Autor: Bono Blue
Por Renata Rusky, da Revista do Correio
A gravidez da dona é um dos principais motivos de abandono de pets. Protetores dos animais tentam conscientizar de que não é uma questão de escolha: bebê e mascote são membros da família
foto Zuleika de Souza/CB/DA Press
Quando Gabriela Marinho (foto) , 20 anos, recepcionista, engravidou, ela tinha três gatos e dois cachorros. Ao contrário do que muita gente faz, ela não os desamparou. A gravidez da dona é um dos principais motivos de abandono de animais de estimação. A falta de informação e a crença de que os bichos são portadores de doenças tornam o pet vítima do desamparo das ruas. Para Gabriela, até então, era a seus cachorros e gatos que ela tinha dedicado todo seu amor e eram eles quem ela considerava seus filhos; portanto, não fazia sentido largá-los quando estava prestes a dar à luz Ísis, hoje com 4 meses. Os cachorros, ela sentia que perceberam logo a gravidez. “Uma delas deitava na minha barriga quando ainda estava pequena e rosnava para qualquer um que chegasse perto”, conta. Ela mostrava as roupas do bebê para os dois cães, deixava que cheirassem. Mesmo assim, ainda houve ciúme no início. Os gatos não ligavam muito, mas, depois que Ísis nasceu, começaram a se interessar pelo quarto e pelo berço dela, coisa que não tinham feito antes de a pequena nascer. Ao chegar da maternidade, já não eram três gatos, já que um deles foi envenenado na rua. Gabriela, com cuidado, deixou que todos eles, cães e felinos, cheirassem Ísis para se acostumarem com a presença do novo membro da família. Mesmo o mais agressivo dos gatos não ousou fazer nada contra o bebê. Hoje, ela até já abriu mão da pequena cerca que impedia que os animais entrassem no quarto da menina. Se, além de todas as mudanças que envolvem a chegada do bebê, a família ainda tiver que lidar com o ciúme dos animais de estimação, a situação pode ser estressante. Assim como Gabriela, a ativista protetora dos animais Luisa Mell (veja box) passou por essa situação recentemente e esteve em Brasília, no Taguatinga Shopping, para dar uma palestra a respeito. Ela tenta explicar que o abandono não é necessário, muito menos uma boa solução. Com dois cachorros em casa, Luisa conta que a preparação começou antes mesmo de o filho chegar. Por considerar importante que os bichos continuassem se sentindo parte da família, ela passava horas no quarto do bebê com os dois cachorros. “Mesmo assim, após o nascimento, um deles começou a fazer cocô na porta do meu quarto”, conta Luisa. Ela conta o quanto foi cansativo, mas compara: “Irmãos mais velhos também não ficam com ciúme? É a mesma coisa e nós temos que buscar forças para lidar com isso. É um momento difícil, mas compensa”. Ela cita pesquisas que indicam que crianças que convivem com animais de estimação até o primeiro ano de vida têm menos alergias e doenças respiratórias. Então, espera que os dois vivam o suficiente para que Enzo cresça e brinque com eles. Uma voz ativa contra maus-tratos Luisa Mell ficou conhecida quando, em 2002, estreou dois programas de tevê nos quais mostrava situações de maus-tratos vividas por muitos animais de estimação no Brasil. Participava de um grupo de emergência animal que fazia resgastes toda semana. Uma das ligações recebidas pelo grupo era de ativistas acampados em frente ao Instituto Royal. Dessa forma, ela se envolveu também no resgate de cerca de 200 cachorros da raça Beagle mantidos em gaiolas e usados em testes da empresa. Atualmente, Luisa continua seu ativismo via internet e também no meio político. A ideia é sensibilizar as pessoas para o assunto e intermediar processos de adoção e achados e perdidos. Ela acredita que o Brasil já evoluiu muito na causa nos últimos 12 anos, mas ainda há bastante a ser feito. “Muita gente diz que hoje os animais são mais maltratados, quando, na verdade, é só porque antes ninguém sabia, ninguém se importava, ninguém comentava”, afirma.
