Autor: Bono Blue
(da Revista do Correio) (fotos Zuleika de Souza/@cbfotografia)
O best-seller Marley e Eu, lançado em 2005 pelo jornalista norte-americano John Grogan, foi um sucesso de vendas e se manteve por 110 semanas na lista dos livros mais vendidos no Brasil. Embora a obra seja uma biografia de Grogan, todos os acontecimentos da família são narrados incluindo a perspectiva de Marley, ressaltando a importância do labrador e detalhando suas aventuras. O livro ganhou uma adaptação para o cinema em 2008 e uma das cenas mais emocionantes foi a da eutanásia do cão. Ele sofria de uma doença típica da raça: a torção de estômago. Após o procedimento, feito em uma clínica veterinária, o corpo do animal é enterrado no quintal da casa em que vivia e a família simula um funeral, com direito a cartas e desenhos feitos pelas crianças. Como qualquer processo de luto, perder um bichinho também envolve dificuldades de aceitação, saudades e medo para todos, especialmente para os cuidadores, que algumas vezes precisam tomar a difícil decisão de aliviar o sofrimento do animal e antecipar a morte dele.
A família da empresária Samara Campos(foto), 38 anos, já passou várias vezes pela experiência de ter um pet em estado terminal. Volta e meia ela resgata algum cão e gato abandonado em estado frágil de saúde. O caso mais marcante para ela foi o da cadela Suzi. Ela partiu em 2002, depois de viver 14 anos, após desenvolver um câncer causado pela injeção de anticoncepcionais. Mesmo com a redução do tumor, a doença já havia se espalhado para o corpo todo. “A gente removeu o tumor e ela passou um mês sofrendo. Ela foi definhando porque não tinha mais jeito”, lamenta Samara. Suzi chegou em uma caixa de sapatos, após ser rejeitada pela mãe, e foi companheira fiel desde a infância da empresária. “Foi igual filha pra mim”, recorda. Justamente pela carga emocional, Samara defende que a eutanásia foi o melhor caminho para se despedir da amiga. “Você vai deixar seu filho sofrendo com câncer ou vai abreviar o sofrimento dele? Às vezes, é uma coisa sem expectativa, que precisa acabar”, argumenta.
Ela também já perdeu um fila brasileiro de 3 anos para a parvovirose, uma doença causada por um vírus que provoca, entre outras coisas, diarreia com sangue. Samara viu morrer ainda duas de suas gatas resgatadas das ruas: uma com os dois olhos perfurados e o vírus da leucemia felina, e a outra, mordida por um cachorro. A agressão danificou muitos órgãos internos da gatinha, que foi desacreditada pela veterinária. “Ela até tentou fazer alguma coisa, mas a própria medicação usada praticamente sacrificou a bichinha. Ela teve hemorragia interna”, diz. “As pessoas tinham que pensar que existe muito bicho sendo
sacrificado por irresponsabilidade. Abandonam o bicho, sem pensar o que vai ser dele amanhã, que acaba passando fome na rua. Quando chegamos para resgatar, já está doente”, explica.
Nos casos em que as doenças são mais fortes do que as soluções disponibilizadas pela medicina, uma opção pode ser abreviar o tempo restante de vida do animal, quando há excesso de dor e falta de esperanças. O veterinário Fernando Resende explica que a regra é analisar cada caso separadamente, sem generalizações. Problemas antes vistos como irreversíveis, hoje já têm soluções.
A paralisia das patas traseiras, por exemplo, já foi motivo suficiente para encurtar a vida do pet. Uma das causas mais frequentes é a displasia coxofemural, doença hereditária e degenerativa que apresenta os primeiros sintomas ainda na infância, como dificuldade de caminhar. A professora Hosana Marques, de 50 anos, sacrificou a cadela Nika na década de 1990, após o diagnóstico da doença. Na época, a displasia coxofemural tinha status de doença degenerativa sem perspectiva de melhoras e a família não foi aconselhada a seguir com os cuidados do tratamento.
Atualmente, porém, já existem empresas que desenvolvem cadeiras de roda próprias para os bichos, permitindo que eles tenham mais qualidade de vida. Além do desenvolvimento tecnológico, a própria noção de que as deficiências físicas não são totalmente incapacitantes também permitiu que os animais conquistassem o direito a uma segunda chance.
Fatores determinantes para optar pela eutanásia são a condição financeira e a disponibilidade do tutor, além da idade, da raça e do estado de saúde do animal. Quando o uso das medicações já não surte mais efeito e o bicho sofre, é dado o primeiro alerta. O procedimento geralmente é recomendado pela equipe veterinária quando não existe perspectiva de melhora ou de cura de uma condição que prejudica a qualidade de vida do animal. A decisão final, porém, sempre é do tutor. “Recomendamos que seja feito no caso do animal que não tenha condições de receber o tratamento ou o proprietário, por quaisquer motivos, não possa cuidar”, esclarece Resende.
Caso a decisão seja pela eutanásia, o procedimento jamais deve ser realizado em casa, mas sempre em uma clínica com unidade de pronto atendimento, onde os batimentos cardíacos e outros sinais vitais do animal são verificados em tempo real. Além disso, o profissional usa medicamentos específicos, que não causam sofrimento e agem no organismo de modo rápido, provocando a parada cardiorrespiratória.
