Autor: Bono Blue
(da Revista do Correio)
Pelo menos três em cada 10 residências do Distrito Federal têm cachorro, de acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas a paixão pelos animais de estimação extrapola as quatro paredes. Frequentemente, os tutores saem para passear com os pets e, não raro, marcam reuniões em áreas livres com outros donos. Além de promover a socialização entre os bichinhos, eles trocam informações sobre doenças específicas, tratamentos, dicas de veterinários. Nesse cenário, são cada vez mais frequentes os encontros de raça. Tutores de labrador, golden retriever, shih-tzu, husky siberiano e pug já promoveram eventos. No último fim de semana, buldogues ingleses estavam em peso no Parque da Cidade. Hoje, são os donos de bull terrier que estarão juntos, entre 9h e 12h, na área verde atrás do Mini Mall, na QI 9 do Lago Norte.
Ricardo Veloso, servidor público, 32 anos, é dono de Apollo, um bull terrier de 3 anos. Ele é um dos organizadores do encontro, que deve reunir, de acordo com as estimativas dos últimos, pelo menos 150 pessoas com seus animais. Desde 2009 acontecem os eventos da raça. “Prezo muito pela socialização do meu cão, não busco um cão de guarda, até porque não é o propósito dessa raça, tenho cão como pet, um membro da família”, esclarece. Segundo Ricardo, esses momentos de união dos tutores são fundamentais para que os cães aprendam a interagir mais facilmente, seja com outros cachorros, seja com as pessoas.
Além disso, no caso específico dessa raça, ajuda a quebrar estereótipos e preconceitos. Isso porque o bul terrier é tido como um cão agressivo, o que, segundo Ricardo, não é verdade. “Ele tem essa ligação quase que instantânea com as pessoas. Quem é leigo teme, mas quem conhece a raça sabe que ela é incapaz de fazer mal às pessoas que a cercam. Eles são muito devotados ao seu dono”, explica. Ele aconselha adestrar e socializar os cães dessa raça desde filhotes, para que possam conviver facilmente com outros cachorros.
A médica veterinária Lorena Nichel explica que os encontros proporcionam muitas vantagens para a saúde mental e física do animal. Além de praticarem um exercício físico brincando com outros cachorros, o estresse deles diminui. De acordo com Lorena, o número de pessoas que frequentam esses encontros tem aumentado nos últimos anos. No último fim de semana, ela esteve no encontro de buldogues ingleses, que reuniu pelo menos 30 pessoas. Os encontros de raças são normalmente organizados por meio das redes sociais. Há grupos e páginas para que os interessados possam entrar e saber mais sobre o assunto.
Lorena lembra que, apesar das campanhas pró-adoção de animais sem raça definida, o abandono também atinge os cães de raça, sobretudo quando eles adoecem ou quando não correspondem ao comportamento esperado pelo dono. Ir aos encontros é uma forma de conhecer melhor as características e o temperamento de cada tipo. Ela recomenda que as pessoas que desejem ter um animal de estimação de raça estudem os padrões antes de escolher: “Pesquisar sobre criadores da raça, se são registrados no Kennel Club, sobre a raça em si, ir ao local onde os filhotes se encontram, observar como é o manejo dos animais dentro do canil e se o canil é acompanhado por um médico veterinário”. O Kennel Club é uma entidade orientadora dos criadores, registrando ninhadas, organizando competições, entre outros serviços.
Antes de ir a um encontro
Certifique-se de que seu animal está com todas as vacinas em dia;
O cão também deve ter tomado vermífugo, de acordo com a orientação do veterinário;
Leve-o com coleira antipulga, carrapato e repelentes contra o mosquito da leishmaniose;
Evite levar cadelas no cio;
Evite levar cães agressivos.
Fonte: Lorena Nichel, veterinária.
Deficientes, pretos e com mais de 6 meses: os pets que sobram nos abrigos
(por Cristine Gentil, do Blog Mais Bichos)
Se já é difícil promover a adoção de pets saudáveis, imagine um cão ou gato com deficiência. Ciente dessa realidade, um grupo de defensores de animais lançou em São Paulo uma campanha chamada #AdoteUmPetComDeficiencia, que promove eventos de adoção e outras ações para sensibilizar as pessoas para que acolham também os animais com deficiência. Conversamos com a idealizadora da campanha, Lívia Clozel. Segundo ela, trazer a campanha também para Brasília só depende de parceria.