Dicas de Luisa Mell Associar coisas boas à presença do bebê. Deixar que o cachorro chegue perto e cheire o bebê. Se tiver medo, afaste-o discretamente, em vez de gritar para que saia. Esforçar-se para continuar dando carinho ao cão. Colocar uma roupa usada do bebê na cama ou na casa do cão. “Eu fiz isso e, no início, meus cachorros não queriam entrar na casa deles. Com o tempo, eles se acostumaram”, conta a ativista.
Gatos também amam Embora muitos digam que gatos não gostam dos donos, mas da casa, isso não passa de falácia. “Gatos se apegam. Eles são muito sensíveis a mudanças na casa. Dividem o lugar em que moram em setores para fazer cada uma das suas coisas. Se mexer em algum deles, eles se estressam”, explica a veterinária Leila Sena, especializada em felinos. Segundo ela, a facilidade de adapatação de cachorros a mudanças e a dificuldade dos gatos são consequência da domesticação mais antiga dos primeiros. “Normalmente, eles ficam mais reclusos e, aos poucos, vão voltando ao normal e querendo cheirar o bebê”, explica Leila. Se fizerem xixi no lugar errado, no entanto, ela adverte que é melhor chamar um veterinário comportamental. Uma alternativa boa que pode ser usada antes e depois do nascimento é usar difusores de ferormônio. O cheiro dá prazer aos gatos e os deixa relaxados. “Pode colocar até no quarto do bebê”, exemplifica. Se o animal associar aquele cheiro e aquela tranquilidade ao bebê, a adaptação dele à mudança pode ser facilitada.
Quando? Domingo dia 17 de maio.
Concentração as 09h no Eixão Sul (212/112 Sul)
Saída as 09:30h com percurso de aproximadamente 1 KM.
Inscrição no local : 1 KG de ração para cães ou gatos.
Bandana para os primeiros 300 que chegarem!
Participe!
Mães de Cachorro distribuem refeição para cães sobreviventes do terremoto no Nepal
Por Marli Delucca (da Redação da ANDA)
A equipe de resgate de animais da Humane Society Internacional, que está no Nepal desde o dia 30 de abril deste ano, para oferecer ajuda emergencial depois que um terremoto de magnitude 7,8 que devastou a região, divulgou imagens de um grupo de mulheres que está alimentando os cães sobreviventes com a única comida disponível. As “mães de cachorro”, além de prepararem a refeição especial e distribuírem aos cães de rua que sobreviveram ao redor da cidade de Kathmandu, também realizaram um ritual para homenagear os cães que morreram no terremoto
Fotos Jodi Hilton/AP Images for Humane Society International
por AILIM CABRAL e LUIZ CALCAGNO,
da editoria de Cidades do Correio Braziliense
Senadores analisam, hoje, texto sobre crimes e penas para quem promove a crueldade contra os bichos. Presidentes de associações dizem que as punições têm aumentado, mas ainda são muito brandas para que a defesa seja completa.
A nova legislação veio para evitar o que ocorreu com o gato Shay, vítima de brutalidade há seis anos. O antigo dono o abandonou em uma clínica veterinária porque o animal não tinha o movimento das patas traseiras. A servidora pública Cláudia Guimarães, 53 anos, encontrou o bichano desconsolado no estabelecimento. Sensibilizada ela decidiu assumir os custos do tratamento de Shay e adotá-lo. Com algumas limitações, ele voltou a andar.
Cláudia e a filha, a estudante Marília Guimarães, 26 anos, comemoram o aumento da pena, mas acham que a legislação não será suficiente para proteger os animais. “É um avanço, mas ainda é muito pouco comparado ao que eles sofrem. Os animais não têm como se defender”, diz Marília. A jovem, no entanto, não desanima. “Cuidar de um animal resgatado é gratificante. Foi incrível ver o brilho nos olhos de Shay quando ele conseguiu pular primeira vez”.
