A rainha Elizabeth II entrega a Jules Rimet ao capitão inglês Bobby Moore. Foto: Arquivo
O único título da Inglaterra na história da Copa do Mundo foi conquistado no reinado da rainha Elizabeth II, que morreu nesta quinta-feira, aos 96 anos. Em 1960, seis anos antes da edição de 1966, o país apresentou a candidatura a sede do torneio em um congresso da Fifa realizado durante os Jogos Olímpicos de Roma. A Alemanha pensou em concorrer, mas logo viu que seria difícil. A entidade máxima do futebol era comandada, à época, pelo inglês Arthur Drewey. O sucessor dele foi o compatriota Stanley Rous. Os germânicos logo pularam fora.
A Copa começou em 11 de julho de 1966 com a rainha Elizabeth II presente em Wembley no empate por 0 x 0 entre Inglaterra e Uruguai. Diante de 87 mil súditos, ela viu o técnico do Uruguai, Ondino Viera, o mesmo dos tempos do expresso da vitória do Vasco, armar uma senhora retranca em Londres e segurar o resultado mais conveniente ao time celeste. “O resultado nos abriu as portas para as quartas de final”, celebrou o treinador à época.
Apesar do tropeço inicial dos donos da casa, a rainha Elizabeth II viu a Inglaterra arrancar rumo ao título inédito a partir da segunda rodada. Os comandados de Alf Ramsey derrotaram o México na segunda rodada, por 2 x 0, e confirmaram o primeiro lugar no Grupo A com outro triunfo pelo mesmo placar diante da arquirrival histórica França.
No mata-mata, triunfos sobre a Argentina (1 x 0), Portugal (2 x 1) e a polêmica conquista na prorrogação contra a Alemanha (4 x 2) marcada pela contestadíssima arbitragem do suíço Gottfried Dianst. A rainha Elizabeth II saiu do trono, em Wembley, e entregou a Jules Rimet ao capitão inglês Bobby Moore na tribuna do templo sagrado do futebol inglês.
Em 2021, ela relembrou a maior conquista do futebol inglês. “Há 55 anos, tive a sorte de entregar a taça da Copa do Mundo a Bobby Moore e vi o que significava para os jogadores, técnicos e a equipe de apoio disputar e ganhar a final de um grande torneio de futebol internacional”, ressaltou, desejando boa sorte aos súdito na Eurocopa. A seleção chegou pela primeira vez à final e perdeu o título nos pênaltis para a Itália.
A Copa de 1966 teve um outro detalhe curioso que fugia do controle da rainha. Pela primeira vez na história, o Mundial não teve jogos aos domingos por motivos religiosos. A prática de esporte nesse dia da semana era proibido. O futebol só entrou oficialmente em campo a partir de 1973, 20 anos depois da coroação de Elizabeth II, encerrando uma treta antiga entre monarcas e o clero, que se arrastava desde o rei Henrique VIII, no século 16.
Nesta temporada, a Inglaterra deu outro orgulho à rainha. A seleção feminina conquistou o título da Eurocopa feminina em um estádio Wembley lotado ao superar a Alemanha de virada. Elas conquistaram o troféu que eles ainda devem no torneio continental. Inaugurada em 1930, a Copa do Mundo do Qatar-2022 será a primeira sem a rainha. Ela nasceu em 21 de abril de 1926.
Futebol à parte, a rainha também abriu oficialmente duas edições dos Jogos Olímpicos. A primeira em Montreal-1976 e a outra mais recente, em Londres-2012, quando contracenou com o rei da espionagem James Bond em uma grande sacada do Comitê Organizador da última edição do megaevento disputada em solo inglês.
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