Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
O ex-governador José Roberto Arruda (PL) deve estar acompanhando com apreensão a discussão no STF sobre o alcance da nova lei de improbidade administrativa. O julgamento foi novamente suspenso, ontem, com o placar em 3 X 3. São favoráveis à retroatividade os ministros André Mendonça, Nunes Marques e Dias Toffoli. São contrários os ministros Alexandre de Moraes, exceto para revogação de culpa e só para processos em curso; Edson Fachin e Roberto Barroso. Faltam julgar os ministros Rosa Weber, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Luiz Fux.
Palpites
A aposta de advogados que acompanham o assunto é de que a retroatividade da nova lei de improbidade administrativa terá o apoio dos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Chegando, assim, a cinco votos. Mas o ministro Luiz Fux deve julgar contra. As ministras Carmen Lúcia e Rosa Weber terão votos decisivos.
Disputa de palanques
O governador Ibaneis Rocha (MDB) escolheu um lado e vai defendê-lo na campanha. Seu palanque é o de Jair Bolsonaro (PL). Paulo Octávio também carrega na chapa aliados do presidente. Mas adotará um tom mais neutro, porque aposta que estará no segundo turno e vai precisar do apoio dos partidos e dos candidatos da base de Lula (PT).
Colado
O deputado Leandro Grass, da federação PT-PV-PCdoB, ainda não conseguiu colar a sua imagem à do ex-presidente Lula. Esse será um desafio para os estrategistas da campanha. Se Lula lidera as pesquisas, seu candidato também deve crescer, avaliam.
Suplente milionário
A deputada Flávia Arruda (PL-DF) trocou, na sua suplência, o candidato mais rico das eleições de 2018, o empresário Fernando Marques (PP), pelo terceiro com maior patrimônio neste ano, o senador Luiz Pastore (MDB). Marques, que chegou a ser cotado como suplente de Flávia, declarou à Justiça Eleitoral há quatro anos ter patrimônio de R$ 667,9 milhões. Pastore, por sua vez, registrou R$ 453,5 milhões.
Lista dos milionários
Entre os 50 candidatos mais ricos, segundo declarações de bens, nesta eleição, sete são do Distrito Federal, a começar pelo segundo e pelo terceiro no ranking, respectivamente, o empresário Paulo Octávio (PSD), que concorre ao governo, com R$ 618.868.229,48; e Luiz Pastore (MDB), suplente de Flávia Arruda (PL), com R$ 453.595.515,70. O 17° nessa lista é o deputado distrital José Gomes (PP), na disputa a deputado federal. O governador Ibaneis Rocha (MDB), que concorre à reeleição, é o 29°, com um patrimônio de R$ 79.808.818,88, seguido pela advogada Adriana Mangabeira Wanderley (PSD) que declarou R$ 77.064.788,49. Em 32°, vem o advogado Luiz Felipe Belmonte (PSC), vice de Paulo Octávio, com R$ 72.711.993,14. Em 35° está o advogado Paulo Roque (Novo), que concorre a deputado federal, com patrimônio de R$ 65.291.195,10.
Apostas
Nesta eleição, Fernando Marques não será candidato. Ele aposta na candidatura a deputado federal do ex-governador Rogério Rosso e de sua mulher, a advogada Samantha Meyer. Na visão de Marques, há um amplo espaço a ser conquistado no voto feminino, que, neste pleito, não contará com Celina Leão (PP) e Flávia Arruda (PL) para a disputa para a Câmara Federal. Samantha atuou com Ives Gandra e com o ex-presidente Michel Temer.
Afinados
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), Roberval Belinati, acompanhou a posse do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. A intenção de Belinati é conduzir o processo eleitoral totalmente afinado com a cúpula da Justiça. Na posse, Moraes disse que será firme no combate às fake news, tema que Belinati apontou como prioridade quando assumiu o cargo em abril.
Dia de debate
Hoje é o dia do debate do Correio Braziliense e da TV Brasília com os candidatos ao Palácio do Buriti. Você pode acompanhar tudo pelas redes sociais do Correio e pela TV Brasília, canal 6,1. Ibaneis Rocha (MDB); Izalci Lucas, da federação PSDB-Cidadania; Keka Bagno, da federação PSol-Rede; Leandro Grass, da federação PT-PV-PCdoB; Leila Barros (PSB); Paulo Octávio (PSD); e Rafael Parente (PSB) vão apresentar propostas e debater temas da cidade e do país. Acompanhe!
Só Papos
“A ideia é que (essas unidades) sejam (administradas) dentro do Iges, exatamente pela facilidade de contratação, pela possibilidade que você tem de pagar melhores salários para especialistas”
Governador Ibaneis Rocha (MDB), candidato à reeleição, ao anunciar a construção de três novos hospitais — em São Sebastião, Recanto das Emas e outro no Centro Sul“Nós vamos acabar com o Iges-DF, realocar os mais de 7 mil profissionais para continuar atendendo a população e, aos poucos, reconstruir a saúde pública do DF”
Deputado distrital Leandro Grass, candidato ao Governo do Distrito Federal pela federação PT-PV-PCdoB