Para uma passagem tranquila
Uma vez tomada a decisão, é preciso se preparar para o dia do procedimento. A psicóloga Elaine Alves, membro do Laboratório de Estudos sobre a Morte, da Universidade de São Paulo, explica que o chamado luto antecipatório é um processo que já começa antes da partida. Apesar de não amenizar a dor, o momento é importante, pois a angústia, o medo e a ansiedade mais controlados ajudam na aceitação. Outro passo importante é sempre que possível acompanhar o procedimento de eutanásia, permanecer junto do pet e “ir até o final, mesmo que seja difícil”, como a especialista define. Caso o tutor não tenha condições emocionais para encarar a passagem, deve ser feita uma despedida.
O acompanhamento com psicólogos, porém, não é essencial, mas é indicado para quem não consegue lidar com a situação e reprime os próprios sentimentos: “O luto não é doença, não precisa de terapia. A pessoa vai pra terapia porque a sociedade não está disposta a ouvir. O luto por animal é um luto não autorizado. A maioria das pessoas não entende isso e não dá valor para essa perda”, denuncia. “Falar é o tratamento. Não existe dor maior nem menor, existe a dor da pessoa que deve ser respeitada”, acrescenta.
A psicóloga ressalta também a importância de que toda a equipe veterinária, principalmente o médico, seja solidária aos tutores que estão prestes a perder um pet. “Você sente que não está sozinho, que você está sendo cuidado. É importante que o veterinário acolha esse sofrimento e esteja junto”, recomenda.
Foi o que aconteceu com a família do assistente técnico Paulo Henrique Vieira(foto), 25 anos. Há quatro meses, eles disseram adeus a Feio, um fila brasileiro de 13 anos. Feio estava com um câncer assintomático há mais de um ano, e quando a doença foi descoberta, já era tarde. O cão estava em estado terminal e nenhum tratamento foi iniciado. Foi, então, submetido a uma eutanásia. “Ele era muito grande e forte, mas na época só estava pele e osso. A gente via que ele estava mal, mas achou apenas que ele não estava comendo, nunca esperávamos o pior”, conta.
Apesar de Paulo sentir que a perda foi pior que um falecimento comum e opção pela eutanásia tenha antecipado o sofrimento, o apoio veio de quem acompanhou o drama desde o início: a veterinária. Além de explicar que a cirurgia não era garantia de cura, a profissional teve empatia pela situação. “O jeito dela foi cuidadoso. Foi amaciando a gente, nos preparando para falar. Ela foi atenciosa, jamais disse ‘precisamos matá-lo porque está morrendo’”, relembra Paulo, agradecido. Nenhum membro da família acompanhou os momentos finais de Feio, pois a veterinária orientou que traria mais sofrimento. Foi garantido a eles que o procedimento, com injeção legal, foi rápido e indolor. O corpo foi descartado pela própria clínica, com o lixo hospitalar, como é determinado pelo procedimento padrão. “Lá em casa todo mundo cuidava dele. Minha mãe e minha irmã, quando ficaram sabendo, sentiram-se muito abaladas”, conta ele.
Outra orientação para se fortalecer durante o processo é encontrar amparo na religião, principalmente no caso das pessoas radicalmente contra a eutanásia. Marta Antunes, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, explica que a doutrina espírita não sugere a prática já que o sofrimento é do corpo e não do espírito. “Qualquer ser vivo, seja humano ou animal, se está perto de morrer, procuramos deixar que a natureza siga seu curso. Não fomos nós que demos aquela vida. A eutanásia é violação do direito de viver e tentativa de se livra do próprio sofrimento em ver a situação”, afirma. A única medida prática, segundo ela, a ser tomada é o uso de medicamentos para evitar a dor, além de oferecer carinho ao bicho. O apoio é uma ferramenta importante para enfrentar as enfermidades.
Marta explica que a doutrina espírita estabelece que os bichos eutanasiados têm o mesmo destino dos demais, apesar de a passagem ser mais difícil. Ela lembra ainda que o processo piora o desconforto do animal, já que ele é capaz de sentir o que está acontecendo. “O instinto é uma lei biológica, é a sobrevivência da espécie. Ele sabe quando está sob ameaça”, diz. Ela ainda acrescenta que é preciso ter em mente que a vida continua na dimensão extrafísica, não se encerrando com a morte do corpo. Essa seria então a razão da existência de laços afetivos. Para pessoas que não acreditam em vida após a morte, superar a perda pode ser mais difícil. “Quem não acredita que a vida continua vai sofrer. Quando cremos que a vida continua, temos a esperança de nos reencontrarmos e de sabermos que está bem”, comenta. Nesses casos, um caminho possível para aliviar o luto é se doar para alguma atividade. “Canalizar pra uma causa social, humanitária, fazer o bem, porque gente de alguma maneira diminui aquele sofrimento”, recomenda. Isso seria mais eficaz do que tentar substituir o animal, por exemplo.