ENTREVISTA/LÍVIA CLOZEL
A Campanha #AdoteUmPetComDeficiencia acontece no primeiro domingo de agosto, na sede Andare S.A, localizada na Rua Fradique Coutinho, 380, em Pinheiros, São Paulo – SP, das 9h às 17h.
Arraiá, Feiras de adoção,encontro de bull terrier, esse fim de semana promete para cães e gatos. Aproveite você também para adotar um peludo. Confira!
Festa Junina e Feira de adoção PetCães e Abrigo Flora e Fauna
Sábado 23, das 10 às 17h
Col. Agricola Samambaia -Vicente Pires-chácara 135
Café da manhã no Armazém Rural
Sábado 23, 09h
Armazém Rural, 409 sul
Feira de adoção Projeto São Francisco
Sábado 23, das 10 às 15h
SIA trecho 2, lotes 65/95
Feira de adoção SHB
Sábado 23, das 10 às 13h
CLSW 103 Bl-A Ljs. 12,32,34
Feira de adoção ATEVI
Sábado 23, das 09 às 15h
PetHouse na 408 sul
Encontro Semestral de Bull Terrier
Domingo 24, das 09 as às 12h
QI-09, Lago Norte
(por Cristine Gentil, do Blog Mais Bichos)
O Brasil têm, atualmente, 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos. Dos 65 milhões de domicílios do país, 44,3% contam com pelo menos um cachorro e 17,7% pelo menos um gato, de acordo com dados do IBGE. Feita em parceria com o Centro de Pesquisa WALTHAM® – a principal autoridade científica em bem-estar e nutrição de pets – e o Professor Doutor Ricardo Dias, docente da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), a pesquisa do Ibope Inteligência pretendia estudar dois cenários: o perfil dos brasileiros que possuem animal de estimação (cães e gatos) e entender quais as barreiras para quem quer ter um.
Um dos resultados surpreendentes da pesquisa do Ibope mostra a incrível conexão do brasileiro com os bichinhos: todos os entrevistados que não possem um pet, na verdade, querem um – 90% desejam um cão e 20% um gato. O estudo mostrou que 47% dos entrevistados que não possuem pets são casados, têm, em média, 37 anos, 25% moram com filhos de até 9 anos, 57% moram em apartamento e 94% deles já tiveram um animal de estimação antes.
E por que eles não têm? Veja as barreiras mencionadas:
- 30% dizem que quando estão trabalhando, não tem ninguém em casa para cuidar dele
- 27% dizem que não tem as condições adequadas para cuidar do cão/gato como gostaria
- 18% dizem que é muito difícil achar alguém que cuide dele quando não podem
- 16% dizem que são muito caros para se manter (Médico-Veterinário, alimento…)
- 9% dizem que pets representam um compromisso total por muitos anos
Outros dados da pesquisa:
- 42% dizem que gostariam de encontrar serviços veterinários mais acessíveis
- 31% dizem que gostariam que fosse fácil levar pets em viagens
- 26% dizem que gostariam de encontrar um bom cuidador de animais
- 19% dizem que gostariam de ter acesso a bons hoteizinhos para os pets
- 16% dizem que gostariam que mais estabelecimentos aceitassem os pets
Como foi feita a pesquisa
A pesquisa foi dividida em duas etapas, sendo que a qualitativa foi feita com 13 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos, divididos em três grupos: donos de cães, donos de gatos e não possuidores – com intenção de ter um pet nos meses de janeiro e fevereiro de 2015.
A etapa quantitativa tem uma base de 900 entrevistados, sendo 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 não possuidores – com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres a partir de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal entre os dias 25 de junho a 17 de julho de 2015. A margem de erro da pesquisa é de 6 pontos percentuais por segmento e de 3 pontos percentuais no total da amostra.
