A técnica milenar vem sendo cada vez mais comum para tratamentos em cães e gatos. Saiba quando o procedimento é indicado
A acupuntura é parte da medicina milenar chinesa e vem se mostrando uma possibilidade terapêutica útil para o tratamento de diversas enfermidades e distúrbios comportamentais nos pets. A técnica, que consiste em introduzir agulhas metálicas em pontos precisos do corpo, já é popular entre as pessoas, e também pode auxiliar nos tratamentos alopáticos e oncológicos em cães e gatos, além de melhorar a qualidade de vida dos animais idosos.
“São vários os casos em que a acupuntura pode ser empregada, uma vez que ela trabalha com equilíbrio da energia corporal. Pode ser uma alternativa em casos de doenças e distúrbios comportamentais, além de ser usada em combinação com alopatia para diminuição dos efeitos colaterais de tratamentos com medicamentos agressivos ao organismo, como é o caso dos tratamentos oncológicos”, explica o médico veterinário da Naturalis Marcello Machado.
Além de ser uma alternativa para atuar como complemento do tratamento de doenças, a acupuntura é uma opção para animais saudáveis. “Ela é indicada em casos comportamentais, como ansiedade e agressividade. Além de ajudar muito a qualidade de vida dos animais idosos”, acrescenta Machado.
Como é feito?
O procedimento é realizado da forma em que o animal se sinta à vontade e tranquilo, em local apropriado. “Deve ser feito com delicadeza e calma. Não são raras as vezes em que o animal chega a dormir durante o procedimento. Evita-se ao máximo o uso de focinheiras e equipamentos de contenção. Existem pontos específicos que acalmam o animal, que fazem com que ele aceite o procedimento de forma natural”, comenta o veterinário.
Ainda de acordo com Marcello Machado, o procedimento é indicado para cães e gatos, e nos dois casos, as técnicas são semelhantes. O que muda é a abordagem em primeiro momento, já que o gato tende a ser mais arisco no começo. “Não é incomum não conseguir o acesso de todos os pontos do felino logo de início, ao contrário do cão. Mas, por fim, ambos aceitam de forma natural”, finaliza.