A iminente renovação do contrato de Jorge Jesus com o Flamengo pode torná-lo o técnico estrangeiro mais longevo à frente de um clube brasileiro no século. Independentemente do impasse pelo aditivo de 12 ou 18 meses na negociação, o português tem tudo para quebrar tabu.
Virou moda contratar treinador importado, mas a impaciência com a turma que vem de fora é traduzida em números. A contar de 2001, a média de permanência dos comandantes gringos em clubes da Série A do Campeonato Brasileiro é de cinco meses e meio.
Alguns conseguiram desafiar a regra, como o chileno Roberto Rojas no São Paulo, em 2003 (7 meses); o uruguaio Juan Ramón Carrasco no Athletico-PR, em 2012 (6); o uruguaio Diego Aguirre no Inter, em 2015 (8), e no São Paulo, em 2018 (9); o argentino Edgardo Bauza, em 2016 (8); e o recordista Jorge Sampaoli, que fez um ano inteirinho de trabalho no Santos antes de trocar o clube no qual foi vice-campeão brasileiro em 2019 pelo desafio de liderar o Atlético-MG. Neste ano, o Galo demitiu Rafael Dudamel. O venezuelano tinha 48 dias no cargo, 10 jogos no ano.
Jorge Jesus disse “sim” ao Flamengo em 1 de junho do ano passado. Portanto, o casamento fará aniversário de um ano daqui a 12 dias. Se assinar por mais um ano, o contrato terá validade até junho de 2012 e o lusitano alcançaria a marca de 24 meses no emprego. Porém, a diretoria rubro-negra quer mais. Deseja “renovar os votos” até dezembro de 2021. Neste caso, Jesus alcançaria incríveis 30 meses no papel de dono da prancheta do clube mais popular do país.
12 meses durou o trabalho de Sampaoli no Santos, recorde entre técnicos estrangeiros em times de ponta do Brasil no século. Marca é ameaçada por Jesus
O técnico estrangeiro mais longevo na história do Flamengo é Fleitas Solich. O paraguaio estreou em 11 de abril de 1953 e só deixou o cargo em 19 de dezembro de 1957 na primeira passagem pelo clube carioca, quando revelou Zagallo e Dida. Na época, passou mais de quatro anos e oito meses no cargo. Renato Gaúcho está próximo de completar quatro anos à frente do Grêmio.
Outros treinadores estrangeiros tiveram vida longa no cargo na metade do século passado. O uruguaio Ondino Viera, por exemplo, passou quatro anos no Vasco de 1942 a 1946 e três no primeiro contrato com o Fluminense no período de 1938 a 1941.
Segundo apuração do blog do colega Mauro Cezar Pereira no UOL, “a tendência é que o técnico (Jorge Jesus) acerte em bases semelhantes às do compromisso que termina em 20 de junho, com gordas premiações por títulos, como reza o contrato ainda em vigor”.
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