Autor: Bono Blue
Bono Blue postou fotos de Gustavo Moreno do @cbfotografia / Correio Braziliense.
da Revista do Correio,
A experiência de dois homens que adotaram pets um pouco a contragosto, mas que, depois, se apegaram totalmente aos amigos felpudos.
José Euclides, Letícia e Toby viraram um trio inseparável: insistência da jovem valeu a pena. Foto Zuleika de Souza/CB/DAPress
“Não”. Essa foi a primeira resposta dos pais entrevistados nesta reportagem quando os filhos pediram um animal de estimação. No entanto, algo mudou. Eles cederam. Os peludos chegaram, conquistaram espaço, encantaram os donos da casa e ficaram. Após o impacto com a adaptação, os pets ganharam status de membro da família.
Foi assim no lar da estudante Letícia Viana, 17 anos. Ela tentou, por 5 anos, convencer o pai, José Euclides Andrade, 51, a ter um cachorro. O advogado sempre vetava, não queria mais um compromisso. A esposa faleceu quando a filha tinha apenas 5 anos e, desde então, ele acumulou os papéis paterno e materno.
“Achava que não daria conta de criar duas vidas. O meu ritmo de trabalho sempre foi puxado, não teria com quem dividir as responsabilidades do cachorro”, explica Euclides. Com a filha pequena, não tinha condições, mas, em 2013, ano em que Letícia debutou, precisou rever seus conceitos. A jovem estava muito triste e Euclides decidiu buscar ajuda profissional. “Fui a uma psicóloga que já tinha cuidado da Letícia na época da perda da mãe, e ela sugeriu que eu aceitasse o animal”, relembra.
O shih tzu foi “liberado” depois de uma conversa séria sobre divisão de tarefas. A adolescente pesquisou tudo: a melhor raça para viver em apartamento, o tipo de ração, os melhores preços de produtos para pet etc. “Quando fomos ver os filhotes, o Toby se destacou porque pulou no colo dela. A Letícia ficou encantada e levamos”, resume. O pai logo entendeu o conselho da terapeuta: a convivência com o animal fez bem para ele também.
O psicólogo Helio Ricardo Machado esclarece que a chegada de um animal de estimação pode despertar novos afetos. “As emoções impactam diretamente nosso comportamento. Nesse sentido, um contato próximo com os pets, combinado com o afeto emanados por eles, representa o amor incondicional. A sociedade, acostumada com relações cada vez mais pautadas pela falta de afeto espontâneo, encontra um contraponto no animal. Ele será aquele que vai gostar de você, independentemente do que você faça ou deixe de fazer.”
Passados dois anos de aprendizado entre pai, filha e o pequeno peludo, Euclides confessa que passou a ser menos duro e a externar mais seus sentimentos. Já Letícia desenvolveu tanto o senso de responsabilidade que chama o cão de filho. “Com certeza, é um filho. Na verdade, mais meu do que dela”, observa o pai, rindo.
De acordo com Helio Machado, é comum a resistência a animais estar relacionada a memórias, bem como a representações compartilhadas socialmente. “Ambas as formas de preconceber, imaginar ou temer a relação com os bichos de estimação podem ser ressignificadas a partir de uma relação real”, pontua. O servidor público Luiz Cláudio Fernandes, 53 anos, experimentou essa reviravolta. Quando o filho Matheus, hoje com 21, nasceu, os pais compraram um cão de porte médio para grande. Em certo momento, ficou inviável criar o animal no apartamento em que viviam e tiveram que se desfazer dele. “Foi uma situação difícil. Meti na minha cabeça que, para ter um cachorro, deveria ter um espaço maior. Só assim ele poderia correr e extravasar as energias”, argumenta Luiz.
A família se mudou para uma casa, mas a resistência continuou. Porém, a mulher de Luiz não desistiu e consegui convencê-lo. A experiência com a primeira boxer, Bindy, deu tão certo que, hoje em dia, eles têm mais duas cadelas: a também boxer Leleca e a vira-lata Megan. “Sem dúvida, os cachorros trouxeram muita alegria para nós três. A convivência mostrou que o espaço não precisava ser tão grande quanto eu pensava. O quintal acabou sendo suficiente”, conclui.
