Yotun Rebaixado com o Vasco em 2013, Yotún está próximo dos 100 jogos pela seleção peruana. Marcelo Sadio/Vasco Rebaixado com o Vasco em 2013, Yotún tem 92 jogos pelo Peru. Marcelo Sadio/Vasco

Peruanos descartados no Brasil são reciclados por Ricardo Gareca e viram intocáveis na seleção

Publicado em Esporte

A Seleção enfrentará nesta terça-feira, no Estádio Nacional, em Lima, no Peru, um adversário com alguns jogadores que refugaram na passagem pelo Brasil. Vestiram a camisa de times do nosso país, mas não conseguiram se firmar por motivos variados. Eles não serviram para equipes tupiniquins, mas são essenciais para o trabalho do técnico argentino Ricardo Gareca.

É o caso, por exemplo, de Luis Advíncula. Em 2013, o lateral-direito teve oportunidade na Ponte Preta. Aterrissou em Campinas (SP) indicado pelo técnico Paulo César Carpegiani. A força e a velocidade do reforço chamaram a atenção. Porém, o torcedor da Macaca não viu nada disso. Carpegiani saiu, Jorginho assumiu a prancheta e o futebol de Advíncula não apareceu. O jogado foi dispensado sob o argumento de que era inferior ao brasiliense Régis (ex-Gama e São Paulo) e Artur (ex-Palmeiras). Fez as malas e foi para o Sporting Cristal.

O lateral-esquerdo Miguel Trauco viveu altos e baixos no Flamengo. Deu azar de passar pelo clube antes do ciclo vitorioso liderado pelo técnico Jorge Jesus. Quem sabe ele se daria bem sob a batuta do lusitano. Foram três anos no clube com quatro gols e algumas assistências. Enquanto amargava o banco no Flamengo, era intocável no sistema de Ricardo Gareca. Trauco foi eleito o melhor lateral-esquerdo da Copa América 2019. Com a contratação de Filipe Luís, deixou o clube carioca rumo ao Saint-Étienne da França, onde continua.

Yoshimar Yotún chegou ao Vasco em mais um daqueles períodos conturbados do time. Apresentando no início de 2013, fez parte do elenco rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Descartado pelo Vasco, Yotún acumula 92 jogos com a camisa da seleção peruana. Caminha para a exibição centenária nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Carrasco do Brasil na eliminação precoce da Seleção na Copa América Centenário 2016, o atacante Ruidíaz chegou ao Coritiba, em 2012. O tempo do contrato seria de três anos. Passou sete meses no Coxa e retornou ao país dele para vestir a camisa do Universitario. A rescisão foi amigável depois de o jogador alegar problemas pessoais para retornar ao Peru. Ruidíaz testou positivo para covid-19, entrou em quarentena e não enfrentará o Brasil nesta terça.

Substituído com dor muscular na coxa direita na partida contra o Paraguai, e desfalque para o duelo com o Brasil, o atacante Christian Cueva é quem tem a passagem mais polêmica pelo futebol brasileiro. Alternou “tapas e beijos” no São Paulo e simplesmente não funcionou no Santos. Por sinal, foi apresentado na Vila Belmiro a pedido de Jorge Sampaoli no ano passado.

Depois de acumular briga em uma boate, ser afastado do elenco, e em outro episódio viajar para a Argentina sem a permissão do Santos, o atacante acionou a Justiça no início deste ano e acertou contrato com o Pachuca do México. Nesta convocação, ele foi chamado por Ricardo Gareca como jogador do Yeni Malatyaspor da Turquia.  Aguardemos qual será o clube dele na lista de novembro para a sequência das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Qatar-2022. Sem Cueva, o veterano Farfán comandará o ataque.

 

 

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