A contratação de Lionel Messi pelo Paris Saint-Germain fez mais de um amigo perguntar pessoalmente ou enviar zap questionando se o técnico argentino Mauricio Pochettino está pronto para conduzir um caminhão pesado como se tornou o do Paris Saint-Germain na temporada 2021/2022. O argentino de 49 anos está longe de ser um Pep Guardiola, Jürgen Klopp, José Mourinho ou Carlo Ancelotti da vida, mas tem seus predicados.
Pochettino levou o Tottenham ao vice na Copa da Liga Inglesa em 2015. Perdeu a decisão para o Chelsea de José Mourinho. Na temporada de 2018/2019, conduziu o Spurs à final da Champions League diante do Liverpool. Desbancou na caminhada Borussia Dortmund, o Manchester City de Pep Guardiola e o Ajax antes da decisão. Em oito meses no Paris Saint-Germain, ganhou a Copa da França na temporada 2020/2021 e a Supercopa da França.
Mauricio Pochettino era beque do Newell’s Old Boys na final da Libertadores de 1992 contra o São Paulo, no Morumbi. Faz parte da turma de discípulos de Marcelo Bielsa. Além de Pochettino, jogadores daquele time como Gerardo “Tata” Martino, Eduardo Berizzo, Fernando Gamboa, Juan Manuel Llop e Alfredo Berti trocaram a bola pela prancheta.
O jogador aprendeu a lidar com astros. O técnico, também. Ele trabalhou com Ronaldinho Gaúcho no PSG. Jogaram juntos no início do século, nas temporadas de 2001/2002 e 2002/2003. Unidos, conquistaram a extinta Copa Intertoto em 2001 e foram vice-campeões da Copa da França. Portanto, partimos do princípio de que sabe lidar com estrelas.
A questão, agora, é montar o time com os badalados reforços contratados. Donnarumma foi o cara da Itália na Eurocopa. Sergio Ramos era o capitão do Real Madrid. Wijnaldum, um dos ex-intocáveis do meio de campo do Liverpool. Adquirido por 60 milhões de euros, Achraf Hakimi participou da conquista da Internazionale na quebra da hegemonia da Juventus no Italiano. Danilo chegou do Porto por 16 milhões de euros.
A fusão com remanescentes como Marquinhos, Kimpembe, Verratti, Paredes, Di María, Neymar e Mbappé será complicada. Formado no PSG, o vice-capitão Presne Kimpembe, por exemplo, torceu o nariz para a chegada do espanhol Sergio Ramos.
Esse é um dos pontos relevantes no debate tático. Pochettino estaria disposto a formar o time com linha de três defensores? Neste caso, Sergio Ramos, Marquinho e Kimpembe podem causar desconforto no meio de campo ou no ataque. Partindo do princípio de que Messi, Neymar e Mbappé são os intocáveis, Hakimi Achraf e Bernat ocupam as laterais. Portanto, restariam duas vagas na linha. Todas no setor de marcação e criação. Meus favoritos seriam os ótimos Verratti e Wijnaldum. Sobram Gueye e Paredes, por exemplo.
O campo das possibilidades está aberto para Pochettino. Até pouco tempo, a missão dele era parar Lionel Messi no clássico catalão entre Espanyol e Barcelona. Em 5 de maio de 2012, por exemplo, o Espanyol perdeu por 4 x 0 do Barcelona pela 37ª rodada do Espanhol. Messi balançou a rede quatro vezes e fez papel picado do sistema tático de Pochettino.
Se não pode contra eles junte-se a eles diz o velho ditado. Compatriota de Messi, Pochettino ganhou o direito de trabalhar com o jogador eleito seis vezes do mundo. Tinha o privilégio de liderar Neymar e Mbappé. Agora, tem disponível o time mais badalado do mundo desde a reunião dos galáticos David Beckham, Zinedine Zidane, Michael Owen, Ronaldo, Luis Figo e Roberto Carlos no Real Madrid do início do século. É fazer o PSG jogar, entreter e conquistar títulos ou pegar o rumo do RH logo, logo…
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