Para a veterinária Ana Catarina Valle, o comportamento do animal com os donos será definido no momento da chegada. Se houver qualquer resistência, o animal sente e não vai querer aproximação com aquela pessoa. Pode ocorrer, também, de o cão desenvolver um instinto de proteção em relação aos outros membros da casa ou não tolerar certas atitudes. “É importante ressaltar que tudo pode mudar no meio do caminho. Mesmo o cão mais bravo pode ser conquistado, basta cuidar e dar carinho”, aconselha.
da Revista do Correio,
Mais seletivos do que os cachorros, os gatos costumam dar preferência para alimentos e água frescos.
Os gatos de Ana Carolina se alimentam apenas de ração: atum é prêmio eventual.
foto Zuleika de Souza/CB/DA Press
Eles são manhosos até mesmo na hora de comer. A relação entre gatos e comida costuma ser complexa. “Os felinos são mais seletivos do que os cães, buscando sempre comer alimentos mais frescos, de paladar e odor agradáveis”, explica o veterinário Emanuel Quintela. Mas o comportamento varia de acordo com a personalidade de cada animal. “Gatos geralmente são mais organizados. Não gostam de comida velha e não comem qualquer coisa. Mas ainda existem alguns felinos que não se importam com isso”, explica a médica veterinária Ana Catarina Valle.
A estudante Ana Carolina Santos, 24 anos, tem cinco gatos em casa. Cada um com hábitos alimentares diferente. Nora, Mike, Guinezer, Lisa e Mona dividem a dona, mas cada um lida de forma diferente com a comida. De todos, a gatinha Nora é a mais comilona. “Ela é bem gulosa. Se deixar, come a ração dela e a dos outros. Até se a gente colocar a comida na mão ou no chão ela pega”, conta.
Nora tem 7kg e se alimenta apenas de ração e atum ao natural em ocasiões especiais. “O peixe é oferecido como prêmio às vezes”, explica Ana Carolina. A jovem afirma que nunca teve problemas para alimentar os animais. O único procedimento é trocar a ração e água pelo menos duas vezes por dia. “Eu deixo a comida a vontade o dia inteiro”, explica.
Na hora de escolher a ração, ela optou por um alimento sem conservantes e com elementos de origem animal. Ana Carolina afirma que nem quando os gatos ficam doentes param de comer. “Assim que eles escutam o barulho, vêm correndo. Preferem a comida com o cheirinho do plástico”, detalha.
Além dos cinco gatos, na casa também moram três cães da raça shih-tzu, dois rottweilers e um cachorro da raça fila brasileiro.
Gatos são animais carnívoros. “Eles gostam de comidas mais gordurosas, com mais sabor. O teor proteico é maior para os felinos do que para cães”, explica a veterinária. Por isso, não é possível oferecer apenas vegetais. “Eles não são onívoros. Tudo que os gatos precisam, eles tiram da proteína. Não tem como mudar os hábitos alimentares de um animal assim”, explica Ana Catarina Valle.
A relação dos felinos com a água também é muito meticulosa. A preferência é sempre pelo líquido fresco. Em geral, eles só bebem a água que julgam de boa qualidade. Por isso, muitas vezes, optam por ingerir a substância diretamente das torneiras ou até mesmo do chão. Em dias quentes, é ainda mais importante renovar a água oferecida. “Uma boa ideia é acrescentar cubos de gelos. Eles adoram e fica bem refrescante”, recomenda a especialista.
Segundo o veterinário Emanuel Quintela, existem no mercado saídas para o gato não perder o interesse pela água. “Há fontes que mantêm o líquido circulando, estimulando assim a ingestão de água”, afirma o veterinário Emanuel Quintela.
Para quem faz a comida do pet em casa, a alimentação deve ter tudo que ele precisa para manter energias. “Vitamina, proteína, carboidrato e minerais. Também é muito importante colocar pouco ou quase nada de sal”, explica Valle. Temperos como açafrão, alecrim e manjericão podem ser adicionados na comida do animal para dar mais sabor.
Mas é preciso atenção: alguns alimentos são tóxicos para os gatos. “Cebola e chocolate, por exemplo, estão terminantemente proibidos”, explica. Laticínios também. “A maioria dos gatos tem intolerância a lactose. Provoca vômitos e diarreias. Frutas cítricas ou com alto valor calórico devem ser evitadas da mesma forma”, explica.
