isto, significa que foi a última viagem de carro com o meu labrador depois de o deixar no abrigo.

Então deixa-me falar sobre o meu labrador, na esperança de te ajudar a criar laços entre vocês os dois.

Primeiro, ele adora bolas de tênis.

Não interessa para onde as jogues, ele vai correr atrás delas, por isso tem cuidado – não o faças perto de estradas. Eu fiz esse erro uma vez, e quase lhe custou a vida.

Quanto às ordens:
O Reggie sabe as óbvias – ‘senta’, ‘fica’, ‘vem’, ‘rebola’. Ele sabe o significado de ‘bola’, ‘comida’, ‘osso’ e ‘biscoito’ como ninguém. Eu treinei o Reggie com algumas recompensas de comida. Nada lhe chama mais a atenção do que pequenos pedaços de cachorro quente.

Horário de alimentação:

Duas vezes por dia, a primeira pelas sete da manhã, e depois às seis da tarde.

Reggie odeia ir ao veterinário.
Boa sorte a tentar colocá-lo no carro – Eu não sei como é que ele sabe quando está na hora de ir ao veterinário, mas ele sabe.

Por fim, dê-lhe tempo. Ele ia comigo para todo o lado, por isso, por favor, incluí-lo nos teus passeios de carro diários, se for possível.

O nome dele não é Reggie. Quando o deixei no abrigo, disse que o nome dele era Reggie. Não conseguia aguentar dizer o nome real.
Para mim, era como se o fim tivesse chegado admitir que nunca mais o iria ver.O nome real é Tank.

Eu disse ao abrigo que ninguém podia adotar o ‘Reggie’ até receberem a ordem do meu comandante.

Os meus pais morreram, não tenho irmãos nem ninguém com quem pudesse deixar o Tank.

Era o meu único pedido para o exército quando da minha ida para o Iraque, que eles fizessem uma chamada telefónica para o abrigo, em caso de, para dizer que o Tank poderia ser colocado para adoção.

O amor incondicional de um cão foi o que eu levei comigo para o Iraque como inspiração.

Espero que o tenha homenageado com o meu serviço para com o meu país e para com os meus companheiros.

Eu parto esta noite e tenho de deixar esta carta no abrigo. Mas acho que não me vou despedir do Tank outra vez.

Eu chorei muito a primeira vez. Talvez vá espiá-lo e ver se ele finalmente conseguiu colocar a terceira bola de tênis na boca.

Boa sorte com o Tank.

Dê-lhe uma boa casa, e um beijo de boa noite extra – todas as noites – por mim.

Obrigada, Paul Mallory”.

*De acordo com um informante, quem adotou o cão sabia muito bem que Paul Mallory tinha morrido no Iraque no mês anterior e tinha recebido a Estrela de Prata por ter sacrificado a vida por três companheiros.

É comovente o amor incondicional que Paul sentia pelo cão. Mesmo depois de partir, deixou uma carta para se certificar que Tank será bem cuidado.

 

Monique, a galinha que dá a volta ao mundo se tornou sensação na internet

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(por da

 

Você daria a volta ao mundo com seu animal de estimação?

_89923447_89923446  Pois foi o que fez o francês Guirec Soudée, de 24 anos, com Monique.

Mas Monique não é um cachorra ou uma gata; é uma galinha.

Os dois estão singrando juntos os mares dos quatro cantos do globo.

Enquanto Guirec fica responsável pelo trabalho pesado, içando a vela, por exemplo, Monique passa a maior tempo admirando a paisagem e, de vez em quando, põe um ovo.

 

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A relação íntima entre Guirec e Monique ganhou novo capítulo nas redes sociais nos últimos meses quando a imprensa francesa começou a acompanhar de perto a atípica aventura.

Natural da região da Bretanha, na França, Guirec começou sua viagem ao redor do mundo com Monique em maio de 2014.

Depois de passar pelas Ilhas Canárias, na costa da África, a dupla velejou a Saint Bart, no Caribe, antes de rumar em direção ao Ártico em agosto passado.

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“Sabia que ela era única de imediato”, diz Guirec à BBC do oeste da Groelândia, onde seu barco está ancorado.

“Ela tinha apenas quatro ou cinco meses e nunca havia saído das Ilhas Canárias. Eu não falava espanhol e ela não falava francês, mas nós nos demos bem”.

Guirec havia planejado levar um animal de estimação para a viagem, mas uma galinha não estava originalmente em seus planos.