Lilian Rockenbach, coordenadora do Movimento Crueldade Nunca Mais, está entre as que se consideram insatisfeitas com as alterações no texto original do projeto. Ela ajudou a fundar, em 2012, a organização, que, em parceria com o Fórum Nacional de Defesa e Proteção Animal, encabeça campanha para que as penas sejam aumentadas. “O texto modificado prejudicou muitos os animais, diminuiu as penas e descriminalizou condutas que haviam sido contempladas”, afirma (leia Em defesa dos bichos).
O atual governador do Mato-Grosso, Pedro Taques, foi o relator responsável, no Senado, por retirar os artigos e abrandar a nova legislação. De acordo com estudos apresentados pelo Movimento Crueldade Nunca Mais, no entanto, pessoas que maltratam bichos de alguma forma têm cinco vezes mais chances de cometer crimes semelhantes contra seres humanos. “Precisamos de uma legislação mais forte. Proteger animais e punir quem comete crimes contra eles é proteger humanos no futuro”, alerta Lilian.
Petição online iniciada pelo grupo de Lilian reúne mais de 277 mil assinaturas. Nas ruas, militantes conseguiram 80 mil. De acordo com a coordenadora, parlamentares seguem mais uma vez na contramão do que pensa a sociedade. “Ele (Pedro Taques) queria diminuir ainda mais as penas propostas, mas fizemos diversas viagens a Brasília, nos reunimos com ele e conseguimos um meio termo”, lembra.
Nova alteração
Simone Lima, presidente da Associação Protetora dos Animais do Distrito Federal (ProAnima), avalia que os senadores dilapidaram o novo texto. Ela afirma que a associação lutará para que, posteriormente, deputados alterem novamente o projeto de lei, trazendo de volta os artigos removidos. “As penas precisam ser maiores e as tipificações mais claras. Do jeito que o documento foi redigido, temos perdas substanciais. Queríamos que essas condutas ficassem mais explícitas no Código Penal, assim como são os maus-tratos contra crianças e o feminicídio, por exemplo”, critica.
A reportagem ligou para pelo menos oito gabinetes de senadores na tarde de ontem. O único que se dispôs a falar sobre o projeto foi Randolfo Rodrigues (PSol), de Macapá. “Não sei qual a razão que levou o então senador Pedro Taques a retirar esses dispositivos da lei. Sou favorável à permanência deles e a um agravamento das penas, conforme projeto já aprovado na Câmara dos Deputados. A não aprovação levaria à banalização desses crimes”, afirma. O Correio não conseguiu contato com Taques.
BRUTALIDADE
O Batalhão de Polícia Militar Ambiental recebe cerca de
60 denúncias de maus-tratos por mês. Mas o número de casos que chega a ser registrado na delegacia varia, chegando a 2 por mês. Em 2012, a Polícia Civil registrou 20 episódios de crueldade contra animais e 49 de maus-tratos
da editoria de Cidades do Correio Braziliense
A proibição de vaquejadas no Distrito Federal será discutida na próxima sexta-feira, com todos os interessados — de defensores dos animais a produtores de rodeios —, em audiência pública na Câmara Legislativa. Após liminar de fevereiro do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) suspender a realização de eventos do gênero na capital, o assunto deve voltar à pauta da sociedade, pois, além do encontro desta semana, há um Projeto de Lei (PL) no legislativo local para reconhecer a vaquejada como modalidade esportiva. Entidades ligadas aos direitos dos animais criticam os eventos e classificam como “cruel” o tratamento dado aos bichos. Juarezão (PRTB), autor do PL, por outro lado, lembra de lei federal que reconhece a prática como um esporte e alega se tratar de uma “manifestação cultural”.
Debate sobre a atividade será na sexta-feira, em audiência pública na CLDF
Foto: Junot Lacet/DB/D.A Press
Enquanto isso, peões de rodeio estão sem trabalho, assim como os produtores dos festivais. Juarezão justifica que os eventos movimentam a economia da cidade, geram emprego e reúnem a comunidade. “É um festa genuinamente brasileira, realizada tradicionalmente há mais de um século. Nos últimos anos, modernizou-se e profissionalizou-se. Hoje, ocorrem mais de mil vaquejadas no Brasil”, afirma. Além disso, cita a lei de 2011 do Congresso Nacional, sancionada pela presidência da República, que considera o peão um atleta profissional e a montaria, uma prática esportiva.
