Osorio fala de James como saída para salvar Ganso, cita exemplo do Real Madrid e lança desafio aos técnicos do futebol brasileiro

Osorio e Ganso: técnico se inspira no Real para salvar o futebol do meia

Crédito da imagem: Divulgação/São Paulo

A caminho da redação, sintonizei, como sempre, na rádio Jovem Pan para ouvir o noticiário de esporte. Rolava a entrevista coletiva ao vivo do técnico colombiano do São Paulo, Juan Carlos Osorio. Uma das perguntas foi sobre o enigma Paulo Henrique Ganso. O nosso camisa 10 que surgiu como esperança para a Seleção Brasileira e insiste em não jogar bola.

O treinador blindou Ganso na resposta, mas mandou um recado para os treinadores brasileiros, para nós, da imprensa, e para os torcedores carentes de uma camisa 10 à moda antiga. Osorio praticamente deixou claro que o papel do 10 clássico mudou. Nas entrelinhas, desafiou os treinadores a fazerem os volantes exercerem o controle das partidas e citou como exemplo a função do camisa 10, James Rodríguez, um jogador que ele conhece bem, no sistema tático do Real Madrid.

“Antigamente, o encarregado do futebol ofensivo era o camisa 10. Hoje, não é mais. No Real Madrid, James Rodriguez joga com a 10, mas o controle do jogo não depende dele, e sim de Modric e Kroos. Quero que Paulo Henrique (Ganso), Gabriel (Boschilia) ou quem jogar atue mais próximo dos atacantes e a saída no meio seja feita por volantes.

Gostei. Ponto para Juan Carlos Osorio.

Chega de volantes brucutus no futebol brasileiro.