“Pensei em um gato, mas decidi que exigiria muito esforço para cuidar dele”, assinala.

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“A galinha era a escolha perfeita. Trata-se de um animal que não é difícil de cuidar e eu ainda consigo ter ovos no mar. Muita gente me falou que isso não daria certo, que a galinha ficaria muito estressada e não poria ovos”.

“Mas Monique nunca teve problemas, ela punha ovos o tempo todo. Ela se adaptou perfeitamente às condições da viagem ─ e se sentiu confortável muito rapidamente”.

Em média, Monique põe seis ovos durante uma semana, independentemente de onde esteja.

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Guirec conta que moradores locais da Groelândia reagiram com curiosidade à presença da galinha.

A vida a bordo é bastante confortável para Monique. Ela tem liberdade para passear pelo deque enquanto Guirec se certifica de colocá-la de volta em sua caixa quando as condições metereológicas pioram.

“No início, fiquei muito preocupado ─ ela às vezes acabava arrastada pela ondas, mas rapidamente se colocava em pé de novo. Monique é muito corajosa”.

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“Mas quando há ventos fortes como agora, fico ainda mais atento e a deixo no casario”.

Outro desafio diz respeito a regulações sanitárias. Enquanto ele e Monique sobreviveram ao primeiro encontro com autoridades da alfândega, no Canadá, Guirec reconhece que talvez não seja tão fácil na próxima vez.

Não que ele esteja apreensivo sobre uma possível ruptura. “Não estou preocupado”, diz. “Sou otimista”.

Há pontos positivos também em ter uma galinha em vez de uma pessoa a bordo. “Comparado com pessoas, ela nunca reclama.”

_89934577_25cd2b8d-1101-43fe-8944-a723e3552873“Ela me acompanha aonde vou, e não me cria problemas. Tudo o que eu faço é gritar ‘Monique!’ e ela vem até mim, senta comigo e me faz companhia. Ela é maravilhosa”.

“Mas não vou negar, às vezes ela me irrita”.

Mas o que a família e os amigos de Guirec acham da companhia?

“Eles acham engraçado”, diz ele. “Eles sempre souberam que eu não sou totalmente normal, de qualquer forma”.

 

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Na próxima etapa da viagem, a dupla vai navegar pelo estreito de Bering até Nome, no Alasca.

Mas e de lá?

“Ainda não temos certeza”, diz Guirec. “Ainda não falamos sobre isso, mas vamos falar”.

“Nós falamos muito”.

 

 

Biólogo brasileiro recebe prêmio “Guerreiro da Vida Selvagem” do Houston Zoo

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(por Fábio Paschoal, da National Geographic Brasil)

 

O biólogo Gabriel Massocato foi um dos vencedores do Wildlife Warriors (Guerreiros da Vida Selvagem), promovido pelo Jardim Zoológico de Houston (Houston Zoo, EUA). O prêmio reconhece os pesquisadores de destaque dos projetos apoiados pelo zoo ao redor do mundo. O pesquisador atua desde 2012 no Projeto Tatu-Canastra, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), realizado no Pantanal e Cerrado.

Gabriel Massocato um dos vencedores do prêmio Wildlife Warriors (Guerreiros da Vida Selvagem), promovido pelo Jardim Zoológico de Houston – Foto: Divulgação
Gabriel Massocato um dos vencedores do prêmio Wildlife Warriors (Guerreiros da Vida Selvagem), promovido pelo Jardim Zoológico de Houston – Foto: Divulgação

Gabriel é formado pela Universidade Federal da Grande Dourados (MS) e iniciou sua atuação em campo com um projeto de pesquisa sobre atropelamentos de vertebrados no Mato Grosso do Sul, em 2010. No projeto do Tatu Canastra, participa de ações de pesquisa no Pantanal e mais recentemente no Cerrado. O pesquisador é um dos responsáveis pelo trabalho de Ciência Cidadã, que levanta informações sobre a espécie com ajuda das comunidades locais. Como o tatu é uma espécie rara e difícil de ser encontrada, o apoio da população de pequenas cidades do estado é indispensável.

No Cerrado, um bioma amplamente fragmentado, com menos de 20% da vegetação nativa, os tatus-canastra correm reais riscos de extinção. Assim, o projeto vem mapeando a distribuição das últimas populações da espécie para criar áreas protegidas e corredores de conservação. Além disso, busca parcerias com órgãos governamentais e instituições para o desenvolvimento de atividades de educação ambiental a alunos de escolas estaduais.

