Gerardo Martino era o técnico do Paraguai na final da Copa América 2011. Jorge Sampaoli levou o Chile ao título inédito em 2015. Juan Antonio Pizzi brindou La Roja com o bi na edição centenária de 2016. Ricardo Gareca está na decisão contra o Brasil em 2019. Em comum, quatro técnicos argentinos a serviço do sucesso de seleções rivais nas últimas quatro edições do torneio continental. Eles só não resolvem o problema de Messi e companhia. Dos quatro, dois ganharam da AFA a chance de comandar os bicampeões do mundo e fracassaram.
Enquanto isso… Bom, enquanto isso, a Argentina procura um treinador há um ano, ou seja, desde a eliminação contra a França nas oitavas de final da Copa da Rússia. Lionel Scaloni foi ficando, foi ficando e ficou até a Copa América. Faltou competência para convencer nomes badalados como Diego Simeone, Maurício Pochettino, Eduardo Berizzo, Marcelo Gallardo… a assumir a prancheta. O tampão Scaloni decidirá o terceiro lugar contra o Chile neste sábado, na Arena Corinthians. Em jejum desde 1993, os hermanos viraram fábrica de excelentes treinadores, mas arriscam testemunhar o terceiro título consecutivo de um treinador argentino na Copa América por uma seleção rival.
Em 2011, Gerardo “Tata” Martino fez uma campanha incrível à frente do Paraguai. Desbancou o Brasil nas quartas de final, passou pela Venezuela na semifinal e perdeu o título da Copa América para o Uruguai no Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
O treinador ganhou crédito para comandar a Argentina de 2014 a 2016. Herdou o bom trabalho de Alejandro Sabella após o vice na Copa de 2014, mas cometeu dois pecados capitais: perdeu dois títulos da Copa América seguidos para o Chile na decisão por pênaltis nas edições de 2015, no Chile; e de 2016, nos Estados Unidos.
Mentor do título inédito do Chile em 2015, Jorge Sampaoli assumiu a Argentina em cima da hora para a Copa do Mundo da Rússia. Carimbou o passaporte do país rumo à Rússia, mas cometeu uma série de trapalhadas. Passou em segundo lugar no grupo atrás da Croácia e trombou com a campeã França nas oitavas de final. Perdeu por 4 x 2 e deu adeus ao Mundial.
Campeão da Copa América em 2016 pelo Chile, Juan Antonio Pizzi ainda não ganhou oportunidade de comandar a Argentina. Dificilmente terá depois do trabalho fraquíssimo na Arábia Saudita. Em junho, assumiu o San Lorenzo para a próxima temporada do Argentino.
Ricardo Gareca acumula resultados impressionantes na seleção do Peru. Em 2016, eliminou o Brasil da Copa América ao vencer por 1 x 0 na última rodada da fase de grupos. Venceu o Uruguai por 2 x 1 nas Eliminatórias e nos pênaltis nas quartas de final da Copa América deste ano. Arrancou empate por 0 x 0 com a Argentina, em La Bombonera.
No último amistoso data Fifa antes da estreia na Copa, o Peru derrotou a atual vice-campeã do mundo Croácia por 2 x 0. Perdeu de pouco para a atual campeã França por 1 x 0 na Rússia na fase de grupos. Perdeu de pouco também para Holanda e Alemanha no pós-Copa.
O milagreiro não cansa de fazer história. No domingo, decidirá o título da Copa América contra o Brasil, no Maracanã. Apesar da derrota por 5 x 0 para os pentacampeões na última rodada da fase de grupos, Ricardo Gareca tem em que se inspirar para tentar aprontar no Maracanã. A Grécia desbancou Portugal em Lisboa na final da Euro-2004. Portugal faturou o título inédito da Euro-2016 dentro da casa da França. A Croácia pintou na final da Copa da Rússia. O Chile decidiu a Copa das Confederações 2017 contra a Alemanha.
Então, AFA: por que não Ricardo Gareca técnico da Argentina após a Copa América?
É uma, hein…
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