(por Juliana Contaifer e Sara Campos) (fotos Edy Amaro/@cbfotografia)
Feiras de adoção, encontros de bichos, mostras de produtos pets. O fim de semana afirmou uma vocação legitimamente brasiliense: o amor pelos animais. Além de eventos para estimular o acolhimento de cães e gatos, Brasília sediou reuniões de fãs de algumas raças, além de uma grande feira de artigos para bichos. Essas iniciativas de sucesso mostram que a tendência pet se consolidou na cidade e que os brasilienses têm amor de sobra pelos animais.
Apaixonado por cães de origem britânica, o gerente de suporte Rafael Mota, de 29 anos, realizou ontem o 4ª encontro de buldogues ingleses de Brasília. Ao lado da mulher, Manoela Tavares, ele recebeu donos de animais da raça no Estacionamento 4 do Parque da Cidade. Mais de 15 pessoas se encontraram para compartilhar o amor pelos buldogues. “O que me motivou a organizar esses encontros foi a paixão pela raça”, destaca Mota, sempre interessado em trocar informações e experiências sobre os cães.
O fascínio pelo buldogue inglês começou há três anos, com a cadela Loreta, que morreu há 1 ano e meio. “Esse tipo de cachorro tem suas particularidades. O focinho achatado propricia mais dificuldades de respiração. Eles também têm um temperamento mais dependente, se comparado a outras raças. Eles requerem muita atenção”, ressalta o apaixonado por cães, que atualmente cria Ohara, Big e Ieva – os dois últimos são filhos de Loreta.
O encontro é organizado por meio de uma página do Facebook, a buldogue inglês Brasília, ferramenta de comunicação utilizada para a troca de informações, dicas de veterinários e características comportamentais. “Isso ajuda os donos a ficarem mais precavidos antes de buscar especialistas”, ressalta Mota, que planeja um novo encontro para o mês de setembro.
O jeito dócil e ao mesmo tempo desengonçado da raça sempre despertou o interesse do publicitário Daniel Silva, de 41 anos. Dono de Toro, de 1 ano e meio, ele precisou esperar ter mais condições financeiras para ter um buldogue. “É uma raça que exige cuidados maiores. Esperei o tempo certo e vi o quanto que ele pode mudar o astral de casa. Quando ele está no veterinário, percebo o quanto o espaço fica vazio”, ressalta o publicitário, que cria o cachorro com a ajuda dos filhos Manuela Bernardes, 15 anos, e Henrique Bernardes, 11. “Já participei de encontros de raças distintas e percebi que a dinâmica do buldogue é muito diferente. Acho importante que ele tenha convívio com outros cachorros da mesma raça”, observa.
A responsabilidade que envolve a criação de um animal foi um dos elementos que motivaram a turismóloga Melina Aragão, 40 anos, a ter Luke, seu primeiro buldogue inglês. Os filhos, Patrick, 4, e Noemi Pável, 6, são os responsáveis por trocar a água e a comida do cachorro. “A Noemi desce com o cachorro no prédio todos os dias. Isso cria um hábito consciente neles desde cedo”, ressalta Melina, que, assim como o marido, Vanderlei Marques, 32 anos, não pretende ter uma raça diferente em casa.
Mostra
Entre sexta e domingo, a população de Águas Claras recebeu a primeira Feira de Pets e Cultura da região, a Bichano Cult. “Ter animal em casa hoje é um tipo novo de cultura. Águas Claras é um exemplo interessante por ser uma cidade verticalizada, sem grandes jardins mas que, apesar do pouco espaço, tem essa paixão pelos bichos”, explica João Carlos Bertolucci, um dos organizadores da mostra. A região é conhecida por ter o maior número de animais domésticos per capita do Distrito Federal, quando levada em consideração a proporção de habitantes de cada região administrativa.
Montada na praça da Quadra 301, a feira contou com expositores de vários pet shops e lojas de produtos agropecuários. Também foi realizada no local uma feira de adoção de animais, organizada por protetoras independentes que levaram cerca de 30 gatos e 20 cachorros prontos para receber um novo lar. Os organizadores ofereceram ainda ponto de vacinação gratuita anti-rábica, foodtrucks, brinquedos infláveis para as crianças, palestras sobre comportamento animal, além da presença do adestrador internacional Robert Bajbouj.