Negligência profissional
Os problemas enfrentados pelo akita de Estéfane Cruz, 22 anos, não foram uma fatalidade. Tudo começou quando Ryu Aka ingressou em um curso de adestramento, em 2013. A estudante conta que o animal era muito bonito e ela desejava que ele frequentasse exposições, mas, para isso, o comportamento do akita precisaria ser adaptado. O canil de onde Ryu Aka veio indicou um adestrador, cuja única informação conhecida é que morava em Sobradinho. Ele não revelava seu endereço e sempre encontrava Estéfane em algum local para buscar o cão. Quando o akita tinha 1 ano e meio de idade, a jovem notou que ele havia voltado ferido do treinamento. “O adestrador o machucou nas costas. Quando ele voltou, estava com movimento involuntário nas patas de trás”, conta.
Estéfane levou Ryu Aka em vários veterinários. Um dos profissionais ameaçou, inclusive, chamar a polícia. Apesar das tentativas insistentes da estudante, o adestrador nunca mais atendeu a suas ligações e está desaparecido desde então. Durante as consultas, foi descoberto também que Ryu Aka, fragilizado pelas agressões, tinha contraído a erlichiose, conhecida como doença do carrapato. “A gente tinha muita fé de que ia dar certo, mas quando a gente encontrou esse veterinário, ele falou que não tinha mais volta, tinha perdido os movimentos do pescoço pra baixo”, desabafa. O médico tentou aplicar uma vacina e indicar o uso de cadeira de rodas, mas, após o 11º dia de tratamento, Estéfany foi chamada para se despedir. Caso a doença alcançasse os pulmões, Ryu Aka não conseguiria mais respirar. “A gente não espera que vá perder essa parte tão importante da sua vida por um descuido de uma outra pessoa”, lamenta.
Como um ente querido
A jornalista Luana Rodrigues, 24 anos, despediu-se da gata Jujuba em junho de 2015. A sobrevida da bichana foi longa e razoavelmente saudável. Na época da descoberta do câncer, em 2012, ela estava prenha e teve mais duas ninhadas em seguida. Conseguiu amamentar todos os filhotes e um deles ainda vive com Luana. O primeiro veterinário consultado deu a opção pela eutanásia, mas, como a doença ainda estava controlada, a família decidiu seguir com o tratamento.
Com a progressão da doença, apareceram feridas na pele da gata, que eram tratadas com pomada. O tumor, porém, não parava de avançar e quando os machucados ficaram muito grandes Luana decidiu aliviar a dor do animal. Em novembro de 2015, aos 14 anos, Jujuba foi levada ao Centro de Zoonoses, e a equipe veterinária do local garantiu que a eutanásia poderia ser aplicada.
No mesmo dia, a gata foi preparada para o procedimento. “Não tinha mais condição. Como ela era muito velha, se a gente fizesse cirurgia seriam mínimas as melhorias”, explica Luana. A jovem é grata pelo tempo de despedida que teve durante o tratamento de Jujuba e garante que é preciso reconhecer os limites do animal. “Você vê que é igual com uma pessoa, um ente querido. Não aceita de inicio, mas depois acaba se conformando e sabendo que aquilo dali era o melhor, sem ser egoísta.
Depois do adeus
O Memorial Jardim dos Animais, inaugurado em 2011, foi o primeiro cemitério particular para animais do Centro-Oeste e já recebeu mais de 1,2 mil corpos. A psicopedagoga Sheila Ribeiro decidiu criar o espaço depois que o kyi-leo Bigode chegou à família, há 14 anos. Bigode está vivo e saudável, mas, quando a psicopedagoga assistiu a uma reportagem de televisão falando sobre os destinos pós-morte para os pets, percebeu que não existiam opções para honrar a memória do companheiro como ela gostaria. “É nosso filho de quatro patinhas”, declara.
O cemitério fica em uma área rural, entre Águas Lindas de Goiás e Santo Antônio do Descoberto. A fundadora do cemitério explica que executar o projeto fora da área foi uma decisão cuidadosamente pensada: “A área rural é o habitat natural deles. Tem uma visão bonita da natureza, que garante que eles estão bem guardadinhos e cuidados.”
A equipe conta com seis membros, incluindo motorista, atendimento e gerência. São várias as possibilidades de contratação do serviço. No caso dos jazigos perpétuos, o valor chega a R$ 500 e há como adicionar o caixão de mais um animal pelo custo de R$ 250. Nos outros casos, depois de dois anos é questionado ao tutor se os restos mortais podem ir para o ossário ou se ele renovará mais dois anos no jazigo. Para os jazigos não perpétuos, a taxa é de R$ 300. O plano funerário, comprado antecipadamente, permite que o valor seja pago em três ou cinco vezes, dependendo do sepultamento escolhido. Sheila explica que essa é uma chance de maior planejamento financeiro, já que os custos com um sepultamento podem ser altos. Todas as opções exigem a taxa de manutenção anual de R$ 132, independente do número de corpos, e incluem lápide em granito, traslado do corpo, embalagem padrão e utilização da sala de velórios. Quando o tutor opta por realizar o sepultamento dias após a morte, o corpo é encaminhado para refrigeração.
