rollemberg_1200 01/01/2019. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/DA.Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. CB na Posse. O advogado Ibaneis Rocha (MDB) tomou posse como o sexto governador eleito pelo Distrito Federal ao lado do vice, Paco Britto (Avante). O até então governador, Rodrigo Rollemberg e a primeira dama Márcia Rollemberg, no Salão Branco do Palácio do Buriti.

Rodrigo Rollemberg: “Os partidos de posição mais moderada foram prejudicados pela polarização entre Lula e Bolsonaro”

Publicado em Eixo Capital

À Queima Roupa // Rodrigo Rollemberg (PSB), ex-deputado federal, ex-senador e ex-governador do DF

por Ana Maria Campos

Apesar de ter sido o sétimo mais votado, você não se elegeu. Ficou decepcionado?
Entramos com uma reclamação no TRE reivindicando a oitava vaga. No nosso entendimento, pelas regras do Código Eleitoral e da Constituição, a oitava regra deve ser do PSB. A divisão da oitava vaga se deu com base numa resolução do TSE que extrapola o que diz a lei. Esse é o início de uma discussão que vai acabar no STF. Já existe uma ADIN impetrada pela Rede cujo relator é o ministro Lewandowski. A primeira escolha é para os partidos que fizeram quociente eleitoral inteiro e seus candidatos 10% do quociente: Fred Linhares, Bia Kicis e Erika Kokay. O segundo critério é para os partidos que fizeram 80% do quociente eleitoral e os candidatos tiveram pelo menos 20% do quociente: Rafael Prudente, Júlio César e Reginaldo Veras. O terceiro critério seria das maiores médias: PL com 137.748 votos, elegendo Fraga, e o PSB com 136.796 votos, elegendo Rollemberg. O PRB nessa rodada teve média de 100.436. Nem Fraga nem Gilvan Máximo obtiveram 20 por cento do quociente eleitoral. Mas é claro que gostaria de estar eleito sem precisar discutir na Justiça.

Qual o balanço da sua campanha?
Fizemos uma campanha linda. Foi muito bom sentir o respeito, a receptividade e o carinho nas ruas. Muitos me cobravam porque não saí candidato a governador. Fiz uma campanha presencial, na rodoviária, nas feiras, nas universidades, nos eventos. A gente sempre aprende muito ouvindo o povo.

Durante meses, o PSB-DF apostou na candidatura de Rafael Parente ao governo, mas ele acabou desistindo. Essa posição atrapalhou o partido?
Acredito que a sua desistência atrapalhou sim. Se tivesse desistido antes poderíamos ter participado da coligação que lançou Leandro Grass. Teria sido melhor para o Leandro e para o PSB.

Uma aliança do PSB com a federação PT-PV-PCdoB teria ajudado na candidatura de Leandro Grass?
O Rafael Parente era um bom candidato. Sua candidatura poderia fortalecer o partido. Se soubesse que ele iria desistir, diria para desistir antes do prazo final das coligações. Seria melhor para todos.

Hoje, olhando para trás, acha que o PSB deveria ter entrado na federação do PT-PV-PCdoB?
Sempre soube que se o PSB entrasse para a Federação isso facilitaria a minha eleição e a de outros deputados em outros estados. Mas o PSB perderia sua identidade. Não me arrependo de ter sido contra o ingresso na Federação.

O PSB perdeu em estados importantes, como Pernambuco e São Paulo. O partido saiu derrotado?
O PSB saiu menor dessa eleição, teve uma redução significativa em sua bancada de parlamentares federais. Todos os partidos de posição mais moderada foram muito prejudicados pela polarização entre Lula e Bolsonaro. Veja que as duas maiores bancadas federais são do PL e PT, os dois partidos que protagonizam a polarização.

Acredita na vitória do ex-presidente Lula?
Acredito na vitória do presidente Lula. É uma necessidade. O Brasil precisa consolidar e aprofundar sua democracia e ter um presidente que tenha sensibilidade social. Vejo Lula muito mais experiente e com capacidade para corrigir erros e otimizar acertos de seus governos anteriores.

Quais são seus planos para os próximos quatro anos?
Desejo ter saúde e animação para ajudar o DF e o Brasil. Tenho uma vida pessoal e familiar muito ajustada. Curto muito meus filhos, meus netos e uma roça perto de Brasília. Mas não sei ficar quieto. Se puder ser útil para o DF e/ou para o Brasil, estarei sempre pronto e disposto a arregaçar as mangas e trabalhar.

One thought on “Rodrigo Rollemberg: “Os partidos de posição mais moderada foram prejudicados pela polarização entre Lula e Bolsonaro”

  1. Chororô de derrotado. É sempre mais fácil jogar a culpa no sistema, nas regras, nos outros candidatos e partidos, do que aceitar a rejeição do povo. Deveria servir de alerta para não perder mais nosso tempo nem gastar mais nosso suado dinheiro de fundos partidários e eleitorais em futuras candidaturas fadadas ao fracasso, como a do próprio molusco, que ele tanto defende.

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