“É um evento que dá vida à praça, diverte o adulto, tem espaço para as crianças e distração para os animais. Em três dias, nossa expectativa era de cinco mil pessoas visitantes. O movimento foi surpreendente e superou nossas estimativas. Apesar do calor, muita gente veio”, conta João Carlos. Além de todas as atrações, os participantes receberam amostras grátis de vários expositores.
Vacinação
O veterinário da Secretaria de Saúde Laurício Monteiro explicou que a vacina anti-rábica é uma das mais importantes do calendário dos animais por criar uma barreira imunitária e evitar que os animais fiquem doentes ou que transmitam o vírus para os humanos. “A vacina controla o ciclo da raiva urbana, que é uma das doenças mais perigosas. Em animais, é 100% letal. Em humanos, apenas sete pessoas foram curadas na história”, conta Laurício. João Carlos Bertolucci afirma que esse tipo de ação acontece com frequência em regiões mais carentes. “Recebemos animais de outros bairros próximos, como Areal e Arniqueiras, que foram imunizados. É uma feira que tem utilidade pública.”
O microempresário Camilo Marques, 60 anos, aproveitou a tarde de sábado para levar seu boston terrier Lorde, de oito meses, para se vacinar e, de quebra, conhecer a feira. “Fiquei sabendo do evento por um grupo de Whatsapp que reúne tutores de cães da raça Boston Terrier. Acho muito legal este tipo de feira porque é uma oportunidade boa de conhecer novas rações, comparar preços e receber informações sobre vitaminas e comportamento animal”, conta. Para quem perdeu a feira e a imunização gratuita, a vacinação é oferecida na Zoonose. Animais com mais de três meses e saudáveis estão aptos a receber a vacina.
Confira as fotos do Encontro de Buldogs:
(da Revista do Correio)
O Projeto Adoção São Francisco se destaca quando o assunto é o resgate de animais abandonados. A ideia surgiu em 2013. Daniela Nardelli, Ana Lúcia Vieira, Jacqueline Lourenço, Valeska Quirino, Carolina Nardelli e Lisiane Bloom, que já trabalhavam como protetoras voluntárias, perceberam que havia muitas coisas na área que não eram satisfatórias e resolveram criar seu próprio projeto. Assim, colocaram em prática a filosofia de criar laços tal qual uma família — elas se recusam a usar palavra “abrigo”.
O grupo preza pelo conforto e pela qualidade de vida dos bichos e, por isso, tenta não ultrapassar um número razoável de abrigados. Hoje, a chácara acolhe 129 animais, sendo 89 cães, 38 gatos e 2 coelhos, além dos que se encontram em lares temporários. Uma das fundadoras, Daniela Nardelli, explica que a demanda é grande. “Tudo depende muito da ocasião. Se temos capacidade de abrigar outro bichinho, fazemos na mesma hora, independentemente da situação. Em caso contrário, temos que fazer escolhas que nem sempre são fáceis”, lamenta. Por dia, a equipe recebe mais de 20 solicitações de resgate por e-mail. A preferência, porém, vai para os animais que elas próprias resgataram. Animais mais fortes, saudáveis ou de raça têm mais chances de serem adotados rapidamente. Muitos, porém, chegam doentes e precisando de cuidados especiais.
O primeiro passo após o resgate é submeter os pets a um checape veterinário. São comuns quadros de anemia, cinomose e infestação de carrapatos. Quando recebem alta, um protocolo de vacina e castração é iniciado, seguido do trabalho de socialização, decisivo para se candidatarem à adoção. “Não temos pressa para o animal ser adotado. Não queremos de forma alguma entregá-los para a primeira pessoa que aparecer. Queremos deixá-los nas mãos de quem possa oferecer ainda mais do que nós mesmas: mais amor, mais carinho, melhores condições”, enfatiza Daniela Nardelli.
A analista de benefício Andrea Fernandes(foto) conheceu o Projeto Adoção São Francisco quando começou a pesquisar sobre abrigos de animais abandonados e se encantou com a seriedade do grupo. “As meninas dão muita assistência, cuidam muito bem dos animais e isso faz diferença.” Andrea sempre teve mascotes em casa, mas se interessou pela adoção por poder ajudar os que mais precisam de um lar e por deixar de alimentar o comércio de animais que, muitas vezes, visa somente o lucro, em detrimento do bem-estar.