Militantes da causa animal, contudo, discordam do parlamentar. Simone Lima, da ProAnima, afirma que a vaquejada é algo “intrinsicamente cruel”. Para ela, uma atividade que envolve animais aterrorizados e puxões pelo rabo que podem levar o bicho à morte não pode ser considerada um esporte, uma vez que configura crime de maus-tratos. “Nós temos uma legislação nacional que proíbe isso, o artigo 225 da Constituição Federal determina que são vedadas práticas que submetam animais à crueldade”, argumenta.
Simone propõe um paralelo da forma com que se tratam os cães e gatos à forma de tratamento dos bezerros. “Qualquer pessoa com um pouco de sentimento se indignaria se visse o rabo de um cachorro sendo arrancado. Por que com os bezerros é diferente?”, alega. A protetora afirma que o ProAnima estará presente na audiência e reivindica espaço na mesa. Ela acrescenta que as entidades estão se mobilizando e apresentando um projeto de lei com o intuito de proibir as vaquejadas no DF. “Estamos na fase de apresentar o projeto aos deputados, para ver quais serão signatários”, completa.
“É um festa genuinamente brasileira, realizada tradicionalmente há mais de um século. Nos últimos anos, modernizou-se e profissionalizou-se”
Juarezão (PRTB), deputado distrital
“Qualquer pessoa com um pouco de sentimento se indignaria se visse o rabo de um cachorro sendo arrancado. Por que com os bezerros é diferente?”
Simone Lima, da ProAnima
da Revista do Correio,
Doenças de pele, falha na dentição e intolerância ao calor são alguns problemas de saúde que podem se manifestar em porquinhos-da-índia, chinchilas, hamsters e gerbis
Arthur Lima e Fernanda Tofoli com o porquinho da Ìndia, o Hamster e os ratos.
foto Carlos Moura/CB/DA Press
Eles são fofos. Com as patinhas miúdas, olhinhos atentos e comportamento dócil, os pequenos roedores conquistam muitos humanos. Porquinhos-da-índia, chinchilas, gerbis, camundongos e hamsters são pets cada vez mais populares. A maioria das espécies é bastante sociável, gosta de interagir e brincar, ocupa pouco espaço e não exige a dedicação de muito tempo. Mas ainda existe preconceito contra eles, principalmente em relação aos ratos, historicamente ligados a doenças e sujeira. A ideia é injustificada: os animais de estimação são saudáveis e limpos, vêm de linhagem diferente das encontradas na rua. Mas, para manter a saúde dos bichinhos, é importante ter alguns cuidados. Os donos devem ser atentos, pois esses animais costumam esconder que estão doentes. Isso ocorre porque, na natureza, eles são presas e evitam demonstrar vulnerabilidade e assim garantir mais chances de sobrevivência. A intervenção deve ser rápida pois, quando o problema é descoberto, pode ser tarde demais. O sistema respiratório e digestivo são as partes mais sensíveis, mas é na dentição que ocorrem os distúrbios mais comuns, como hipercrescimento dos dentes. “Isso pode provocar feridas na gengiva e na língua e dificuldade de alimentação”, relata o veterinário Elber Costa. A chinchila Joca, um macho de 9 anos, teve má oclusão, encaixe inadequado entre arcada dentária superior e inferior. Ele não conseguia se alimentar direito e teve perda de peso. “Eu sei quando Joca não está bem, fica em um canto da gaiola, apático e mais agressivo”, aponta a dona, Denise Matos, artesã de 50 anos. Após a extração de dois dentes, ele se recuperou com facilidade. Denise conta que se apaixonou pela espécie. “É amor à primeira vista. São dóceis, inteligentes, espertos, curiosos. Interagem muito e é superfácil de cuidar”, opina. Com o suporte adequado, a chinchila tem boa longevidade. A expectativa de vida é entre 10 e 20 anos, enquanto a maioria dos pequenos roedores vive entre 2 e 5. Denise é atenciosa com Joca. Há dois anos, ela observou que o olho dele estava inchado e o levou ao veterinário. A primeira suspeita foi conjutivite ou algum machucado. O diagnóstico foi de um abcesso por trás do olho, que provoca acúmulo de pele e pus. Sem fechar as pálpebras corretamente, o olho ficou exposto. Foi preciso fazer uma cirurgia delicada de extração do globo ocular e uso de medicação. “Hoje, ele faz as mesmas coisas de antes. O tratamento doeu mais em mim do que nele”, brinca Denise. As chinchilas são ágeis, gostam de escalar e pular. Elas têm origem na região montanhosa dos Andes, que é seca e fria, e são muito peludas. O pelo delas, infelizmente, chega a ser utilizado na fabricação de roupas e outros artigos de moda. O calor pode deixá-las estressadas, com dificuldades