Ela ainda criou o Dia de Agradecimento, sempre no primeiro sábado de outubro, ao notar que as visitas aconteciam principalmente no Dia de Finados, apesar de o local ser aberto de 9h às 16h em dias úteis. Ela ressalta ainda que o clima era de muita tristeza e esse não era o objetivo quando criou o Jardim dos Animais. Além do tradicional lanche, no Dia de Agradecimento são feitas várias atividades para celebrar as histórias de quem Sheila chama de “inquilinos”.
Ela inicia os trabalhos fazendo a oração de São Francisco de Assis, protetor dos animais, e faz discurso de apoio. Os tutores soltam bolinhas de sabão, participam de uma roda de conversa para compartilhar histórias memoráveis dos bichos e levam fotografias para o mural do estabelecimento. “Imagino que as pessoas querem falar sobre eles. Todos ficam muito emocionados em levar a foto, principalmente os idosos, para quem a perda é mais difícil”, garante. A data também ajuda em uma atividade extraoficial do Jardim dos Animais: o recebimento de doações de ração e utensílios dos falecidos para abrigos. Sheila conta que, em todos esses anos de trabalho, a maior recompensa e aprendizado é o amor incondicional. “É muito lindo ver o tanto que os animais ajudam as pessoas e saber que estou ajudando naquele momento me torna uma pessoa mais feliz.”
Outra alternativa é a cremação. Já o Paraíso Animal, criado em Sobradinho também em 2011, por Luis Felippe Lopes, em uma tentativa de garantir paz para o bicho de estimação, é especializado no serviço e também. O serviço pode ser contratado a partir de R$ 500. Muitos tutores optam pela cremação pela possibilidade de guardar as cinzas, fazer um memorial ou mesmo jogar o material no mar. Alguns órgãos públicos, como prefeituras, fazem isso gratuitamente.
Nesses casos, não é possível levar os restos mortais para casa, já que as cremações são coletivas. A medida costuma ser uma solução de saúde pública: quando o animal faleceu devido a doenças desconhecidas ou transmissíveis, como toxoplasmose e raiva, enterrar favorece o ciclo de contaminação.
O que diz a lei
Para abrir um cemitério particular, um dos documentos necessários é o licenciamento ambiental, já que enterrar corpos sem estudo do solo pode causar contaminação do local. No Distrito Federal, o órgão responsável pela emissão de licenças é a Secretaria do Meio Ambiente. O parâmetro legal para a autorização é a Política Nacional de Meio Ambiente, instituída pela Lei Federal nº 6.938/81. O serviço é regulamentado pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep).
(Da Revista do Correio)
Desde criança, Orcileni Arruda recolhia os animais na rua. Ela queria amparar e encontrar lares para os bichinhos abandonados. Até que um dia, a casa dela ficou pequena demais para tamanha generosidade. Foi então que, em 2005, decidiu procurar um espaço mais amplo e, assim, oferecer mais conforto aos cães e gatos resgatados, além de poder expandir o projeto. Nascia assim a Associação Protetora dos Animais Abrigo Flora e Fauna.
A instituição recebe qualquer animal em situação de risco que, em sua maioria, são vítimas de abandono e maus-tratos. Hoje, um total de 500 animais vivem na chácara do Gama, sendo 350 cães e 150 gatos. No entanto, devido à grande demanda, o acolhimento preferencial é dado a filhotes desamparados e a fêmeas prenhas, paridas ou idosas.
Quando o filhote chega ao abrigo, logo é encaminhado para feiras de adoção. Assim, ainda pequenos, terão mais chances de serem adotados. Os mais velhos passam por uma quarentena para criar um histórico na instituição, uma vez que não se sabe nada sobre a vida dele. O próximo passo é a vacinação e castração para que, então, eles possam ser encaminhados para novos lares.
Todos os sábados, a associação realiza uma feira de adoção. Orcileni comenta que, a partir dessas ações, muitos dos animais conseguem encontrar uma nova família. O problema, segundo ela, é que as pessoas tendem a dar preferência aos filhotes, deixando para trás os mais velhos.
Viviane Pancheri é professora de educação artística e decidiu ir a um desses mutirões com o intuito de ajudar e ter contato com os animaizinhos abandonados. “Chegando lá, vi que os cachorrinhos estavam separados em várias áreas e a que mais me chamou atenção foi a dos mais debilitados. Fui lá, e Bimba logo veio pedir carinho. Eu me apaixonei por ela e não resisti. Adotei”, conta a professora.
Bimba já foi conhecida como Dolly, uma cadelinha de 2 anos muito fraquinha, que não tinha muitas chances de encontrar um novo lar. “Ela era muito magrinha e desnutrida, precisava de uma atenção maior para se alimentar. Lutava para viver e eu pensava que ela ficaria no abrigo para sempre”, relembra Orcilene. Mas todos se enganaram, e a cadela, hoje chamada de Bimba, ganhou uma família cheia de amor e carinho.