“Esse é um prêmio em equipe, inspirado em todas as pessoas com quem eu trabalho e compartilho minha vida na cidade e no campo, a todas as pessoas que ficam encantadas em conhecer o raro e surpreendente Priodontes Maximus, o tatu-canastra. Hoje eu posso dizer que o tatu-canastra se tornou o meu projeto de vida, esse é o trabalho na qual eu escolhi e sou realizado profissionalmente. O prêmio, certamente, me dá ainda mais força e inspiração na luta diária por essa causa”, afirma Gabriel.

Com o prêmio, o pesquisador irá se especializar e passar uma temporada no zoológico, atuando no departamento de Educação e Conservação, e participar de um curso intensivo em inglês.

 

Homem recria foto clássica para se despedir e homenagear seu cachorro

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(do site Conexão Penedo via ANDA)

 

Gordon Delacroix e seu cachorro Birdy dividiram aventuras nos últimos 15 anos. Recentemente, ele teve que lidar com uma notícia triste. Seu cão foi diagnosticado com câncer, e não há mais muito tempo para os dois passarem juntos.

Para homenagear seu velho amigo, Gordon resolveu recriar fotos icônicas dessa amizade; ele pegou Birdy no colo e repetiu a pose feita no jardim da casa de sua avó, na Bélgica, quando ele tinha 15 e 25 anos.

“Ele pode continuar bem por mais seis meses, mas também pode adoecer novamente bem rápido, e desta vez seria a última vez”, disse Gordon.

“Meu coração fica em pedaços só de pensar uma coisa dessas, mas nós temos tantas aventuras nesse tempo todo. Eu sou grato por ele ter feito parte da minha vida”, completou.

Ao ver as fotos, dá para perceber que os dois são mesmo melhores amigos. Olha aí:

 

Fotos: Gordon Delacroix
Fotos: Gordon Delacroix

Despedida programada

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(da Revista do Correio) (fotos Zuleika de Souza/@cbfotografia)

 

O best-seller Marley e Eu, lançado em 2005 pelo jornalista norte-americano John Grogan, foi um sucesso de vendas e se manteve por 110 semanas na lista dos livros mais vendidos no Brasil. Embora a obra seja uma biografia de Grogan, todos os acontecimentos da família são narrados incluindo a perspectiva de Marley, ressaltando a importância do labrador e detalhando suas aventuras. O livro ganhou uma adaptação para o cinema em 2008 e uma das cenas mais emocionantes foi a da eutanásia do cão. Ele sofria de uma doença típica da raça: a torção de estômago. Após o procedimento, feito em uma clínica veterinária, o corpo do animal é enterrado no quintal da casa em que vivia e a família simula um funeral, com direito a cartas e desenhos feitos pelas crianças. Como qualquer processo de luto, perder um bichinho também envolve dificuldades de aceitação, saudades e medo para todos, especialmente para os cuidadores, que algumas vezes precisam tomar a difícil decisão de aliviar o sofrimento do animal e antecipar a morte dele.

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A família da empresária Samara Campos(foto), 38 anos, já passou várias vezes pela experiência de ter um pet em estado terminal. Volta e meia ela resgata algum cão e gato abandonado em estado frágil de saúde. O caso mais marcante para ela foi o da cadela Suzi. Ela partiu em 2002, depois de viver 14 anos, após desenvolver um câncer causado pela injeção de anticoncepcionais. Mesmo com a redução do tumor, a doença já havia se espalhado para o corpo todo. “A gente removeu o tumor e ela passou um mês sofrendo. Ela foi definhando porque não tinha mais jeito”, lamenta Samara. Suzi chegou em uma caixa de sapatos, após ser rejeitada pela mãe, e foi companheira fiel desde a infância da empresária. “Foi igual filha pra mim”, recorda. Justamente pela carga emocional, Samara defende que a eutanásia foi o melhor caminho para se despedir da amiga. “Você vai deixar seu filho sofrendo com câncer ou vai abreviar o sofrimento dele? Às vezes, é uma coisa sem expectativa, que precisa acabar”, argumenta.