respiratórias e até levá-las à morte. A dica para refrescar o ambiente é bem simples: basta colocar uma garrafa com água bem gelada dentro ou próximo da gaiola. A sugestão é válida para outras espécies. Já para o gerbil, o calor tropical não é um problema. O hábitat natural dele são as regiões desérticas da Àsia, como Mongolia, China e Manchúria. O bichinho precisa de pouca água e urina em pequenas quantidades, o que reduz odores. O vendedor André Gomes, 27 anos, tem nove gerbis. Ele e a namorada começaram a criar a espécie em 2008. “Eles são tranquilos, carinhosos e independentes. Os gastos são pequenos, uns R$ 30 ou R$ 40 por mês, e é muito fácil de cuidar deles em apartamento”, descreve. André afirma que os animais são resistentes e os que apresentaram questões de saúde são apenas os mais velhos, com mais de 4 anos. André já precisou levar gerbis para a remoção de uma glândula, localizada na barriga, utilizada para demarcação de território. Nessa espécie, um problema comum é essa glândula aumentar de tamanho e inflamar. André considera uma vantagem ter um pequeno grupo de gerbis, pois eles são sociáveis e gostam de companhia. O único cuidado é separar os sexos, para evitar a reprodução descontrolada. Uma alternativa para evitar filhotes é a castração, geralmente realizada nos machos, pois o procedimento neles é mais simples do que nas fêmeas. A estudante Fernanda Tofoli, 24 anos, faz como André e deixa separados os seus 9 porquinhos da índia, que divide com o namorado. A convivência exige cuidado redobrado com a saúde. “Quando um tem problema, você precisa tratar todos”, aponta Fernanda. Ela conta que os primeiros bichinhos que comprou vieram com fungo no pelo. Os roedores estão suscetíveis a infestação de ácaros, pulgas e outros parasitas, que prejudicam a pelagem e causam incômodo. Outras três porquinhas que Fernanda adotou vieram com pneumonia e duas delas não sobreviveram. Também é preciso evitar a obesidade e colocar os roedores para se exercitar: deixá-los soltos em um ambiente seguro, se possível todos os dias, por, pelo menos, meia hora. “E sempre com supervisão, para evitar acidentes domésticos, exposição a fios elétricos e outros objetos que eles possam roer e se machucar”, aconselha a veterinária Juliana Neves. Assim como nos humanos, os exercícios físicos proporcionam vários benefícios: evitam avanço da osteoporose e sobrecarga nas articulações, proporcionam estímulo mental, dificultando que os animas fiquem entediados ou apresentem distúrbios comportamentais, entre outras vantagens. Fernanda acompanha os passeios dos animais de estimação. E eles não são poucos. Além dos 9 porquinhos da índia, ela tem três ratos twister, um hamster sírio e duas cachorras, uma labradora e uma vira-lata. Eles todos passeiam na grama da casa dela e interagem bem, sem problemas. A convivência entre diferentes espécies é mais fácil do que se imagina. Com uma rápida pesquisa na internet é possível encontrar vídeos adoráveis de ratinhos brincando com gatos e outros animais. Ainda assim, o dono não deve deixar os bichos desacompanhados enquanto brincam e é melhor colocar cada espécie em uma gaiola diferente, principalmente se elas tiverem dietas distintas. “Não dá para perder controle sobre a alimentação deles. Um porquinho da índia, que é herbívoro, pode acabar comendo comida de um rato, que é onívero, e tem a ração com traços de carne”, alerta Juliana. Também é importante pesquisar as características de cada espécie. Os hamsters são mais territorialistas e têm maior chance de brigar, ou seja, vivem melhor sozinhos. A espécie é a que tem mais filhotes. A fêmea tem um novo cio a cada quatro dias e, a cada gestação, nascem entre cinco e nove hamsters. Para comparar, a porquinha da índia completa o mesmo processo a cada 15 dias. Outros problemas comuns em roedores são constipações e diarreias— problemas geralmente reduzidos com uma alimentação rica em fibras—, sarna, micoses e gripe. Também ocorrem condições mais raras, como diabetes em hamsters e deficiências repiratórias crônicas em ratos, que interferem na expectativa de vida. Os porquinhos da índia têm deficiência de vitamina C e precisam de uma dieta rica em folhas escuras, como couve e rúcula, e até de suplementação. “A substância é importante na síntese de colágeno, e a falta dela provoca sintomas de escorbuto, como fragilidade da pele e sangramentos”, explica o veterinário Elber Costa. Ao envelhecer, os roedores ficam menos ativos, se locomovem e comem menos.
