Brasília Vôlei perde para o Osasco, em jogo válido pelo returno da Superliga 2020/2021, no ginásio Sesi Taguatinga-DF
Brasilia x Osasco Nadine Oliver / Brasília Vôlei

Osasco vence Brasília Vôlei em duelo das maiores pontuadoras da Superliga

Publicado em Vôlei

Foi sobre o Osasco que o Brasília Vôlei conquistou a maior vitória do time no primeiro turno da Superliga feminina 2020/2021, quebrando a invencibilidade paulista na 9a rodada, em dezembro. Nesta segunda-feira (22/2), a reedição desse encontro no ginásio do Sesi Taguatinga (DF) tinha gostinho de revanche para a equipe paulista. E coube justamente à brasiliense Tandara frear o embalo do elenco comandado por Rogério Portela, treinador que acolheu a oposta ainda na fase de formação na capital federal e que hoje treina o representante do Distrito Federal. Com 11 pontos, Tandara foi o destaque da vitória do Osasco por 3 sets a 1, com parciais de 16/25, 17/25 e 23/25. 

Quando o Osasco abriu 10 x 7, Tandara explorou o bloqueio de Ariane Helena, maior pontuadora geral da Superliga, com 337 pontos, aos 25 anos. Ali estava travado um duelo particular que fez os olhos dos fãs de vôlei brilharem. Tandara é a terceira com mais pontos na liga (279), mas a segunda com a melhor média, com 4,81 pontos por set — Ariane é a terceira, com média de 4,26. A vibração não era exclusiva dos torcedores. A principal atacante do Brasília já declarou se inspirar na oposta de 32 anos do Osasco. “Desde que comecei a jogar vôlei, a Tandara é uma pessoa em quem eu me espelho muito. A forma como ela se comporta dentro de quadra é grandiosa”, declarou Ariane, em entrevista ao Elas no Ataque. 

Pois Tandara fez jus à admiração e teve uma atuação inspirada. Muito superior, o Osasco fechou os dois primeiros sets com tranquilidade, por 25 x 16 e 25 x 17, respectivamente. Apesar de atacar sem dó, Tandara não esconde o carinho que nutre pela cidade natal e pelo ex-técnico. Quando o Brasília Vôlei mudou de gestão e tentava o retorno à elite na Superliga B, a jogadora da Seleção Brasileira ligou para Rogério Portela desejando boa sorte no comando da equipe no desafio que se apresentava no início de 2020. “Até brinquei com ele para fazer as coisas direito no Brasília Vôlei porque eu quero jogar em Brasília antes de parar”, contou Tandara, um ano atrás. A torcida deu certo. 

Ariane e Tandara:
Ariane e Tandara: registro carinhoso entre as opostas após o jogo de Brasília x Osasco | Patricy Albuquerque/Brasília vôlei


De volta à Superliga A, o time candango tratou de dar trabalho ao elenco paulista que ainda conta com a experiência de Jaque, Camila Brait e Roberta. Dentro de quadra, Tandara e Ariane protagonizaram um duelo de gigantes no ataque. O Brasília conseguiu segurar o ímpeto de Tandara e regularizar a recepção apenas no terceiro set, quando passou a disputar ponto a ponto o jogo. Com duelo tenso do início ao fim do set, coube à levantadora Roberta fechar a parcial para o Osasco, por 25 x 23, em uma bola de segunda, após rali de 21 segundos. 

“A Tandara é uma inspiração para mim dentro de quadro, eu falei isso para ela. Poder jogar contra ela é uma oportunidade única”, comentou Ariane, após a partida válida pelo returno da Superliga e que pode se repetir nos playoffs. “Hoje, jogamos muito abaixo do que vínhamos apresentando, mas, independentemente de qualquer coisa, é um sonho realizado poder estar jogando com a Tandara do outro lado da quadra. E quem sabe um dia jogar junto? A gente nunca sabe o dia de amanhã”, completa Ariane, que terminou o jogo com 9 pontos. 

Com o triunfo, o Osasco chegou a 47 pontos, se mantendo na vice-liderança e o Brasília permaneceu com 24, na sétima posição. Caso a primeira fase terminasse com essa classificação, os dois se enfrentariam nas quartas de final. No entanto, a briga pelas últimas vagas para a fase mata-mata estão muito disputadas. Em oitavo lugar está o Curitiba, com 22 pontos e três jogos a menos que o time do DF. Em nono, está o Pinheiros, com 19 pontos e uma partida a menos do que o Brasília.

“É um sonho realizado jogar com a Tandara do outro lado da quadra, e quem sabe um dia jogar junto?”, diz Ariane | Patricy Albuquerque/Brasília vôlei

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