Ela também já perdeu um fila brasileiro de 3 anos para a parvovirose, uma doença causada por um vírus que provoca, entre outras coisas, diarreia com sangue. Samara viu morrer ainda duas de suas gatas resgatadas das ruas: uma com os dois olhos perfurados e o vírus da leucemia felina, e a outra, mordida por um cachorro. A agressão danificou muitos órgãos internos da gatinha, que foi desacreditada pela veterinária. “Ela até tentou fazer alguma coisa, mas a própria medicação usada praticamente sacrificou a bichinha. Ela teve hemorragia interna”, diz. “As pessoas tinham que pensar que existe muito bicho sendo

sacrificado por irresponsabilidade. Abandonam o bicho, sem pensar o que vai ser dele amanhã, que acaba passando fome na rua. Quando chegamos para resgatar, já está doente”, explica.

Nos casos em que as doenças são mais fortes do que as soluções disponibilizadas pela medicina, uma opção pode ser abreviar o tempo restante de vida do animal, quando há excesso de dor e falta de esperanças. O veterinário Fernando Resende explica que a regra é analisar cada caso separadamente, sem generalizações. Problemas antes vistos como irreversíveis, hoje já têm soluções.

A paralisia das patas traseiras, por exemplo, já foi motivo suficiente para encurtar a vida do pet. Uma das causas mais frequentes é a displasia coxofemural, doença hereditária e degenerativa que apresenta os primeiros sintomas ainda na infância, como dificuldade de caminhar. A professora Hosana Marques, de 50 anos, sacrificou a cadela Nika na década de 1990, após o diagnóstico da doença. Na época, a displasia coxofemural tinha status de doença degenerativa sem perspectiva de melhoras e a família não foi aconselhada a seguir com os cuidados do tratamento.

Atualmente, porém, já existem empresas que desenvolvem cadeiras de roda próprias para os bichos, permitindo que eles tenham mais qualidade de vida. Além do desenvolvimento tecnológico, a própria noção de que as deficiências físicas não são totalmente incapacitantes também permitiu que os animais conquistassem o direito a uma segunda chance.

Fatores determinantes para optar pela eutanásia são a condição financeira e a disponibilidade do tutor, além da idade, da raça e do estado de saúde do animal. Quando o uso das medicações já não surte mais efeito e o bicho sofre, é dado o primeiro alerta. O procedimento geralmente é recomendado pela equipe veterinária quando não existe perspectiva de melhora ou de cura de uma condição que prejudica a qualidade de vida do animal. A decisão final, porém, sempre é do tutor. “Recomendamos que seja feito no caso do animal que não tenha condições de receber o tratamento ou o proprietário, por quaisquer motivos, não possa cuidar”, esclarece Resende.

Caso a decisão seja pela eutanásia, o procedimento jamais deve ser realizado em casa, mas sempre em uma clínica com unidade de pronto atendimento, onde os batimentos cardíacos e outros sinais vitais do animal são verificados em tempo real. Além disso, o profissional usa medicamentos específicos, que não causam sofrimento e agem no organismo de modo rápido, provocando a parada cardiorrespiratória.

 

Para uma passagem tranquila

 

Uma vez tomada a decisão, é preciso se preparar para o dia do procedimento. A psicóloga Elaine Alves, membro do Laboratório de Estudos sobre a Morte, da Universidade de São Paulo, explica que o chamado luto antecipatório é um processo que já começa antes da partida. Apesar de não amenizar a dor, o momento é importante, pois a angústia, o medo e a ansiedade mais controlados ajudam na aceitação. Outro passo importante é sempre que possível acompanhar o procedimento de eutanásia, permanecer junto do pet e “ir até o final, mesmo que seja difícil”, como a especialista define. Caso o tutor não tenha condições emocionais para encarar a passagem, deve ser feita uma despedida.

O acompanhamento com psicólogos, porém, não é essencial, mas é indicado para quem não consegue lidar com a situação e reprime os próprios sentimentos: “O luto não é doença, não precisa de terapia. A pessoa vai pra terapia porque a sociedade não está disposta a ouvir. O luto por animal é um luto não autorizado. A maioria das pessoas não entende isso e não dá valor para essa perda”, denuncia. “Falar é o tratamento. Não existe dor maior nem menor, existe a dor da pessoa que deve ser respeitada”, acrescenta.

A psicóloga ressalta também a importância de que toda a equipe veterinária, principalmente o médico, seja solidária aos tutores que estão prestes a perder um pet. “Você sente que não está sozinho, que você está sendo cuidado. É importante que o veterinário acolha esse sofrimento e esteja junto”, recomenda.

Foto Arquivo Pessoal. Paulo Henrique Vieira com sue cão Feio.
Foto Arquivo Pessoal. Paulo Henrique Vieira com sue cão Feio.

