O futebol brasileiro só renovou duas das suas cinco vagas para a Libertadores. Isso serve, no mínimo, de reflexão para quem sonha em conquistar ou reconquistar a América. A era dos pontos corridos está cansada de ensinar que sem planejamento ou pelo menos um elenco forte e resistente às turbulências fora de campo — como o do São Paulo neste ano —, é impossível brigar na parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro. A classificação final da Série A não me deixa mentir.
Lembra quais clubes disputaram a Libertadores em 2015? Atlético-MG, Cruzeiro, Corinthians, Internacional e São Paulo. Dos cinco, três vão disputar o torneio novamente em 2016 e conseguiram a vaga via Brasileirão: o campeão Corinthians; o vice, Atlético-MG; e o quarto colocado, São Paulo. Nos casos do Timão e do Galo, o segredo do sucesso é o casamento perfeito entre planejamento e elenco forte. Em relação ao tricolor paulista, o elenco resistente à vergonhosa política do clube nesta temporada superou a desordem.
Na comparação com a Libertadores de 2015, o Brasil só terá duas novidades em 2016. O Grêmio, terceiro colocado no Campeonato Brasileiro; e o Palmeiras, campeão da Copa do Brasil. Por Por muito pouco não mandamos para a Libertadores os mesmos representantes do ano passado. Afinal, o Inter bateu na trave. Foi o quinto colocado na Série A. Oitavo, o Cruzeiro sonhou até a penúltima rodada com o passaporte internacional.
Os clubes paulistas são os que mais aprenderam a lição. Em 2014, o estado de São Paulo não teve nenhum representante na Libertadores. No próximo ano serão três. Pela terceira vez, o trio de ferro — Corinthians, Palmeiras e São Paulo — vai estar junto na Libertadores, repetindo o que ocorreu em 2006 e em 2013. Em contrapartida, o Rio de Janeiros está fora da festa continental pelo segundo ano consecutivo.
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