A Era Renato Gaúcho no Grêmio tinha sempre um pontinha que botava fogo no jogo. Pedro Rocha desequilibrou na conquista da Copa do Brasil 2016. Everton assumiu o protagonismo depois do ocaso de Luan. Pepê herdou a extrema canhota com o adeus de Cebolinha. Os últimos capítulos do treinador no tricolor gaúcho tinham Ferreirinha como espoleta. O novo incendiário é Michael.
Guardadas as devidas proporções evidentemente, Michael é o novo “Cebolinha” do Renato. Não tem o mesmo repertório técnico de Everton, óbvio, mas ele tem sido a válvula de escape do Flamengo neste Campeonato Brasileiro. Deu ruim, bola nele.
Uma das virtudes do técnico rubro-negro na vitória nada vistosa, mas necessária mesmo jogando feio, contra o líder disparado Atlético-MG, foi convencer o time a correr não somente por ele, mas para Michael desequilibrar com dribles ou no papel de elemento surpresa. Gabriel Barbosa e Bruno Henrique compraram a briga e graças ao esforço deste saiu o gol da vitória no primeiro tempo. Que impulsão na cabeçada que virou assistência. Michael teve rara frieza na cara de Everson para balançar a rede pela nona vez na temporada. Só tem menos gols do que Gabigol e Bruno Henrique. É quem mais jogou desde a chegada de Renato: 29 jogos.
Não é a primeira nem segunda vez que Michael resolve jogo nesta campanha. Marcou duas vezes nos 3 x 1 contra o Fortaleza, na Arena Castelão. O gol decisivo da vitória por 2 x 1 contra a Chapecoense foi dele. Balançou a rede duas vezes na virada por 3 x 1 sobre o Palmeiras, no Allianz Parque, em São Paulo. Marcou no empate por 1 x 1 com o América-MG num duelo em que o Flamengo deixou escapar a vitória.
Diante do Galo, brilhou novamente. Mais do que isso: dos 49 pontos do Flamengo na campanha pelo inédito tricampeonato em anos consecutivos, 13 estão diretamente na conta de Michael. É muito para quem, até pouco tempo, era praticamente desprezado pela torcida rubro-negra.
Renato considera que a boa fase de Michael não é acidental, mas parte de um repertório tático. “Muita gente acha que o Flamengo não tem a parte tática. O Flamengo tem maneiras de jogar. Pegamos o Atlético-MG, time poderoso, e jogamos para dentro deles. Praticamente jogamos com quatro atacantes fixos. Na hora de atacar tinha quatro jogadores contra a zaga adversária, e na hora de defender eles ajudavam na marcação. Você não pode ter 4, 5 que somente atacam ou quatro, cinco que só defendem.”, argumentou o treinador rubro-negro.
A entrega do time foi outro ponto exaltado por Renato depois do jogo “Nós temos um grupo. E no momento que a gente estiver atacando, todo mundo vai se ajudar. Nossa marcação sempre começa nos atacantes. Não tivemos a posse que estamos acostumados, mas conseguimos o resultado que interessava”, festejou na entrevista coletiva. O Flamengo teve 37% de posse contra 63% do Atlético segundo dados do SofaScore.
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