Primeiro, ela adotou Felícia, uma cadela que quase foi sacrificada devido ao histórico de agitação e problemas comportamentais. “Ela vivia fugindo e diziam que ela dava muito trabalho, mas deu tudo certo porque tenho dois filhos crianças, Luana e Lucas, que ajudam a cansá-la”, brinca. Pouco tempo depois, Andrea decidiu adotar um gato também. E foi assim que Valentina se juntou à família. Havia, é claro, o receio de Felícia e Valentina não se dessem bem. Para a surpresa geral, o processo de socialização entre as duas foi tranquilo e, hoje, elas não se desgrudam.
O gatinho Frederico Piu foi acolhido pelo grupo com mais três irmãos — ele era o menor e mais magrinho. A cientista política Mariana Zewe, que havia conhecido o projeto por meio de um amigo, interessou-se imediatamente. Ela já tinha outros dois gatos, Abu e Aysha, quando resolveu adotar Frederico. “Cheguei lá e ele era o mais frágil. Achávamos que ele não fosse conseguir ganhar peso, mas, quando olhei para ele, fiquei apaixonada.” Com 5 meses, o gatinho ainda precisa de acompanhamento veterinário para engordar.
“O grupo é fantástico. Eles, de fato, cuidam dos animais e se preocupam. É legal ressaltar que eles também facilitam muito o processo para quem quer adotar, pois já entregam o animal vacinado, castrado e tudo mais”, elogia Mariana. A cientista política afirma que é extremamente gratificante ter um bichinho adotado — mais ainda do que se fosse comprado —, pois a troca de amor é muito intensa. Antes de adotar, porém, é importante ter muita certeza disso: com a idade, os bichinhos ficam mais dependentes e as despesas aumentam. “Eles já têm muitas feridas na alma, então, o adotante tem que estar disposto a fazer modificações na rotina para acolher e proporcionar muita alegria”, ressalta Daniela Nardelli.
Como ajudar
Apesar de todo o afeto que é oferecido aos bichinhos, o grupo não ainda conta com colaborações fixas que ajudem nas despesas. Por mês, são usados 750kg de ração. O que viabiliza o trabalho são as rifas e bazares realizados. É possível doar ração e medicamentos nos seguintes pontos de coleta: Inforcontábil (CLS 114, Bloco C, Loja 31) e Petit Animale Águas Claras (Rua Alecrim Sul, Lote 06, Lojas 11 e 13). Para doações em dinheiro, o grupo tem uma conta bancária no Banco do Brasil, agência 3475-4, conta-corrente 33.383-2, pessoa jurídica.
Serviço
O Projeto Adoção São Francisco realiza feiras de adoção uma ou duas vezes por mês.
A próxima será em 23 de julho, na loja Petz, no Setor de Indústria e Abastecimento, das 10h às 15h.
Primeira Feira de Pets e Cultura e Águas Claras
Sábado e Domingo, das 09 às 20h
Quadra 301, Praça das Gaivotas
Av. Parque de Águas Claras
Feira de adoção da ATEVI
Sábado 16, das 09 às 15h
Armazém Rural – 409 sul
Arraiá do Projeto Adoção São Francisco
Sábado 16, das 11 às 15h
109 sul
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna I
Sábado 16, das 11 às 15h
SIA trecho 2 ao lado da Gravia
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna II
Sábado 16, das 11 às 16h
108 sul
Feira de adoção Projeto Acalanto
Sábado 16, das 09 às 17h
Rua 37 Sul – Edifício Real Celebration
Águas Claras – DF
Encontro de Buldogues
Domingo 17, das 08 às 12h
Parque da Cidade
Estacionamento em frente ao Gibão
Feira de adoção SHB
Domingo 17, das 10 às 16h
SIA Trecho 2, ao lado da Gravia.
(da RFI – As vozes do mundo via ANDA)
As duas maiores organizações de proteção de animais da França resolveram acirrar a luta contra o abandono de animais durante as férias de verão com campanhas impactantes. Uma delas, um vídeo da fundação 30 Milhões de Amigos, divulgado durante a transmissão da partida Portugal
e França, na final da Eurocopa, ultrapassou as fronteiras do país e emocionou internautas do mundo inteiro. No Facebook da ONG, o vídeo obteve mais de 12 milhões de visualizações.
