A técnica Pia Sundhage anunciou, nesta sexta-feira (21/5), a convocação para os últimos confrontos da Seleção Brasileira antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho. Das 25 jogadoras da lista, apenas 18 vão carimbar o passaporte para o Japão. Entenda quem já está com um pé nas Olimpíadas e quem ainda terá de mostrar serviço para convencer a sueca.
As partidas, que fazem parte da Data Fifa, serão disputadas contra as seleções da Rússia e do Canadá em 11 e 14 de junho, respectivamente, em Cartagena, na Espanha. Assim como as brasileiras, as canadenses estão classificadas para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Já as russas, que não disputarão as Olimpíadas, usarão as partidas como preparação para a Euro 2022.
Goleiras:
Aline Reis – UD Granadilla Tenerife (Espanha)
Bárbara – Avaí/Kindermann
Letícia – Benfica (Portugal)
A convocação optou pelos mesmos nomes que foram escolhidas para defender o gol brasileiro na Copa do Mundo de 2019, na França. Apesar de muita gente acreditar que a contribuição da Bárbara já tenha se esgotado na Seleção Brasileira, a sueca Pia Sundhage vem apostando na experiência dela para encerrar o ciclo de serviços ao país com uma Olimpíada. A treinadora, porém, ainda terá de cortar uma goleira para Tóquio, pois nos Jogos Olímpicos o grupo cada equipe do futebol pode levar até 18 atletas e não 23, como no Mundial.
Defensoras:
Rafaelle – Palmeiras
Bruna Benites – Internacional
Erika – Corinthians
Poliana – Corinthians
Letícia Santos – Eintracht Frankfurt (Alemanha)
Tamires – Corinthians
Jucinara – Levante UD (Espanha)
Giovanna Crivelari – Corinthians
Pia convocou oito jogadoras para atuarem na linha defensiva, mas apenas seis vão para as Olimpíadas. Na zaga, três nomes aparecem com chances muito altas de serem confirmados em Tóquio: Rafaelle (Palmeiras), Bruna Benites (Internacional) e Érika (Corinthians). Tamires (Corinthians) é a lateral esquerda. E Letícia Santos (Eintracht Frankfurt/Alemanha) provavelmente ficará com a lateral direita.
Letícia Santos vinha sendo lembrada com frequência pela técnica do Brasil até se lesionar, em março de 2020. Desde então, ela não tinha voltado a vestir a amarelinha. Após anunciá-la na lista para a Data Fifa, Pia avisou que o desempenho dela nos últimos jogos preparatórios para Tóquio serão decisivos para carimbar ou não o passaporte para o Japão. Na briga por fora, restarão principalmente as polivalentes Poliana (Corinthians), Jucinara (Levante UD/Espanha) e Giovanna Crivelari (Corinthians).
Meio-campistas:
Formiga – Paris Saint-Germain (França)
Julia Bianchi – Palmeiras
Andressinha – Corinthians
Angelina – O.L Reign (Estados Unidos)
Duda – São Paulo
Adriana – Corinthians
Ary Borges – Palmeiras
Marta – Orlando Pride (Estados Unidos)
O meio campo da Seleção Brasileira já conta com nomes bem consolidados e com chances altíssimas de serem confirmados em Tóquio. A experiente Formiga (Paris Saint-Germain/França), de 43 anos, é extremamente importante à equipe brasileira, ainda mais, após a lesão da Luana. Quem aproveitou bem as oportunidades que teve recentemente foi Julia Bianchi (Palmeiras). Ela é o nome para cobrir essa ausência da jogadora do PSG, que será significativa.
Andressinha (Corinthians) também teve boas atuações sob o comando de Pia na Seleção Brasileira e já está com um pé em Tóquio. Marta (Orlando Pride/Estados Unidos) e Adriana (Corinthians) devem ocupar funções de meias abertas pelas laterais do campo, principalmente pelo lado esquerdo. A dúvida fica por conta de Angelina (O.L Reign/Estados Unidos), Duda (São Paulo) e Ary Borges (Palmeiras).
Atacantes
Bia Zaneratto – Palmeiras
Andressa Alves – Roma (Itália)
Geyse – Madrid CFF (Espanha)
Ludmila – Atlético de Madrid (Espanha)
Debinha – North Carolina Courage (Estados Unidos)
Giovana – Barcelona (Espanha)
Bia Zaneratto cravou o nome dela nos Jogos Olímpicos pela atuação de gala que vem apresentando no Campeonato Brasileiro 2021. É artilheira do Palmeiras isolada, com 5 gols, tem força física e uma movimentação que ajuda muito o time, além da qualidade na finalização. Ludmila (Atlético de Madrid/Espanha) manteve o nome na Seleção Brasileira e melhorou o desempenho desde a Copa do Mundo de 2019.
Já Debinha (North Carolina Courage/Estados Unidos) tornou-se o principal nome da Era Pia. Ela assumiu protagonismo e uma posição mais ofensiva na Seleção desde que a sueca chegou ao Brasil. A disputa pelas poucas vagas restantes no ataque brasileiro ficará entre Andressa Alves (Roma/Itália), Geyse (Madrid CFF/Espanha) e a jovem Giovana (Barcelona/Espanha). A Giovana tem apenas 17 anos, mas se formou no futebol espanhol, tem dupla nacionalidade e é uma promessa que a treinadora Pia quer convencer a defender a Seleção Brasileira.
A grande surpresa da convocação para a última Data Fifa antes de Tóquio foi a ausência de Cristiane, a maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos, com 14 gols. Antes da Copa do Mundo de 2019, a atacante também vinha de altos e baixos e de um jejum de mais de um ano sem atuar com a Seleção por problemas físicos. Mesmo assim, o então técnico Vadão apostou na experiência da craque. Na estreia do Brasil no Mundial, Cristiane desencantou e marcou os três gols da vitória sobre a Jamaica, por 3 x 0.
Aos 36 anos, Cris esteve nas três convocações que a treinadora Pia Sundhage fez em 2021 até o anúncio das 25 jogadoras listadas para os últimos jogos antes das Olimpíadas. O site Dibradoras ressaltou que, caso realmente a centroavante fique fora da lista final, Tóquio será a primeira Olimpíada desde Atenas-2004 sem o trio Marta, Cristiane e Formiga. Pia disse ser “difícil, mas não impossível” acrescentar uma atleta nos Jogos Olímpicos que não tenha sido anunciada nesta sexta-feira (21/5).