Gatos geralmente comem em pequenas porções várias vezes ao dia. O importante é trocar a ração do animal para mantê-la sempre fresca. “O bicho não pode ficar longos períodos sem se alimentar. Eles também preferem comer à noite, pois, como a maioria dos felinos, são animais com hábitos noturnos”, explica.
A petsitter Alessandra Toledo, 42 anos, tem 42 gatos. Desses animais, 33 moram com ela e outros nove com a mãe. Todos os bichos comem somente ração e Alessandra garante que o melhor é investir na alimentação dos animais. “Eu prefiro gastar com a comida deles e economizar no veterinário”, explica.
Como são muitos gatos em casa, eles costuma dividir algumas vasilhas “São dois para cada potinho de comida. Como não comem na mesma hora, eles dividem numa boa”, explica. Assim como as mascotes de Ana Carolina, os animais só comem se a ração estiver fresca. A tutora dos bichanos também tem muito cuidado com a conservação da água. “Coloco sempre em potes de barro ou cerâmica. Assim, a água fica sempre geladinha, do jeito que eles gostam. Quando está muito calor, ponho pedras de gelo”, detalha Alessandra Toledo.
Cheio de manias
Para o gato persa Madox, 8 anos, a comida te que estar exatamente como ele quer. O felino só come carne vermelha e crua. “Tem que ser sempre bem fresquinha. Se passar alguns minutos do ponto, ele não aceita”, conta Neide Cavalcante, 38 anos, chef de cozinha e dona do animal.
Neide garante ter tentado dar todo tipo de ração para Madox. “Ele sempre rejeitou, desde que era bebê. Um dia, eu estava cortando carne e dei um pedaço para ele. A partir daí, não quis mais saber de outra coisa.” Mas as manias dele vão além. “Além da carne, ele também come pão com requeijão, panetone e peito de frango, mas só se tiver cortado em cubinhos”, afirma a chef de cozinha.
Apesar dos hábitos peculiares, a proprietária do pet garante que ele nunca teve nenhum problema de saúde. “Está bem gordinho, mas nunca passou mal e o pelo continua bonito”. Além de Madox, mais quatro gatos moram na casa. “Dos cinco, ele é o único com alimentação diferente. Todos comem ração. Ele também é o único macho”, conta.
Sobre o temperamento do felino, Neide garante que o animal é muito dócil com a família. “Ele é carinhoso, só fica arisco quando tem visitas em casa”, explica. O gato também dorme com a dona. “Os outros bichinhos até sobem na cama, mas ele é o único que, de fato, passa a noite comigo”, diverte-se. Com água, Madox também é muito meticuloso. “Ele gosta bem fresca e tem que ser em um balde. Nada de vasilhas”, relata.
Os especialistas destacam a importância de manter alimentos e água longe da caixa de areia. “É bom afastar os comedouros e, se possível, colocá-los em outro ambiente, pois os gatos são animais bem higiênicos e seletivos. Eles podem associar a hora de comer à hora de ir ao banheiro e, com isso, diminuir a quantidade de ingestão de ração ou até parar de comer”, alerta o veterinário Emanuel Quintela.
Deixar vasilhas limpas também é importante para o bem-estar do animal. Os utensílios devem ser limpos pelo menos duas vezes por dia. “Existem formigas, baratas, insetos. Além disso, as sobras podem fermentar com o tempo, podendo causar transtornos alimentares”, explica Quintela.
da Revista do Correio
Seu cachorro come cocô? Esse comportamento se chama coprofagia e deve ser observado com atenção pelos donos.
Ilustração: Gomez
O veterinário cita ainda a presença de agentes causadores de zoonoses, doenças transmitidas para os seres humanos no contato com animais. Exemplo é o protozoário giárdia, que prejudica as funções do intestino. O sintoma mais comum é a diarreia. Agora, se o pet comer os próprios excrementos, não há grandes riscos, desde que ele esteja com as vacinas em dia.
Mais importante é observar se o estranho hábito é consequência de outros problemas, de ordem física ou comportamental. “Deve-se tentar entender o motivo, fazer uma análise do ambiente e uma avaliação clínica. Enfim, verificar se tem alguma patologia envolvida”, afirma o veterinário Otaviano Oliveira.