Em flashback, as imagens do vídeo da 30 Milhões de Amigos mostram um cachorro dentro de um carro, que será, em seguida, abandonado em um bosque pelo tutor. Depois de deixá-lo na floresta, o homem acelera o carro, mas o animal corre atrás do veículo. Momentos depois, ele perde o controle da direção e sofre um acidente. Inconsciente, é retirado pelo cachorro do veículo, que explode. Os bombeiros chegam para prestar socorro e o animal entra na ambulância para acompanhar o tutor até o hospital. Quando retoma consciência, o homem reencontra o animal no quarto onde está internado. O lema da campanha Não ao Abandono é: “ele nunca abandonará você”.
Já a Sociedade Protetora dos Animais também pretende mobilizar a opinião pública com um vídeo em que conta a história de Jim, um cachorro abandonado cuja a luta pela vida é comparada à performance de um atleta. Enquanto o animal corre, o narrador fala que talvez essa será a última prova de sua vida, “na qual ele terá de enfrentar, sozinho, a fome, a sede e o medo”. O vídeo finaliza com Jim sendo recolhido por um agente da organização para ser levado a um refúgio da ONG. “Nunca abandone”, diz a mensagem final.
Um problema que se repete a cada verão
O abandono de animais é um grande problema durante os verões na França. Todos os anos, a época tradicional das férias dos franceses é também um período triste para os animais domésticos. Só no verão de 2015, 60 mil animais foram abandonados, uma boa parte deles na beira das estradas. Outros, em lixeiras dentro das próprias cidades, inclusive em Paris.
Os números demonstram uma trágica realidade. Cerca de 100 mil animais de companhia são abandonados todos os anos na França. O período mais crítico é o verão, quando os franceses saem de férias. A solução mais óbvia é abandonar os animais, o que acontece com muita frequência em todo o país. Só em julho de 2015, 1.255 gatos e 999 cachorros foram abandonados.
Segundo Claudine Regent, presidente da associação Clube de Defesa dos Animais, além da beira das estradas, muitos animais também são deixados pelas ruas, nas cidades. Há pouco tempo, em Paris, ela encontrou filhotes de gato dentro de uma caixa de sapato em uma lixeira, momentos antes do caminhão da coleta de lixo passar. Além disso, ela conta que como os animais adotados têm um chip de identificação. Muitos proprietários, que não querem ser responsabilizados pelo abandono, mutilam os animais para retirar o dispositivo, geralmente na orelha do animal.
Refúgios ficarão lotados durante o verão
Em entrevista à RFI, a presidente da SPA, Reha Hutin, explica que a organização tem 250 refúgios de animais na França. Elas atingirão sua capacidade máxima ao longo do verão, devido à grande quantidade de donos que desistem de cuidar de seus animais. “Muitas pessoas compram e adotam animais domésticos e, quando chega o verão, eles se dão conta de que é complicado viajar de férias com os animais ou que custa caro hospedá-lo em um hotel para animais, e aí, os abandonam”, diz.
Hutin ressalta que, na França, a lei prevê dois anos de prisão e uma multa de € 30 mil para quem abandona animais em locais públicos. “Mas não podemos controlar as pessoas. E não há punição para quem deixa os animais em refúgios só porque não os querem mais. Ainda assim, isso é um abandono e uma grave banalização da vida. O animal é um ser vivo, faz parte da família, não é um produto de consumo”, enfatiza.
Por isso, a SPA faz um trabalho de educação e acompanhamento dos donos de animais de estimação. A sociedade propõe guias em seu site e aplicativos para celulares com conselhos para as pessoas que querem sair de férias e não têm onde deixar seus animais. “Nós condenamos esses abandonos, mas também queremos propor soluções para esse problema e ajudar os animais e seus tutores”, pondera.
Educar é a solução
Para Regent, o essencial é educar as pessoas. Por isso, no começo do próximo ano letivo na França, em setembro, a organização pretende colocar em prática um projeto de conscientização das crianças nas escolas, para que a consciência sobre a importância da vida animal seja ensinada desde a escola.
