O futebol brasileiro consolidou na noite desta quarta-feira uma fórmula quase infalível para chegar às semifinais da Libertadores. Deu certo em oito das últimas nove edições: entregue a prancheta a Renato Gaúcho, Cuca ou algum técnico estrangeiro e comece a sonhar com o título continental. Toda norma tem exceção. De 2013 a 2021, a aplicação só falhou em 2014, quando nenhum time do país esteve entre os quatro melhores. Nos demais, o país sempre chegou às semifinais com time comandados por Renato, Cuca ou um treinador importado.
O Flamengo também aderiu à regra de três. Eliminado nas oitavas de final na versão anterior da Libertadores sob o comando de Rogério Ceni, o clube aplicou a “Fórmula Renato Gaúcho” e está na semifinal pela quinta vez. O time se divertiu e entreteve 11.211 pagantes no Mané Garrincha na goleada por 5 x 1 contra o Olimpia na volta das quartas de final. O confronto com o time paraguaio terminou 9 x 2 para os brasileiros na soma dos placares.
Renato Gaúcho chega à semifinal pela quinta vez. Também esteve nesse estágio recentemente com o Grêmio (2017, 2018 e 2019) e no vice-continental do Fluminense (2008). Ele igualou o feito do copeiro Luiz Felipe Scolari, semifinalista em 1995, 1996, 1999, 2000 e 2018).
O Atlético-MG é outro adepto da regra de três. Foi campeão em 2013 com Cuca, atual vice-campeão do torneio pelo Santos em 2020 e classificado novamente para a semifinal com o Galo depois do imponente 4 x 0 sobre o River Plate no placar agregado — 1 x 0, em Buenos Aire e 3 x 0 no Mineirão. Cuca também levou o São Paulo à semifinal em 2003.
O Palmeiras não está nas semifinais por causa de Cuca nem de Renato Gaúcho, mas graças a um comandante estrangeiro. Gringos colocaram times brasileiros entre os quatro em cinco das últimas nove edições. O português Abel Ferreira conseguiu nas temporadas de 2020 e 2021 que o uruguaio Diego Aguirre fez com o Internacional (2015), o argentino Edgardo Bauza à frente do São Paulo (2016) e o também lusitano Jorge Jesus no Flamengo (2019).
Pode até ser mera coincidência, mas está virando quase ciência exata. Quando o seu time for comandado por Renato Gaúcho, Cuca ou um técnico estrangeiro, a possibilidade de chegar às semifinais será imensa. Assim é a regra de três de 2013 a 2021. Um último detalhe: a menos que o título seja conquistado pelos técnicos Roger Machado (Fluminense) ou Fabian Bustos (Barcelona), a Libertadores terá um técnico bicampeão nesta temporada.
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