O cachorro de Jaciane Dutra, 30 anos, apresentou coprofagia. A técnica de engenharia clínica acredita que o problema ocorreu por causa de estresse e necessidade de chamar atenção. Ela conta que Fidel, um cão de pequeno porte e sem raça definida, costumava ter a companhia da mãe dele, mas ficou apenas com a irmã depois de Jaciane se mudar de Goiás para Brasília. E a irmã de Fidel, que era menor e mais dócil, tinha maior proximidade com os donos. “Foi difícil para ele. No começo da mudança, ele ficava com a cara toda suja de cocô. E ainda sujava a casa”, descreve Jaciane. A solução foi simples. “Nós ficamos mais presentes: começamos a sair mais com ele, a dar mais carinho.”
O veterinário Roberto Prista destaca que os motivos são variados e podem estar interligados. “Pode ser má digestão, estresse, necessidade de atenção ou simples curiosidade”, cita. Ele explica que as mascotes, eventualmente, ingerem fezes como uma forma de obter determinados nutrientes. Possíveis causas: deficiência na produção de enzimas digestivas, verminoses, consumo de ração de baixa qualidade e acesso a comida poucas vezes ao dia.
Segundo o especialista, o animal que faz poucas refeições chega com muita ansiedade à ração, alimenta-se com rapidez e, por isso, não consegue digerir bem. “Estudos mostraram que é melhor os cães se alimentarem mais vezes ao dia. Eu indico pelo menos três refeições diárias.” Prista também recomenda rações do tipo superpremium, com maior teor de nutrientes.
Outra causa apontada pelo veterinário é o medo de ser repreendido ao defecar no lugar errado. O cachorro come as fezes para escondê-las ou na tentativa de levá-las para outro local. “Ao ensinar, o ideal é agir com voz de comando, mudar o tom da voz, ser sério e usar palavras curtas, como ‘senta’. O proprietário não deve agir com violência, como esfregar o focinho”, aconselha. Nesses casos, uma opção é usar produtos específicos, capazes de estimular o cachorro a fazer suas necessidades no local apropriado.
Cadelas com filhotes frequentemente apresentam coprofagia. Roberto Prista diz que essa é uma herança ancestral, dos lobos. “É uma forma de higienização. Elas ingerem as fezes e a urina dos filhotes para os predadores não sentirem o cheiro.” O veterinário Otaviano Oliveira aponta que o comportamento também pode ocorrer nos filhotes. “Na fase inicial da vida, é uma forma de brincadeira, de curiosidade”, tranquiliza. As fezes de outros animais, como gatos, também despertam a atenção dos cães.
Antes de procurar ajuda profissional, vale a pena o dono rever a higiene da casa. A coprofagia pode ser uma forma de limpar o ambiente, se ele estiver muito sujo ou se o “banheiro” estiver próximo da comida. “Cachorro não gosta de ter fezes e urina no local onde come e dorme”, afirma Otaviano Oliveira. O veterinário reforça o peso do aspecto comportamental. “O pet se esfrega nas fezes para chamar atenção, para que outros cães o cheirem”, descreve.
Diante de tantas causas, nem sempre é fácil obter um diagnóstico exato. “Às vezes o dono não tem sensibilidade para saber qual é o motivo real e fica difícil identificar o foco”, comenta Roberto Prista. No entanto, o tratamento costuma ser simples. O mais comum é o uso de um medicamento que age no sistema digestivo e modifica o sabor das fezes, tornando-as desagradáveis para os cães. Mas, dependendo do caso, pode ser preciso a ajuda de um adestrador e o aumento da prática de exercícios físicos, entre outros estímulos.
A coprofagia é mais observada em raças pequenas, como shih-tzu, yorkshire e lhasa-apso. Gatos também podem apresentar o problema. Em roedores, como hamsters e chinchilas, o comportamento é normal e importante para o correta digestão dos alimentos.
Possíveis causas:
Necessidade de atenção;
Estresse;
Simples curiosidade;
Deficiências na produção de enzimas digestivas;
Verminoses;
Consumo de ração de baixa qualidade;
Realização de poucas refeições ao dia.
