Pep Guardiola e seu “vício” por laterais direitos brasileiros: Danilo é o novo candidato a xodó

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Pep Guardiola teve Daniel Alves no Barcelona. Pep Guardiola teve Rafinha no Bayern de Munique. Pep Guardiola passa a contar com Danilo nesta temporada do Manchester City. O técnico é fã de carteirinha da Seleção Brasileira de 1982, que tinha como um dos seus pontos fortes justamente os laterais — Leandro na direita e Júnior na esquerda. Em entrevista recente ao colega João Castelo Branco, da ESPN Brasil, o treinador disse que o time de Telê Santana é um clássico do futebol. Isso explica um pouquinho a preferência por laterais brasileiros.

Quando assumiu o Barcelona, um dos pedidos de Pep Guardiola foi a contratação de Daniel Alves, então no Sevilla. O brasileiro tornou-se um dos maiores garçons de Lionel Messi. Mais do que isso: aprendeu a ser versátil. Jogou em uma defesa em linha de quatro, de três e até como ponta –direita em um clássico contra o Real Madrid no Santiago Bernabéu. Guardiola pensou um sistema capaz de explorar a maior virtude de Daniel Alves. Ambos foram felizes.

Na chegada ao Bayern de Munique, Pep Guardiola não precisou pedir a contratação de um lateral brasileiro. Rafinha estava no elenco. Nas duas primeiras temporadas, foi o dono da posição. Bom para o técnico, que passou a contar com Lahm em outro setor fundamental em sua filosofia de jogo — o meio de campo. Rafinha era um dos laterais agudos do Bayern.

Pep Guardiola sentiu falta de laterais brasileiros em sua primeira temporada no Manchester City. Por isso, colocou na lista de compras um para cada lado. Sonhava com Daniel Alves para a direita e Alex Sandro para a esquerda. O Paris Saint-Germain deu um chapéu no City e levou Daniel Alves para a França. Guardiola investiu no plano B e buscou Danilo no Real Madrid.

A temporada passada de Danilo no clube espanhol não definiu sua contratação. O passado no Porto, sim. Zidane não gostava de Danilo. O francês sempre preferiu Carvajal.  Quando não contava com Carvajal, arrumava um jeitinho de improvisar alguém no setor. Pep Guardiola não está interessado na produtividade de Danilo sob a batuta de Zidane. Sabe que Danilo tem potencial para ser aquele lateral da temporada de 2014/2015 com a camisa do Porto.

Naquele período, Danilo balançou a rede sete vezes pelo time português. Foi a sua melhor temporada na Europa. O lateral era praticamente um ponta no time comandado por um técnico espanhol com pensamento semelhante ao de Pep Guardiola — Julen Lopetegui, que deixou o Porto para ser o treinador da seleção da Espanha no lugar de Vicente del Bosque.

Danilo está em Los Angeles na pré-temporada. Quando o Manchester City oficializou a sua contratação, precisou deslocar-se apenas 15km para trocar o Real Madrid, de Zidane, pelo seu novo time. Os dois clubes participam de um torneio na mesma cidade norte-americana. Mais importante do que a oportunidade de trabalhar com Pep Guardiola, um fã de laterais brasileiros, é a chance de conquistar Tite a menos de um ano da Copa do Mundo da Rússia.

Tite convocou cinco laterais direitos em seis convocações. Dois deles, ex-xodós de Guardiola: Daniel Alves e Rafinha. Danilo ainda não foi lembrado pelo técnico. Talvez, trabalhar como titular no Manchester City de Pep Guardiola seja a grande oportunidade para Danilo finalmente entrar na briga com Daniel Alves, Fágner, Marcos Rocha, Mariano e Rafinha. Basta voltar a ser o Danilo daquele Porto da temporada de 2014/2015.

Marcos Paulo Lima

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