Depois de sete anos, o Rei da América volta a ser um jogador argentino. O jornal uruguaio El Pais anunciou neste último dia do ano o resultado da eleição de melhor jogador do continente. Herói do River Plate na conquista da Copa Libertadores da América em cima do arquirrival Boca Juniors, Gonzalo Pity Martínez faturou o prêmio com 130 dos 320 votos (41%) seguido por dos companheiros de time: o colombiano Quintero (15%) e o goleiro Franco Armani (12,5%). Oitavo colocado, o atacante Dudu, do Palmeiras, é o brasileiro mais lembrado.
A Argentina não faturava o prêmio mais importante da América do Sul desde 2010. Naquele ano, D’Alessandro recebeu a estatueta ao levar o Internacional ao bi na Libertadores. Desde então, Neymar levou o troféu duas vezes (2011 e 2012), Ronaldinho Gaúcho arrematou a coroa em 2013. Na sequência, os vencedores foram o colombiano Téo Gutiérrez (2014), o uruguaio Carlos Sánchez (2015), o colombiano Miguel Borja (2016) e o brasileiro Luan (2017).
Pity Martínez é o sétimo argentino eleito Rei da América. Antes dele, Ruggeri, Palermo, Saviola, Tévez, Verón e D’Alessandro brilharam. O novo dono do trono tem 25 anos, fez 11 gols em 2018 e surpreendeu ao arrumas as malas rumo aos Estados Unidos. Lá, defenderá a camisa do Atlanta United, atual campeão da Major League Soccer. Curiosamente, será comandado pelo ex-treinador do arquirrival Boca Juniors. Guillhermo Schelotto assumiu o cargo.
Em 2018, Pity Martínez fez 11 gols no Campeonato Argentino, dois na Copa da Argentina, três na Libertadores e dois no Mundial de Clubes da Fifa. O craque foi decisivo em duas finais. Além disso, estreou na seleção da Argentina no empate por 0 x 0 com a Colômbia balançou a rede da Guatemala em um amistoso pós-Copa do Mundo.
Entre os técnicos, Marcelo Gallardo faturou o prêmio praticamente como unanimidade. O comandante do River Plate teve 278 votos (87%), deixando para trás os compatriotas Ricardo Gareca (5%) e Gerardo “Tata” Martino (3,5%). Mentor do título inédito da Copa Sul-Americana, o brasileiro Tiago Nunes, do Atlético-PR, terminou em quarto lugar, à frente dos colegas Renato Gaúcho e Tite. O dono da prancheta da Seleção ficou na sexta posição.
O El País também divulgou a seleção do ano. O time ideal tem dois jogadores brasileiros, o zagueiro Pedro Geromel e o atacante Dudu. A base da equipe é formada por cinco jogadores do River Plate. Montada no sistema tático 3-4-3, a formação tem: Armani (Argentina), Maidana (Argentina), Geromel (Brasil) e Kannemann (Argentina); Nández (Uruguai), Barrios (Colômbia), Palacios (Argentina) e Pity Martínez (Argentina); Dudu (Brasil), Benedetto (Argentina) e Quintero (Colômbia). Pedro Geromel é o único remanescente da seleção de 2017.
Entre os árbitros, o prêmio ficou com o árbitro argentino Néstor Pitana (122 votos). Ele apitou cinco jogos da Copa da Rússia, inclusive a final entre França e Croácia Andrés Cunha (Uruguai), Roberto Tobar (Chile) e Wilmar Roldán (Colômbia) completam o pódio. Anderson Daronco é o melhor brasileiro na lista com oito votos. Wilton Sampaio (4) e Sandro Meira Ricci (1), representante do país nno Mundial 2018, também foram lembrados.
REIS DA AMÉRICA
2018: Gonzalo “Pity” Martínez (Argentina/River Plate)
2017: Luan (Brasil/Grêmio)
2016: Miguel Borja (Colômbia/Atlético Nacional)
2015: Carlos Sánchez (Uruguai/River Plate)
2014: Téo Gutiérrez (Colômbia/River Plate)
2013: Ronaldinho Gaúcho (Brasil/Atlético-MG)
2012: Neymar (Brasil/Santos)
2011: Neymar (Brasil/Santos)
2010: D’Alessandro (Argentina/Internacional)
2009: Juan Sebastián Verón (Argentina/Estudiantes)
2008: Juan Sebastián Verón (Argentina/Estudiantes)
2007: Salvador Cabañas (Paraguai/América-MEX)
2006: Matias Fernández (Chile/Colo Colo)
2005: Carlitos Tévez (Argentina/Corinthians)
2004: Carlitos Tévez (Argentina/Boca Juniors)
2003: Carlitos Tévez (Argentina/Boca Juniors)
2002: José Cardozo (Paraguai/Atlas)
2001: Juan Roman Riquelme (Argentina/Boca Juniors)
2000: Romário (Brasil/Vasco)
1999: Javier Saviola (Argentina/River Plate)
1998: Martín Palermo (Argentina/Boca Juniors)
1997: Marcelo Salas (Chile/River Plate)
1996: José Chilavert (Paraguai/Vélez Sarsfield)
1995: Enzo Francescoli (Uruguai/River Plate)
1994: Cafu (Brasil/São Paulo)
1993: Valderrama (Colômbia/Junior Barranquilla)
1992: Raí (Brasil/São Paulo)
1991: Oscar Ruggeri (Argentina/Vélez Sarsfield)
1990: Raúl Amarilla (Paraguai/Colômbia)
1989: Bebeto (Brasil/Vasco)
1988: Rúben Paz (Uruguai/Racing)
1987: Valderrama (Colômbia/Deportivo Cali)
1986: Alzamendi (Uruguai/River Plate)
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