Capital brasileiro, Brasília completa 58 anos neste sábado, 21 de abril de 2018. Tempo suficiente para revelar ao mundo do esporte muitas atletas vitoriosas. Inspirado no blog Drible de Corpo, que listou jogadores de futebol nascidos na capital federal que decidiram títulos; o blog Elas no Ataque comemora a data festiva destacando as heroínas brasilienses que fizeram os brasileiros se encherem de orgulho com conquistas históricas.
Paula Pequeno
Bicampeão olímpica de vôlei nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 e de Londres-2012. Paula Pequeno não só participou da conquista do primeiro ouro olímpico do vôlei feminino, como ainda foi eleita a jogadora mais valiosa (MVP, na sigla em inglês) daquela edição olímpica, disputada na China, em 2008. Foram nas quadras de Brasília, por influência da mãe e do irmão, que ela começou na modalidade. O primeiro clube foi o Asbac, de onde foi revelada para depois ir para São Paulo. No Osasco, atuou por nove anos e ganhou três Superligas. Aos 20 anos, ganhou a primeira chance na Seleção Brasileira. Após atuar na Turquia, voltou para o país como protagonista do Brasília Vôlei, recém fundado. Disputou quatro temporadas pelo time da cidade natal, e jogou a última temporada pelo Bauru.
Tandara
Campeão olímpica de vôlei nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Após participar da conquista do ouro olímpico, a oposta foi uma das últimas jogadoras a ser cortada pelo técnico José Roberto Guimarães do elenco que disputou as Olimpíadas do Rio-2016. Tandara Caixeta havia tido a filha Maria Clara um ano antes e lutou para voltar à forma o mais rápido possível. Lidou com a frustração da ausência nos Jogos Olímpicos e destruiu na temporada seguinte da Superliga. Vice-campeã com o Osasco, ela foi a melhor atacante, a maior pontuador, teve o melhor saque e ainda foi eleita a craque da galera da edição 2016/2017. Atualmente, é considerada peça chave do ataque da Seleção Brasileira.
Ketleyn Quadros
Medalhista de bronze nas Olimpíadas de Pequim-2008, Ketleyn nem era cotada como favorita, já que pegou a vaga de Danielle Zangrando, que se machucou e não pôde competir. Nascida em Ceilândia, ela superou as expectativas e se tornou a primeira atleta do Brasil a ganhar uma medalha olímpica em esportes individuais. Quando pequena, a mãe a matriculou nas aulas de natação. Ela, porém, fugia das aulas para assistir aos treinos de judô. Entre outras conquistas da judoca está o ouro nos Jogos Sul-Americanos de 2010, em Medellín, e outro ouro na Universíada de Cazã, em 2013, uma espécie de Olimpíadas Universitária.
Érika Miranda
É dona de quatro medalhas em Mundiais de judô, sendo duas pratas na disputa até 52 kg e por equipe na edição do Rio-2013; e dois bronzes, um em Cheliabinsk-2014 e outro em Astana-2015. Não teve sorte em Olimpíadas. Na que seria a primeira participação dela, nos Jogos de Pequi-m2008, foi impedida por causa de uma lesão. Na edição de Londres-2012, foi eliminada logo na primeira luta. Ainda assim, é um dos grandes nomes do judô da capital federal. Érika foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e atualmente é atleta do Sogipa, clube de Porto Alegre, um dos principais do país.
Shirlene Coelho
Foi a primeira mulher a conquistar o ouro nos Jogos Paralímpicos do Rio-2017 e a primeira mulher a ser porta-bandeira do Brasil em uma Paralimpíada. Além do lugar mais alto do pódio no lançamento de dardo, pendurou a prata na prova de lançamento de disco nas Paralimpíadas do Rio. Na edição paralímpica anterior, em Londres-2012, ela conquistou o primeira de ouro do atletismo do país; e em Pequim-2008, Shirlene foi prata. Embora seja goiana, Shirlene ganha espaço nesta lista por ser moradora do DF.
Lucélia Peres
A última maratonista a ganhar a São Silvestre, uma das principais corridas de rua do calendário brasileiro. A vitória foi em 2006. Lucélia também levou o nome da capital federal para o topo do pódio da Volta Internacional da Pampulha, em Belo Horizonte, por três vezes, em 2004, 2005 e 2006. Nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007, foi medalhista de bronze na prova dos 10.000 metros. Mineira radicada em Brasília, a mãe do Arthur segue morando na cidade e, aos 36 anos, continua participando de algumas provas. Até o nascimento do filho, em 2013, foram 20 anos de dedicação ao esporte de alto rendimento.
Leila Barros
Medalhista de bronze por duas vezes nas Olimpíadas de Atlanta-1996 e Sydney-2000. Ao todo, Leila participou de três edições de Jogos Olímpicos. Estreou na Seleção Brasileira em 1991. Um dos destaques da seleção brasileira, a oposta também ganhou milhares de fãs no continente asiático. Teve passagem pelo vôlei de praia entre os anos 2001 e 2003. Hoje, Leila segue envolvida com o vôlei. Após fundar o Brasília Vôlei em 2013, ela se afastou do time no ano seguinte para assumir o cargo de secretária de esporte e Lazer do DF. Quatro anos depois, deixou o cargo político e reassumiu a gestão da equipe brasiliense, que atua na Superliga feminina.