De 1962 a 2010, a Seleção deixou o Brasil rumo à Copa do Mundo em aviãões de companhias aéreas nacionais, como Varig e TAM. O embarque da delegação para a Inglaterra, sede da segunda fase de treinos e do amistoso de domingo contra a Croácia, às 11h (de Brasília), em Anfield Road, casa do Liverpool, pode ter inaugurado uma nova era.
Seleções e clubes badalados de futebol sofrem cada vez mais o ataque de firmas especializadas em oferecer luxo, tratamento VIP, serviços customizado a bordo. O mesmo avião usado pela Seleção, por exemplo, foi contratado pela AFA para levar a Argentina para Barcelona, onde Jorge Sampaoli comandará outra fase de preparação para o Mundial, e depois rumo a Moscou. Os bicampeões mundiais constumam ser transportados pela Aerolineas Argentinas. Nas Eliminatórias, a AFA chegou a abrir mão da grife nacional e contratou a LaMia para ir de Buenos Aires a Belo Horizonte enfrentar o Brasil. O avião da companhia boliviana era o mesmo da Chapecoense no fatídico 29 de setembro de 2016.
A Seleção decolou e aterrissou em Londres em um avião fretado Airbus A340-300 da empresa AirX Charter. A companhia tem sede na Ilha de Malta, no sul da Europa, onde está matriculada (9H-BIG). O voo AXY2709 tinha disponibilidade para 100 assentos de primeira classe em poltronas-cama na configuração 2-2-2, projetado para grandes comitivas.
A aeronave que levou a Seleção para Londres é de 2000. Foi adquirida por uma empresa francesa, a AOM French Airlines. A companhia usou o avião por três anos, em parceria com a Air Liberté. Em 2003, a SriLankan Airline o comprou para substituir uma perda causada por um ataque terrorista ao Aeroporto Internacional Bandaranaike, no Sri Lanka. Na época, o avião foi modificado para uso comercial, com 18 assentos executivos e 299 econômicos.
O Airbus A340-300 pertence a AirX Charter desde 2016. A sede da empresa é em Birgu, um povoado nas proximidades da Ilha de Malta com quase 3 mil habitantes, mas há sucursais na Inglaterra, na Alemanha e nos Estados Unidos. O dono da companhia é John B. Matthews, que tem como CEO Houssam Hazzoury.
No site, a empresa se apresenta como transportadora de clientes de elite, incluindo celebridades, magnatas, famílias reais, funcionário de governo, altos executivos corporativos, equipes esportivas e de passeio e grupos musiciais.
A falida Varig foi a companhia aérea da Seleção Brasileira da Copa de 1962, no Chile, a 2006, na Alemanha. Levou e trouxe a delegação em quatro das cinco conquistas, ou seja, em 1962, 1970, 1994 e 2002. Em 2010, a missão passou a ser da TAM. Depois disso, a CBF assinou acordo com a GOL, que transportou o Brasil internamente durante toda a campanha canarinha na Copa do Mundo de 2014. Como a empresa de Constantino Júnior não opera voos diretos para a Europa, a CBF optou por fretar um avião para Londres.
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