Os oito clubes brasileiros classificados para a Libertadores são comandados por campeões sul-americanos como jogadores e/ou técnicos. O currículo de cada um deles estampa pelo menos uma conquista continental. Isso é raro, digo até inédito na história das participações tupiniquins.
O Santos estreou na segunda fase preliminar da Libertadores com vitória por 2 x 1 sobre o Deportivo Lara sob a batuta de Ariel Holan. O técnico argentino levou o Independiente ao título da Copa Sul-Americana em 2017.
O Grêmio debutará nesta quarta-feira contra o Ayachuco, do Peru. O técnico Renato Gaúcho dispensa comentários. Ganhou a Libertadores como jogador em 1983 e técnico em 2017. Isso sem contar o vice no torneio na temporada de 2008 à frente do Fluminense.
Atual campeão, o Palmeiras é liderado pelo português Abel Ferreira. Ele desembarcou no Brasil em novembro e brindou o alviverde com o bicampeonato continental em janeiro.
O Flamengo é domado por Rogério Ceni. Ainda não tem título como técnico, mas ostenta dois dos tempos de goleiro-ídolo do São Paulo no papel de reserva em 1993 e titular em 2005. Ceni também era o titular no título da Copa Sul-Americana 2012. Ganhou, ainda, Recopa, Supercopa, Copa Conmebol…
Hernán Crespo foi escolhido pelo São Paulo devido ao título na Copa Sul-Americana pelo Defensa y Justicia. É outro que conhece o caminho para levar o tricolor ao tetra. Em 1996, era centroavante do River Plate, de Ramon Díaz, campeão continental.
Mentor da conquista inédita do Atlético-MG em 2013, Cuca retorna ao clube quase campeão de novo. Levou o Santos ao vice na temporada passada contra o Palmeiras.
Novo técnico do Fluminense, Roger Machado conquistou o título como lateral-esquerdo do Grêmio em 1995. Era jogador daquele timaço liderado pelo técnico Luiz Felipe Scolari.
Miguel Ángel Ramirez é o responsável por curar as feridas do vice-campeão brasileiro Internacional. Em 2019, comemorou o título da Copa Sul-Americana no Independiente del Valle. Vendeu caro a derrota na decisão da Recopa Sul-Americana contra o Flamengo.
Experiencia não falta aos comandantes dos oito clubes brasileiros. Todos conhecem os diferentes atalhos para a conquista de títulos continentais. Nunca ou poucas vezes na história desse país os currículos foram tão pesados, favoráveis e animadores para o Brasil empilhar o terceiro título consecutivo depois dos sucessos do Flamengo (2019) e do Palmeiras (2020).
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