A cadelinha já teve cinomose — doença contagiosa que pode acometer vários órgãos e levar a óbito —, além de sofrer de doença do carrapato e de uma anemia muito grave. Quando adotada, Bimba foi levada ao veterinário, passou por diversos exames e está em tratamento. Felizmente, a resposta com medicamentos está sendo muito positiva. “É legal as pessoas verem que, apesar de ser um cão adulto, ela é supereducada e não me dá trabalho nenhum. Ela é bem carinhosa, um bebezão”, derrete-se Viviane. Para ela, vale a pena se conscientizar de que os animaizinhos mais velhos também precisam de amor e anseiam por um novo lar.
Além de organizar as feiras de adoção que acontecem semanalmente, o abrigo conta com o trabalho de três funcionários, responsáveis por tarefas básicas, como alimentar os cães e os gatos, além de limpar o terreno. Orcileni ainda tem uma equipe que a auxilia na divulgação das ações da associação. Eles ainda precisam se mobilizar para buscar recursos, doação de rações, bem como estabelecer novas parcerias para manter os gastos da instituição.
O auxílio que vem de fora também é de extrema importância. “No último domingo de cada mês, estamos abertos para visitas que nos ajudam muito de diversas formas. Elas dão banho e alimentam os bichos, além de doar ração e medicamentos. Esse é o único dia em que tudo fica limpo e organizado de verdade”, alegra-se. Nessa ocasião, o Abrigo Flora e Fauna fica aberto o dia inteiro para receber qualquer um que esteja disposto a ajudar. “São pessoas muito bacanas, que realmente colocam a mão na massa. Abrimos as portas para elas possam conhecer de perto a realidade do abrigo”, comenta a fundadora.
Como ajudar
» Além dos dias predefinidos de visitação,
a associação tem um ponto fixo para receber qualquer tipo de doação. Fica localizado na SQS 108, ao lado do petshop Di Petti.
» A ajuda de doações de ração é essencial e faz grande diferença no dia a dia. Ali, são consumidas quase cinco toneladas de comida todos os meses.
» O abrigo também precisa de medicamentos, como vermífugos, repelentes e antipulgas, além de produtos de limpeza.
www.abrigofloraefauna.org.br
Sexta 10.06-Bazar Beneficiente Rosacruz
das 09 as 15h
SGAN 607 Norte
Sábado 11.06 – Feira de Adoção Projeto São Francisco
das 10 as 15h
SIA Trecho 2, lotes 65/95
Feira de adoção ATEVI
das 10 as 16h
Armazém Rural-409 Sul
Sábado e Domingo – Esosições, Desfile,
Feira de adoção e muito mais!
das 09 as 18h
Taguaparque-Taguatinga
Domingo 12.06-Bazar ATEVI
das 09 as 18h
SQN 214, Bl-F, Salão de festas
Gatinha resgatada em hotel do crack em Brasília está em abrigo esperando adoção
Lisa, de aproximadamente 3 ou 4 meses de vida, foi resgatada por um servidor da Defesa Civil durante a desocupação do hotel invadido em Brasília, no último domingo.
A gatinha foi entregue ao Abrigo SHB, que a encaminhou ao veterinário para a realização de exames. Depois de saber o estado de saúde da gata, uma fofura de olhos azuis, o abrigo precisará de um lar definitivo ou temporário para acolhê-la. Vamos ajudar?
Para mais informações, entrar em contato com SHB (Sociedade Humanitária Brasileira).
Facebook – https://www.facebook.com/SHBAnimal/?ref=ts&fref=ts
Site – http://www.shb.org.br/
(da Revista do Correio)
A maioria das fêmeas têm seu primeiro cio entre o 5º e 9º mês de vida, mas o ideal é esperar até a gata atingir a maturidade sexual, por volta de 1 ano, para ter o primeiro acasalamento e gestação. Elas são animais poliéstricos estacionais, o que significa que o cio depende da época do ano. Ele, normalmente, acontece com um intervalo entre seis e sete semanas, e o clima quente aumenta a probabilidade de ele ocorrer com mais frequência. Além disso, dura de uma a duas semanas.
Quando se aproxima o período fértil, há uma mudança notável de comportamento. As gatinhas tornam-se mais dóceis e carinhosas. Quando estão prontas para o acasalamento, ficam inquietas e começam a miar incessantemente, o que é parecido com o choro de um bebê. Esse é o chamado que atrai os machos para a cópula.
Segundo a veterinária Leila Sena, especialista em medicina veterinária felina, as fêmeas têm várias cruzas e podem copular até 15 vezes em 24 horas. Diferentemente dos cães e dos humanos, nos quais o ovário determina a fase do ciclo reprodutivo e libera um ou mais óvulos, nas gatas, o óvulo só é liberado depois da cruza. Se, após a gata cruzar, o cio persistir, não houve fecundação e a gata não está prenha. Em algumas fêmeas, basta uma cruza para se ter ovulação; em outras, são necessárias várias montas.
Tudo depende do macho. Às vezes, as gatas ficam mais agressivas e os machos não conseguem montar e copular. “Eles têm que ser persistentes se quiserem acasalar, pois o ato só acontece se a gata permitir. Alguns gatos apanham delas e passam a ser medrosos, temendo a fêmea e nem sempre insistindo na cruza”, conta a veterinária.