Foi o que aconteceu com a família do assistente técnico Paulo Henrique Vieira(foto), 25 anos. Há quatro meses, eles disseram adeus a Feio, um fila brasileiro de 13 anos. Feio estava com um câncer assintomático há mais de um ano, e quando a doença foi descoberta, já era tarde. O cão estava em estado terminal e nenhum tratamento foi iniciado. Foi, então, submetido a uma eutanásia. “Ele era muito grande e forte, mas na época só estava pele e osso. A gente via que ele estava mal, mas achou apenas que ele não estava comendo, nunca esperávamos o pior”, conta.

Apesar de Paulo sentir que a perda foi pior que um falecimento comum e opção pela eutanásia tenha antecipado o sofrimento, o apoio veio de quem acompanhou o drama desde o início: a veterinária. Além de explicar que a cirurgia não era garantia de cura, a profissional teve empatia pela situação. “O jeito dela foi cuidadoso. Foi amaciando a gente, nos preparando para falar. Ela foi atenciosa, jamais disse ‘precisamos matá-lo porque está morrendo’”, relembra Paulo, agradecido. Nenhum membro da família acompanhou os momentos finais de Feio, pois a veterinária orientou que traria mais sofrimento. Foi garantido a eles que o procedimento, com injeção legal, foi rápido e indolor. O corpo foi descartado pela própria clínica, com o lixo hospitalar, como é determinado pelo procedimento padrão. “Lá em casa todo mundo cuidava dele. Minha mãe e minha irmã, quando ficaram sabendo, sentiram-se muito abaladas”, conta ele.

Outra orientação para se fortalecer durante o processo é encontrar amparo na religião, principalmente no caso das pessoas radicalmente contra a eutanásia. Marta Antunes, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, explica que a doutrina espírita não sugere a prática já que o sofrimento é do corpo e não do espírito. “Qualquer ser vivo, seja humano ou animal, se está perto de morrer, procuramos deixar que a natureza siga seu curso. Não fomos nós que demos aquela vida. A eutanásia é violação do direito de viver e tentativa de se livra do próprio sofrimento em ver a situação”, afirma. A única medida prática, segundo ela, a ser tomada é o uso de medicamentos para evitar a dor, além de oferecer carinho ao bicho. O apoio é uma ferramenta importante para enfrentar as enfermidades.

Marta explica que a doutrina espírita estabelece que os bichos eutanasiados têm o mesmo destino dos demais, apesar de a passagem ser mais difícil. Ela lembra ainda que o processo piora o desconforto do animal, já que ele é capaz de sentir o que está acontecendo. “O instinto é uma lei biológica, é a sobrevivência da espécie. Ele sabe quando está sob ameaça”, diz. Ela ainda acrescenta que é preciso ter em mente que a vida continua na dimensão extrafísica, não se encerrando com a morte do corpo. Essa seria então a razão da existência de laços afetivos. Para pessoas que não acreditam em vida após a morte, superar a perda pode ser mais difícil. “Quem não acredita que a vida continua vai sofrer. Quando cremos que a vida continua, temos a esperança de nos reencontrarmos e de sabermos que está bem”, comenta. Nesses casos, um caminho possível para aliviar o luto é se doar para alguma atividade. “Canalizar pra uma causa social, humanitária, fazer o bem, porque gente de alguma maneira diminui aquele sofrimento”, recomenda. Isso seria mais eficaz do que tentar substituir o animal, por exemplo.

 

 

Negligência profissional

 

 

Os problemas enfrentados pelo akita de Estéfane Cruz, 22 anos, não foram uma fatalidade. Tudo começou quando Ryu Aka ingressou em um curso de adestramento, em 2013. A estudante conta que o animal era muito bonito e ela desejava que ele frequentasse exposições, mas, para isso, o comportamento do akita precisaria ser adaptado. O canil de onde Ryu Aka veio indicou um adestrador, cuja única informação conhecida é que morava em Sobradinho. Ele não revelava seu endereço e sempre encontrava Estéfane em algum local para buscar o cão. Quando o akita tinha 1 ano e meio de idade, a jovem notou que ele havia voltado ferido do treinamento. “O adestrador o machucou nas costas. Quando ele voltou, estava com movimento involuntário nas patas de trás”, conta.