Conheça as Mabuias, as simpáticas moradoras de Fernando de Noronha (PE)
Poucos são os que saem de lá sem se apaixonar por elas. Simpáticas, as mabuias, de nome científico euprepris atlanticus, estão por toda parte de Fernando de Noronha, tornando-se símbolo da ilha para muitos visitantes – como mostram os perfis de muitos deles nas redes sociais. Esses répteis extremamente dóceis são endêmicos e, embora tenham chegado lá há mais de 500 anos, passaram por grandes adaptações até chegar ao genoma atual, só encontrado no arquipélago.
Foto: Luiz Pessoa/NE10
Não é raro vê-las próximas aos turistas, entrando em bolsas e chapéus. Mas, calma, esses animais não são nocivos. “As mabuias têm excelente convivência com o ser humano. Não são predadas pelo homem, então não o enxergam como inimigos”, explica a bióloga Maria de Lourdes Alves, que atua na administração do arquipélago. E há explicação até para o hábito, digamos, enxerido: as mabuias costumavam ser alimentadas com bolos e pães pelos visitantes. Porém, isso foi proibido por lei. Como animal selvagem, embora seja adaptada a ambientes urbanos, as mabuias são protegidas em toda a área de Noronha. Quem insiste em alimentá-las pode pagar de R$ 500 a R$ 5 mil de multa. Para os que têm coragem de matar o animal, a penalidade varia de R$ 500 a R$ 10 mil. Vivendo na natureza, as mabuias costumam comer pequenos insetos e frutos. Não têm dentes nem veneno. A reprodução desses répteis acontece geralmente de julho a janeiro, período também mais visitado na ilha. É simples: macho e fêmea acasalam, ela gera um ou dois ovos e põe dentro de cavidades de pedras, em lugares secos. Aproximadamente um mês depois, uma nova mabuia – ou duas – nasce, exatamente igual aos animais adultos. De fevereiro a junho, meses de chuva, são vistos poucos filhotes. As mabuias não só parecem lagartixas de cor escura e pintadas por bolinhas claras, mas têm uma característica das colegas do continente: a capacidade de regeneração da cauda. “É usada como defesa. Quando o animal se sente ameaçado, solta a cauda”, afirma a bióloga. Os dois principais predadores são gatos e garças. Fontes:UOLANDA
A chegada de um bebê em casa é sinônimo de felicidade e mudanças. Um novo integrante traz consigo uma nova rotina para a família. Todos precisam se adaptar à novidade, inclusive os pets. Famosa ativista em prol das causas animais, Luisa Mell ficou conhecida por travar lutas pelo direito dos bichinhos. Agora, mãe do Enzo, Luisa desembarca em Brasília, nesta sexta-feira 8 de maio, às 19:30, na Praça de Vidro, 3º piso do Taguatinga Shopping, para a palestra “Não abandone seu pet quando seu bebê chegar”.