Na reprodução não controlada, a gata pode cruzar com qualquer macho. Na criação de gatos de raças, as cruzas devem ser feitas utilizando animais da mesma raça, já que as misturas acabam descaracterizando os padrões da raça. O tamanho do macho deve ser avaliado em relação ao tamanho da fêmea, pois gatas pequenas podem ter dificuldades no parto de filhotes de pais muito grandes.
Para escolher o parceiro, a felina tende a estimular uma competição entre os machos para saber qual é o mais viril para copular. Os machos costumam atingir a maturidade sexual entre o 9º e 12º mês de vida, quando pesam mais de 3kg. Eles são férteis o ano todo e podem copular durante toda a sua vida. Leila comenta também sobre o comportamento dos felinos após o acasalamento. “Os gatos tendem a fugir logo após a cópula, pois a fêmea fica brava e agressiva. Isso acontece, pois a cruza é algo muito doloroso para ela.”
Elizabeth Oliveira é aposentada e adotou duas gatinhas, Miau e Hermione. Miau tem 3 anos e, antes de ser adotada, já tinha sido castrada para chegar ao seu novo lar, mas Hermione tem uma história interessante, pois Elizabeth pegou a gatinha da rua muito pequena e magrinha, o que a fez pensar que a felina tinha por volta de 1 mês. No entanto, pouco tempo depois, a gatinha começou a apresentar um comportamento diferente, que na realidade eram sintomas do cio. “Eu achei muito estranho porque ela não estava dormindo de noite, vivia agitada e ficava se arrastando e se esfregando no chão o tempo todo. Além disso, ela miava o tempo todo, e era um miado diferente, nada normal”, conta a aposentada. Com essa mudança de humor, Elizabeth levou a gata ao veterinário e foi confirmado que Hermione já estava no cio e, por isso, devia ter chegado em casa com um pouco mais de 1 mês. O estado de desnutrição da gatinha levou à falsa impressão de que ela era mais nova. Hermione foi castrada logo em seguida com um procedimento simples e teve ótima recuperação.
Fim de semana movimentado de eventos pet em Brasília.Confira!
Feira de adoção da ATEVI
Sábado 04.06 no Armazém do Gato
205 Norte das 09 as 15h.
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 04.06
108 Sul das 11 as 16h
Feira de adoção Meu Melhor Amigo
Sábado 04.06
Armazém Rural(205 norte) das 09 as 15h
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 04.06
SIA trecho 2 das 11 as 15h
Feira de Adoção de Sobradinho
Sábado 04.06
Estacionamento do Estádio de 10 as 17h
Aulão Solidário do Abrigo Flora e Fauna
Sábado 04.06
SHCGN 707 bl-B das 09 as 17h
Várias atividades -l evar 1 kg de ração para cães ou gatos
Bazar da pechincha do Projeto São Francisco
sábado 04.06 das 09 as 15h
QE-19 Conj. 01 -Guará 2
Feira de adoção SHB
Domingo 05.06
SIA trecho 2 das 10 as 16h
(por Luiz Calcagno, do Correio Braziliense)
Dengo era sinônimo de esperança. Com expectativa para viver, no máximo, até os 14 anos, o leão dócil da Fundação Jardim Zoológico de Brasília se agarrou à vida e tirou forças de onde não tinha para se manter de pé, surpreendendo veterinários, tratadores e administradores da instituição. Ele chegou ao Distrito Federal em 21 de junho de 2011. Depois de toda uma vida de maus-tratos, teve o descanso merecido no estabelecimento brasiliense e fechou os olhos pela última vez no domingo, a 23 dias de completar 16 anos — dois a mais que o esperado, sofrendo com a aids felina e um câncer de fígado. A idade do espécime, se comparada à dos humanos, seria de pouco mais de 72 anos. Ele já tinha conquistado seu espaço entre os animais mais velhos do zoo, ao lado do também leão, Dudu, que em 5 de maio último completou 22 anos, o equivalente a 100.
A morte de Dengo causou comoção na instituição. Ele nunca foi próximo do brasiliense. Por conta da frágil saúde, não esteve exposto como os outros animais. Ainda assim, deixou em quem trabalha no local a saudade e a certeza de que foi possível garantir, no período em que esteve na capital, a qualidade de vida que lhe foi negada anteriormente. Para se ter uma ideia da proximidade do leão com os funcionários, basta ler a nota de falecimento divulgada no site de instituição. A publicação fala do histórico de saúde do animal e das mudanças em sua vida de forma objetiva, mas encerra expressando pesar. “A Fundação Jardim Zoológico de Brasília, neste momento representada por todos os seus funcionários e colaboradores, sentem a perda de Dengo, que encantou, com seu temperamento dócil, a todos que o assistiam.”
O martírio de Dengo começou no circo, de onde foi resgatado por sofrer maus-tratos. Ele foi levado para o Zoológico de Niterói, onde, novamente, não teve o tratamento que merecia. A instituição acabou fechada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por conta da má administração e da falta de cuidado com os animais. Lá, o espécime contraiu a aids felina de uma parceira batizada de Elza — que também morreu no zoo brasiliense. A doença só foi diagnosticada, no entanto, quando Dengo chegou à capital federal, transportada em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), pois, doente e abaixo do peso, não resistiria a uma viagem por terra.