Para mudar o comportamento:
Uso de medicamento para alterar o sabor das fezes;
Acompanhamento de um adestrador;
Aumentar a distância entre o local de refeições e o “banheiro”;
Durante os passeios, não deixar o cachorro ter contato com fezes
por Ailim Cabral, da Revista do Correio
Diante da baixa umidade registrada no inverno candango, os donos de pets precisam ficar atentos. A regra de ouro para os humanos é a mesma para felinos e caninos: reforçar o consumo de líquidos
Cilmara Bezerra e a mascote Maia: a cadelinha tem problemas dermatológicos a cada estação seca. Foto Zuleika de Souza/CB/DA Press
Presidente da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais do Distrito Federal (Anclivepa-DF), Bruno Alvarenga dos Santos explica que os gatos costumam beber menos água que os cães e precisam de um estímulo maior. Uma dica é ligar uma torneira ou mangueira e oferecer água corrente aos bichanos nos momentos mais secos do dia.
O especialista também recomenda que a alimentação dos animais tenha mais elementos pastosos e líquidos. “Além de alimentar cães e gatos com aquelas pastinhas, podemos fazer picolés com elas, para os dias mais quentes. É só misturar o alimento com água e colocar nas forminhas de gelo. Além de eles comerem mais e melhor, divertem-se e fogem um pouco da prostração”, diz Bruno.
De acordo com Josélio Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, é preciso ter um cuidado extra com as mascotes de pequeno porte. “Elas costumam ingerir uma quantidade menor de líquidos e podem sofrer desidratação se não houver a ingestão reforçada nesta época, em que Brasília tem a umidade relativa do ar muito baixa”, reforça. Os idosos e os filhotes também fazem do grupo de risco.
A auxiliar de veterinária Cilmara Bezerra, 38 anos, abriga 44 gatos e 13 cachorros e conta ter cuidados especiais com todos eles durante o período da seca. “Sempre coloco gelo na água deles: além do frescor, eles fazem disso uma brincadeira. Também coloco soro fisiológico no focinho e nos olhos dos cachorros, e faço nebulização quando eles têm dificuldade para respirar”, detalha.
Cilmara oferece lar temporário para muitos bichos. Como protetora, tenta proporcionar os mesmos cuidados dispensados a crianças pequenas. Nessa triagem, encaminha os doentinhos ao veterinário. Esse é o caso de Maia, uma vira-lata de 2 anos que apresenta problemas de pele toda vez que a umidade baixa.
Maia tem feridinhas pelo corpo causadas pela desidratação. Apesar de usar um xampu especial e protetor solar, os machucados sempre reaparecem nesta época do ano. “Os veterinários passam remédios e dicas para amenizar, mas não tem jeito. É só a estiagem chegar que ela começa a ter tudo de novo”, afirma.
Alguns animais mais sensíveis podem apresentar condições mais sérias. Olhos secos e vermelhos, sangramentos no focinho, e problemas de pele como o de Maia não são resolvidos apenas com a ingestão de líquidos. Não hesite em levar os amiguinhos ao veterinário. “Além das visitas de rotina, os donos devem procurar também profissionais especializados, como veterinários oftalmologistas e dermatologistas”, completa Bruno.
O período mais seco, além de todos os problemas já citados, traz mais um perigo: a proliferação de parasitas. Portanto, o controle de pulgas e carrapatos não pode ser deixado de lado.
Dicas:
Oferecer água fresca aos pets. No caso dos cães, é interessante congelar água dentro da vasilha para que ela fique fria por mais tempo. Para os gatos, vale comprar uma fonte de água corrente ou deixar uma torneira da casa gotejando.
Preparar picolés para os pets. Eles podem ser feitos com frutas, legumes e pastinhas de ração.
Escolha bem os horários de passeio. Prefira o início da manhã e o fim da tarde. Nada de expor a mascote ao sol a pino.
Invista em banhos de piscina (cuidado com a quantidade de cloro) ou no lago. Os banhos no pet shop não são a mesma coisa, pois o xampu e o sabão removem a oleosidade protetora da pele e dos pelos. Banho de verdade, no máximo uma vez por semana.
Experimente borrifar água nos cachorros ao longo do dia. Os gatos não gostam desse carinho!
Coleiras e remédios que repelem carrapatos e pulgas não podem faltar neste período do ano.