Estéfane levou Ryu Aka em vários veterinários. Um dos profissionais ameaçou, inclusive, chamar a polícia. Apesar das tentativas insistentes da estudante, o adestrador nunca mais atendeu a suas ligações e está desaparecido desde então. Durante as consultas, foi descoberto também que Ryu Aka, fragilizado pelas agressões, tinha contraído a erlichiose, conhecida como doença do carrapato. “A gente tinha muita fé de que ia dar certo, mas quando a gente encontrou esse veterinário, ele falou que não tinha mais volta, tinha perdido os movimentos do pescoço pra baixo”, desabafa. O médico tentou aplicar uma vacina e indicar o uso de cadeira de rodas, mas, após o 11º dia de tratamento, Estéfany foi chamada para se despedir. Caso a doença alcançasse os pulmões, Ryu Aka não conseguiria mais respirar. “A gente não espera que vá perder essa parte tão importante da sua vida por um descuido de uma outra pessoa”, lamenta.

 

 

Como um ente querido

 

A jornalista Luana Rodrigues, 24 anos, despediu-se da gata Jujuba em junho de 2015. A sobrevida da bichana foi longa e razoavelmente saudável. Na época da descoberta do câncer, em 2012, ela estava prenha e teve mais duas ninhadas em seguida. Conseguiu amamentar todos os filhotes e um deles ainda vive com Luana. O primeiro veterinário consultado deu a opção pela eutanásia, mas, como a doença ainda estava controlada, a família decidiu seguir com o tratamento.

Com a progressão da doença, apareceram feridas na pele da gata, que eram tratadas com pomada. O tumor, porém, não parava de avançar e quando os machucados ficaram muito grandes Luana decidiu aliviar a dor do animal. Em novembro de 2015, aos 14 anos, Jujuba foi levada ao Centro de Zoonoses, e a equipe veterinária do local garantiu que a eutanásia poderia ser aplicada.

No mesmo dia, a gata foi preparada para o procedimento. “Não tinha mais condição. Como ela era muito velha, se a gente fizesse cirurgia seriam mínimas as melhorias”, explica Luana. A jovem é grata pelo tempo de despedida que teve durante o tratamento de Jujuba e garante que é preciso reconhecer os limites do animal. “Você vê que é igual com uma pessoa, um ente querido. Não aceita de inicio, mas depois acaba se conformando e sabendo que aquilo dali era o melhor, sem ser egoísta.

 

 

 

Depois do adeus

 

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O Memorial Jardim dos Animais, inaugurado em 2011, foi o primeiro cemitério particular para animais do Centro-Oeste e já recebeu mais de 1,2 mil corpos. A psicopedagoga Sheila Ribeiro decidiu criar o espaço depois que o kyi-leo Bigode chegou à família, há 14 anos. Bigode está vivo e saudável, mas, quando a psicopedagoga assistiu a uma reportagem de televisão falando sobre os destinos pós-morte para os pets, percebeu que não existiam opções para honrar a memória do companheiro como ela gostaria. “É nosso filho de quatro patinhas”, declara.

O cemitério fica em uma área rural, entre Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto. A fundadora do cemitério explica que executar o projeto fora da área foi uma decisão cuidadosamente pensada: “A área rural é o habitat natural deles. Tem uma visão bonita da natureza, que garante que eles estão bem guardadinhos e cuidados.”

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A equipe conta com seis membros, incluindo motorista, atendimento e gerência. São várias as possibilidades de contratação do serviço. No caso dos jazigos perpétuos, o valor chega a R$ 500 e há como adicionar o caixão de mais um animal pelo custo de R$ 250. Nos outros casos, depois de dois anos é questionado ao tutor se os restos mortais podem ir para o ossário ou se ele renovará mais dois anos no jazigo. Para os jazigos não perpétuos, a taxa é de R$ 300. O plano funerário, comprado antecipadamente, permite que o valor seja pago em três ou cinco vezes, dependendo do sepultamento escolhido. Sheila explica que essa é uma chance de maior planejamento financeiro, já que os custos com um sepultamento podem ser altos. Todas as opções exigem a taxa de manutenção anual de R$ 132, independente do número de corpos, e incluem lápide em granito, traslado do corpo, embalagem padrão e utilização da sala de velórios. Quando o tutor opta por realizar o sepultamento dias após a morte, o corpo é encaminhado para refrigeração.

Ela ainda criou o Dia de Agradecimento, sempre no primeiro sábado de outubro, ao notar que as visitas aconteciam principalmente no Dia de Finados, apesar de o local ser aberto de 9h às 16h em dias úteis. Ela ressalta ainda que o clima era de muita tristeza e esse não era o objetivo quando criou o Jardim dos Animais. Além do tradicional lanche, no Dia de Agradecimento são feitas várias atividades para celebrar as histórias de quem Sheila chama de “inquilinos”.

