Nem a amizade com o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plinio Filho, muito menos a proposta de um ano de trabalho, com estabilidade, sem o risco de ser demitido da maneira que foi no Fluminense, fez Levir Culpi mudar de ideia. Sonho de consumo da nova diretoria do clube catarinense, o treinador insistiu em comandar o time de graça até o fim do Estadual e não houve acordo. O plano B passou a ser Vagner Mancini, que rapidamente disse sim ao maior desafio de sua carreira: montar um elenco praticamente do zero, um time tão competitivo e simpático quanto o de Caio Júnior e conseguir resultados imediatos.
Paulista de Ribeirão Preto, Vagner Mancini, 50 anos, tem o tamanho da Chapecoense. Escolha coerente. É a manutenção de um linha de gestão deixada pelo ex-presidente, Sandro Pallaoro, que não gostava de dar um passo maior que a perna no que diz respeito a contratações de técnicos e jogadores badalados. Vagner Mancini trabalhou em clubes grandes, como Grêmio, Santos, Vasco, Cruzeiro e Botafogo, mas foi em três clubes de pequeno e médio portes que fez bons trabalhos, algo semelhante ao que a Chapecoense precisa.
Em 2005, surpreendeu o Brasil ao levar o Paulista, de Jundiaí, ao título da Copa do Brasil. Derrotou o Fluminense na decisão e levou o classificou o clube para a Libertadores. Em 2011, montou aquele Ceará que ganhou o apelido de “carroça desembestada”. Atropelou o bonde do Mengão sem freio, de Vanderlei Luxemburgo, na Copa do Brasil, e chegou às semifinais contra o Coritiba, de Marcelo Oliveira, único que parou o Vozão. Em 2013, outro belo trabalho pelo Atletico-PR. Levou o Furacão à final da Copa do Brasil contra o Flamengo, mas perdeu o título para o clube carioca dentro do Maracanã.
Vagner Mancini tem ao menos uma semelhança com Caio Júnior. A paixão por sistemas de jogo. Usa até o xadrez como inspiração. “O mais importante do xadrez é a cobertura. Eu não ataco nunca sem ter a cobertura. Isso também vale no futebol”, disse certa vez.
Vagner Mancini caiu quatro vezes para a segunda divisão — à frente de Guarani (2010), Ceará (2011), Sport (2012) e Botafogo (2014) e uma experiência na Libertadores. Em 2006, terminou em último lugar no Grupo 8, que tinha Libertad, River Plate e El Nacional. Em 1995, era o camisa 13 do timaço do Grêmio, de Luiz Felipe Scolari, campeão da Libertadores em cima do Atlético Nacional, da Colômbia, adversário que a,Chapecoense teria pela frente na final da Copa Sul-Americana e terá na decisão da Recopa no meio do ano que vem.
Junto com Vagner Mancini, chega o executivo de futebol, Rui Costa, que trabalhou no Grêmio de 2012 a 2016 com os treinadores Vanderlei Luxemburgo, Renato Gaúcho, Enderson Moreira, Luiz Felipe Scolari e Roger Machado. Neste ano, foi demitido pelo presidente tricolor, Romildo Bolzan Júnior, após a eliminação na Libertadores para o Rosario Central. Com ele, o Grêmio conquistou duas vagas para a Libertadores (2014 e 2016), foi vice do Brasileirão de 2013 e de duas edições do Campeonato Gaúcho, em 2014 e 2015.
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