Com acompanhamento intenso de veterinários e tratadores, o leão reagiu. Em pouco tempo, atingiu e até ultrapassou a pontuação corporal mínima para ser considerado saudável. E se, ao chegar, causou espanto pelo estado físico em que se encontrava, algumas semanas depois, voltou a surpreender os funcionários do zoo, desta vez, positivamente. Diferente de outros grandes felinos, muitas vezes agressivos ou arredios, Dengo se mostrava receptivo com a aproximação de seres humanos e, atrás das grades, aproximava-se ao perceber a chegada de um tratador ou veterinário. Ele recebia tratamento especial: vivia sozinho em um espaço de 77m², com sol, sombra e água fresca, e recebia visitas diárias de profissionais.
“Ente querido”
Dengo começou a travar uma nova luta em dezembro último, desta vez contra um câncer de fígado. Ele teve dificuldades para comer e aparentava cansaço, embora continuasse a se levantar para receber os visitantes. Passou por um tratamento e, novamente, contra as expectativas, reagiu. A doença, no entanto, regressou no começo da última semana e, desta vez, os tratamentos não surtiram efeito. “Em função de todo o tratamento, prolongamos a vida dele para além de todo o animal em ambiente natural consegue, que é 14 anos, no máximo. Dengo era mais dócil que os outros felinos, talvez por ter sido de circo. Claro que ninguém nunca botou a mão na jaula”, brinca o diretor-presidente interino da Fundação Jardim Zoológico, Erico Grassi. “É como perder um ente querido. Ficamos consternados, mas sabíamos que ele estava em idade avançada. Ele viveu o tempo em que esteve aqui com qualidade de vida.”
A veterinária Betânia Pereira Borges lembra com carinho do animal. “Dengo era bem querido por todo mundo aqui. Quando chegávamos, ele vinha nos encontrar. Não tinha medo ou agressividade. Se se aproximasse da grade, ele vinha para perto, mas não agredia, como outros felinos fazem.” Dengo teve, porém, um tumor no fígado. “De certa forma, já esperávamos que ele não resistisse. Tentamos convencê-lo a comer. Tentamos vários tipos de alimentos diferentes. Ele não comia mais. Estava mais devagar, letárgico. Os tratadores são ainda mais próximos e sentem mais a perda.”
Os anciões do zoo
Além da vontade de viver, a vitalidade de Dengo, que mesmo com uma doença infectocontagiosa grave conseguiu superar a expectativa de especialistas em dois anos, tem base científica. Erico Grassi explica que um cativeiro adequado estende o tempo de vida dos animais. Entre outros motivos, estão o acompanhamento de veterinários, biólogos e tratadores, o espaço adequado para o espécime, a facilidade em obter alimento e a proteção contra predadores e caçadores. A lista de idosos que vivem na instituição brasiliense inclui diversas espécies. Entre os que estão no topo da cadeia, figura o leão Dudu, com 22 anos.
Ele superou, também, a expectativa máxima do cativeiro, que é de 20 anos. Outro espécime entre os mais antigo é a tigresa-de-bengala Laila. A idosa tem 19 anos, já superou em 5 a expectativa em vida livre. E está a um ano de superar a marca em cativeiro. Aos 17, o cervo nobre Jeniffer é a terceira mais velha da instituição. Ela, no entanto, ainda não atingiu a expectativa máxima de tempo em vida livre para a própria espécie, que é de 20 anos. No zoo, esse limite é estendido há 22 anos.
A fêmea de cachorro do mato Pandora é a próxima da lista. Aos 13 anos, já superou em dois a expectativa do cativeiro, que é de e 11. A lhama Paraíba, por sua vez, completou 20 anos e o tempo de vida dela no zoológico é estimado em 25. A próxima da lista é velha conhecida dos brasilienses. O babuíno sagrado batizado de Capitu, 25, tem mais três anos para superar a expecta máxima da espécie em um ambiente controlado. E o mais jovem entre os mais idosos é o tamanduá-bandeira Goianão, que tem 18 anos. Em sete, ele ultrapassará a idade máxima de vida em cativeiro.
Erico destaca, no entanto, que o ideal era que as espécies crescessem e vivessem no hábitat de cada uma delas. “Hoje, temos uma outra visão de zoológico. É um mal necessário. O ideal é que eles (os animais) estivessem livres. Os zoos são locais para recepcionar animais em diversas situações e não para a diversão humana. É para educar. Recebemos animais vítimas de maus-tratos e tráficos. Somos uma unidade de conservação de fauna, de reabilitação, com trabalho de pesquisa e educação ambiental. Muitas vezes, somos a única chance de sobrevivência do animal”, conclui.
(da Revista do Correio)
Cor e estampa são preferências estéticas, mas itens de segurança para os pets exigem outro tipo de critério na hora de escolher. Seu cão é pequeno, dócil e obediente? Ou pula de um lado para outro no carro? Durante o passeio, quer correr para brincar com outros cães e adora saltar nas pessoas ou se comporta perfeitamente, caminhando a seu lado? Perguntas assim devem nortear a seleção dos equipamentos usados para garantir um transporte seguro, tanto para os animais quanto para os tutores e para as pessoas nas ruas.