Ela inicia os trabalhos fazendo a oração de São Francisco de Assis, protetor dos animais, e faz discurso de apoio. Os tutores soltam bolinhas de sabão, participam de uma roda de conversa para compartilhar histórias memoráveis dos bichos e levam fotografias para o mural do estabelecimento. “Imagino que as pessoas querem falar sobre eles. Todos ficam muito emocionados em levar a foto, principalmente os idosos, para quem a perda é mais difícil”, garante. A data também ajuda em uma atividade extraoficial do Jardim dos Animais: o recebimento de doações de ração e utensílios dos falecidos para abrigos. Sheila conta que, em todos esses anos de trabalho, a maior recompensa e aprendizado é o amor incondicional. “É muito lindo ver o tanto que os animais ajudam as pessoas e saber que estou ajudando naquele momento me torna uma pessoa mais feliz.”

Outra alternativa é a cremação. Já o Paraíso Animal, criado em Sobradinho também em 2011, por Luis Felippe Lopes, em uma tentativa de garantir paz para o bicho de estimação, é especializado no serviço e também. O serviço pode ser contratado a partir de R$ 500. Muitos tutores optam pela cremação pela possibilidade de guardar as cinzas, fazer um memorial ou mesmo jogar o material no mar. Alguns órgãos públicos, como prefeituras, fazem isso gratuitamente.

Nesses casos, não é possível levar os restos mortais para casa, já que as cremações são coletivas. A medida costuma ser uma solução de saúde pública: quando o animal faleceu devido a doenças desconhecidas ou transmissíveis, como toxoplasmose e raiva, enterrar favorece o ciclo de contaminação.

 

 

O que diz a lei

Para abrir um cemitério particular, um dos documentos necessários é o licenciamento ambiental, já que enterrar corpos sem estudo do solo pode causar contaminação do local. No Distrito Federal, o órgão responsável pela emissão de licenças é a Secretaria do Meio Ambiente. O parâmetro legal para a autorização é a Política Nacional de Meio Ambiente, instituída pela Lei Federal nº 6.938/81. O serviço é regulamentado pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep).

Casa, comida e amor para dar

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(Da Revista do Correio)

 

Desde criança, Orcileni Arruda recolhia os animais na rua. Ela queria amparar e encontrar lares para os bichinhos abandonados. Até que um dia, a casa dela ficou pequena demais para tamanha generosidade. Foi então que, em 2005, decidiu procurar um espaço mais amplo e, assim, oferecer mais conforto aos cães e gatos resgatados, além de poder expandir o projeto. Nascia assim a Associação Protetora dos Animais Abrigo Flora e Fauna.

A instituição recebe qualquer animal em situação de risco que, em sua maioria, são vítimas de abandono e maus-tratos. Hoje, um total de 500 animais vivem na chácara do Gama, sendo 350 cães e 150 gatos. No entanto, devido à grande demanda, o acolhimento preferencial é dado a filhotes desamparados e a fêmeas prenhas, paridas ou idosas.

Quando o filhote chega ao abrigo, logo é encaminhado para feiras de adoção. Assim, ainda pequenos, terão mais chances de serem adotados. Os mais velhos passam por uma quarentena para criar um histórico na instituição, uma vez que não se sabe nada sobre a vida dele. O próximo passo é a vacinação e castração para que, então, eles possam ser encaminhados para novos lares.

Todos os sábados, a associação realiza uma feira de adoção. Orcileni comenta que, a partir dessas ações, muitos dos animais conseguem encontrar uma nova família. O problema, segundo ela, é que as pessoas tendem a dar preferência aos filhotes, deixando para trás os mais velhos.

Viviane Pancheri é professora de educação artística e decidiu ir a um desses mutirões com o intuito de ajudar e ter contato com os animaizinhos abandonados. “Chegando lá, vi que os cachorrinhos estavam separados em várias áreas e a que mais me chamou atenção foi a dos mais debilitados. Fui lá, e Bimba logo veio pedir carinho. Eu me apaixonei por ela e não resisti. Adotei”, conta a professora.

