Único tetracampeão que se firmou como técnico, Jorginho assume 11º time diferente

Compartilhe

Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, conquistou a Copa América 2007, a Copa das Confederações 2013, terminou as Eliminatórias Sul-Americanas em primeiro lugar com direito a goleada por 4 x 0 sobre o Uruguai, em Montevidéu; e 3 x 1 sobre a Argentina, em Rosário; comandou o Brasil na Copa da África do Sul, mas, na época, o assistente Jorginho era visto como mentor intelectual daquela Seleção Brasileira do ciclo de 2006 a 2010. Coincidência ou não, o ex-auxiliar do capitão do tetra é o único herói da conquista de 1994, nos Estados Unidos, que se firmou como treinador e continua na profissão.

Muitos tentaram. Apenas Zetti foi persistente quanto Jorginho. Poderia inclusive estar na ativa. Oficializado na noite desta terça-feira pelo Coritiba, o carioca de 55 anos deixou a Ponte Preta para assumir um clube atolado há dois anos na Série B e desafiado pelo arquirrival Athletico — campeão da Copa Sul-Americana, Campeonato Paranaense e da Copa do Brasil em noves meses.

Jorginho comandará o 11º time diferente na carreira. Sinal de que realmente abraçou a prancheta. Outros colegas do tetra passaram pela profissão. Embora tenha comandado a Seleção duas vezes, Dunga passou apenas pelo Internacional em clubes.

Taffarel, por exemplo, foi técnico interino do Galatasaray. Branco liderou Figueirense, Guarani e até o Sobradinho no Distrito Federal. Ricardo Rocha passou por Santa Cruz e CRB. Bebeto teve experiência no América-RJ. Zinho trabalhou no Miami FC e no Nova Iguaçu. Romário acumulou as funções de treinador e centroavante em um desorganizado Vasco de 2007. Mazinho aventurou-se no Aris Tessalônica, Leonardo escalou Milan, Internazionale e Antalyaspor. Müller perambulou por Grêmio Maringá, Sinop e Imbituba.

Zetti é quem mais se aproximou da perseverança de Jorginho. Comandou 10 clubes diferentes até desistir da profissão. O ex-goleiro tem 54 anos. Idade suficiente para seguir na ativa. Ao contrário de Jorginho, hoje´e comentarista.

O Coritiba espera que Jorginho repita o feito de 2016. Aos trancos e barrancos, ele devolveu o Vasco à Série A ao lado do amigo Zinho. O time cruz-maltino sofreu até a última rodada para confirmar o acesso em terceiro lugar, atrás de Atlético-GO e Avaí. O aproveitamento na segunda divisão foi de 57%. Nono colocado na Série B deste ano, o Coritiba tem 49,3%. Na Ponte Preta, acumulava 44,9%. Deixou a Macaca em 11º lugar. Depois de passar por América-RJ, Goiás, Figueirense, Kashima Antlers, Flamengo, Ponte Preta, Al-Wasl, Vasco, Bahia e Ceará, pintou a chance de fazer história no Coritiba. Sinal de que (ainda) tem mercado.

Siga o blogueiro no Twitter: @mplimaDF

Siga o blogueiro no Instagram: @marcospaul0lima

Siga o blog no Facebook: https://www.facebook.com/dribledecorpo/

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Cobertor curto do São Paulo explica empate com o Barcelona no MorumBIS

O São Paulo vai bem sob o comando de Luis Zubeldía, porém sentiu o peso…

17 horas atrás
  • Esporte

O pragmatismo do Botafogo na classificação para as oitavas da Libertadores

Artur Jorge disputa a Libertadores pela primeira vez, mas o técnico português do Botafogo parece…

19 horas atrás
  • Esporte

Copa do Mundo Feminina 2027 será no Brasil; Brasília receberá 8 jogos

O Brasil está eleito e será sede da 10ª edição da Copa do Mundo Feminina…

1 dia atrás
  • Esporte

Do pé direito de Marcelo à cabeçada de Ganso: talento classifica o Flu

O Fluminense campeão inédito da Libertadores tinha repertório variado. O tricolor em defesa do título…

1 dia atrás
  • Esporte

O pacto do Palmeiras com o primeiro lugar na fase de grupos da Libertadores

Se o Real Madrid tem pacto com a Champions League, o Palmeiras mantém acordo com…

2 dias atrás
  • Esporte

Do Gama ao Vasco: semelhanças e diferenças nas rupturas com a SAF

Qualquer semelhança é mera coincidência. O Gama tem duas curiosidades na relação com a Sociedade…

2 dias atrás