Uma prova que a sensibilização através de ações e campanhas funcionam é a diminuição dos abandonos que passou, em três décadas de 400 mil por ano para 60 mil. Uma nova tendência entre os franceses é a adoção dos animais, permanente ou temporária, diretamente de associações como o Clube de Defesa dos Animais. Mas, ainda assim, ressalta Regent, a quantidade de abandonos é expressivamente maior do que a de adoções.
(da Revista do Correio)
O período de férias é complicado para os donos de animais. Se forem viajar, eles precisam tomar a difícil decisão de escolher com quem deixar os pets. A angústia é maior quando o bicho é caseiro e/ou antissocial. Por isso, os hotéis caninos têm sido muito valorizados.
Infelizmente, a estudante de publicidade Renata Souza, 23 anos, não teve uma experiência muito boa com o serviço. A cachorrinha dela, Ester, é cega e precisa de cuidados especiais. Com uma viagem marcada e sem opções, a jovem deixou a yorkshire em um hotel indicado pela clínica veterinária. O estabelecimento era espaçoso e prometia separar os cães que não se entrosassem. O problema foi de comunicação. “Eu pedia foto, informações e eles demoravam muito a responder. Eu ficava preocupada, porque via que eles ficavam on-line o tempo todo e, ainda assim, não respondiam”, reclama. Por isso, da próxima vez, Renata buscará outra solução.
No entender da veterinária Mariana Dornelas, animais com necessidades especiais demandam atendimento personalizado. “Alguns hotéis oferecem esse tipo de serviço, com monitoração dos veterinários responsáveis pelo espaço. Ainda assim, dê preferência a alguém que pode dar o máximo de atenção e conforto ao animal”, recomenda. No caso de Ester, o melhor seria contratar uma babá de bichos, que atenda em domicílio. Geralmente, as pet sitters conversam muito com os donos antes de efetivamente tomar conta das mascotes. O objetivo é mapear as rotinas da casa.
Nesse mercado, uma novidade interessante é o site e aplicativo Dog Hero. Trata-se de um serviço pago de lar temporário prestado por anfitriões cadastrados na plataforma, de funcionamento semelhante ao Airbnb.
Anfitriã em Brasília, a estudante Marina Albernaz tem dois cachorros, o Simba e a Gaia. Ela explica que, antes de aceitar hóspedes, promove um encontro para saber se os bichos vão se dar bem. Até o momento, já hospedou três cãezinhos. “Você tem total liberdade de conhecer a casa; ver onde o animal vai ficar. Eu sou muito aberta.”
Independentemente do tipo de serviço escolhido, é importante que os bichos estejam devidamente vacinados e vermifugados. “Na hora de deixar um cachorro no hotel, tem que pensar na saúde do coletivo, ou seja, o animal tem que estar em saúde perfeita, sem pulgas e sem carrapatos”, reforça a veterinária Yasmin Vilela. O hotel Brasília Park Dog, por exemplo, exige que o cartão de vacinação da mascote esteja em dia. É comum que estabelecimentos do gênero ofereçam piscina, playground e outros espaços compartilhados, de modo que a higiene precisa ser bastante rígida. Outra dica é levar o pet antes, para ele ir se habituando com o local.
Seguidas essas orientações simples, a estada tem tudo para ser tão agradável quanto uma colônia de férias. A bióloga aposentada Stella Maris sente que Saib, seu yorkshire de 12 anos, desfruta desse bem-estar. Ela conta que já deixou o animal no mesmo hotel mais de 10 vezes, com ótimos resultados. “Saib se adaptou bem. Recebe bem o dono do hotel, que vem buscá-lo. Fico tranquila em deixá-lo lá. Este ano, ficará pelo menos umas quatro temporadas”, conta.
De acordo com a veterinária Yasmin Vilela, o comportamento do cão demonstra se foi bem ou mal tratado no local em que ficou hospedado. “Cada um sabe como é a personalidade do seu pet, então é observar se os hábitos continuam os mesmos ou se houve alguma alteração; se está fazendo coisas que não fazia antes ou se parou de fazer algo”, ressalta. Eventuais mudanças podem apontar para alguma doença — o que também é preocupante, pois mostra que o hotel não foi criterioso na hora de conferir as vacinas e vermifugações.