Bimba já foi conhecida como Dolly, uma cadelinha de 2 anos muito fraquinha, que não tinha muitas chances de encontrar um novo lar. “Ela era muito magrinha e desnutrida, precisava de uma atenção maior para se alimentar. Lutava para viver e eu pensava que ela ficaria no abrigo para sempre”, relembra Orcilene. Mas todos se enganaram, e a cadela, hoje chamada de Bimba, ganhou uma família cheia de amor e carinho.

: Abrigo Flora e Fauna/Divulgação. Nos mutirões que acontecem no último domingo de todo mês, as pessoas ajudam a dar banho nos animais abandonados.
: Abrigo Flora e Fauna/Divulgação. Nos mutirões que acontecem no último domingo de todo mês, as pessoas ajudam a dar banho nos animais abandonados.

A cadelinha já teve cinomose — doença contagiosa que pode acometer vários órgãos e levar a óbito —, além de sofrer de doença do carrapato e de uma anemia muito grave. Quando adotada, Bimba foi levada ao veterinário, passou por diversos exames e está em tratamento. Felizmente, a resposta com medicamentos está sendo muito positiva. “É legal as pessoas verem que, apesar de ser um cão adulto, ela é supereducada e não me dá trabalho nenhum. Ela é bem carinhosa, um bebezão”, derrete-se Viviane. Para ela, vale a pena se conscientizar de que os animaizinhos mais velhos também precisam de amor e anseiam por um novo lar.

Além de organizar as feiras de adoção que acontecem semanalmente, o abrigo conta com o trabalho de três funcionários, responsáveis por tarefas básicas, como alimentar os cães e os gatos, além de limpar o terreno. Orcileni ainda tem uma equipe que a auxilia na divulgação das ações da associação. Eles ainda precisam se mobilizar para buscar recursos, doação de rações, bem como estabelecer novas parcerias para manter os gastos da instituição.

O auxílio que vem de fora também é de extrema importância. “No último domingo de cada mês, estamos abertos para visitas que nos ajudam muito de diversas formas. Elas dão banho e alimentam os bichos, além de doar ração e medicamentos. Esse é o único dia em que tudo fica limpo e organizado de verdade”, alegra-se. Nessa ocasião, o Abrigo Flora e Fauna fica aberto o dia inteiro para receber qualquer um que esteja disposto a ajudar. “São pessoas muito bacanas, que realmente colocam a mão na massa. Abrimos as portas para elas possam conhecer de perto a realidade do abrigo”, comenta a fundadora.

 

Como ajudar

» Além dos dias predefinidos de visitação,

a associação tem um ponto fixo para receber qualquer tipo de doação. Fica localizado na SQS 108, ao lado do petshop Di Petti.

» A ajuda de doações de ração é essencial e faz grande diferença no dia a dia. Ali, são consumidas quase cinco toneladas de comida todos os meses.

» O abrigo também precisa de medicamentos, como vermífugos, repelentes e antipulgas, além de produtos de limpeza.

www.abrigofloraefauna.org.br

 

Eventos Pet em Brasília nesse fim de semana

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sexta

 

 

Sexta 10.06-Bazar Beneficiente Rosacruz

das 09 as 15h

SGAN 607 Norte

 

 

 

 

 

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Sábado 11.06 – Feira de Adoção Projeto São Francisco

das 10 as 15h

SIA Trecho 2, lotes 65/95

 

 

 

 

 

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Feira de adoção ATEVI

das 10 as 16h

Armazém Rural-409 Sul

 

 

 

 

 

 

sabado

 

Sábado e Domingo – Esosições, Desfile,

Feira de adoção e muito mais!

das 09 as 18h

Taguaparque-Taguatinga

 

 

 

 

 

domingo

 

Domingo 12.06-Bazar ATEVI

das 09 as 18h

SQN 214, Bl-F, Salão de festas

 

 

 

 

 

 

 

Gatinha resgatada em hotel do crack em Brasília está em abrigo esperando adoção

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Lisa, de aproximadamente 3 ou 4 meses de vida, foi resgatada por um servidor da Defesa Civil durante a desocupação do hotel invadido em Brasília, no último domingo.

A gatinha foi entregue ao Abrigo SHB, que a encaminhou ao veterinário para a realização de exames. Depois de saber o estado de saúde da gata, uma fofura de olhos azuis, o abrigo precisará de um lar definitivo ou temporário para acolhê-la. Vamos ajudar?

Para mais informações, entrar em contato com SHB (Sociedade Humanitária Brasileira).

Facebook – https://www.facebook.com/SHBAnimal/?ref=ts&fref=ts

Site – http://www.shb.org.br/