Há, por exemplo, inúmeras guias disponíveis. Entre as mais usadas, estão a tradicional e a peitoral. De fato, elas são as mais indicadas para a maioria das raças, mas é importante saber apontar as diferenças de cada uma. A tradicional pode ser de tecido, náilon, couro ou outras variações que existem no mercado, vai ao redor do pescoço do cão. Com ela, é possível treinar o animal mais facilmente, independentemente da raça. Nas primeiras vezes que o filhote sai para passear, ele deve entender quem manda. A coleira tradicional possibilita esse comando com mais facilidade, uma vez que o dono pode puxar o animal delicadamente para que ele se mantenha ao lado ou atrás. Com a peitoral, isso é mais difícil. Mesmo quando o proprietário realiza o comando de segurá-lo ao seu lado, o cachorro ainda pode jogar o tronco para frente, dando a impressão que está no controle. Por esse motivo, é indicada somente depois que houve o adestramento do animal.
“O proprietário conhece a índole do seu cachorro, sabe se ele é capaz de atacar ou avançar em outra pessoa e, a partir disso, ele escolhe melhor a coleira para ter total controle sobre o mesmo”, comenta a veterinária Camila Albuquerque. O maior erro dos donos é confiar que o bichinho é comportado e não vai correr ou atacar ninguém, pois muitos acidentes acontecem a partir disso. Os animais podem se assustar, correr atrás de algum bicho ou simplesmente querer brincar. Por isso, Camila acrescenta que o uso da coleira em qualquer passeio é indispensável, já que o comportamento do animal pode sempre surpreender.
Outro modelo de coleira é a enforcadora. Ela é usada para conter o animal e se aplica mais a cães de guarda, como rotweiller e pastor-alemão. Ou a qualquer outro que tenha muita força ou um comportamento mais bruto. Do lado inferior da coleira, existem alguns ganchinhos que ajudam a controlar o cão ou que deslizam, apertando mais o pescoço. Mas, segundo a veterinária, esse tipo de coleira não causa nenhum mal ao animal, ela apenas o incomoda e o faz parar.
Anna Carolina Prates é aviadora e tem três shih tzus — Thor, Bella e Shoyu. Por morar em apartamento, ela passeia com seus cães pelo menos duas vezes ao dia e conta que sempre optou pela coleira peitoral por sentir mais segurança na hora do passeio. “Tenho medo de puxar a coleira e machucar ou dar falta de ar porque eles são muito pequenos, e sei que, com a peitoral, isso não acontece.” Anna Carolina já teve outros dois cachorros da raça labrador e conta que, neles, ela preferia usar a coleira tradicional de pescoço, por causa da força que os animais tinham durante o passeio. “Era mais fácil conter os dois com a de pescoço para que eles não me derrubassem”, conta a aviadora.
Na rua e no carro
Os tutores têm um medo infundado: acreditam que a focinheira só pode ser usada em cães ferozes ou de guarda, e que o acessório machuca ou limita a respiração. Mas a realidade é que a focinheira é indicada para qualquer raça, em qualquer passeio. O correto seria sempre usar a coleira em conjunto com a focinheira, obrigatória, de acordo com lei distrital, sobretudo para cães de grande porte, como dobermann e pit-bull.
Também é obrigação do dono, estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro, transportar, nos carros, os cães dentro de caixas adequadas ao tamanho do animal, casinhas ou presos ao cinto de segurança adaptado. Caso isso não seja respeitado, os motoristas estão sujeitos às penalidades da legislação, como multas e pontos da carteira de motorista.
Apesar disso, muitas pessoas levam seus animais soltos no veículo, com a janela aberta ou no colo de alguém, mas, assim como um ser humano, o cãozinho pode causar algum acidente quando está livre, ou até mesmo correr risco de óbito caso haja uma batida. “O peso do cachorro pode ser triplicado em caso de acidente e isso pode machucar alguém ou ele mesmo”, ressalta a veterinária Camila Albuquerque.
Giulia Pires é estudante de comunicação organizacional e dona de Napoleão, da raça sealyham terrier. Ela diz que sempre usou a coleira peitoral em seu cachorro e o cinto de segurança em todos os passeios de carro. “Pensando na segurança dele, comprei o cinto logo no dia que ele chegou em casa. Tenho medo que aconteça algo e ele se machuque. Já sabia da existência da cadeirinha adaptada para carro, mas fui ao petshop atrás de algo do tipo que ele tivesse mais liberdade e não ficasse totalmente imóvel, e me indicaram o cinto que fica ligado a coleira.” Napoleão se acostumou muito bem com o cinto de segurança e ela deixa a guia mais curta, mas com distância suficiente para que ele possa olhar pela janela.
É o mesmo caso de Letícia Brazil, estudante de pedagogia e dona de Aladdin, um shih tzu que não passeia solto no carro. “O Aladdin é muito agitado. Antes do cinto de segurança, quando ele passeava de carro, ficava muito animado e pulando em todos os cantos. Tinha muito medo de que algo acontecesse com ele, e agora ele fica bem comportadinho.” Caso haja impacto, o cinto trava, impedindo que o animal se machuque.
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