Oito gols em dois jogos: o espírito ofensivo da primeira noite das semifinais da Copa do Brasil

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Foi uma agradável noite de quarta-feira para quem curte futebol. Oito gols em dois jogos na semifinal da Copa do Brasil. Exatamente como nos duelos de ida nessa mesma fase no ano passado. Naquela temporada, o Atlético-MG abriu 4 x 0 contra o Fortaleza. No outro jogo, Athletico-PR e Flamengo empataram por 2 x 2. São Paulo, Flamengo, Fluminense e Corinthians também balançaram a rede oito vezes. Não é mera coincidência. Há um contagiante desejo de resgatar a obsessão por colocar a bola na rede. De jogar sem medo.

O São Paulo é um exemplo disso. Rogério Ceni tem um elenco inferior ao do Flamengo, mas dominou o adversário. Não merecia perder no Morumbi. Amargou derrota cruel justamente por não contar com peças tão decisivas e letais como Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabriel Barbosa, Pedro, Vidal, Everton Cebolinha… O tricolor paulista finalizou 26 vezes. Só não conta com peças tão capacitadas como o adversário. O time de Dorival teve sete oportunidades e converteu três.

Rogério Ceni não foi cauteloso como Luiz Felipe Scolari nas quartas de final. Em vez de aceitar sofrer, tirou o Flamengo da zona de conforto. Agrediu e mostrou a futuros adversários rubro-negros como o Vélez Sarsfield que o time carioca é vulnerável. A marcação não encaixou. Rodinei teve um trabalho danado com a pressão de Patrick e Reinaldo em cima dele. No fim, a qualidade individual do elenco mais caro e sortido do país fez a diferença no Morumbi.

Enquanto isso, no Rio, o Fluminense manteve o futebol bonito e intenso da Era Fernando Diniz. Fez um gol relâmpago no primeiro tempo, outro no segundo e desperdiçou a oportunidade de matar a série no Maracanã porque o Corinthians finalmente saiu da caixinha defensiva.

Para se ter uma ideia, o Timão fez nos últimos dois jogos pela Copa do Brasil mais gols do que na campanha inteira na Libertadores. Foram cinco bolas na rede na competição continental. Os comandados de Vítor Pereira marcaram quatro na virada diante do Atlético-GO e dois no empate fora de casa contra o Fluminense. Por incrível que pareça, o Corinthians ostenta o segundo melhor ataque da Copa do Brasil atrás apenas de Fluminense (15). O alvinegro paulista marcou mais do que o Flamengo, que contabiliza 11 bolas na rede no mata-mata nacional.

Dos quatro técnicos candidatos ao título, três são brasileiros. Dorival Júnior, Rogério Ceni e Fernando Diniz estão de parabéns. Único estrangeiro na turma, Vítor Pereira trocou a cautela por um pouco mais de coragem e levou para Itaquera um ótimo resultado contra o Fluminense.

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Marcos Paulo Lima

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