É um hábito comum entre pets farejar ou mordiscar tudo que se vê pela frente, seja no interior de casa, no quintal, jardim ou até mesmo durante um passeio. Esse típico comportamento ocorre, principalmente, quando se trata de filhotes. No entanto, os tutores devem estar atentos com o tipo de objeto que o animalzinho entra em contato. Um exemplo são as plantas ornamentais utilizadas para decoração de ambientes internos e externos, que apresentam um potencial tóxico para o amigo peludo.
De acordo com a médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Juliana Dias Martins, é preciso ficar atento aos sintomas que podem indicar que houve ingestão ou contato com alguma planta tóxica. “Frequentemente, os sintomas de intoxicação podem ser erroneamente interpretados como sinais de doenças infecciosas ou parasitárias. Isso acontece devido à sua gama variada, que inclui desde náuseas, vômitos, constipação e distúrbios respiratórios até hipertermia (aumento da temperatura corporal), hiperemia (alteração na circulação sanguínea), ressecamento da pele e mucosas, entre outros sinais clínicos semelhantes”, explica.
A preocupação também deve ocorrer tanto para animais idosos quanto para filhotes, uma vez que o metabolismo pode estar prejudicado ou pouco desenvolvido, apresentando uma deficiência na defesa do organismo quando há intoxicação. Por isso, é fundamental buscar ajuda de um médico veterinário para realizar todos os procedimentos necessários.
A seguir, a médica veterinária elenca as plantas que normalmente são encontradas nos lares e áreas externas, e são capazes de oferecer risco à saúde de animais domésticos: Lírio da paz (Spathiphylum wallisii), Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata), Bico de Papagaio (Euphorbia pulcherrima Wiild.), Comigo Ninguém Pode (Dieffenbachia picta), Copo de Leite (Zantedeschia aethiopica), Samambaia (Pleopeltis pleopeltifolia), Azaleia (Rhododendron simsii), Filodendro (Philodendron), Primula ou primavera (Primula abconica), Hortênsia (Hydrangeia macrophylla), Palma de Ramos (Cycas revoluta), Jibóia (Epipremnum pinnatum) dentre outras.
Vale ressaltar que ao descobrir que o pet ingeriu uma planta tóxica, leve-o imediatamente ao veterinário. Se possível, indique qual tipo de planta foi ingerida e a quantidade para que possam realizar o tratamento mais específico.