“Estou aqui para ser a Victória e não para substituir a Marta”, diz brasiliense convocada

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A sensação de ser convocada pela primeira vez para integrar a Seleção Brasileira de futebol feminino é indescritível. Ao menos é como define Victória Albuquerque, jogadora do Corinthians convocada pela treinadora Pia Sundhage. A atacante do Timão foi chamada para ocupar a vaga que antes era de Marta, mas se lesionou com o Orlando Pride.

“É uma responsabilidade muito grande porque a Marta tem um legado muito forte dentro da Seleção, mas eu to aqui para fazer o que eu já faço. Estou aqui para ser a Victória e não para substituir a Marta. Então, não muda muito no que eu tenho que fazer”, declara.

Apesar de já mostrar a personalidade forte, Victória não teve como esconder a emoção com a notícia da convocação. O responsável por contar a novidade à Victória foi o treinador do Corinthians, Arthur Elias.

“Eu estava indo para o treino no Corinthians e o Arthur, meu treinador, me chamou para conversar. Até então não imaginava e nem sabia o que era porque ele costuma ter essa conversa com a gente antes dos treinos. Quando ele me contou, meu olho encheu de lágrima”, relembra a atacante.

O treinador fez questão de ressaltar o trabalho de Victória no Corinthians. Com sete gols, a atacante é uma das 10 artilheiras da série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino. “Ele disse que era fruto do meu trabalho e eu agradeci pela oportunidade que ele tinha me dado”, conta.

Victória se juntou com o grupo, que disputará o primeiro jogo sob o comando de Pia. A Seleção Brasileira disputará o Torneio Uber Internacional de Futebol Feminino e enfrenta a Argentina nesta quinta-feira (29/8).

A jogadora do Corinthians vê como necessária a mudança no comando da Seleção. “A Pia é uma mudança necessária pelo fato dela saber o caminho da vitória. É uma pessoa muito vitoriosa. Acho que o fato dela ter uma cultura diferente e enxergar as coisas diferentes vai mudar nosso patamar no futebol feminino”, avalia.

A partida contra as hermanas marca também o retorno da Seleção Brasileira Feminina ao Brasil. Desde 2017, o Brasil não joga em casa. O último jogo em solo brasileiro foi contra a Bolívia, em abril de 2017. Quem comandou o time na partida amistosa foi a ex-treinadora Emily Lima.

Maria Eduarda Cardim

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